Palavras de amor escrita por BruPotter


Capítulo 7
Capítulo 7




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POV Mônica

Estava caminhando rapidamente até minha casa, pois eu estou toda suja e quero chegar pra tomar um banho quente.

Depois de uma caminhada cheguei finalmente em casa, pego a chave, abro a porta e entro.

— Onde você estava-???

Eu ia falar educadamente, pois pensei que fosse meu pai mas quando eu me viro e vejo Suzana.

— Isso não é da...- Eu ia falar mas depois paro. Acho que o Cascão tem razão, se quero que meu pai seja feliz eu tenho que parar de brigar com a Suzana...bom...vamos fazer um esforço.- quer dizer, só estava na casa de um amigo.

Depois disso subo as escadas, entro no meu quarto, vou pro banheiro e tomo um banho relaxante. Saio, vou pro armário e visto um pijama.

— Pronto, agora só falta ir falar com meu pai...- Eu sussurrei pra mim mesma. Sim, as vezes tenho esse hábito.

Saio do meu quarto, viro o corredor e paro em frente ao quarto do meu pai. Tento bater mas não consigo.

—Coragem Mônica...coragem..._ Eu pensei.

Bato na porta do quarto e espero responderem.

— Entra...

Respiro fundo e entro no quarto do meu pai.

— Pai...- Eu o chamei, um pouco receosa.

— Filha, o que houve?- Ele perguntou.

— E...eu quero conversar...

— Claro- Ele concordou.

Vou até a cama de meu pai, em pequenos passos, e me sento.

— O que quer conversar?- Ele perguntou.

— É que eu queria pedir desculpas...

— Desculpas?- Ele perguntou, confuso.- pelo o que?.

— Por sempre discutir contigo e com a cha...quer dizer...Suzana, eu conversei com uma pessoa e eu prometo que não vou mais implicar com ela- Eu disse, ainda receosa.- se o senhor é feliz com ela...eu não posso intrometer.

— É bom ouvir isso- Ele falou.- e eu tenho que me desculpar também.

— Pelo o que?- Foi minha vez de perguntar.

— Por ter batido no seu rosto.- Ele disse.- eu estava estressado e não devia ter feito aquilo.

— Tá tudo bem, pai- Eu disse. Vou pra perto dele e o abraço.- eu também não ajudei nada, afinal, também estava estressada.

— Somos dois estressados- Ele disse, retribuindo o abraço.- acho que foi uma dessas coisas que você herdou de mim.

— E o que eu herdei mais do senhor?- Eu perguntei, ainda abraçada nele. A muito tempo eu não ficava assim com ele.

— A cor dos olhos- Ele respondeu.- mas o resto é tudo da sua mãe.

— Sério?- Perguntei.

— Sim, a teimosia, o carisma, o gosto de ajudar os outros...tudo- Ele respondeu, e depois ficou pensativo.

— No que está pensando?

— Que toda vez que eu olho pra você...as vezes...eu vejo a Luísa.- Ele disse, e depois ficou quieto.

Depois disso me calo também ficamos em silêncio. Não aquele silêncio incômodo mas um silêncio bom, mas eu resolvo quebra-lo dizendo.

— Eu te amo, pai...

— Também te amo, princesa.

Nossa...meu pai nunca mais me chamou assim...

— Acho melhor eu ir- Eu disse, desfazendo o abraço e saindo da cama.- vou dormir, boa noite.

— Boa noite

Saio do quarto de meu pai, mas quando ia para meu irmão abrindo uma coisa. Então como sou curiosa vou ver o que é.

— O que você tem ai, mocinho?- Eu perguntei.

— N...nada...-Ele disse, escondendo a coisa.

— Que mentira...- Eu disse, e me sentei em sua cama.- mostra pra mim.

— Tá...- Ele disse. E o vejo tirar das costas o meu antigo álbum de fotos.- quando você saiu eu entrei no seu quarto por que estava procurando uma coisa, mas isso caiu debaixo do seu travesseiro e peguei. Eu ia ver o que era quando você entrou...não fica brava...

— Eu não to brava, Matt- Eu disse, e ele me olhou confuso.- por que esta me olhando assim?

— Pois eu achei que você ia ficar brava...que nem no outro dia...- Ele disse, meio chateado.

