Palavras de amor escrita por BruPotter


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: me desculpas pela demora! Mas eu tenho explicações!!. Eu não tinha ideias e também fui viajar! Eu dou o direito de vocês falarem o que estiverem pensando.
Mas aqui esta com muito carinho o capítulo!!!



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POV Mônica

— Mãe...

Depois disso minha mãe fica me encarando e depois de dois minutos fala.

— Mônica...é você?

— Sim, sou eu- Eu respondi, com os olhos lacrimejando.

— Mi hija!- Ela gritou, e depois de deu um abraço. E sem hesitar eu o correspondi.- senti tanta saudades.

— Eu também.- Eu disse, enquanto umas lágrimas caiam no meu rosto, mas não de tristeza e sim de alegria.- você não vai embora, né?.

— Eu nunca mais vou te deixar- Ela disse, desfazendo o abraço e secando minhas lágrimas.

— Pera, o Matheus!- Eu lembrei.- ele vai adorar saber que você voltou.

— Eu quero muito ver meu bebê.- Ela disse.

— Entra- Eu pedi, e assim minha mãe fez.

— Aqui não mudou nada...- Ela sussurrou. Eu até pensei em falar algo mas melhor não, acho que ela disse na esperança de que eu não escutasse.

— Senta que eu vou buscar o Matt.- Eu disse, enquanto ia para as escadas.

Subo as escadas o mais rápido que posso e vou para o quarto de Matheus.

— Matt...

— Desculpa, não posso falar, eu to trabalhando no meu protótipo- Ele disse, sem olhar para mim.

— Pena, então a surpresa vai ficar pra depois.- Eu disse, tentando ativar a curiosidade dele.

— Surpresa?- Ele perguntou, olhando para mim.

— Sim- Eu respondi. Parece que deu certo.

— E qual é?

— Só vai ver se o senhor ir pra sala- Eu disse.

— Tudo bem, só vou terminar um negócio rápido aqui e já desço- Ele disse.

— Ok, estou te esperando.- Eu disse, saindo do quarto dele.

Desço as escadas e sento ao lado de minha mãe no sofá.

— Ele já esta vindo.- Eu falei.

POV Matheus

Termino o que estava fazendo, desço da cadeira de onde estava, sai de meu quarto mas quando ia para as escadas alguém me chama.

— Matheus-???

— Ah, oi Suzana- Eu a cumprimentei.- eu adoraria conversar mas a minha irmã vai me mostrar uma surpresa.

— Ata, você quis dizer a sua mãe que está lá embaixo.- Ela falou.

— Sério! Que bacana!- Eu gritei, e fui correndo para as escadas.

— Pra onde vai?- Suzana perguntou.

— Vou descer pra falar com a minha mãe, faz muito tempo que quero conhece-la- Eu expliquei.

— Olha...se eu fosse você, eu não iria- Ela falou.

— Como assim?- Eu perguntei.

— Pra que falar com alguém que me abandonou sem motivo.- Ela explicou.- mas se quiser, pode ir. Vou pro meu quarto.

Suzana vai para o quarto, me deixando com um ar pensativo.

POV Mônica

Não estou entendendo, eu achei que atiçando a curiosidade do Matheus ele iria vir correndo pra cá.

— Mãe, eu vou ver por que o Matt esta demorando.- Eu disse, me levantando do sofá.

— Tudo bem

Vou até as escadas, subo e vou até o quarto de Matheus. Mas quando ia abrir a porta percebo que estava trancada.

— Matt, por que você não desceu?- Eu perguntei.

— Eu não quero descer pra ver a mamãe!- Ele gritou.

— C...como você sabe?

— Não é da sua conta.- Ele disse, irritado.

— Ok, mas por que não quer vê-la?- Eu perguntei. Ele sempre quis isso.

— Pra que ver alguém que me abandonou!- Ele gritou.

— Ela não nos abandonou, deve ter um motivo- Eu disse, tentando não me irritar.- sai dai e vamos conversar, todos juntos.

— Vai embora!- Ele gritou.

— Tudo bem- Eu concordei.- mas saiba que esta sendo muito injusto com a mamãe.

Desço as escadas e vou pra perto de minha mãe.

— Por alguma razão o Matheus não quer te ver, ele acha que você nos abandonou.- Eu disse, um pouco chateada.

— Eu não abandonei vocês, tive meus motivos pra ficar tanto tempo fora.- Ela disse.

