Jack acordava lentamente, observando vários bichos verdes ao seu lado. Ele se levantava num susto, observando várias folhas coloridas caindo de si.

— Que cheiro é esse...? – ele disse observando que estava deitado em Svan. – Eca.

— O Guardião acordou! – disse um dos Trolls pulando de alegria, iniciando uma canção.

— O Guardião pálido e grisalho acordou de seu sono gélido... Agora cantaremos para-

— O que está fazendo criaturinha estranha? – disse Jack estranhando aquele ser que nunca havia visto antes.

— Você interrompeu minha canção! Isso não se faz!

— Ah, foi mal... Onde estou? – disse ele olhando ao arredor, observando que havia um rapaz dormindo. Kristoff.

— Você está longe de casa, garoto da neve... – disse Pabbie, um troll ancião.

— Já estão cantando de novo? – perguntou Kristoff acordando.

— Então... Onde estou exatamente? Podem me dizer? – perguntou Jack se levantando, um pouco impaciente.

— Muito longe de sua casa... Não sei o que fazer para lhe mandar de volta, mas o Homem da Lua me mandou fazer isso para você. – disse Pabbie entregando um cajado de madeira verde para ele.

— O Homem da Lua falou com você? – disse Jack pegando o cajado, em seguida sentia seu poder voltar ao seu corpo, fazendo-o flutuar.

— Maravilha! – disse Jack dando piruetas no ar e disparando um raio congelante numas pedras.

— Gelo? – disse Kristoff curioso.

— Cuidado, esse cajado não é tão perfeito quanto o seu anterior, então não abuse. – disse Pabbie.

— Tudo bem, mesmo assim isso me deixa contente. – disse Jack com um sorriso largo no rosto.

— Sabe se O Homem da Lua disse algo sobre os Guardiões? O Breu havia voltado. Eu preciso voltar, tenho que dar um jeito nisso logo. – disse Jack.

— Como fez isso garoto? – disse Kristoff para Jack, que se perguntava se ele estava mesmo lhe vendo agora.

— Está me vendo agora? – Jack estranhava e andava para ver se ele o seguia com o olhar.

— Sim, Vovô Pabbie me ajudou a enxerga-lo.

— Jack Frost, O Homem da Lua não me disse como manda-lo de volta, me desculpe. - disse Pabbie.

— Ah... – Jack suspirava. – Os Guardiões são fortes juntos, acho que não tenho com o que me preocupar. – ele pensava positivamente, lembrando-se que Breu estava fraco.

— Tudo bem... Se descobrir algo me avise, está bem? Obrigado por tudo. – disse Jack saindo voando dali.

— Ei, Jack Frost?! – gritou Kristoff, fazendo o rapaz parar.

— Devia agradecer à Elsa, senão fosse por ela você nunca mais teria acordado.

— Elsa? – disse Jack pensativo. – Quem é Elsa?

Algumas horas depois, em Arandelle, que agora estava iluminada com tochas e com várias pessoas pelas ruas, mas nenhuma enxergava Jack.

— Arandelle? Isso é tipo um... Reino?

— O que seria... “Tipo um Reino?” Sei que é um Reino, mas não sei o é “Tipo um Reino”. - disse Kristoff.

— É só modo de dizer cara... Mas, um Reino? Eu nunca estive num Reino de verdade, isso é muito legal! Caramba, olha só... Cavaleiros de Verdade! – disse Jack se aproximando de um dos guardas de Arandelle, mexendo em seus capacetes, observando suas lanças afiadas.

— Atchim! – espirrou o guarda. - Foi mal... – disse Jack desculpando-se e voltando ao lado de Kristoff.

— Deixe-me ver se entendi... Você é um espírito do gelo?

— Mais ou menos isso, aliás, não devia ficar falando comigo assim, vão achar que é doido. – disse Jack fitando as muitas pessoas ao arredor.

— Ah, não tem problema, acham que estou falando com Svan, o que é normal. Não é amigão?! – disse Kristoff fazendo carinho no alce, enquanto as pessoas olhavam torto para o rapaz.

— Então você é mesmo doido? – disse Jack com um sorriso travesso.

— O que? Não! – disse Kristoff, enquanto Jack ria.