— Ah Matheus, naquele dia eu não queria gritar contigo, é que aconteceu uma coisa e eu explodi de raiva.- Eu expliquei.

— Entendi, mas o que é isso?.

— É o antigo álbum de fotos da família- Eu disse. Depois abri em uma página qualquer.- essa aqui sou eu, quando tinha sete anos...

— E quem é esse que você está segurando?- Matheus perguntou.

— É você, com 7 meses.- Eu expliquei. Mas uma lágrima caiu no meu rosto, é a primeira vez que me relembro da infância...

Depois continuamos a ver o álbum de fotos, lembrando momentos felizes de minha vida.

— E esse aqui foi o seu aniversário de um ano. Você se sujou de bolo naquele dia e eu ri muito.- Eu disse, e depois ri um pouco com a lembrança.- e depois atirou o bolo na minha cara.

— Eu fiz isso mesmo!- Matheus perguntou, enquanto ria.

— Sim, desde pequeno você mostrou ser um pestinha.- Eu disse, parando de rir e virando mais uma página.- essa é a melhor foto.

— Por que?- Ele perguntou.

— Por que esta você, eu, o papai e a mamãe.- Eu disse, passando o dedo na foto.

— A mamãe era muito linda...

— É, tem toda razão.- Eu concordei.

— Alguém já te falou que você se parece muito com ela?- Ele perguntou.

— Não- Eu disse.- é a primeira vez que me falam isso...

— Legal

— E você sabia que você se parece muito com o papai- Eu disse, o olhando.

— Sério?- Ele perguntou.

— Sim, mas tem uma pequena diferença.

— Qual?

— Os olhos, são iguais aos da mamãe.

Então Matheus abre um sorriso e depois solta um bocejo.

— Acho que esta na hora de certo garotinho dormir.- Eu disse, fechando o álbum. Mas quando ia sair da cama meu irmão fala.

— Dorme comigo hoje...eu tive um pesadelo ontem e quero companhia...- Ele pediu.

— Tudo bem.- Eu aceitei, e me ajeitei na cama.- e se quiser eu posso cantar um música que a mamãe sempre cantou quando eu não conseguia dormir.

— Não sabia que cantava...

— As vezes, e ai? Quer que eu cante.- Eu perguntei.

— Quero...

Meu irmão chega mais perto de mim, deita no travesseiro então começo a cantar.

"Era uma vez
Um lugarzinho no meio do nada
Com sabor de chocolate
E cheiro de terra molhada

Era uma vez
A riqueza contra a simplicidade
Uma mostrando pra outra
Quem dava mais felicidade

Pra gente ser feliz
Tem que cultivar as nossas amizades
Os amigos de verdade
Pra gente ser feliz
Tem que mergulhar na própria fantasia
Na nossa liberdade.

Uma historia de amor
De aventura e de magia
Só tem a ver
Quem já foi criança um dia"

 

Paro de cantar, mas sinto meu celular vibrar no bolso da minha calça do pijama. Então saio com cuidado da cama de meu irmão e atendo.

— Alô.- Eu sussurrei.

— Oi Mô, por que esta sussurrando.

— É que eu não quero acordar ninguém, Carmem.

— Ok, mas o vai ter uma festa bem perto da rua onde a Amanda mora.

— Bacana

— E a o Titi, Jeremias, Amanda, Penha, Toni e eu estamos pensando em ir. Você topa?

—...

Eu estava pensando em aceitar até que vejo meu irmão, dormindo que nem um anjo.

— Foi mal Carmem, mas essa vou recusar.

— Essa não é a Mônica que eu conheço.

E por acaso algum dia ela me conheceu de verdade?

— É que eu to cansada e amanhã temos aula.

— Mas...

— Tenho que desligar, tchau!

Antes dela responder eu desligo rapidamente meu celular, volto pra cama do meu irmão e durmo.

...Dia seguinte...

Acordo com o sol batendo em meu rosto. Ligo meu celular pra ver que horas são.

— Seis e quarenta e cinco...- Eu disse, ainda cansada mas ai me toco.- Vish! Se eu demorar mais vou me atrasar!.

Me levanto da cama de meu irmão, vou pro meu quarto, abro meu armário e coloco uma roupa. Desço as escadas e vou pra cozinha.

— Bom dia.- Meu pai me cumprimentou.