— Tudo bem, o Matt ainda é muito pequeno pra entender a separação. Mesmo não sabendo o motivo- Eu disse, dando um pequeno sorriso.

— Eu prometo que irei contar a vocês o porque da separação- Ela disse, enquanto se levantava.

— Você não precisa se sentir obrigada a fazer isso.- Eu disse, enquanto me levantava.

— Tudo bem, mas quando quiser saber, é só falar.- Minha mãe disse, indo para a porta e a abrindo.

— Antes de ir embora, pode se fazer aquela coisa de antigamente.- Eu pedi.

— Claro.

Se vocês estiverem curiosos sobre a coisa, eu vou contar. A minha mãe é bilíngue, e eu sempre gostava quando ela falava espanhol. E também quando ela podia sempre me ensinava.

— Adiós, Madre

— Adiós no, yo diria hasta luego

— Te amo

— Yo también te amo mi hija.

Dou um último abraço em minha mãe, que da um beijo em minha cabeça. E eu admito que isso foi muito bom.

Desfaço o abraço e a vejo ir embora, então subo as escadas, vou pro meu quarto. Deito em minha cama e fico assistindo um filme em meu laptop até dormir.

POV Cebola

...Sábado...

Ah sábado, o dia perfeito para todos os adolescentes saírem pra qualquer lugar. Mas no meu caso é dia de ficar em casa jogando vídeo game ou vendo séries no meu laptop...

— Qual é maga, se concentra- Eu disse, enquanto cortava a cabeça de um monstro com minha espada.

— Eu to concentrada, mas são muitos! To perdendo meus pontos de energia, usar a magia custa isso.- Ela respondeu, enquanto fazia uma barreira sobre nós.- me explica de novo qual o nosso objetivo, capitão Onion.

— Antes era encontrar a coroa do jogo, mas como esse novo mundo foi desbloqueado...o objetivo é...

— Vai dizer que não tem objetivo!!- Ela gritou, pelo microfone. No qual usamos pra nos comunicar.

— Então não digo- Eu disse, enquanto pegava um item do meu inventário.

— Chega disso!- Ela disse, e depois jogou um feitiço de teletransporte.- pronto, endívia.

— Que sem graça...- Eu disse, magoado.

— Vai ver a graça se a sua energia tiver acabado- Ela disse.- e eu tenho que cuidar da minha loja...

— “Maga Lee, doces que são um encanto”- Eu disse, entediado.- já sei.

— Que bom, vamos entrar e nos reabastecer- Ela disse, enquanto entrava na loja.

— Ok- Foi só o que eu disse. Mas na verdade ela fez bem de ter nos teletransportado, tava quase sem energia...

— Senta ai e come uns  doces power up- Ela disse, colocando o prato na mesa.

— Senta aqui, não tem clientes- Eu pedi. E a mesma concordou, se sentando ao meu lado.

— Alguma novidade?- Ela perguntou.

— Não, só quero aumentar as energias e continuar o jogo- Eu disse, enquanto comia o doce virtual.

— Olha Cebola, não vai dar pra continuar jogando.- Ela disse.

— Poxa, por que?- Eu perguntei.

— Vou sair com os meus pais.- Ela respondeu.

— Pena, jogar sem você é chato- Eu disse, um pouco chateado.

— Por que não sai- Ela sugeriu.- hoje o dia esta tão bonito pra ficar em casa.

— Sair sozinho...- Eu disse.- tipo...sem você.

— É

— Eu não sei...

— Tenta vai, por favor- Ela pediu.

— Ok, eu tento- Eu me dei por vencido.

— Oba!- Ela comemorou.- agora eu tenho que ir

— Tchau.- Eu me despedi e sai do computador.

Me levantei da cadeira, vou até o armário e coloco uma roupa. Desço as escadas, vou até a cozinha e me deparo com meu pai.

— Vou dar uma caminhada- Eu o avisei.- volto daqui a uns minutos, ok?.

— Ok, divirta-se filhote- Eu pai disse.

— Valeu.- Eu agradeci e sai pela porta da cozinha.

Saio de casa e fico passeando pelo bairro, mas ai depois de uns, sei lá, 20 minutos caminhando fiquei entediado.

Quando ia voltar vejo que estava na entrada do parque. Sabe quando bate aquela nostalgia, aquela vontade de retomar a infância, então...foi o que eu senti.

