Jack Frost, o Guardião, Espírito do Dia Nevado, um ser livre que voava pelo mundo trazendo o inverno e a alegria às crianças. Mesmo após ter tomado jeito e ganhar o título de Guardião ele não deixou de ser quem era: um espírito alegre, travesso e protetor. Sempre jovem, porém ele estava mais maduro depois de se tornar guardião e isso refletiu um pouco em seu corpo. Apesar de ainda aparentar ser jovem, não se parece mais tanto com um adolescente e sim como um jovem adulto agora.

Jack voava por cima das nuvens, indo em direção ao Alaska, um lugar que raramente ia, mas Norte (Papai Noel) disse para ir até lá, pois havia visto algo estranho e sombrio há alguns dias atrás, mas não pode fazer uma investigação minuciosa por causa dos preparativos para o natal, que chegaria daqui três meses.

— Norte nem para me emprestar seu trenó, só porque da última vez tropecei numas árvores... Isso foi há 20 anos, poxa! – disse Jack observando do alto o grande continente gelado que havia ali.

Ele voava mais devagar, procurando pelo lugar que Norte havia mencionado: montanhas gêmeas com uma passagem escura no meio. Após voar por algumas horas Jack finalmente encontrava aquilo, mas nada fora do comum, era apenas duas grandes rochas congeladas e uma trilha no meio, nada demais.

— Ah... – Jack suspirava. – Não há nada demais aqui. – disse ele levantando voo para voltar, mas sua atenção era voltada para o grito de uma criança vinda daquele lugar.
Ele ia rapidamente ao meio daquelas montanhas, seguindo os gritos que pareciam estar mais perto.

— Onde você está?! Ei! – gritou Jack, atento, observando que aquelas montanhas eram maiores do que aparentavam.

— Quem está aí...? – disse uma voz ecoando por dentro de uma das montanhas.

— Pode me ouvir?! – disse Jack intrigado com aquilo, pois quem podia lhe ver e ouvir era apenas quem acreditava nele.

— S-sim... Tire-me daqui, por favor!

Jack se aproximava da rachadura, tentando enxergar o que estava dentro, mas sem sucesso. Ele então batia seu cajado na pedra tentando descongela-la, mas não conseguia.

— O quê? Como?! – ele disse, indignado.

— Por favor, apresse-se... Não vou aguentar mais...

Jack batia o cajado novamente, dessa vez usando toda sua energia para limpar o gelo. Concentrado, ele não percebia que o cenário à sua volta se modificava. O céu estava escuro igual ao chão, era como se ele estivesse flutuando no espaço.

— Jack Frost... Caiu direitinho em minha armadilha! – disse uma voz familiar para o rapaz, em seguida ele era puxado por uma sombra saindo da rachadura.

— Breu...?! – exclamou antes de ser sugado.

Jack estava num local todo escuro, com vários gritos e olhos roxos o circulando. Porém, ele não estava com medo, ao contrário disso, um sorriso determinado e corajoso estava esboçado em seu rosto.

— Já lhe derrotei uma vez, eu sei o seu segredo, é claro que posso lhe derrotar de novo!

Uma onda de sombras voava em cima de Jack, porém ele apenas batia seu cajado e ventos congelantes eram libertados em todas as direções, impedindo as sombras de chegarem até ele.

— Como pensei, está mais forte do que antes... – disse a voz de Breu ecoando pelo local. – E se eu lhe mandasse para um local onde não existem os Guardiões, um local em que ninguém acreditasse em você, Jack Frost? Um local em que você não existisse...

— O que está dizendo? Você não consegue fazer isso cara. - ele susprava, - Volte logo para seu buraco... – disse Jack com tédio, repelindo todas as sombras que vinham na sua direção.

— Hob, faça seu trabalho! – disse Breu dando uma leve gargalhada.

— Desapareça, Jack Frost! Hihihi! – disse uma voz aguda.

— Ham? – disse Jack antes de ser engolido por um portal, literalmente engolido, ele até lhe mastigava e arrotava seu cajado.

— Agora com Jack Frost fora de meu caminho eu posso finalmente iniciar minha vingança... – disse Breu pegando o cajado de Jack com uma mão de areia negra, em seguida partindo o cajado em dois. - Este ano não haverá natal.

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Arandelle, um Reino distante governado pela Rainha Elsa, mais conhecida como: A Rainha de Gelo, com uma beleza tão espetacular quanto seu dom. Elsa é uma boa rainha, quase sempre muito ocupada com os assuntos da corte, fazendo sempre um ótimo trabalho e tornando Arandelle cada vez melhor.

Já fazia cinco meses que ela havia voltado ao reino depois de uma jornada difícil e cheio de desafios e o Reino ainda estava uma bagunça, havia muita coisa a ser decidia e resolvida. Anna lhe ajudava bastante com os trabalhos, mesmo Elsa recusando, o que acabava tornando a carga pesada de ser Rainha um pouco mais leve.

