A Maldição da Chapeuzinho Vermelho escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Nada de respostas, apenas mais perguntas




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P.O.V. Christian.

Toquei a campainha e uma mulher ruiva e muito bem vestida abriu a porta.

—Ai Meu Deus!

—Eu estou procurando Anastácia Steele.

—A Ana não está, mas pode entrar.

—Com licença. Você deve ser Katherine Kavanah.

—Sou eu. Mas, por favor me chame de Kate.

—Você e Anastácia são...

—Amigas. Só amigas. Eu tenho um namorado.

—Que pelo jeito não é mais namorado.

—Oh! É. 

—Kate! Cheguei!

A ruivinha se levantou e foi correndo até a porta.

—Ele me pediu. O Luke me pediu e eu disse sim!

Elas se abraçaram, pularam e gritaram.

—Seja feliz. E avise o Luke que se ele te magoar eu vou quebrar o pescoço dele como o de uma galinha!

Ela espremeu uma laranja com casca e tudo com uma única mão.

—Tá bem.

—Olá Senhor Gray. Eu tenho que perguntar, o que veio fazer na minha casa?

—Vim convidá-la para um encontro.

—Aceito. Que tal ás sete no sábado.

A cara que a colega dela fez foi impagável.

—Você disse sim? Sim pra um cara que te convidou pra sair?

—Sim Kate. Eu disse sim.

—Peraí, eu tenho que tirar uma foto.

Ela trouxe uma câmera e tirou uma foto.

—Agora eu tenho registrado.

—Ai, Kate como você é dramática.

—Dramática? Você não tem um encontro desde que eu consigo me lembrar.

—Você não tem jeito mesmo.

—Você me leva até o altar?

—Claro. Eu prometi á sua mãe.

—Nunca conheceu minha mãe. Ela morreu quando eu nasci.

—Ai que droga.

—Anastácia Steele! Desembucha! Isso tem alguma relação com aqueles seus livros com números que você não deixa ninguém ler?

—Tem. Você vai me desculpar senhor Gray, mas o senhor vai ter que sair.

—Tudo bem. Até sábado.

—Até.

P.O.V. Kate.

Agora ela vai ter que me explicar tudo direitinho.

—Desembucha.

—Os livros não são livros. São diários, meus diários e os números escritos nas lombadas é o ano em que foram escritos.

—O que?

—A primeira Kavanah que eu conheci foi Roxane Kavanah, ela morreu á mais de quatrocentos anos.

—Como assim?

—Vem comigo. 

Ela me levou até o quarto dela, pegou o diário da estante e deu na minha mão.

—Pode ler. Meu primeiro diário, metade dele eu escrevi ainda humana e a outra metade eu escrevi depois do acontecido.

—Que acontecido?

—Sou amaldiçoada. Eu vou viver pra sempre.

—Ana, isso é loucura.

—Você acha. Então vou mostrar o que é loucura.

Ela foi até a cozinha.

—Ana o que vai fazer?

—Vou mostrar pra você o tamanho da loucura.

Ela colocou a mão sob a mesa com a palma pra cima e cortou a própria mão com uma faca.

—Ana!

Vi o ferimento fechar instantaneamente.

—O que?

—Sou amaldiçoada. Eu roubei o noivo de uma mulher chamada Genevieve Dupress, ela era uma bruxa e ficou muito puta da vida comigo, ela compeliu James a me matar sabendo que quando eu morresse eu ia voltar como uma vampira. Mas, James não sabia então ele cortou a própria garganta.

Ela estava chorando.

—Eu voltei, mas o meu bebê não. Eu perdi o meu bebê e o homem que eu amava no mesmo dia. A única pessoa que sabia disso era sua ancestral Roxane Kavanah, ela era minha melhor amiga e levou o meu segredo para o túmulo. No seu leito de morte ela me fez prometer que cuidaria dos filhos dela e dos filhos dos filhos dela. E eu venho cumprindo essa promessa até hoje. Por mais de quatrocentos anos eu venho protegendo a sua linhagem. Conheci sua mãe, estava lá quando ela nasceu, quando ela morreu e quando você nasceu.

—Porque o apartamento está no meu nome?

—Porque nenhum vampiro pode entrar aqui sem o seu convite. Nem mesmo eu.

—Então você não é a única?

—Eu não sei. Mas, prometi pra Roxi que protegeria a família dela.

—Posso mesmo ler o diário?

—Pode. Todos eles se quiser.

Quando eu abri caiu uma coisa de lá de dentro, uma carta.

—É pra você.

Ela abriu a carta.

—É a letra da Roxane.

Querida Valerie, você tem que saber que o seu bebê não morreu. Eu espionei a Genevieve, ela não matou seu bebê só escondeu. O seu bebê é uma menina, ainda tá viva tá dormindo dentro de uma caverna no topo da montanha mais alta. Ela quer que você acredite que o seu bebê morreu, mas ela não morreu. Ela tá te esperando, mas tenha cuidado porque eu aposto que a Genevieve encheu aquele lugar de armadilhas.

—O meu bebê. O meu bebê ainda tá vivo. É uma menina. Obrigado Roxane, muito obrigado. Ligue pro senhor Gray e diga que não vou poder comparecer ao encontro.

—Porque?

—Eu vou voltar pra casa. Buscar a minha filha.

—Tá bem.

P.O.V. Christian.

O meu celular tocou. Era ela. Anastácia.

—Olá Anastácia.

—Não. É a Kate, olha teve um... desenvolvimento e a Ana não vai poder ir ao encontro. Foi mal.

—Kate me dá o telefone!

—Tá.

—Olha senhor Gray, sei que mal lhe conheço. Mas por favor, eu lhe imploro precisa me ajudar.

—Claro. Aconteceu alguma coisa?

—Eu vou viajar para a França e preciso que venha comigo.

—Claro. É um ótimo primeiro encontro.

—Com certeza. Vejo você no aeroporto.

—Agora?

—Sim.

—Venha para a empresa. Vou mandar abastecerem o jato.

—Obrigado. Você nem faz ideia do que está fazendo por mim.


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