A summer to remember escrita por Writer KB


Capítulo 11
Me deixe ajudar ..


Notas iniciais do capítulo

Eeeeee chegamoooooos hahahha
Desculpem pela demora, mas, para compensar o capítulo ficou bem fofo haha .... Espero que gostem.

Queria agradecer os comentários linduuus de bonitos que recebo, e OMG chegamos em um número incrível de mais de 5000 visualizações o.0 Geeeente isso é incrível ❤
Tks ♡♡

Agora sem mais ... Aproveitem o capítulo.



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Beckett sentia cada parte do seu corpo estremecer com o passar dos longos minutos que Castle levou para chegar em seu apartamento. A pequena menininha dormia em seus braços. Assim que recuperou parte de suas ideias após o choque, colocou a garotinha no sofá, rodeada por várias almofadas para que ela não caísse, e passou a vasculhar a bolsa que havia sido deixada junto com a criança. Dentro tinha algumas roupas, um número pequeno de fraldas e um documento; Elizabeth Furrer era o nome que constava, como mãe: Rosalinda Furrer. Não tinha nome do pai, e apenas dois nomes ali poderiam ajudar a detetive Beckett talvez, o Sr. e a Sra. Furrer. Olhou em outros bolsos, mas nada além do bilhete foi encontrado nos bolsos menores.
Kate se assustou ao ouvir o som da campainha, seu olhar fora para a pequena que dormia tranquilamente em seu sofá. Ajeitou mais uma vez as almofadas e foi para atender a porta, deveria ser o comandante. Ela não entendia o porquê de chama-lo, mas já que havia feito, pode se sentir tranquila ao abrir a porta e dar de cara com os olhos azuis e aquele rosto o qual já estava afeiçoada.

— Kate, graças a Deus! Achei que tinha acontecido algo. - Ele disse entrando no apartamento.

— E aconteceu. - Ela caminhou até a sala e parou em frente ao sofá, onde a bebê estava dormindo.

Castle ficou algum tempo em silêncio, olhando a menininha aconchegada entre as almofadas. - Kate, essa não é a filha da moça que estava na delegacia?

— É... Estava me preparando para voltar ao loft, e a campainha tocou, quando fui atender, ela estava em um cesto na minha porta. Corri pelos corredores, desci até a portaria e nada. Rose simplesmente a deixou aqui e desapareceu. Eu não tenho a menor ideia do que fazer, você me ligou em seguida, agi sem pensar, você nem deveria ter saído. Me desculpe.

— Se desculpar por me tirar de minha prisão domiciliar? Eu até agradeço por Isso! Agora o que fazer, já não sei direito. É tarde para chamar alguém ou acionar o serviço a criança. Eu não entendo, por que você? Ela não te disse nada ? No tempo que conversaram no Distrito?

— Não! Parecia ser uma mãe bem protetora, ficou todo o tempo com ela nos braços. Eu também não entendo o porquê de abandonar a filha. Poderia ter ajudado, não posso chamar o CT. Se ela voltar nunca vai conseguir a filha de volta. Esposito está de plantão, vou ligar para ele e ver o que posso fazer legalmente.

— Ótima ideia. É incrível como esse caso está ficando cada vez mais complicado. - Ele disse se sentando em uma poltrona ao lado do sofá. - Eu fico de olho nela, vai fazer as ligações.

— Tem certeza?

— Kate ela esta dormindo. Posso ficar aqui e olhar para  ela não cair.

Beckett aceitou a ajuda e sorrindo foi para o quarto para que pudesse fazer a ligação e não acordar a pequena. Passou algum tempo no telefone com o Esposito que disse não entender muito sobre a área social, mas que reforçaria o patrulhamento atrás de Rose. A detetive encerrou a ligação sentindo-se frustrada, estava tarde e ela lembrava das palavras no bilhete para que não entregasse a criança ao Conselho Tutelar, mas também não tinha a menor experiência com crianças. O que ela faria a noite toda com um bebê? Pensou em ligar para Lanie, mas ela além de cuidados médicos não poderia ajudar em mais nada. Maddie por mais que adorasse crianças deveria estar correndo entre os restaurantes já que agora havia mais de um. E assim terminava a pequena lista de pessoas que ela confiava para ajudar.
Voltando para sala, viu uma cena que provavelmente jamais esqueceria. Castle estava sentado com a pequena nas penas, ele segurava os dois bracinhos balançando delicadamente enquanto fazia sons engraçados e claro a menina sorria sem parar e com algum custo fazia pequenos sons e caretas em meio aos sorrisos. Ela não conseguiu evitar o grande sorriso e a cara de boba que estava fazendo ao ouvi-lo dizendo - Quem é a menininha linda? - E soltando um dos bracinhos dela passava os dedos sobre a barriguinha, que devia fazer cócegas por que ela sorria de imediato. Ela já estava um certo tempo encostada na parede atrás do sofá, e com aquela cena tão fofa e tantos sorrisos, já havia esquecido dos pensamentos de pânico de alguns minutos atrás, porém Castle notou sua presença.

