A Maldição da Chapeuzinho Vermelho escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
A Entrevista


Notas iniciais do capítulo

Hilary Duff-Wake Up.
Ashlee Simpson-Pieces of Me.



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P.O.V. Anastácia.

Eu me levantei, me arrumei e sai. Peguei um táxi que me levou para o meu destino.

Devo admitir que o prédio em si era uma coisa fenomenal, me lembrava dos antigos castelos era imponente, uma clara demonstração de força e poder. Por isso tive que rir.

—Algumas coisas nunca mudam.

Só que a maioria das pessoas não vive o suficiente para perceber.

Entrei no prédio e a recepcionista me atendeu.

—Pois não?

—Eu estou aqui para entrevistar o executivo. Sou da revista financeira.

—Claro. Pegue o elevador, vigésimo andar.

—Não tem escada?

—Sério?

—Sério.

—Por ali.

—Obrigado.

—Adorei seu medalhão. Onde comprou?

Como eu não podia dizer que ele foi feito pra mim pelo homem que eu amava e que já morreu á mais de quatrocentos anos eu disse:

—Eu mandei fazer.

Quando já estava longe o suficiente da recepção eu usei a minha super velocidade pra chegar á tempo.

Cheguei ao vigésimo andar e tive que parecer cansada. Ofeguei e sentei-me numa das cadeiras.

Uns dez minutos depois uma moça muito bem vestida, com um terninho feminino veio até a sala de espera e chamou pela Kate.

—Eu sou a substituta.

—E eu não to nem ai. Pode entrar.

Eu entrei, fechei a porta e quando me virei e vi o rosto daquele homem tudo o que eu segurava caiu. Eu estava em choque.

—Tudo bem senhorita?

—Impossível. Não, isso é coisa da Genevieve.

—O que? Quem é Genevieve?

—Eu não vou passar por isso de novo. Nunca mais. Nunca mais.

Eu catei as coisas do chão e sai correndo daquele lugar.

P.O.V. Christian.

A reação da garota que veio me entrevistar foi... a reação mais inesperada quanto possível.

Ela entrou de costas pra mim, fechou a porta e se virou. Quando ela se virou tudo o que ela carregava caiu no chão, ela simplesmente largou tudo e ficou em estado de choque por alguns minutos. Quando perguntei se estava bem tudo o que ela respondeu foi:

—Impossível. Isso é coisa da Genevieve.

Quando perguntei quem era Genevieve ela disse que não ia passar por isso nunca mais, recolheu as coisas do chão e saiu correndo como o diabo que foge da cruz.

E então, a minha secretária entrou correndo.

—O que aconteceu? O senhor está bem senhor Gray? Quer que eu chame a segurança?

—Estou bem. Quem era ela?

—Eu não sei. Ela disse que era a substituta de Katherine Kavanagh.

—Descubra quem é ela. Sinto que a conheço de algum lugar.

—Sim senhor.

P.O.V. Ana.

Não acredito. Ai caramba! A Kate vai ter um ataque quando descobrir o que aconteceu.

—E ai? Como foi a entrevista?

—Não foi. Sinto muito, eu não consegui. Lamento Kate.

—Ana porque está chorando? Ele tentou alguma coisa?

—Eu não quero falar sobre isso. Sinto muito pela sua entrevista.

Eu corri pra dentro do meu quarto e tranquei a porta. Eu só conseguia chorar, estava doendo tanto, mas tanto.

Abri o medalhão onde estavam os retratos dele e da Roxane.

—Eu sinto muito Roxi, eu fracassei com ela. Mas, quando vi o rosto dele a minha cabeça deu um nó, o meu estômago deu um nó. Por favor, entenda.

—Ana. Ana abre a porta, vamos conversar. Me conta o que aconteceu.

Decidi abrir a porta e conversar com ela. Não queria que se magoasse ou sentisse-se excluída.

—Eles são iguais. Eu não pude acreditar em tanta semelhança.

—Eles quem?

—Esse executivo e o meu amado James. Ver aquele homem me trouxe lembranças lindas e lembranças terríveis também. 

—Sinto muito.

—Esse executivo tem um nome?

—Claro!

—E qual é?

—Christian Gray.

Hora que ela pronunciou o sobrenome do rapaz eu fiquei estática.

—Gray? Tem certeza disso?

—Tenho. Porque?