— Você é um cara legal... - disse Jack. Eles entravam no castelo e já podiam enxergar Anna conversando com alguns criados no salão principal, parecia estar muito ocupada, até ver os rapazes ali.

— Ele voa! – disse Anna correndo na direção de Jack, ignorando Kristoff que esperava um abraço.

— Sim... – Jack ficava feliz que outra pessoa podia lhe ver e não continha o sorriso.

— Eu vôo sim! Hahaha! Que legal, você também pode me ver! – disse ele abraçando-a fortemente, erguendo-a pelo ar.

— Hey... – Kristoff cruzava os braços, olhando feio para Jack. - Hm? – Jack não entendia bem a situação.

— Ele é meio ciumento... – murmurou Anna, descendo. Jack ficava pensativo por alguns instantes, mas logo caia a fixa.

— Eu só me empolguei, foi mal... Hehehe! – disse Jack sentindo-se mal. - Seu cabelo está branco... – disse Anna tocando-o, em seguida sentindo que ele estava gelado.

— Meu Deus, Elsa te acertou?! Você está muito gelado! – disse ficando desesperada.

— Eu sou assim. Sou Jack Frost, o espírito do dia nevado. Olhe... – ele apontava seu cajado e fazia um boneco de neve, deixando a garota boquiaberta.

— Olha! É igualzinho a mim! – disse Olaf observando o boneco.

— Que isso?! Eu não fiz esse. – disse Jack estranhando o boneco com vida.

— Eu o fiz... – disse Elsa se aproximando, arrumando uma mexa de seu cabelo.

— Você o fez? Como? – perguntou Jack se aproximando de Elsa, rodeando-a no ar, analisando-a.

— Tenho habilidades parecidas com a sua. – disse Elsa, enquanto Jack notava o rastro de neve pelo caminho de onde ela veio.

— Mas, por quê você tem esse poder? Você também é gelada? – disse Jack se aproximando e tocando em seu rosto, acariciando a pele macia e ao contrário do que pensava, quente. Jack ainda intrigado, aproximava mais seu rosto da mulher, fazendo-a ficar mais quente.

— Ei! O que está fazendo? - disse Elsa recuando, corada pela aproximação do rapaz. - Eu nasci com esse poder. Aliás, por que destruiu meu Castelo de Gelo? Aquele lugar era importante para mim! – disse Elsa com seriedade.

— Seu Castelo? Foi você quem construiu aquilo? Que incrível! – disse Jack empolgado, se aproximando mais de Elsa. A mulher tentava manter sua postura rígida, mas Jack se aproximava demais e ela não sabia muito bem como lidar com isso, o que acabava deixando-a extremamente nervosa.

— Não é incrível. É horrível. Aliás, não respondeu minha pergunta. Por que fez isso com meu Castelo?!

— Não sei, quer dizer... - ele recuava um pouco, pensativo.

— É complicado explicar, eu não me lembro muito bem o que aconteceu quando cheguei aqui neste lugar. – disse Jack forçando sua memória.

— Minha irmã é meio sem educação de vez em quando, por favor, perdoe-a. – disse Anna dando uma leve cotovelada em Elsa.

— O que foi? – disse Elsa olhando torto para sua irmã.

— Você está sendo grossa... Eu te disse que daria uma cotovelada toda vez que agisse assim. – murmurou Anna cruzando os braços.

— Eu tenho meus motivos, ele destruiu meu Castelo!

— Olha... Estou me lembrando um pouco da queda. Desculpe-me por isso, eu fui pego numa armadilha do Bicho Papão e de alguma forma, meu poder se reverteu contra mim no momento que fui engolido. Literalmente engolido. Sério... Foi nojento! Então, fui congelado e fui despachado do céu. Eu não escolhi onde queria cair, eu apenas fui caindo e depois soterrado. – disse Jack colocando os pés no chão.

— Me desculpe mesmo por destruir seu castelo. Você é Elsa, não é? Você me tirou daquele gelo e depois, foi seu poder que me fez voltar a vida. – ao dizer isso, a expressão de Elsa se suavizava. – Eu me lembro vagamente também, minha cabeça estava confusa, mas você estava passando um pouco de magia para eu sobreviver, com a ajuda dos trolls. Muito obrigado. – disse ele com um sorriso suave e terno.