Resolvi entrar no parque, fiquei caminhando e relembrando das vezes que minha mãe ou meu pai me traziam aqui, mas sai dos meus pensamentos com uma voz.

— Cê?-???

— Mônica?- Eu perguntei, e vou até ela.- o que esta fazendo aqui?.

— Eu pergunto o mesmo pra você- Ela falou.

— Tava dando uma volta pelo bairro.- Eu disse.- e você?.

— O Cascão me tirou de casa pois disse que hoje eu não escaparia de passar o dia com ele, mas ele viu uma garota e foi paquerar e eu não quis ficar de vela e fugi.- Ela explicou.

— Entendi, acho melhor eu ir, o Cascão deve estar te procurando- Eu falei, me virando, mas ela segura meu pulso.

— Não precisa ir, quando o Cascão vê alguma garota e se interessa ele fica fora de órbita.

— Ok, quer conversar?- Eu perguntei.

— Sim, ainda não sei muito sobre você- Ela disse, começando a caminhar.

Então ficamos conversando mais um pouco, e admito, foi bem legal passar esse tempo com a Mônica. Ela é uma garota bem divertida.

— Ei- Ela disse, me tirando dos pensamentos novamente.

— Sim

— Você consegue guardar um segredo?- Ela perguntou.

— Não- Eu brinquei, mas acho que ela não gostou muito...- to brincando.

— Que bom- Ela disse.- fecha os olhos.

— Por que?- Eu perguntei. As vezes sou desconfiado.

— Você confia em mim?- Ela perguntou.

— O que?

— Confia em mim?

— Sim- Eu respondi.

— Então fecha os olhos- Ela pediu.

Fechei meus olhos e senti Mônica me puxando. E depois de uns minutos falo.

— Pra onde estamos indo?- Eu perguntei.

— Já disse que é segredo.- Ela disse, e depois riu.- não seja impaciente, estamos chegando.

— Ok...- Foi tudo o que eu disse.

— E...pronto.- Ela disse. E a sinto soltar minha mão.- pode abrir os olhos

Assim que abri meus olhos me deparei com um lindo jardim. Era repleto de flores de vários tipos e cores, um banco de madeira e etc.

— Gostou?- Ela perguntou.

Eu nem tinha palavras pra descrever como era.- uau...esse lugar é...é...

— Incrível?- Ela perguntou, e deu uma risadinha.

— Sim- Eu concordei, ainda impressionado.- como descobriu este lugar?.

— Minha mãe, foi ela que fez esse lugar.- Ela disse, olhando para um ponto fixo.- quando eu fiz sete anos ela me trouxe para esse parque e me mostrou isso tudo. Eu fiquei tão admirada e encantada, e toda vez que eu fico triste ou com raiva venho pra cá.

— Então é como um esconderijo?- Eu perguntei.

— Sim, tá vendo aquela construção bem ali- Ela disse, apontando pro lugar.

— Sim, aquela não é a nossa escola?- Eu concordei e perguntei.

— Acertou, eu sei de um atalho pra sair de lá e vir pra cá toda vez que me irrito.- Ela falou.- tipo...eu me sinto melhor aqui...

— Da pra ver, aqui é como se tivesse...

— Uma energia positiva!- Eu e ela falamos ao mesmo tempo.

Quando percebemos o que havíamos feito caímos na gargalhada, depois que paramos Mônica disse.

— Sabia que você foi a primeira pessoa que eu mostrei o lugar.

— Verdade?

— Sim, nem pro Cascão que é o meu melhor amigo eu mostrei.

— Então devo me sentir sortudo por receber essa honra da grande Mônica Sousa.- Eu brinquei outra vez e ela riu.

— Pode apostar, é mesmo uma grande honra ficar comigo.- Ela brincou, e foi minha vez de rir.

— A Magali tem sorte de te um melhor amigo como você- Mônica falou.

— Como assim?- Perguntei.

— Você é bem legal e divertido- Ela disse.- você deve ter outros amigos além da Magali.

— Na verdade não....- Eu disse, abaixando a cabeça.- só tenho a Magali...

— Sério?

— Sim, mas eu nem ligo- Eu disse.- ela me entende e é isso que importa pra mim.

— Isso é fofo- Ela disse.- mas você queria ter mais amigos? Ou prefere ser só você e ela?.