Quinta-feira, Elsa não aguentava mais ficar naquele quarto assinando papéis, ela queria um ar fresco senão iria explodir. Ela saia do quarto, passando por dois bonecos de neve que eram seus guardas particulares que eram quietos, diferentes de Olaf. Ela ia até a Torre mais alta, onde podia se ver todo o Reino, o grande mar ao lado e a floresta, onde mais para trás ficava seu Castelo de Gelo.

— Olá! – disse Olaf de repente, fazendo-a pular de susto e congelar onde estava segurando.

— Olaf?! Como me encontrou aqui?!

— Segui seu rastro. – disse ele com aquele largo sorriso no rosto, em seguida Elsa notava o gelo pelas escadas atrás dela.

— Ah... – ela suspirava. – Olaf, acho que meus poderes estão fugindo do controle novamente... – disse Elsa olhando onde havia congelado com as mãos.

— Acho que não. Isso deve ser normal para você, afinal você é a Rainha de gelo, normal soltar neve por onde anda. E olha, sem pontas! – disse ele mostrando à ela que não havia nenhuma estaca, apenas estava com uma camada de neve mais fofa.

— É verdade... – disse Elsa um pouco mais tranquila.

O céu de Arandelle se enchia de nuvens negras de repente. Em seguida essas nuvens se formavam uma boca que mastigavam alguma coisa, algo ruim pelas suas expressões.

— Elsa?! – disse Anna subindo as escadas, eufórica.

— O que é aquilo? - perguntou Elsa indignada.

— Aquilo o quê? – perguntou Anna sem saber do que se tratava.

— No céu, aquela boca de nuvens negras, não está vendo?

— Não... Você está vendo coisas? Acho que está trabalhando demais...

— Anna, está bem ali, como não consegue ver? – Elsa olha novamente e via que aquilo cuspia algo grande na direção das montanhas, na direção de seu...

— Meu castelo! – disse ela descendo as escadas rapidamente.

— Elsa, espere! Tem umas coisas importantes que precisamos discutir!– disse Anna a seguindo, juntamente com Olaf.

Algumas horas depois, Elsa estava montada num Cavalo de Gelo, indo rapidamente em direção ao seu castelo. Anna e Kristoff haviam lhe seguido, mas seu cavalo era muito mais rápido e ela havia os deixado para trás sem perceber.

Ela descia de seu cavalo, notando que seu Castelo estava com algumas partes destruídas. Sem receio ela segue pelas escadas, preparando-se para o pior. Ela passava pela porta quebrada, observando vários cristais de gelo empilhados em cima de alguma coisa.

— Marshmallow! – exclamou a mulher, em seguida um grande boneco gelo entrava, seu guardião do Castelo. – Por favor, me ajude com essa bagunça. – ordenou enquanto ele fazia o ela pedia, desempilhando os cristais de gelo quebrados e acabava revelando um que não era natural do castelo.

O boneco se assustava e recuava uns passos para trás. Um cristal grande e negro, emitindo uma aura escura e gelada.

— O que é isso? – disse Elsa curiosa, se aproximando daquilo.

— Elsa?! – disse Anna eufórica, entrando acompanhada de Kristoff. – Devia ter nos esperado, que coisa!

— Isso é gelo? – disse o rapaz se aproximando, curioso também. – Gelo roxo... Acho que posso conseguir um bom dinheiro com isso. – disse animado, mas sendo parado por Elsa.

— Tem alguém ali dentro. – disse Elsa tocando o cristal, tornando-o transparente sem querer.

— Está vazio. – disse Anna.

— Como assim está vazio? Tem um rapaz dentro! – disse Elsa indignada que ninguém havia visto um garoto imóvel ali dentro.

— Breu...! – exclamou Jack se libertando do gelo que partia ao meio, meio tonto e irritado.

Ele observava aquelas pessoas estranhas o lugar que estava agora, ainda achando que estava no Alasca.

— Quem são vocês?! – disse ele procurando pelo cajado ao mesmo tempo.– Onde está?! Devolvam meu cajado! – disse Jack um pouco assustado.

— Quem é você? – perguntou Elsa curiosa com aquele rapaz tão branco quanto neve, de olhos azuis e de cabelos quase do mesmo tom que a pele. Parecia ser jovem, mas suas expressões e maneira de se portar o deixavam com um ar mais maduro.

— Elsa... Com quem está falando?– perguntou Anna.

— Tenho que avisar os Guardiões. Breu está de volta! – disse Jack indo para a varanda, em seguida lhe seguia.

— Espera! O que vai fazer?!

Ele parava, olhando o precipício, em seguida olhava para trás, com Elsa em seu caminho.

— Sem meu cajado não posso voar, o que eu faço...?— pensou ele sentindo-se encurralado.

— Não se assuste, não vamos lhe machucar, eu juro. – disse Elsa se aproximando.

— Você é adulta, como pode me ver? – disse Jack sentindo-se tonto.

— O que dizer? - perguntou Elsa se aproximando com cuidado.

Jack estava muito fraco, se sentia leve, porém seu corpo estava pesado. Como podia estar se sentindo pesado? Ele era um espírito, praticamente não tinha peso, mas dessa vez estava tudo tão confuso e... Jack caia no chão, desmaiado e sem forças.