Elsa ficava em silêncio. Antes extremamente irritada com o rapaz, mas agora não estava tão brava com ele mais, mas também não sabia como agir ao certo.

— Tá... – disse ela desviando o olhar.

— Tá...? – disse Jack um pouco desapontado.

— Tudo bem, me desculpa também, eu estava irritada, fui grossa com você. - disse Elsa abrindo um leve sorriso.

Jack se corava um pouco. Ele não tinha reparado antes no quanto era bonita. Talvez pelo fato dela estar sorrindo, nem que seja de leve, aquilo era tão lindo. Jack se perguntavam se podia aumentar aquele sorriso de alguma forma, torná-lo mais belo do que já era.

— Hmm... - Anna, Olaf e Kristoff fitavam ambos se encarando, o que fazia Jack voltar a realidade, ficando extremamente envergonhado, não havia se tocado que estava encarando Elsa aquele tempo todo.

— Desculpa, eu estava encarando, não é? - disse ele rindo de forma estranha, havia até mesmo se esquecido de como rir de tão envergonhado que estava.

— Acho que ele gosta de você... - murmurou Anna.

— O que?! - exclamou Elsa, rindo, sem jeito.

— Eu gosto de você também. - disse Olaf pra a rainha.

De repente todos ouviam muito barulho vindo de fora, seguido de gritos de várias pessoas. Os quatro saiam para ver o que era. Haviam várias criaturas feitas de areias negras, assustando várias pessoas e fazendo a maior bagunça por onde passavam.

— Areias negras? Como pode...? – murmurou Jack, em seguida indo até lá rapidamente.

— Ei! É perigoso, volte! – gritou Elsa.

— Elsa... Areias negras, será que é obra dela? – perguntou Anna.

— Não sei, Anna. Mas se ela conseguiu se libertar, teremos muito trabalho. – disse Elsa.

Jack ia na direção de cavaleiro negro de armadura com espinhos que se preparava para usar a espada em uma família caída no chão. O rapaz dispara uma rajada de gelo que imobilizava o monstro, em seguida ele batia o cajado e o quebrava em milhares de pedaços, destruindo-o. Ele sorria e acenava para as pessoas, mas elas se viravam e agradeciam à Elsa que estava próxima. Ele encarava Elsa um pouco desmotivado e ela o retornava o olhar sem entender.

Um pássaro passava ao lado dele carregando algumas pessoas nos pés, Jack voava rapidamente atrás dele, congelando suas patas e quebrando-a, fazendo as pessoas ficarem livres. Jack criava um escorregador de gelo e as pessoas ficavam seguras no chão.

— Obrigado Rainha Elsa! – disseram as pessoas.

— Não, eu não fiz isso... – disse Elsa Jack se sentia fraco e começava a cair. Ele mantinha o voo antes de chegar ao chão, impedindo o impacto, mas capotava pelo chão.

— Ninguém pode lhe enxergar Jack Frost... – disse uma voz familiar, fazendo-o rapaz arregalar os olhos e cerrar os dentes.

— Breu! – disse ele disparando uma rajada de gelo, mas o Bicho Papão se defendia com apenas uma mão o ataque, em seguida Jack se enfraquecia novamente.

— Ninguém acredita em Jack Frost neste mundo, hehehe... – disse Breu gargalhando, em seguida vários monstros de areias negras o cercavam. — Mas eles acreditam no medo! – as feras se corriam para ataca-lo, com todos aqueles monstros provavelmente seria o fim de Jack Frost.

Elsa congelava o chão em baixo do guardião e levantava vários espinhos de gelo, matando algumas feras e fazendo outras recuarem, em seguida várias estacas levantavam em baixo das que sobraram, destruindo-as.

— Como?! Você está fraco, não pode derrotar minhas... 

Elsa acertava um projétil de gelo em Breu, mandando-o para longe até atingir a parede uma casa, congelando-o.

— Você está bem? – disse Elsa bem próxima, abaixando o gelo em sua volta.

— Eu vou ficar. – ele disse recusando a mão dela, ainda ajoelhado, sem conseguir se levantar.

— Ora... - a forma de Breu mudava, se tornava uma mulher de um longo vestido negro, coroa negra e pele branca e pálida.