— Se divertindo é? - Ele perguntou sem se virar, com os a atenção na bebê.

— Um pouco! Não sabia que levava jeito com crianças.

— Nem eu. - Ele disse de forma engraçada, fazendo a detetive sorrir. Com cuidado pegou a criança, colocou sobre seu peito e se levantou. Ela no mesmo instante virou a cabecinha encaixado entre o ombro e o pescoço do comandante.

— Olha Castle, parece que ela gostou disso.

— Nem ela resiste ao meu charme. - Ele piscou para a mulher em sua frente, que trocou o sorriso bobo por uma feição brava.

— Estava demorando.

— Calma Detetive, estou brincando. Conseguiu falar com o Espo? O que ele disse?

— Não muito. Apenas que chegaram alguns resultados e que não tem novidades sobre a mãe dessa pequena. Assim como eu, ele não tem ideia de como prosseguir em relação à ela.

— O que pretende fazer? Vai ligar para assistência social?

— Seria o correto, mas…

— Mas?

— Não sei se consigo. Olha, não tenho a menor ideia de onde ela estava com a cabeça de deixar a filha na minha porta, ou por que eu me sinto responsável por ela, mas, sabe que se eu ligar e informar abandono, só Deus sabe o que vão fazer com ela.

— E se ligarmos para meu advogado? Ele poderia nos dizer como agir sem infringir nenhuma lei.

— É uma ótima ideia mas, você não precisa me ajudar Castle. Sério, não é seu problema.

— Ah claro. Por que ficar trancado em casa me sentindo inútil é realmente melhor. Kate, tudo que você tem feito foi cuidar de mim esses dias, não vejo o porquê não posso retribuir. - Ele esperou até que ela olhasse para ele.— Até por que, acho que ela gostou mais de mim.

Assim que terminou de falar, a pequena começou a resmungar em seu colo, ele balançava devagar, passando a mão nas costas dela. - Acho que temos alguém com fome.

— Droga! E vou dar o que para ela? - Kate começou vasculhar a bolsa novamente, mas, não encontrou nada além do que já tinha visto.

— Você tem banheira? No seu banheiro?

— Tenho, mas como isso vai ajudar?

— Faz assim, enquanto você da um banho nela, eu vou rapidinho até um mercado ou farmácia para comprar uma mamadeira e o leite.

Ela sabia das ordens dele evitar de sair, mas não tinha outra opção, ou era isso ou ela deixaria ele com a menina e ela iria comprar, porém ela não fazia ideia do que comprar. Acabou concordando com ele, mas ficou bem brava quando ele não quis pegar o dinheiro, alegando que usaria o cartão e que seria mais rápido.


Beckett pegou a menina nos braços, e com a bolsa foi para o quarto. Colocou a bolsa sobre a cama e foi com a pequena até o banheiro. Com um pouco de dificuldade e claro nenhuma prática colocou a banheira para encher enquanto voltava ao quarto para tirar a roupa da bebê.

— Vamos lá né! Não pode ser tão difícil, é só soltar os botões- Ela ia abrindo o macacão rosa que a neném vestia. - Tirar as perninhas, e agora os bracinhos. Pronto! Esse já foi.
Falar enquanto fazia, a mantia calma, apesar do quase desespero por não saber bem o que fazer. Retirou as meias e agradeceu por a fralda não ter grandes surpresas. Deixou uma roupa separada sobre a cama, pegou uma toalha no armário e foi quase que aterrorizada ao banheiro. A criança parecia estar se divertindo e Kate quase teve um mini enfarte quando a colocou dentro da banheira e ela gritou. Demorou um instante para entender que o gritinho era de alegria, seu coração só se acalmou ao ver a pequena bater as perninhas na água.

— Não faz mais isso Liz - Ela repetiu o apelido que havia escutado a mãe da garotinha a chamando.

Ela sorria enquanto a detetive tentava ensaboar seu corpinho. Com todo cuidado lavou o corpo, optando por não molhar a cabecinha, apenas passou a mão lavando o rostinho rosado que reclamou, pois não gostou. Beckett sorriu apesar de pequena ela já tinha um gênio forte, e a detetive teve total certeza disso quando retirou a menina aos berros da banheira.

— Não querida, não chore! - Ela enrolou a pequena na toalha e balançava ela em seus braços tentando acalmar o choro. - Vamos Liz, colabora com a tia Kate, que não tem a menor ideia do que fazer.… Ai meu Deus, cadê o Castle?! Shiu lindinha, você já vai tomar um leitinho, vamos torcer para o Tio Rick não demorar...
Em meio a uma palavra e outra a pequena parecia se acalmar, Kate decidiu trocar ela antes que tivesse surpresas, com alguma, para não dizer muita dificuldade, conseguiu vestir a menina e já estava terminado de abotoar o macacão quando ouviu a porta fechando.

