E: Mãe eu não quero ir para a casa do senhor Henry – falei brava, na verdade estava com medo, eu já não ai lá a mais de uma semana e só falava com Regina na escola.

M: Mas filha eu tenho que trabalhar até tarde hoje – minha mãe falou, correndo pela casa procurando suas coisas do trabalho.

E: Mãe, você está trabalhando muito nesses últimos dia, naquele hospital – Falei preocupada.

M: Filha não se preocupe eu estou bem – Falou sorrindo para mim – Ah eu já estava quase esquecendo – ela falou pegando um caderno – Toma isso é para você.

E: Um caderno? – falei com dúvida.

M: Sim, para você escrever nele.

E: Mas escrever o que? – falei ainda não entendo sua intenção.

M: Tudo Emma, para quando você se esquecer de alguma coisa escrever nele – falou colocando o mão no meu ombro.

E: Ah, mas eu só esqueci uma vez – falei

M: Eu sei que você só se esqueceu daquela sua briga, mas o seu médico falou que é melhor você começar e escrever para ajudar seu cérebro e se desenvolver – falou voltando a procurar suas coisas

E: Ah, obrigado mãe – falei com sinceridade, me sentei no sofá, peguei uma caneta e comecei a escrever.

Hoje eu vou para a casa do tio henry e estou com medo...

M: Filha vamos, se não vou ficar atrasada.

M: Muito obrigado senhor Henry por poder ficar com a Emma – Minha mãe falou, quando chegamos na casa da Regina.

H: Não tem de quê – ele falou com um sorriso e bagunçando o meu cabelo.

E: Para com isso – falei brava, ele nunca fazia isso.

M: Emma se comporte e ás 22:30h venho pegar você, tchau – falou já se dirigindo para o carro.

E: Tchau mãe – falei fiquei olhando o carro dela, até ele virar a esquina com medo de entrar na casa.

H: Vamos Emma entre, a Regina está esperando você no quarto dela – falou entrando na casa.

Eu entrei com devagar e fechei a porta, eu já tinha entrado várias vezes na casa, mas agora parecia estranho, e eu estava tão distraída que tropecei em alguma coisa e bati em alguém.

D: AI!! Presta atenção por onde anda Emma – Dylan falou

E: Desculpa não vi você –falei, meu olhar foi direto para a pescoço dele, a cicatriz do brinquedo que acertei nele, ainda estava lá.

D: O que você está fazendo aqui? – perguntou chegando mais perto de mim.

E: Não é da sua conta – falei, eu não tenho medo dele

R: EMMA!! – Regina falou descendo as escadas correndo e me abraçando.

E: Oi – falei abraçando ela forte.

R: Venha, vamos brincar – falou puxando minha mão e me levanto para cima, olhei para baixo e o Dylan ainda estava lá, nos olhando com cara de bravo.

R: Então do que você quer brincar – perguntou Regina, sorrindo de orelha a orelha, enquanto eu me sentava ao seu lado na cama.

E: Por que você não para de sorrir – falei sorrindo também, ela é tão linda sorrindo.

R: Por nada, é que fazia tempo que você não vinha brincar aqui.

E: Ah isso é verdade – falei me lembrando do porque não ai mais lá.

R: Por que você parou de vir aqui em casa – ela falou com uma carrinha triste.

E: Err... – eu queria falar para ela o que aconteceu uns dias atrás, mas não tinha coragem – Sei lá – falei por fim.

R: Fala Emma – falou calma.

E: Deve ser porque, minha mãe está trabalhando muito, ai eu tenho que ficar cuidando da casa- eu não gostava de mentir para a Regina, mas o que eu iria falar. Que eu fui na sua casa na madrugada, porque eu ouvi um grito e o seu pai estava estranho.

R: Ata, porque você não falou isso antes, porque ai eu iria na sua casa – ela falou voltando a sorrir.

E: Regina, o que você acha dá gente ir lá no quartinho ver o que tem lá dentro – falei achando que ela falaria sim, porque é muito curiosa. Mas ela ficou pálida.

E: Regina – falei indo para mais perto dela.

R: Acho melhor não – falou ainda com cara de medo.

E: Por que? – falei já me lembrando daquele dia.