— O medo desse rapaz é interessante, quem é ele? - perguntou a mulher de voz sedutora, se aproximando com um sorriso sarcástico enquanto soldados de areia negra eram criados ao seu lado.

— Como você se libertou, Nyx? - perguntou Elsa canalizando gelo nas mãos.

— A noite nunca morre, Rainha de Gelo. E as pessoas sempre sentirão medo... - disse a mulher erguendo seu queixo enquanto olhava fixamente para o olhar de Elsa, fazendo-a ter visões.

Elsa perdia o controle dos poderes, muitas pessoas gritavam, o gelo se transformava numa forma mais sombria. Ela se tornava sombria. Ela ficava sozinha...

— Pare com isso! – disse Elsa invocando dois gigantes bonecos de neve iguais a Marshmallow.

— Seu terror está aumentando! – disse Nyx jogando a esfera de areia negra e destruindo ambos bonecos gigantes. Ela continuava sorrindo e invocava milhares de sombras na direção de ambos. – Morram de medo!

— Elsa, não tenha medo! – disse Jack se levantando com dificuldade, ficando na frente da mulher que parecia aterrorizada.

— Seja lá o que for é tudo de sua cabeça, seus medos dão força à ela, então enfrente-os, não se renda!

Jack batia ambas as mãos no cajado, disparando uma gigantesca rajada de gelo. As sombras e o gelo se colidiam, como há 20 anos atrás, onde Jack enfrentou Breu pela primeira vez no céu da América, mas dessa vez era diferente, ele estava mais fraco e Nyx era parecia ser muito mais forte que o Bicho Papão, era muito improvável vencer.

— Não consigo... – disse Elsa com as mãos na cabeça, tendo várias alucinações.

— Elsa! Você não está mais sozinha, nós estamos aqui! – gritou Anna.

— Vamos lá Elsa, você consegue! – gritou Kristoff.

— Grow... – disse Sven com seus sons estranhos.

— Elsa... – disse Olaf abraçando sua perna.

— Você é muito querida neste lugar, por estas pessoas. Não desista agora. - disse Jack Frost.

A Rainha de Gelo voltava a si, sacudindo a cabeça e acordando para a realidade. Jack estava ajoelhado, segurando aquelas sombras com uma brisa de neve, porém estava quase sendo engolido pelo poder de Nyx.

Ela segurava os braços de Jack por trás, fazendo-o levantar e surpreendendo-o. Ele sentia o poder da Rainha aumentando os seus, em seguida olhava em seus olhos corajosos e determinados que sorriam para ele, assentindo.

— O que você está fazendo...? – disse Jack ainda surpreso. – Estou ficando mais forte...

— Eu não sei, eu queria te passar magia como antes, mas sinto que você está me passando poder. – disse Elsa surpresa.

— Isso não faz o menor sentido. - disse Jack rindo.

— Eu sei, mas... Me desculpe. Seja lá o que eu tenha feito aqui, sei que foi culpa minha, mas nós estamos aqui por você, Jack Frost. Nós acreditamos em você. - disse Elsa, enquanto Jack deixava escapar algumas lágrimas de felicidade.

— O quê? – Nyx se surpreendia com o poder de Jack aumentando e notava que Elsa o ajudava, segurando sua mão, unindo os poderes de gelo. – Não! Vocês devem temer a mim!

Como antigamente, o poder do gelo sobressaia sobre as sombras. Nyx era arremessada para muito longe com a explosão de gelo, sendo seguida pelos seus monstros de areias negras. Ela era segurada por um pássaro, ao mesmo tempo olhando furiosamente para Elsa.

— Rainha de Gelo... Eu voltarei. O medo e o terror ainda vão prevalecer em Arandelle! – ela saia dali, sem forças para continuar lutando.

— Conseguimos!- exclamou Jack Frost com um largo sorriso, olhando para Elsa que sorria para ele.

— Sim. – disse Elsa simplesmente, encarando-o, tentando entender um pouco sobre tudo o que acontecera.

— Você é incrível! – disse Jack sorrindo largamente, encobrindo a mão dela com as suas.

— O que? Eu não sou incrível... - disse Elsa rindo, envergonhada.