—Então, a linhagem não acabou em James. Ele deve ter tido um filho com outra mulher antes de me conhecer ou até mesmo com a própria Genevieve. Eu perdi o meu filho, mas a linhagem dele sobreviveu.

—Eu não sabia que você tinha perdido um filho.

—É que eu não gosto muito de falar disso. Além do mais, já faz muito tempo.

—Com quantos anos ele morreu?

—Ele nem nasceu.

—Oh! Ana, eu sinto muito.

—Se fosse menino iria se chamar James e se fosse menina Amara.

—Lamento.

—Eu também. Mas, eu tenho que me arrumar e ir pro trabalho.

Tomei uma chuveirada, arrumei-me rapidamente e fui para o trabalho. Sou vendedora numa loja onde vende coisas de construção.

P.O.V. Christian.

A Isla descobriu quem ela era. Seu nome era Anastásia Steele. 

Ela era colega de apartamento de Katherine Kavanagh, sua melhor amiga. 

Assim que saí da empresa fui a uma loja de materiais de construção, minha casa está em reforma e eu preciso de algumas coisas.

E imagine a minha cara quando entro na loja e ela estava lá encima de uma escada descendo uma caixa enorme. Ela estava cantando, com fones nos ouvidos. Seus sedosos cabelos negros estavam presos num rabo de cavalo alto.

—Ana.

—Sim, senhor Carter?

—Como é que você faz isso menina?

Ela tirou os fones e perguntou:

—Isso o que?

—Você estava encima da escada, com fones nos ouvidos e ainda assim me ouviu.

—Eu só tenho uma audição sensível.

—Tá brincando?! Você tem a audição do superman!

—Shh! Não precisa gritar. Não se preocupe, vou atendê-lo.

Ela recolocou os fones e disse:

—Espera só eu descer essa caixa e guardar no depósito.

Ela desceu da escada carregando a caixa que era o triplo do tamanho dela e foi para o depósito cantando, dançando e rebolando.

—Você se acostuma.

—Como é que ela consegue carregar essa caixa?

—Eu me pergunto isso todos os dias. Mas, ela consegue carregar três daquela sem o menor esforço.

—Como?

—E eu que sei? Anastácia Steele é um fenômeno da natureza. Ela faz coisas que até Deus duvida.

—Que tipo de coisa?

—O senhor vai ver. Porque se eu contar, você não vai acreditar.

Ela voltou correndo do depósito, moveu a escada e começou a pegar coisas nas prateleiras enquanto cantava.

—Ei! Se não me atender vou reclamar pro seu gerente.

O gerente veio, olhou bem na minha cara e disse:

—Não se preocupe senhor Gray. Ela já está.

—Está o que?

—Te atendendo.

—Mas, nem perguntou o que eu queria.

—Lembra o que eu falei? Ela faz coisas que até Deus duvida.

O gerente saiu e eu fiquei olhando o que ela fazia. Ela pegou três sacos de cimento, dois de concreto, meio metro de corda, uma tábua e dois ganchos.

—Prontinho Senhor Gray. Não precisa ficar irritadinho, tá tudo ai.

—Como você...

—Cartão de débito?

Entreguei o cartão pra ela que colocou na máquina.

—Por favor, digite a senha.

Digitei a senha. Ela apertou o botão e saiu a primeira via.

Depois ela apertou de novo e saiu a segunda.

—Aqui a sua via. Tenha um bom dia.

Ela já tinha empacotado tudo e deixado no balcão.

—Vou atender a senhora Jones.

—Mas...

Uma senhora entrou pela porta.

—Como é que você faz isso menina?! É de dar medo.

Ela soltou uma gargalhada e foi atender a senhora idosa.

—Obrigado pela preferencia senhor Gray. Quer ajuda pra carregar?

—Não, obrigado.

Os meus seguranças colocaram tudo no porta malas do carro e eu a vi conversar com a senhora enquanto pegava as coisas.

—Pra onde agora senhor Gray?

—Pra casa em reforma deixar as coisas e depois vou pra casa do centro.

Quando cheguei em casa a minha cabeça estava cheia de perguntas. Como ela sabia exatamente o que eu queria sem nem perguntar? Sinto que a conheço, mas de onde?

—Anastácia Steele é um mistério e tanto. Mas, eu vou desvendá-la ou eu não me chamo Christian Gray.

No dia seguinte, tomei uma atitude drástica e fui á casa dela. Eu só não esperava encontrar o que encontrei.


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