— Bom...a maga quer ter mais amigos e eu também, mas...- Eu disse.

— Mas...- Ela me incentivou a falar.

— Mas eu sou muito tímido e quando vou falar com outras pessoas fico gaguejando.- Eu disse chateado.- você percebeu no dia do esbarrão.

— Ah...

Depois disso ficamos em silêncio e eu aproveito e fecho meus olhos e fico sentindo a brisa do lugar. Mas de repente escuto algo.

— Ei!

— Que foi?- Eu perguntei.

— Eu acho que posso te ajudar- Ela disse.

— Ajudar no que?

— Na sua timidez, seu bobo.- Ela disse.

— E como você vai me ajudar?- Eu disse, curioso.

— Você ainda tem os convites pra festa da penha?- Ela perguntou.

— Sim, estão guardados na minha gaveta.- Eu disse.- mas ainda não entendo.

— Então pode tira-los de lá, pois você vai a festa!- Ela falou.

— O que!!- Eu gritei, e me levantei do banco.- ta brincando, né?.

— Não

— Desculpa Mônica, mas eu não vou a esta festa- Eu disse.

— Por que?- Ela perguntou, também se levantando do banco.

— Eu vou bancar o idiota lá- Eu expliquei.- a minha timidez e gagueira vão ficar no nível máximo.

— E é esse o objetivo.-  Ela disse.- quero que você vá pra acabar com essa timidez toda.

— Não vai dar certo.- Eu disse.

— Vai sim, eu vou estar lá pra te ajudar.

— A resposta ainda é não- Eu disse, irredutível.

— Por favor

— Não

— Por favor

— Não

— Por favor

— Não!

— Por favor, por favor, por favor!- Ela ficou repetindo a mesma frase.

— Você vai continuar insistindo até eu aceitar a proposta, né?- Eu perguntei.

— Sim. Por favor, por favor, por favor, por favor!- Ela concordou e continuou a repetir a frase.

— Tá!- Eu disse, um pouco irritado.- eu vou na festa.

— Eba!!- Ela comemorou.- você não vai se arrepender, eu prometo.

— Espero...

— A gente se vê lá.

Mônica sai do lugar e depois de uns minutos saio também.

...Em casa...

Entro em casa, dou um oi para meu pai, subo as escadas e vou para o meu quarto. Pego meu meu celular e ligo pra Magali no face-time.

— Oi!- Ela me cumprimentou.

— E ai, como foi o dia com seus pais?- Eu perguntei.

— Foi divertido, tiramos várias fotos e passeamos.- Ela disse.- e você? Seguiu meu conselho?.

— Segui, sai de casa, dei uma volta pelo bairro e fui ver o parque em que a gente ia.- Eu disse.

— Que legal- Ela disse.

— Maga...você esta cansada por causa do dia com seus pais?- Eu perguntei.

— Não, por que a pergunta?.

— Você topa ir na festa da Penha hoje a noite?- Eu perguntei.

— Por que de repente tomou essa decisão?- Ela perguntou, curiosa.

— Sei lá...- Eu disse, hesitante.

— Ta hesitando, e quando você faz isso é por que esta escondendo algo- Ela falou. Odeio quando a maga sabe sobre meus hábitos.

— To nada...

— Abre o bico que eu te conheço.- Ela insistiu.

— Ok- Me dei por vencido.- o motivo pra eu querer ir é por que a Mônica me convenceu.

— Ah...

— Não começa

— Ok, mas por que ela te convenceu?- Magali perguntou.

— Por que ela quer me ajudar a superar a timidez.- Eu disse.

— Hum...

— Por que o “hum”?- Eu perguntei.

— Nada não.

— Ok, mas você vai comigo ou não?.

— Tá, eu vou- Ela concordou.

— Valeu, mas agora pode me responder uma coisa?- Eu disse.

— Claro

— Mas tem que me dizer a verdade.

— Ok

— Por que disse “hum” a alguns segundos atrás?.- Eu perguntei.

—...

— A verdade dona Magali.- Eu insisti.

— Só tava pensando.- Ela disse.

— No que?

— Só que é bem estranho a Mônica querer te ajudar.

— Não tem nada de estranho ela me ajudar.

— Isso me parece suspeito.

— Não começa, eu já disse pra não implicar.

— Ok, não esta mais aqui quem falou.- Ela disse, levantando as mãos em sinal de rendição.

