Arthur começou a chorar desesperadamente, era apenas uma criança e agora uma criança apavorada, com medo de morrer. Algo que jamais uma criança deveria passar. Grissom saiu no meio da multidão de policiais que cercavam Elizabeth, se aproximando da mesma. 

— Você não vai fazer isso. –Ele disse franco. 

— Afaste-se. – Ela gritou. 

— Elizabeth, - ele suspirou tentando manter o controle e manter-se no controle da situação também — pense na loucura que está fazendo. Ele é seu neto, você está ameaçando seu próprio neto. Como acha que Taylor se sentiria ao saber que a sua própria arma fora utilizada por sua mãe para matar o filho? – Ele esperou uma resposta, mas ela se manteve calada e ainda na mesma posição. – Você realmente quer que a memória de seu filho seja manchada por isto? Que ele seja vingado desta maneira? Que ele seja lembrando não pelo homem que foi, mas por ser filho da mulher que ameaçou o próprio neto, que machucou a mãe do seu neto? 

— Eu... – Ela então gaguejou, mas ainda assim nada saiu. 

— Não suje mais o tumulo de seu filho de sangue.  

Elizabeth chorando, tremula, soltou o menino para que ele fosse até Grissom, ele deu alguns passos em direção ao pai, porém por algum motivo ele virou de volta para Elizabeth. 

— Vo... Você matou minha mãe? – Ele perguntou indignado. 

— Não. – Grissom falou tentando acalmá-lo. – Ela só machucou, mas a mamãe está viva, está se recuperando no hospital. 

O menino então correu em direção a Elizabeth novamente, e parou a poucos centímetros dela. Grissom tentou segurá-lo, mas não deu tempo, ele se moveu rápido, antes que Grissom pudesse evitar. 

— Você machucou minha mãe. – Ele falou chorando. – Eu odeio você... Eu te odeio. – Ela gritou. – Nunca queria que você fosse minha vó. Eu te odeio.  – Magoado o menino correu em direção a Grissom e abraçou aquele que conhecia e sempre reconheceria como pai. 

Os policiais foram em direção a Elizabeth Wynard para tirar-lhe a arma, mas havia sido tarde demais. Apenas puderam ouvir o disparo. Grissom abraçou o Arthur naquele momento. Elizabeth apenas tinha dito algumas palavras antes de suicidar-se. 

— Desculpe te decepcionar Arthur... 

Grissom ajoelhou-se e tapou os olhos do menino puxando o rosto dele contra seu peito, ele já havia passado por muita coisa em uma única noite e ver uma pessoa morrendo ou morta era uma cena extremamente forte para uma criança. Catherine ajudou Grissom naquele momento, tirando os de lá. Colocou-os no carro e os levou para sua antiga casa, onde sua mãe ainda morava. 

Tudo havia terminado. Catherine sabia que o que eles precisavam agora era descansar e que Sara ficasse bem.