Efeito Colateral escrita por jessie51


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora



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Eu e Regina estamos sentadas no cara da minha mãe, indo para a escola.

R: Emma, você está muita quieta, o que foi – perguntou Regina sua cara era de preocupação.

E: Nada – Falei sem conseguir olhar em seus olhos e pensando na noite passada.

R: Fala Emm... – minha mãe interrompeu ela.

M: Regina, nem tente insistir, porque ela está assim desde de manhã, eu já perguntei várias vezes e ela sempre fala, não é nada mãe – falou tentando imitar a minha voz, sorri.

R: Aleluia deu um sorriso – falou sorrindo para minha mãe e depois para mim.

M: Chegamos – minha mãe falou estacionando o carro.

Sai o carro, peguei a mão da Regina e saímos correndo, quando estava quase entrando na escola, minha mãe gritou.

M: TCHAU FILHA!!! Te amo – acenando do carro.

E: Tchau mãe – falei acenando de volta e entrei na escola.

P: Queridos alunos, hoje vocês iram desenhar o que vocês querem ser quando crescer – minha professora disse.

E: Nossa isso é lição para criancinha – falei

R: Ai Emma para de ser mal humorada, vai é legal desenhar pelo menos não temos que escrever – falou pegando seu caderno da mochila, a capa do seu caderno tinha a cara do Jim Carrey.

E: Por que você gosta do Jim Carrey mesmo – falei

R: Porque ele é muito engraçado – falou sem graça – Mas então o que você quer ser, quando crescer – falou mudando de assunto, eu achei ela tem fofa quando ficava sem graça.

E: O que eu quero ser ... é não sei – falei coçando a cabeça.

R: Eu quero ser atriz, fazer muitas series e filmes ganhar um oscar – falou empolgada -  você não sabe mesmo o que quer ser?

E: Não – falei ainda na dúvida.

R: Mas tem tenta coisa, tipo Bombeira, Policial, Advogada, Enfermeira, Cant... – interrompi ela.

E: Eu sei Regina, mas eu não sei ao mesmo tempo – falei envergonhada.

R: QUE? Você é muito confusa, e é igual a sua mãe fica me interrompendo toda hora.

E: É porque você fala demais.

R: Ah, cala a boca eu não falo não – falou fazendo biquinho.

E: Fala sim – falei sorrindo.

R: Eu estava tentando te ajudar sua mal agradecida – falou fingindo que está brava.

E: Não fique brava, só estava brincando, eu adoro que você fale sem parar – falei sorrindo mais.

R: Sei – ela falou tentando continuar brava, mas não conseguindo acabando sorrindo.

E: Regina, sabia que só você me faz sorrir quando estou triste – falei, fazendo ela abrir um sorriso tão lindo.

R: Tá vou fingir que acredito – falou rindo – mas você também me faz sorrir quando estou triste – falou ainda sorrindo – só não mais que filmes de comedia, principalmente os filmes do Jim Carrey – falou brincando.

E: Disso eu sei, você ri parecendo uma louca, quando está assistindo filmes de comédia, lembra da vez que nós estávamos assistindo e você estava tomando água, ai passou uma parte engraça e você cuspiu toda a água no chão e seu pai brigo – falei rindo me lembrando.

R: Ah eu me lembro disso – falei rindo alto.

P: Ei, vocês duas parem de conversar e dar risadinha e façam o desenho – a professora falou, brava.

Parei de rir minha cabeça começou a doer do nada e tudo começou a rodar e então apaguei.

R: EMMA! EMMA!! Acorda – Regina falou me balançando.

E: O que é – falei sonolenta.

R: Emma, já está na hora do recreio, você dormiu quando terminou seu desenho.

E: Dormi? – falei confusa.

R: Sim, venha vamos comer – falou me puxando pela mão.

R: E então o que você desenhou – falou quando nos sentamos na mesa do lanche, ao lado do Dylan, que tinha a hora do recreio no mesmo horário que o nosso.

E: Oi DYLAN, é eu não me lembro – Dylan olhou para mim mas não falou nada.

R: Em? como assim não se lembra – Regina falou confusa.

E: É, eu não me lembro – já era a segunda vez que isso acontecia.

R: Emma se não me engano, essa é a segunda vez que isso acontece.

D: Segunda vez do que? – Dylan perguntou.

R: Que a Emma esqueci de uma coisa – falou comendo sua comida.

E: Regina não era para falar – falei olhando na direção do Dylan.

R: Mas ele é meu irmão – falou protestando.

D: Ah, então é a segunda vez que ela fica com amnesia – falou rindo.

R: Ai Dylan, fica quieta se é para abrir a boca para falar abobrinha.

D: Ah vai defender ela agora boca feia – falou ainda rindo.

E: Ai não fala dela assim – falei quase me levantando para bater nele.

R: Emma deixa – falou olhando para o chão.

D: Isso fica do lado dela, você sempre faz isso, que nem no dia em que eu e ela brigamos – falou chutando a cadeira e saindo do refeitório.

E: Do que ele está falando Regina – perguntei.

R: Nada não – falou ainda olhando para a prato e fazendo círculos com o dedo nele.

E: Fala, por favor – pedi.

R: Tá bom, é que no dia em que vocês brigaram, ele falou para o papai que foi você que começou a briga, mas ai eu falei que foi ele, só isso – falou agora olhando para mim.