— Vou te mandar o endereço e a gente se vê lá ou vamos juntos?.- Eu perguntei.

— Vamos juntos, ai fica melhor- Ela sugeriu.

— Ok, nos vemos a noite.

— Até a noite

Desligo meu celular, o guardo e vou pra minha cama tirar um cochilo.

POV Mônica.

Depois de sair do meu esconderijo e vou pra casa, mas sinto meu celular vibrar, o pego e vejo que era uma ligação do Cascão.

— E ai!

— Nada de “e ai!” comigo mocinha- Ela disse, irritado.

— Quem é você e o que fez com meu melhor amigo?- Eu perguntei.

— Eu ainda to aqui, mas ta chateado pois a senhorita me deixou sozinho no parque- Ele disse, chateado.

— Eu te deixei?- Eu perguntei, enquanto subia as escadas para meu quarto.- foi o senhor que me deixou pra ir paquerar aquela garota com luzes no cabelo.

—...

— Parece que alguém ficou quieto de repente- Eu disse, sarcástica.

— Ok, você ganhou, mas eu achei que você ainda estava do meu lado. Você não viu o fora que eu levei dela!- Ele disse.

— O que ela fez?- Eu perguntei, um pouco entediada. Pois sempre que ele paquera uma garota é a mesma ladainha e a mesma reclamação.

— Eu perguntei se ela podia me dar o número de celular e adivinha o que ela fez!- Ele gritou.

— O que?- Eu perguntei. Mesmo sabendo o que teria acontecido.

— Me deu o número errado! Não era o dela e sim de um...- Ele disse mas o interrompo.

— De qual restaurante?- Eu perguntei.

— Italiano, mas como você sabia?- Ele perguntou.

— Você é previsível quando se trata de paquerar garotas- Eu disse, enquanto me deitava na cama.

— Como assim?- Ele perguntou.

— Toda vez que você vai paquerar uma garota é a mesma coisa!- Eu disse, entediada.- você manda uma cantada ridícula que o Titi e o Jeremias te ensinaram e a garota te da uma fora fingindo que tem uma coisa pra fazer e nunca mais volta ou te da o número de celular errado.

Ok...- Ele sussurrou.

— Ou ela te da um tapa na cara e fala que não quer nada...

— Ok!- Ele gritou.- já entendi! Não precisa ficar me esculachando.

— Foi mal, mas é isso que da escutar o Titi ou o Jerê- Eu disse.

— Eu só quero uma garota pra chamar de namorada...- Ele disse, triste.

— Cas, eu posso te dar um conselho?- Eu perguntei.- de amiga pra amigo.

— Manda

— Não escuta mais o Titi ou o Jerê. Em assunto de garotas eles são nota zero- Eu disse.- e você é um cara tão legal, divertido e atencioso...

— Onde você quer chegar?

— Que você pode sim arranjar uma namorada, é só ser você mesmo- Eu disse.

— Você tem razão, eu sou um bobo mesmo.

— Você não é bobo, só quer um pouco mais de amor na sua vida.- Eu disse, atenciosa.

— Valeu, você é uma boa amiga- Ele agradeceu.

— Ao seu dispor.

— Agora que desse papo de garotas melosas e sentimentais.

— Ei!!- Eu disse, ofendida.

— Brincadeira- Ele disse, com um pouco de medo- mas vamos mudar de assunto.

— Ok

— Você vai a festa daqui a algumas horas?- Ele perguntou.

Eu ia dizer sim, mas ai me lembrei de uma coisa.- que droga!

— Por que?- Ele perguntou.

— Esqueci que estou de castigo...- Eu disse, um pouco chateada.

— Que maus

— É, e eu prometi que ia ajudar uma pessoa nessa festa.

— E quem seria?

— O Cebola, eu disse que ia ajuda-lo a superar a timidez dele.

— Que pena.

— Talvez eu possa convencer o meu pai de tirar desse castigo...

— Péssima ideia- Ele me alertou.- o seu pai não vai ceder tão fácil.

— Tentar não custa nada.- Eu disse, me levantando da cama.

— Ok, eu já te dei meu aviso- Ele disse, e depois desligou o celular.

Deixo meu celular na cama, desço as escadas e vou até a sala, onde vejo meu pai sentado no sofá vendo televisão.

— Pai...- Eu o chamei.

— Que foi, princesa?- Ele perguntou, se virando pra mim.