— Sem tempo, eu to quase atrasada, vou pegar uma maçã e ir pro colégio.- Eu disse, apressada. Peguei a maçã, minha bolsa e sai pela porta da cozinha.- tchau pai! Acorde o Matt por mim!.

Corro o mais depressa pro colégio e chegando lá vou indo pra sala.

— Pode ir parando ai senhorita-???

— Que susto Cas- Eu disse, me virando.- a gente se fala depois...

— Nem se dê o trabalho de entrar na sala, o professor de sociologia esta doente e não veio.- Cascão explicou.

— Então eu acordei toda apressada e vim sem tomar café por nada.- Eu disse, emburrada.

— É, mas não fica emburrada, todos estão no campo.- Ele disse.

— Então vamos.

Sigo Cascão pro campo e nos juntamos com o pessoal.

— Oi gente- Os cumprimentei.

— Oi Mônica!

— Posso te perguntar uma?- Carmem se pronunciou.

— Claro- Eu respondi, mas já sei o que ela vai perguntar.

— Por que você recusou o convite de ir pra festa?- Ela perguntou.

— Já disse que estava cansada e sem vontade de sair.- Eu respondi, um pouco entediada.

— Entendi

— Eu vou beber água- Toni disse e se afastou de nós.

— Ah gente!- Penha nos chamou.- meus pais vão viajar e eu resolvi dar uma festa, vai ser amanhã à noite.

— Legal- Todos falamos.

— E aqui uns convites.- Ela disse, nos entregando os convites.- pra se quiserem convidar alguém.

— Penha- Eu a chamei.

— Oui, cherie.- Ela disse, se virando pra mim.

— Será que você pode me dar mais um convite...

— Claro- Ela concordou, me entregando mais um convite.- quem você vai convidar.

— Uns outros amigos...

— Entendi.- Foi só o que ela disse e se virou pra falar com a Amanda.

Sai do grupo e fui conversar com Cebola. Depois de um bate papo entreguei os convites voltei e fiquei conversando com Cascão, mas ouvimos uma voz.

— Ah, estão todos ai.

A turma toda se vira e vemos o professor de educação física.

— Como sabem o professor de vocês faltou, então vou dar aula junto com o terceiro ano.- O professor Átila disse.

— Maneiro, a muito tempo não me exercito- Cascão, disse animado.

— Legal, mas se o professor Átila vai dar aula pros meninos, onde esta a Marcela?.- Eu disse, confusa.

Aqui a aula de educação física é dividida, os meninos tem um professor e as meninas uma professora.

— Desculpe o atraso garotas- A professora Marcela disse, se juntando a nós.- estava me trocando. E por que vocês não fizeram o mesmo! Vamos!.

E como podem ver os dois são bem rigorosos mas a Marcela tem seu lado gente boa, já o professor Átila...

Fomos pro vestiário e vestimos o uniforme, depois voltamos pro campo.

— Muito bem, vamos fazer uns alongamentos, uma corrida básica.- A professora explicou, e depois assuou o apito.- vamos começar!.

Fizemos tudo o que a professora falou, posso até gostar um pouco de educação física mas que cansa...cansa...

—  Parou!- Ela gritou.- podem ir beber água, depois vamos treinar técnicas de vôlei, mas as que estão na equipe de torcida se troquem!.

Vou no bebedouro, bebo um pouco de água, mas ao invés de ir pro vestiário me troca outra vez vou pra perto das outras meninas.

— Mônica!

Droga...e eu achando que ia passar despercebida por elas...

— Que foi Penha?- Eu perguntei.

— Por que não foi pro vestiário se trocar?- Ela perguntou.- pelo que eu saiba a senhorita também é do time.

— É que eu estou cansada depois dos alongamentos e da corrida- Eu disse, e não é mentira, eu estava mesmo cansada.

— Cansada ou não você vai.- Ela disse, irritada.- é nossa melhor dançarina.

— Ok...- Eu me dei por vencida.

Vou pro vestiário, coloco o uniforme de líder de torcida e volto pro campo.

— Pronto, podemos ensaiar.- Eu disse, tentando esconder meu desânimo.

— É assim que eu gosto- Ela disse, e foi se juntar com as outras meninas.

Começamos a treinar os movimentos pra quando houver um jogo. Olha...eu gosto muito de dançar mas fazer parte do time já esta me entediando...é sempre a mesma coisa. A mesma coreografia o tempo todo e eu não gosto do uniforme.