— Isso que você pode fazer, você é humana e pode fazer gelo assim como eu, é muito legal! – disse Jack.

— Isso não te assusta?

— Me assustar? Por quê?

— As pessoas geralmente tem medo de mim à primeira vista. – disse Elsa.

— Não deveriam, é um dom maravilhoso. Tão maravilhoso como você quando sorri dessa forma. - disse o rapaz fazendo-a perder completamente as palavras.

— Rainha Elsa! Você nos salvou! – disse alguns cidadãos se aproximando, felizes e eufóricos, porém Elsa não conseguia tirar os olhos de Jack, que soltava suas mãos, distanciando-se lentamente.

— Obrigado!

— Que rainha maravilhosa!

— ELSA!

Algumas pessoas atravessavam o corpo de Jack, o que o fazia perder seu sorriso no rosto, deixando-o levemente triste. Elsa se espantava com aquilo, mas Jack apenas abaixava sua cabeça, desviando o olhar.

— Mais uma vez, obrigado... É terceira vez que você me salva, não é? – disse ele voando, se distanciando.

— Espera! Jack Frost! Espera! – disse Elsa tentando alcança-lo, mas a multidão não a deixava se aproximar mais.

— A Rainha Elsa nos salvou da Bruxa novamente! – disseram as pessoas ovacionando-a.

— Onde estou? Homem da Lua pode me ouvir? – disse Jack enquanto estava bem alto, olhando para o céu noturno e estrelado.

— Por estou passando por isso de novo? Por estou num lugar que ninguém me conhece? Os guardiões ficarão bem? - pensou Jack olhando para a Lua, mas não escutava a voz de ninguém, em seguida olhava para Elsa, que aparentemente tinha o perdido de vista.

— Que sentimentos são esses? - disse colocando a mão em cima de seu peito. - Quando estava perto dela, me sentia diferente, me sentia mais humano e agora... Me sinto quente.

— Rainha? Está tudo bem? – disseram as pessoas.

— Onde ele foi? – perguntou Anna procurando por ele.

— Jack... – murmurou Elsa, triste por não entender o que se passa com o rapaz misterioso que havia desaparecido no céu. – Eu queria entendê-lo melhor, ele parecia tão triste.

— Irmã... – Anna a abraçava.

— Não se preocupe, ele não vai tão longe. – disse Kristoff. – Se quiser, posso explicar o que Pabbie me contou, mas também há algo importante que deva saber. – Anna fechava sua boca.

— Melhor conversamos sobre isso no Castelo, não é mesmo querido? - disse Anna.

— Ah... É verdade.

Eles iam até o quarto de Elsa, grande e pouco luxuoso, porém extremamente aconchegante. Todos se acomodavam da melhor forma, exceto Kristoff, que ficava de pé e procurarava uma cadeira para ficar de frente com elas.

— Havia um troll chamado Hob... Ele era muito travesso e Pabbie o expulsou da aldeia. Furioso, Hob libertou Nyx, que Elsa havia a congelado e selado naquela montanha escura há alguns meses atrás. Em seguida, fugiu para uma outra Terra, em outra dimensão, buscando ajuda para a bruxa.

— Então é culpa dele eu ter vindo para outra dimensão? - perguntou Jack Frost sentado na janela.

— Jack Frost! - exclamou Elsa sorrindo ao vê-lo, levantando-se de alegria, porém ela pigarreava e sentava-se novamente, disfarçando sua felicidade por ficar envergonhada ao ser encarada pela irmã e os outros. 

— Será que... Eu posso ficar aqui um pouco? Eu não tenho para onde ir. - disse o rapaz, um pouco triste.

— Claro que pode, sente-se aqui. - disse Anna abrindo espaço para Jack sentar-se ao seu lado, entre ela e Elsa.

Ele se sentava, um pouco envergonhado, mantendo as pernas mais próximas que podia para evitar tocar na mulher, porém... Anna se espreguiçava, invadindo o espaço de Jack e forçando-o a invadir o espaço de Elsa também.

— Então... - ele pigarreava, envergonhado. - Eu irei dizer tudo o que sei sobre essa situação e responderei qualquer pergunta em relação ao mundo de onde eu vim... Mas antes, podem me dizer quem é Nyx?