— Posso te perguntar uma coisa?.- Eu disse, me sentando ao lado dele.

— Claro

— Eu tava pensando e...será que você...pode me deixar ir a festa da Penha.- Eu disse e sussurrei a última parte.

— O que?

— Posso ir a festa da Penha...- Sussurrei de novo.

— Filha, eu não consigo ouvir.

Respirei fundo, tomei coragem e disse.- pode me deixar ir a festa da Penha...

— Você sabe que ainda esta de castigo, né- Ele me lembrou.

— Sim, eu sei mas...

— Então se sabe por que esta pedindo?

— É por que é uma festa imperdível e os meus amigos querem muito que eu vá pra lá.

— Sabe que eu acho esses seus amigos uma má influência pra você.- Ele falou.

— E se eu prometer que volto bem cedo- Eu sugeri.

— Não mônica, castigo é castigo- Ele disse, redundante.

— Mas...- Eu tentei falar mas fui interrompida.

— Essa foi minha última palavra e ela não vai mudar- Ele finalizou a conversa.

— Que saco!- Eu disse, irritada.- o senhor é muito chato!!

— Quando estiver mais velha irá entender que eu faço isso pro seu bem.- Ele me explicou.

Mas não dei ouvidos e subi as escadas, entrei no meu quarto, me deitei de cara com o travesseiro e extravasei a minha raiva. Enquanto gritava ouço o som do meu celular.

Pego e vejo que era uma ligação de Cascão, de novo.

— Alô...

E ai? Como foi?- Ele perguntou.

—  Péssimo, eu pedi e ele recusou!- Eu disse, ainda frustada.

Olha...sem querer ser chato mas....eu te avisei- Ele disse.

— Isso, joga na cara mesmo!

— Respira fundo, mô- Ele pediu.- e depois inspira.

Faço o que Cascão pediu e me sinto um pouco mais calma.

— Se acalmou?- Ele perguntou.

— Um pouco, valeu.

— De nada, mas é uma pena que você não vá, vai ser bem chato sem minha melhor amiga.

— Isso foi fofo, mas eu vou a festa sim!

— Como?- Ele perguntou.- você esta de castigo.

— Vou dar o meu jeito, mas a gente se vê na festa.

— Ok, não vou tentar impedir pois quando você coloca uma ideia na cabeça é difícil te fazer desistir.

— É bom ver que você sabe como eu sou- Eu disse, feliz.

— Sou seu melhor amigo ou não?.- Ele perguntou, sorrindo.

— Claro, mas vou desligar, beijo- Eu me despedi.- a gente se vê na festa

—  A gente se vê- Ele se despediu e desligou o celular.

Coloco meu celular pra carregar, fico assistindo televisão. Vou pro banheiro, tomo um banho rápido e vou pra sala.

— Pai, eu to muito cansada da caminhada de hoje, então vou comer o sanduíche que a Lalá fez pra mim e ir dormir, ok.- Eu disse, tentando agir naturalmente.

— Tudo bem querida- Ele concordou.- você não esta mais chateada comigo né.

— Não pai, eu to de boa.- Eu disse, subo as escadas.

Entro no meu quarto e coloco minha roupa pra festa. Depois coloco um monte de travesseiros em cima de minha cama e um cobertor.

— Pronto, assim vai parecer que estou dormindo.- Eu disse a mim mesma.

Abro a janela de meu quarto, jogo os lençóis amarrados e depois desço.

— Desculpa pai...

Sei que foi errado mentir pro meu pai, mas eu tive que fazer isso. Eu prometi pra um amigo que ia ajuda-lo e não ia descumprir a promessa, mesmo que eu me sinta péssima por dentro pois eu odeio mentiras...

Depois de uma hora andando finalmente chego na casa da Penha. Toco a campainha e Jeremias me atende.

— E ai mô! Que demora!- Ele gritou, pois o som da música estava a todo volume.

— Tive uns problemas mas o importante é que estou aqui!- Eu gritei também.

— Entra! Esta todo mundo aqui!!- Ele disse, e depois fez uma dança besta. Ok, ele já esta com uns sinais de que ia ficar ou já esta bêbado.

Entro na casa e vejo todos da escola e algumas pessoas de fora também e o cheiro de álcool impregnando minhas narinas.

— E ai mô!!-???

Me viro pra pessoa que me chamou e vejo ser Titi.