R: Papai não gosta – agora ela estava tremendo.

E: Mas é só por isso ou tem outro motivo – falei pegando em sua mão e fazendo carinho nela, para tentar acalma-lá.

R: Não tem outro motivo, é só que ele fica muito bravo mesmo.

E: Tudo bem, então vamos brincar de esconde-esconde – falei sorrindo, mas não acreditando muito no que ela falou, não era só aquilo e eu iria descobrir o que era.

7 horas depois.

E: Regina, já são 21:30, eu estou com sono, vamos dormir – isso era parte do meu plano para conseguir ir no quartinho.

R: Mas daqui a pouco sua mãe chega e eu quero brincar mais com você – falou se deitando no chão do seu quarto.

E: Mas é que amanhã eu tenho que acordar cedo, para ir no medico – menti.

R: Tá bom, mas amanhã você vem brincar comigo – falou indo para o guarda roupa pegar seu pijama.

E: Tá, eu vou escovar os dentes e já volto – falei indo em direção ao banheiro. E claro, eu demorei no banheiro, para seguir meu plano e quando voltei ela já estava dormindo. Então deitei eu seu lado.

Depois de um tempo levantei e fui lá para abaixo, já eram 22:00h, então eu só tinha meia hora para conseguir entrar no quartinho, antes da minha mãe chegar. Desci as escadas devagar, o senhor Henry estava assistindo TV na sala, com uma garrafa de cerveja na mão, acho que estava bêbado, então me arrastei para atrás do sofá, e foi me arrastando até a cozinha, olhei para atrás e ele ainda estava assistindo TV.

Na cozinha tinha uma porta que dava lá fora, abri devagar e sai lá para fora, fui até o quartinho a porta estava fechada, então dei a volta pelo quartinho e achei uma janela, era pequena mas dava para entrar por ela.

Quando entrei, estava tudo escuro, então procurei se tinha alguma lâmpada, achei o puxei um cordinha para ligar ela. Quando liguei, não achei nada de mas só fantasias, muitas fantasias e uma câmera de filmagem. Comecei a procurar por outras coisas aquele lugar fedia, quando já estava quase desistindo achei um balde de tinta ele estava fechado, tentei abrir mas não consegui. Então peguei uma tesoura e cortei a tampa, quando abri tinha uma dinamite dentro. Porque ele tinha uma dinamite?

Guardei ela de volta no lugar, mas ai achei CDs do lado, peguei eles, um deles estava escrito REGINA ANIVERSARIO DE 8 ANOS, não tinha nada de estranho, então, quando estava prestes a pegar outro CD.

H: EIII!!! O que está fazendo aqui Emma – o pai de Regina falou, sua cara dava medo.

E: Na...Nada – falei com medo tentando esconder o CD, atrás de mim.

H: O que é isso que está tentando esconder – falou tentando olhar.

Coloquei o CD no chão e chutei devagar pra baixo de uma estante, sem ele ver.

H: Anda, responda minha pergunta, se vou ter que ir ai olhar.

Eu não sabia o que falar.

H: Ah garota você não vai falar, então eu vou ai pegar – falou se aproximando de mim – se você estiver com alguma coisa minha, você vai pegar – falou bravo, quando ele estava quase encostando em mim, ouvi uma buzina.

M: FILHA CHEGUEI!!! – Minha mãe falou do carro, o pai de Regina parou de vir na minha direção e ficou me olhando, então foi ai que sai correndo indo em direção ao carro da minha mãe. Quando entrei no carro a abracei com força.

M: O que foi filha? – minha mãe pergunto

E: Nada, só estava com saudades – menti.

M: Ah eu também filha – ela falou, acho que ela estava tão cansada do trabalho, que não percebeu minha cara de choro. Então eu sorri.

E: Vamos mãe quero ir logo para casa – sai do carro e fui correndo em direção a nossa casa, chorando. Entrei e fui para o meu quarto e sentei na minha cama.

E: Meu deus, o que foi aquilo – falei para mim mesmo com as mãos no cabelo – o que será que tem naqueles vídeos? E para que são aquelas fantasias – eu estava confusa. Então fui para a janela pensar e fiquei lá olhando par a cara da Regina, na verdade para o quartinho.