— Muito bem meninas, acabamos por hoje!- Penha gritou.- mas na próxima tem mais, e melhorem nos movimentos!!

Como melhorar uma coisa que a gente pratica já faz muito tempo?

— E o mesmo vale pra você, Mônica- Ela disse, se virando pra mim.

— Foi mal, eu tinha dito que estava cansada- Eu expliquei.

— Ok, mas na próxima quero mais dedicação.

— Tá bem...- Eu disse, entediada e fui pro vestiário.

Tomo uma ducha rápida, troco de roupa e vou pra casa.

...Dias depois...

Estava num sono tranquilo, mas o maldito despertador toca então dou um soco o desligando. Não to afim de acordar, o sono tá bom...

Mas acho que estou esquecendo algo...pera...

— O trabalho de geografia!!- Eu gritei, e depois cai da cama.- ai...mereci...

Me levanto, vou pro armário e visto uma roupa. Desço as escadas, vou pra cozinha mas quando ia sair pela porta meu pai me chama.

— Não vai tomar café?- Ele perguntou.

— To sem fome, na escola eu pego uma barra de cereal na máquina.- Eu disse.- e pai...

— Sim

— A penha vai dar uma festa...será que eu posso...- Eu ia falar mas sou interrompida.

— Desculpa, querida. Mas lembre-se que você ainda está de castigo.- Ele me lembrou.

— Droga...- Eu sussurrei.

Um outro fato que eu esqueci de contar, meu pai não precisa dizer que eu estou de castigo, é só ele fazer um olhar sério que eu sei. E na nossa discussão anterior antes de me bater ele me lançou o olhar.

— Tudo bem, tentar não custa nada.- Eu me dei por vencida.

— Moniquita, me leva pra escola!- Meu irmão pediu.

— Eu adoraria Matt, mas não posso me atrasar, tenho que mostrar um trabalho- Eu expliquei, e ele me olhou chateado.- mas na segunda eu te levo.

— Promete?- Ele perguntou, estendendo o dedo mindinho. Era um antigo gesto que eu fazia com ele.

— Prometo.- Eu disse, entrelaçando o meu dedo mindinho com o dele.- beijo, família!.

Pego minha bolsa e saio pela porta.

Caminho calmamente pelas ruas até a escola.

...Colégio...

Adentro naquele lugar, mas quando ia entrar na sala alguém me puxa.

— Ei!!

— Desculpa. Mônica-???

— Carmem, o que você quer?- Eu perguntei.

— É a Amanda...

— O que houve?- Eu disse preocupada. Elas podem não ser minhas verdadeiras amigas mas eu me preocupo com todos.

— Ela se trancou no box do vestiário- Ela explicou.

— Ai meu deus, no do campo ou ginásio?- Eu perguntei, e eu achando que era algo grave.

— No do ginásio.

— Tá, me leva até lá.

Sigo a Carmem até o ginásio, entro no vestiário feminino de lá.

— Amanda!- Eu gritei, esperando que ela respondesse.- Amanda!

Enquanto procurava por ela escuto o som da porta sendo fechada e depois trancada.

— Ei!!- Eu gritei, indo até a porta.- me tira daqui!!

Tento abrir a porta mas ela estava fechada.

— Gente, é sério!! Não tem graça!- Continuei gritando.

Por que elas fizeram essa brincadeira, justo no dia da entrega do trabalho.

— Socorro!!- Eu gritei, na esperança de alguém me ouvir.- eu to presa!!.

Depois de uns minutos gritando, desisto. Então deslizo contra parede até o chão. Mas ai me lembro, que eu estava com minha bolsa e meu celular.

— Que esquecida eu sou!- Me dei uma bronca. Peguei minha bolsa e tiro meu celular pra mandar uma mensagem para Cascão.

POV Cascão.

— Cebola e Mônica...- O professor chamou mais uma vez.

É estranho a Mônica não estar aqui, eu sei que ela se atrasa, mas esse trabalho é pra nota.

— Professor...

— Vocês vem ou não apresentar?- Ele perguntou.

— É que...a minha dupla não está aqui...- Ele disse.

— Tudo bem, você explica sozinho, mas preciso saber se ela colaborou.- Ele disse.

— Droga...- O ouvi sussurrar.

