Rolos da Vida escrita por camila_guime


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Capítulo reservado ao Edward. Não acho que possa estar tão satisfatório, mas garanto muita surpresa e uma pitada de romance. Acho que vocês vão ficar felizes!
Uma dica: enquanto os Swan se separam... @#$#%$%$...
Vejam aí!



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Edward PDV

Um agregado.

 

Bella estava ali, deitada numa cama de hospital, ferida e desgastada. Eu quis poder trocar de lugar com ela. Toda sua delicadeza não merecia os danos que a queda lhe causou. E como explicar pra ela que ela está tomando meus pensamentos se nem eu mesmo consigo admitir isso?

– Hum... Edward? – ela chamou outra vez, bocejando em seguida.

– Pois não?

– Hoje, por acaso, é seu aniversário? – Bella perguntou num fio de voz. Eu queria dizer que não, mas não dava pra mentir pra ela.

– Como você sabe?

– Ficou implícito quando Jasper disse que, abre aspas, “Edward ganhou como presente ter salvado a sua vida”, fecha aspas... – ela disse, gesticulando as aspas.

– Hum... Jasper esteve aqui foi? – perguntei, temendo a sucessão dos meus pensamentos. Bella acenou que sim com a cabeça. ­– E Emmet também? – ela repetiu o gesto apontando pra dois pacotes de bombons de chocolate. – Rosely também veio te ver?

Bella balançou a cabeça dizendo que não.

– Quer dizer... Disseram-me que ela veio, mas não apareceu por aqui... Por quê? Ela foi te ver? – Bella perguntou rindo, brincando de novo. Mal sabe ela que a resposta era “sim”.

Eu não consegui admitir que Rosely tivesse entrado no meu quarto. Tudo que pude fazer foi sorrir. Esperei apenas que não parecesse um sorriso de culpa.

Bella parecia desfalecida e sonolenta, mas ainda sorria serenamente. O que me fez perguntar por que ela estava assim, tão mansa comigo de repente.

– Edward? – ela chamou, sua voz tinha diminuído mais.

– Pode falar Bels... – respondi, sem perceber que os olhos delas já estavam alinhados com os meus e mais perto do que eu previa.

– Não... Não é nada... Só que... Acho que gosto de chamar seu nome...

O que? Dá pra acreditar no que eu estou ouvindo?

– Acho que você está mais sequelada do que eu imaginei, - tentei fugir.

– Edward? – ela repetiu de olhos fechados.

– Eu preciso responder ou só está testando? – brinquei. Bella sorriu. Ela tinha um delicado e idílico sorriso, no meio de um rosto fino e angelical.

– Não vai não... – ela sussurrou.

Endireitei-me na cadeira do acompanhante e recostei minha cabeça ao lado de Bella, já adormecida. (Ironia: Bella adormecida?). E me deixei ficar ali por um tempo. Uma hora, ou Esme ou Carlisle poderiam me encontrar. Pior. Talvez Charlie ou Renné fossem me encontrar. Mas eu não liguei. Bella tinha inclinado sua cabeça sobre a minha, inconscientemente e, nem se eu quisesse, eu poderia sair dali naquela hora.

 

Tempos depois, não sei bem quantos minutos ou horas, uma enfermeira me acordou. Fiquei desconcertado até que entendi: eu tinha fugido do meu próprio leito. Levei uma bronca e ela me levou de volta. Ela disse que ninguém tinha entrado no quarto antes dela, e eu agradeci internamente por saber disso. E, de volta para meu leito, Esme já estava já, arrumando uma bolsa enquanto conversava com doutor Carlisle.

– Doutor, - a enfermeira disse, – aqui está o paciente fujão!

– Oh, obrigado, Lea, - Carlisle disse. ­– Onde tinha ido, rapaz?

– Fui ver Bella. Ninguém queria me dizer nada sobre ela... – respondi pouco me importando.

– Ela está bem filho, - Esme falou. Tinha algo de estranho naquele rosado nervoso do rosto dela...

– Sim, eu percebi isso...

– Hum... Filho? – Esme chamou. Definitivamente ela estava nervosa.

Ouvi a porta se fechar. Enfermeira Lea tinha se retirado.

– Pois não, mãe.

Achei estranho que Carlisle continuasse lá, ao lado de Esme. Será que ele não tinha se tocado de que minha mãe queria falar comigo?