— Oi, festa bem legal, né- Eu disse, mas estava um pouco incomodada com esse monte de gente bêbada. E olha que são nove horas...nem quero imaginar mais tarde...

— Muito!!!- Ele gritou.- vou pegar uma bebida pra você.

— Não precisa fazer iss...- Eu tentei dizer mas ele já tinha ido embora.- e nem me ouviu...

Então ao invés de ficar parada fico andando pela casa, tentando achar o Cascão ou o Cebola.

...Algum tempo depois...

Já to ficando irritada, eu não consigo achar ninguém aqui! O cebola vai achar que eu descumpri a promessa e vai ficar chateado, ou vai ver que ele não veio...é deve ser isso...

Aqui esta chato, eu só aguento esses tipos de festas por que o Cascão sempre esta do meu lado mas como não o encontro vou embora.

Tento passar entre as pessoas malucas e dançantes até a porta, mas de repente vejo uma coisa que nunca deveria ter visto...Toni e Penha se beijando...

Agora to irritada, como ele pode me trair desse jeito!!.

— Toni!!- Eu gritei, e vou até o mesmo.

— E..e ai mô!!- Ele disse, parando de beijar a minha “amiga”.

— Nem vem com esse “e ai”!- Eu disse, brava.- como pode beijar outra garota!!.

— Não seja tão chata!- Dessa vez foi Penha que se pronunciou.- ele finalmente viu quem presta!!.

Tudo bem, sei que ela esta fora de si, mas não deixa de ser cruel...

— Fica quieta que o assunto não chegou no lixão!!- Eu gritei.

— Ui, vai soltar as garras, cherrie!

— Não, pois sou melhor que isso, e não bato em quem nem sabe o que esta fazendo.- Eu disse, tentando me acalmar.-

Vou até Toni, tiro sua bebida de sua mão e digo.

— Você vem comigo, Toni.- Eu disse, tentando pegar em sua mão, mas tira.

— Não! Eu vou ficar aqui, você não é minha mãe pra mandar em mim!- Ele gritou.

— Só quero te ajudar! Eu sou sua namorada!- Eu voltei a gritar.

— Me deixa em paz!- Ele gritou, com raiva, e segurou meus pulsos com força.

— Toni para, você esta bêbado- Eu disse, com medo. Posso ser forte, mas gente bêbada me da arrepios...ainda mais um homem...né...

De repente sinto ele afrouxar o aperto e me vejo atrás de alguém...

Foi tudo tão rápido que não tive tempo de raciocinar...tudo que vi foi o Toni caído no chão com o nariz sangrando e o Cebola em minha frente.

— Não encosta na minha amiga!!- Ele gritou, zangado. Uau, foi a primeira vez que alguém se poe em minha frente...

Toni então se levanta, a cara dele estava ameaçadora. Então ele partiu pra cima de Cebola e começou a agredi-lo muito.

— Toni! Para!! Para!- eu gritei, desesperada.- alguém me ajuda!!.

Então finalmente uma pessoa qualquer vem me ajudar e me ajuda a separar a agressão. Foi horrível...o Cebola estava todo machucado e estrupiado...

— Sai daqui e não se mete mais comigo!- Toni o ameaçou.- senão você morre!!.

Cebola se levanta do chão e vai correndo até a porta, então resolvo segui-lo, mas alguém segura meu pulso.

— Eu sabia!-???

— Quem é você?- Perguntei, enquanto tentava me soltar.

— Sou a melhor amiga do Cebola, Magali- Ela disse.- e eu sabia que não era pra gente ter vindo aqui! Eu sabia que tinha algo suspeito por você querer...

— Pode parar!- Eu gritei.- olha, eu sei que você quer me dar um sermão por causa disso, mas pode ser depois!! Eu tenho que procurar o Cebola!!!.

— V...você esta mesmo preocupada com ele?...- Ela perguntou, se soltando o meu pulso.

— Claro que estou! Ele é meu amigo!- Eu gritei, com os olhos lacrimejando.- me da licença...

Abro a porta da casa e saio, mas já era tarde de mais...ele já tinha sumido...

Então finalmente deixo as lágrimas caírem de meus olhos e caio de joelhos no chão.

Enquanto chorava por tudo aquilo sinto alguém me abraçar por trás. Só uma pessoa faz isso pra me acalmar as vezes...

— Foi tudo minha culpa, Cascão...- Eu disse, entre lágrimas.