Cebola se levanta da carteira, vai pra frente da sala e quando ia falar sinto meu celular vibrar em meu bolso. Então o pego discretamente e vejo que era uma mensagem de Mônica

—Socorro!!_ Mônica

— O que houve? Onde a senhorita esta?_ Cascão

— A Carmem, Penha e Amanda me trancaram no vestiário! Justo hoje, me ajuda!_ Mônica

— Ok, no vestiário do ginásio ou do campo?_ Cascão

— No do ginásio, justo o mais longe_ Mônica

— Fica tranquila, estou indo_ Cascão

Desligo meu celular e ergo a mão.

— Sim, Cascão.

— Será que eu posso ir ao banheiro?- Eu perguntei.

— Ok, mas seja rápido- Ele permitiu. Já que vou ajudar a Mônica, nada mais justo que ajudar o Cebola.

— Será que o Cebola pode esperar até eu voltar.

— Por que?- Ele perguntou.

— Por que eu quero muito ouvir a explicação.

— Ok, eu vou permitir, mas só dessa vez.

— Obrigado- Eu agradeci, levantei da carteira e sai da sala.

POV Mônica

Enquanto esperava o Cascão resolvi ver minhas redes sociais no meu celular.

— Mônica!- Ouço alguém gritar. Ufa, o Cas chegou.

— Ainda bem que você viu a mensagem!- Eu falei.- me tira daqui.

— Pode deixar.

E segundos depois Cascão abre a porta.

— Como abriu tão rápido?- eu perguntei, surpresa.

— A chave que o zelador usa estava na fechadura.- Ele explicou, me mostrando a chave.

— Não me interessa como ela foi parar ai, só vamos rápido pois eu tenho um trabalho pra explicar.- Eu disse e Cascão concordou.

Começo a correr o mais rápido que posso até a sala. Quando chego, dou uma parada, respiro e entro.

— Não começa sem mim!- Eu gritei, e todos da sala olharam pra mim. Que vergonha...

— Pode explicar o porque de chegar só agora, senhorita Sousa?- Ele perguntou. É a primeira vez que eu vejo o professor Pedro com uma cara séria.

— Uns garotos do oitavo ano resolveram pregar uma peça e me trancaram no vestário.- Eu disse, foi uma meia verdade.

— Tudo bem, agora que o Cascão e você estão aqui, podemos continuar.

— Sim, senhor.

Vou pro centro da sala, me posiciono ao lado de Cebola, que me olha preocupado.

— Eu não vou conseguir.- Ele sussurrou pra mim.

Coloco minha mão em seu ombro e sussurro.- vai se sair bem.

Cebola respira fundo e depois começa a falar.

— Oi pessoal, nós iremos falar sobre a Inglaterra...

E por ai foi, cada um explicou com detalhes tudo sobre o país que escolhemos e também umas curiosidades sobre ele.

— E esse é o nosso trabalho- Eu conclui, e todos nos aplaudem.

— Adorei o trabalho! Nota dez pros dois- O professor falou.

Voltamos pro nossos lugares mas antes falo.

— A gente arrasou.

— É mesmo- Ele concordou.- formamos uma ótima dupla.

— O que você disse?- Perguntei.

— Que formamos uma ótima dupla.

— É, você tem toda razão.- Eu disse, mas não estava olhando pra Cebola e sim para o professor, que me da um sorriso discreto.

Depois de várias aulas finalmente fomos liberados.

— Tá afim de ir lá em casa?- Cascão perguntou.

— Eu adoraria, mas hoje foi um dia cheio, vou pra casa descansar e relaxar pra esquecer do que fizeram.- Eu disse, ajeitando a minha bolsa.

— Claro, mas no sábado a senhorita não me escapa pra fazermos algo.- Ele brincou.

— Pode deixar.

Vou caminhando até em casa.

...Casa...

Entro em casa, subo as escadas, coloco um pijama e fico na sala vendo televisão. Mas de repente a campainha toca.

— Quem será a essa hora da tarde?- Eu pergunto, enquanto me levantava do sofá.

Vou até a porta, a abro e me deparo com uma mulher.

— Oi, eu posso falar o Ricardo Sousa está?- A mulher perguntou.

— Não, ele ainda esta no trabalho, mas posso falar que você esteve aqui.

— Pode?-???

— Sim, qual seu nome?- Eu perguntei.

— Meu nome é Luisa...

— Mãe...


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