E: Serio? Mas foi eu que provoquei ele – falei surpresa.

R: É, mas foi ele que te deu um soco primeiro e eu sempre vou te defender do meu jeito claro que é só falando, porque lutar não dá né, meu irmão é muito maior que eu – falou sorrindo.

E: Ai, Regina só você mesmo – falei abraçando ela e demorando um pouquinho – agora vamos o sinal já vai tocar.

Quando saímos da escola, foi para a casa da Regina.

E: Regina, tem certeza que seu pai não tá em casa – perguntei olhando de um lado para o outro.

R: Tenho Emma, ele nunca fica em casa de dia, só vem para casa de noite, vem falou subindo as escadas.

Quando chegamos em seu quarto, me deitei em sua cama, com as duas mãos em baixo da cabeça e ela deitou de lado com a cabeça na minha barriga.

E: Regina por que seu irmão te chama de boca feia.

R: É por causa da minha cicatriz – falou olhando para o teto.

E: Ah então ele é um idiota, porque eu acho sua cicatriz muito legal – falei sorrindo vi Regina corando – Como você ganhou essa cicatriz – perguntei curiosa já que ela nunca me falou.

R: Eu estava brincando de fazer um filme de luta com meu pai, só que a espada era de verdade e meu pai me acertou sem querer perto da minha boca.

E: Nossa então foi seu pai que fez isso – falei assustada, quem brinca com a filha com uma espada de verdade.

R: É mas foi sem querer – ela se apressou a falar

E: Seu pai e seu irmão não gostando muito de você né.

R: É as vezes acho que sim.

: É vamos mudar de assunto – falei fazendo sua cara triste -  por que será que a professora não entregou o meu desenho, só o seu e o do resto da sala – falei, tentando me lembrar do que desenhei.

R: Não sei, você não deixou eu ver o seu desenho – falou se levantando e indo em direção ao banheiro.

E: Não deixei? – perguntei não me recordando daquilo.

R: É, toda hora eu perguntava o que você estava desenhando, mas você não falava ou quando eu tentava ver, você puxava o desenho para eu não olhar e você estava com uma cara estranha, então parei de encher seu saco – falou do banheiro.

E: Me desculpe – falei tentando de todo jeito me lembrar do que desenhei, mas não conseguia.

R: São problemas – falou saindo do banheiro e sorrindo para mim – Mas Emma você precisa falar com a sua mãe sobre isso de ficar esquecendo a coisas – falou mudando sua expressão para preocupada.

E: É eu sei, vou falar isso hoje para ela – porque será que isso está acontecendo, falei para eu mesma.

R: Acho bom – Falou se deitando de novo só que agora do meu lado – Porque você fica estranha.

E: Como assim, estranha – falei curiosa.

R: É sei lá, tipo você não parece a Emma que eu conheço – falou com a cara pensativa – você fica brava e parece que está em outro lugar, você não parece você, entendi.

E: Acho que sim – falei olhando para ela.

R: Tipo a Emma que eu conheço é meiga, tímida e tem um sorriso lindo – falou olhando para mim. Nossos rostos estavam bem perto um do outro.

E: É? – falei eu sentia a respiração de ficando mais rápida.

R: Sim – Regina falou

E: É Regina eu preciso de falar uma coisa – falei chegando mais perto dela, quase colando nossos lábios – eu acho que estou começando a gos... – quando eu estava criando coragem para falar a campainha tocou. Regina deu um pulo.

R: Acho, acho melhor, e... eu atender a porta – Regina falou nervosa correndo lá para baixo e me deixando sozinha.

Eu gosto da Regina desde meus 9 anos mas nunca admiti, antes eu achava que era só sentimento de amizade, mas com o tempo descobri que é algo mais, não sei o que é, mas eu sei que não é só um sentimento só de amizade e não sei porque quase contei para ela agora.

R: EMMA!!! É SUA MÃE! – Regina gritou lá de baixo.

E: Mãe, o que faz aqui tão cedo – perguntei, já que ela sempre chegava tarde do trabalho.

M: Nós precisamos ter uma conversa séria, venha vamos para casa – falou indo em direção a nossa casa.

E: Tchau Regina – falou me aproximando dela e dando um beijo em sua bochecha.

R: Tchau Emma – falou sem jeito.

E: O que foi mãe – falei assim que entrei em casa.

M: O que foi Emma - minha mãe falou alterando a voz – Por que você desenhou você com uma faca na mão e com corpos mortos em baixo de você – falou me mostrando o desenho.

E: QUE? – falei assustada

M: É olha bem para isso – falou me entregando o desenho.

E: Mãe eu... eu não sei, eu não me lembro de ter feito esse desenho – falei ainda olhando para o desenho.

M: Emma não mente para mim – falou brava – Sua professora falou que era para ser um desenho de quem você ser quando crescer, e você desenho isso – falou quase gritando.

E: Mãe, é sério eu não lembro de ter feito esse desenho – falei já começando a chorar – eu juro.

M: Emma isso é sério – minha mão falou olhando para mim.

E: Sim – falei chorando.

M:Oh filha, o médico me disse isso da primeira vez que você esqueceu uma coisa, ele falou que se acontece de novo, era para eu te levar para conhecer seu pai – falou mais calma.

E: O que? – falei assustada.

M: É Emma, acho que está na hora de você conhecer seu pai.


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