— Não foi, mô- Ele disse, calmo.- foi o Toni que o agrediu, não você...

— Mas se eu não o tivesse convencido de vir...isso...isso nunca teria acontecido...- Eu disse, ainda em prantos.- então a culpa foi mesmo minha...

— Não fale isso!- Ele pediu.- você teve boas intenções, mas não íamos adivinhar que isso aconteceria...

Cascão desfaz o abraço, vem pra minha frente e seca minhas lágrimas.- agora chega de tristeza, ok?.

— O...o...ok...- Eu disse, tentando parar de chorar.

Me levanto junto de Cascão e falo.

— Vou pra casa...

— Quer que eu te acompanhe?.- Ele me perguntou, preocupado.

— Não...eu me viro- Eu disse, triste.

— Tudo bem, amanhã eu passo na sua casa e vejo como você esta- Ele sugeriu.

— Tá...

Deixo Cascão sozinho e vou caminhando lentamente pra casa.

...Em casa...

Entro em casa, mas me deparo com meu pai com uma cara furiosa.

— Você muito encrencada moci...- Ele começou a dizer, mas parou ao ver minha cara.- o que houve?.

Mas eu não disse nada, apenas corro para ele, dou um abraço e me ponho a chorar novamente.

— Xi...vai passar...o que tiver acontecido contigo vai passar.- Meu pai disse, retribuindo o abraço.

Depois de uns segundo desfaço o abraço com meu pai e subo as escadas. Entro no meu quarto, visto um pijama, deito na minha cama e vou dormir pra tentar esquecer o desastre de hoje.

...Domingo...

Estava dormindo tranquilamente, mas sou acordada com alguém me chamando.

— Mônica...-???

— Ah, Lalá...me deixa dormir...hoje é domingo e ontem minha noite foi bem ruim...- Eu disse, me cobrindo até a cabeça com um cobertor.

— Eu sei que é domingo, mas tem alguém na porta querendo te ver- Ela me avisou.

— Deve ser o Cascão, ele disse que ia me ver ontem.- Eu disse, me sentando na cama.

— Não é o Cascão- Ela disse, saindo de meu quarto.

Me levantei de minha cama, vou pro banheiro, faço minhas higienes matinais. Depois saio, vou pro armário e escolho uma roupa.

Saio do quarto, desço as escadas pensativa

—Estranho, se não é o Cas, então...quem é?.

Chego na sala e vejo uma figura feminina ao lado do meu sofá.

— Quem é você?- Eu perguntei.

— Sou a Magali...a amiga do Cebola- Ela disse, vindo até mim.

— Ah...oi...- Eu disse, um pouco tímida.- sem querer ser rude, mas...o que esta fazendo aqui sem ser convidada?.

— É que eu vim conversar com você...- Ela disse, também tímida.

— Claro, vamos nos sentar.- Eu disse indo até o sofá e me sentando.

— Ok...- Ela disse, imitando meu gesto.

— Sobre o que quer conversar?- Eu perguntei.

— Olha Mônica, eu vou ser franca contigo...quando o Cebola disse que você era amiga dele eu não gostei nada...

— Ah...por que?.

— Achei que você podia machucar ele e como eu quero o bem do meu melhor amigo...eu...eu...não fui com a sua cara...- Ela disse, envergonhada.

— Ah...- Foi tudo que eu consegui dizer.

— Mas ontem...quando você falou aquelas coisas...eu vi que estava errada...- Ela disse, olhando para o chão.- você é mesmo diferente como os outros populares...e eu fui uma idiota que julgou um livro pela capa...só por que eu quis proteger meu melhor amigo...

— Tudo bem...- Eu a interrompi. E a mesma me olha surpresa.- eu entendo, agiria da mesma forma se fosse com o Cascão.

— Ufa...achei que iria me odiar...

— Eu não guardo rancor de ninguém- Eu disse, dando um sorriso a ela que retribui.- quer começar tudo do zero?.

— Adoraria!- Ela falou, feliz- prazer, sou Magali, qual o seu nome?.

— Prazer Magali, eu sou Mônica.- Eu a cumprimentei e estendi minha mão.- quer ser minha amiga?.

Magali aperta minha mão com um sorriso.- sim...


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Notas finais do capítulo

http://www.bigviagem.com/wp-content/uploads/2015/05/Keukenhof-jardins-Holanda.jpg- Jardim



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