Fui até perto deles e Esme me sentou na cama. Ela e Carlisle ficaram de frente pra mim. OK. O que esse cara ainda estava fazendo aqui?

– Edward, filho, eu queria prolongar essa descoberta, mas já que estamos aqui e você está realmente bem, Carlisle e eu conversamos e decidimos te dar logo a notícia, mas eu queria, antes, lhe explicar minha viagem pra Inglaterra e como vim parar aqui...

Certo, agora Esme estava tagarelando. O que ela tinha feito que estava deixando-a tão nervosa?

– Tudo bem, mãe, fale! – incentivei, fazendo meu tom compreensivo para ver se ela desenrolava.

– Antes, com licença Esme, - Carlisle interveio. Perguntei-me o que ele tinha haver pra ainda estar por aqui! – Antes de qualquer coisa, Edward, eu queria me apresentar formalmente. Bem, sou Carlisle Cullen, ortopedista e clínico geral. Muito prazer, - e ele me ofereceu sua mão pálida.

Apertei-a incerto.

– Então, filho, o que eu fui fazer na Inglaterra foi buscar o doutor Carlisle... – Esme prosseguiu, mas, espera aí! O quê?

– Como?

– Hum... Bem, é que... Carlisle e eu nos conhecemos na faculdade e nos formamos praticamente juntos. Caso não se lembre, Carlisle era meu parceiro nos estágios há alguns anos...

– Não, mãe, eu não lembro. Cullen? - indaguei.

– Sim. Mas você nunca tinha o visto antes e, eu estava pronta pra apresentar vocês quando soube que ele tinha sido mandado num grupo médico para a Inglaterra. Pensei que tudo ia acabar por aí, mas, Carlisle me pediu em casamento e...

– Não, mãe, o quê?

– Edward, filho, acontece que eu aceitei o pedido de Carlisle e fui pessoalmente até ele para organizar nossa situação. Mandei você pra cá por que soube que Carlisle tinha conseguido um emprego fixo aqui no hospital de Forks. Então, decidimos adiar tudo isso e te fazer uma surpresa no dia do seu aniversário, - Esme concluiu.

Eu estava com certeza algo além de chocado. Minha mãe tinha um namorado esses anos todos e não me disse?

Olhei para Carlisle e, por mais que eu procurasse, relutantemente tenho que admitir que ele não pareça ser tão ruim. Mas o pior de tudo isso é que, na verdade, eu me lembro do nome Cullen numas chamadas perdidas no celular da minha mãe algumas vezes, mas, como eu iria imaginar?

– Edward, você não precisa aceitar nada agora. Espere, pois você tem tempo pra deixar tudo isso dissipar. Sua mãe e eu compramos uma casa na saída da cidade. É grande e bonita e acho que você vai gostar. Tem espaço suficiente pra você ficar sozinho se quiser pensar... – Carlisle disse num tom amistoso.

Esme passou o braço ao redor da cintura do Cullen.

– Mãe eu realmente nem sei o que dizer!

– Eu confio no seu julgamento, filho. Vai ser estranho, pois sempre fomos apenas nós dois sozinhos, mas aposto que vocês vão se dar muito bem se vocês se derem uma chance.

O olhar de Esme era pidão e marejado. Eu nunca consegui relutar em algo se eu sabia que aquilo significava a felicidade dela. Mas, realmente, alguém que vá ocupar uma lacuna masculina que nunca existiu na nossa família é algo que levará muito tempo para se acomodar. Um agregado é algo que nunca tivemos que lidar antes.

Expirei pesadamente. Eu não tinha cabeça pra ir contra isso. Eu nunca tive mais ninguém, só Esme. Eu não acho que vou querer algum parente agora, ainda mais no lugar de “pai”. Em contrapartida, preciso sair da casa dos Swan, não dá pra ainda me intrometer mais na vida deles.

– Bem... Mãe, senhor Cullen, eu acho que só o tempo pode dar alguma resposta aceitável, - falei. Minha mãe sorriu satisfeita comigo. E se ela estava feliz, era tudo que eu precisava como prova de que eu estava agindo certo.

 

continua...


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Notas finais do capítulo

E então? Opiniões, por favor! Preciso dar um bom desfecho pra essa fic. Vocês não acham que ela está grande demais?
rsrsrs
Não se preocupem com o fim, ainda tem mais emoções!
Beijos.
Mila.