Desejo e Sangue escrita por shelle hanie


Capítulo 21
GUERRA PARTE III




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A mão de Seth afrouxou-se, o que lhe permitiu um soco no rosto.

Ele se levantou e eu já não conseguia ver

- Selena – gritou Seth – Vá para a praça. Era uma armadilha. Eles são apenas uma distração.

Jim já se preparava para atacar Nick. Mas Seth segurou sua mão e lhe disse algo. Eu não podia mais perder tempo.

Corri em direção à praça. Agora sim, tudo fazia sentido. Marcus um traidor. Era por isso que ele não me queria com Seth. Por isso que os registros são proibidos. Há alguns anos ele também havia se revoltado com o conselho querendo o controle de tudo e voltara de uma hora para outro redimido. O encontro com o conselho era apenas uma desculpa para atacá-los. Era essa a estratégia deles.

Olhei para trás por alguns segundos. Jim me seguia sem parar de correr perguntou a ele:

- O que aconteceu com Nick?

- Seth esta cuidando dele precisamos acabar com algo mais importante agora.

Eu deixava de ficar confuso. A raiva tomou conta de mim e achei ótimo.

Ao chegarmos tudo já havia começado, clarões rompiam por tudo o conto. Mostrando os poucos anjos e vampiros lutando mesmo fúria mortal. Ninguém era mais forte do que os outros lutaram de igual para igual. Mais Marcus havia escolhido os vampiros mais fortes para essa batalha. Até Chad estava lá.

- O que você fez? Gritei a ele.

- Selena, meu amor – viu ele – não esta feliz. Seremos os donos de tudo agora. Eu estou fazendo isso por você – disse ele doce

- Por mim? Perguntou sem emoções.

- Selena, Querida, será ótimo pra nos – disse Marcus – Eu amo você!

“Ele me amava”

- Ele matou sua família Selena. Ele quem você tanto odeia.

- Gritou Seth atrás de mim.

“Não, ele não me amava”.

- Ele transformou você porque teve pena – dizia ainda Seth.

Jim e eu paramos por alguns segundos. Marcus também olhava diretamente para Seth. O caos ao nosso lado não importava mais.

- Ele esta mentindo Selena – gritou Marcus.

Anjos não mentem – falei entrecortado deixando meus dentes rangerem em cada palavra.

Sophia PDN 21

Não sei por que eu estava indo para a praça. Talvez intuição. Às vozes em minha mente estavam calados, quietos. A radio futuro. Se desligara justo agora. À noite emanava um ar lúgubre, como se já soubesse que terminaria ruim.

Senti um arrepio correr por todo o meu corpo. Fechei minhas mãos em punho. Não poderia ter medo agora. Não poderia!

Dei mais alguns passos tendo o cuidado para não ser vista e é claro estava numa posição em que meu cheiro não chegaria ate eles.

Eu já sabia quem era mesmo sem nunca te-lo visto – Marcus, ele conversava com Jim e Selena.

- Você mentiu pra nos – gritou Jim enfurecido – matou minha família para nos transforma em monstros.

Abafei um grito, eu não poderia me deixar ser pega.

- Eu salvei vocês – disse severo Marcus – a voz dele me era assustadora, tenebrosa.

- De que? Da sua vontade de sangue? Claro você estava satisfeito – debochou Selena num sorriso.

Jim havia cerrado os punhos e os dentes. E Marcus se preparava para atacar. Eu precisava salva-lo.

Não pensei duas vezes. Corri na direção de JIM. Queria que minhas pernas fossem mais rápidas. Eu já não ouvia mais nada. Mas sabia que não demorava uma estratégia. Uma voz gritava em minha cabeça> “Vamos”, “Corra!”, Corra!”“, “Mexa-se!”

- Jim – gritei enquanto me colocava em sua frente.Vislumbrei Marcus por entre as sombras enquanto sentia algo atravessando meu peito. Dor, uma aguda dor, Marcus havia atacado. Eu não me importava com isso. Eu O havia salvado e estava no lugar que se destinava a ele agora.

Gritei enquanto Marcus retirava sua mão no meu peito. Olhei sua expressão sedenta e fria ao mesmo tempo.

Jim me olhava com uma expressão indecifrável. Parecia que seus sentimentos haviam se misturado. Raiva, dor, tristeza, ódio.

Selena PDV

Tudo aconteceu muito depressa. Sophia agora estava jogada no chão. O sangue dela se espalhava lentamente pela calçada tingindo sua blusa branca de um vermelho vivo. Segurei minha respiração. Enquanto agarrava Chad pelo pescoço. Eu não queria fazer aquilo. Mas eu ia colocado pra dormir. Quebrei o seu pescoço e o puxei para longe dali. A tempo de ver Jim.

Seus olhos ficaram prateados. E ele soltou um grito fazendo tudo parar. Ninguém se moveu. A briga havia cessado.

Aquilo não era só um grito, era toda a dor que estava sentido. Como se o sangue de Sophia na calçada fosse seu próprio sangue.

Ele elevou as mãos e depois as lançou para frente fazendo a Terra toda tremer e junto a um grito, tudo clareou a um ponto de que ninguém podia ver, mas nada.

Não se sabe realmente o que aconteceu, mas quando voltou ao normal. Marcus não estava mais La. Desintegrado. Ele tinha sido desintegrado.

Jim caiu sobre os próprios joelhos e devagar arrastou Sophia a envolvendo em seus braços.ela entao lhe deu um largo sorriso que ia de orelha a orelha.

Pelos seus lábios poder-se-ia apenas traduzir: 

“Você conseguiu, obrigado”.

E por ultimo um:

“Não se preocupe, eu amo você”.

Ela fechou os olhos e partiu. Ele a agarrou mais forte como se pudesse trazê-la de volta. Os poucos que ficaram, que haviam se rendido, assistiam em silencio.

Então um anjo apareceu e tornou Sophia dos braços de Jim, desaparecendo com ela em seguida.

Ele se levantou e saiu andando pela rua olhando para o chão.

Tudo havia acabado. Não havia mais guerra. Não havia mais quase ninguém, como se depois de tudo nada mais pudesse fazer sentido.

Seth veio ate mim e me abraçou carinhosamente, beijando o alto de minha cabeça.

-Seth!

Mas parecia que nem tudo tinha acabado. Miguel o chamava a poucos distancias dali.

- Espere aqui – disse Seth sem olhar nos meus olhos – voltarei quando puder.

Ele caminhou lentamente ate seus superiores. Conversaram um pouco e desapareceram sob um novo clarão.

O sol já nascia meio encoberto por algumas nuvens. Eu não podia mais ficar ali. Corri em direção a floresta, cortar caminho para casa, pois entre as arvores era uma boa idéia, naquele momento. Um bom jeito para pensar.

Jim estava sentado em sua poltrona normalmente. Não se mexia, não respiravam, seus punhos continuavam fechados, rudes. E suas pálpebras mal se fechavam.

Eu queria lhe, poder dizer algo. Que estava tudo bem, mas não estava. Eu não podia dizer isso a ele.

Subi as escadas devagar. Ele precisava ficar sozinho.


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