— Kate? Cheguei! Castle gritou da sala.

Beckett pegou a menina no colo e foi de encontro ao comandante, já havia um tempinho que Liz tinha sido deixada em sua porta e ela deveria estar com bastante fome. Ao chegar teve dificuldade em fechar a boca quando viu o número de sacolas que ele havia trazido.

— Castle, o que é tudo isso?

— Apenas o essencial detetive. — Ele vasculhava as sacolas, parou apenas quando retirou uma lata de leite e uma mamadeira delas.— Posso? - Ele ergueu o leite e a mamadeira apontando para a cozinha.

— Por favor! Posso fazer uma pergunta? - Ela disse seguindo ele em direção a cozinha, parando de frente ao balcão pegando o molho de chaves para distrair a menina.

— Claro! Primeiro me fala onde acho algo para aquecer a água.

— No armário embaixo da pia. - Era incrível que mesmo com o pouco tempo que passaram juntos, ou com tudo que estava acontecendo que parecia surreal, ao mesmo tempo tudo era tão fácil entre eles, não havia peso, apenas uma bela sintonia. Kate nunca foi do tipo de acreditar em destino ou em histórias românticas onde sempre aparecia um homem certo para a mocinha, e viviam felizes para sempre, mas, olhando para o comandante enquanto distraia um pouco a criança balançando as chaves, quase podia ouvir sua mãe dizer: "Um dia Kate, você vai achar a pessoa certa. E quando achar, você saberá, pois seu coração lhe dirá". Beckett deixou escapar um sorriso no rosto, com as lembranças de sua mãe. Não pode deixar de pensar, que com ela aqui, ela saberia exatamente o que fazer.

— Ei, tem alguém ai? - Castle perguntou sorrindo, colocando água na mamadeira.

— Ah, desculpa! Então, onde você aprendeu a fazer isso tudo? Você disse que soube da Alexis já grandinha.

— É que sou curioso, assim que soube da Alexis, eu não podia voltar de imediato, então por onde passávamos comprava e lia livros sobre crianças, a vida de comandante nem sempre é divertida senhora Beckett.

— Ah não Sr. Comandante? Achei que você enfrentava os problemas e lutava pela segurança do país, eu preciso rever meus conceitos viu, imaginar você atrás de uma mesa lendo livros sobre bebês, realmente não é fácil.

— Mas foi bem útil não é. Agora vamos alimentar a criança que deve estar morrendo de fome coitadinha.

Kate voltou e se sentou no sofá, colocou a pequena deitada em seu colo e recebendo a mamadeira que Castle havia feito, deu a garotinha que por sua vez mamava rápido. Ela colocou uma de suas mãozinhas na mamadeira e a outra segurou uma mecha de cabelo da detetive, não puxou, apenas segurou entre os dedinhos. Mesmo que fosse o primeiro contato mais íntimo com a criança, Beckett passou um tempo a olhando e acariciando sua pequena cabecinha, os cabelos castanhos e os olhos azuis que a encaravam derreteram o coração dela, Kate nunca havia tido contato com crianças, na verdade nunca nem foi do tipo que pedia para segurar ou se aproximava a ver um bebê, mas Liz era diferente. Desde o primeiro dia, quando a encontrou no prédio velho, Beckett pensava na pequena.

— Olha, não é que você leva jeito! - Castle disse após longos minutos de silêncio observando as duas.

— Ela que é um amorzinho.

— Kate? Eu liguei para meu advogado quando estava na loja comprando as coisas para ela.

— E o que ele disse?

— Que você terá que informar o CT, mas como ela estava sobre proteção a testemunha, provavelmente está de alguma forma ligada ao caso e o fato de você ser detetive, talvez, consiga ficar com ela. Claro, se for isso que você pretende.

— Ficar com ela? - Essas três palavras trouxeram de volta todo aquele pânico de antes, é como se ela estivesse ligada no automático, não havia digerido a situação nem as consequências.

— É! Você não disse que não queria entregar ela a assistência social? O lógico seria então você vai ficar com ela.

— Castle sou uma detetive, passo mais tempo no distrito do que em casa. Como poderia cuidar de um bebê? Meu Deus o que a Rose tinha na cabeça? Eu não sei nem fazer uma mamadeira, quem dirá o resto.

— Você está indo bem na minha opinião, e a mamadeira, já provei que posso fazer. - Ele disse gesticulando com a cabeça em direção a mamadeira quase vazia nas mãos da menina.

Percebendo a agitação da detetive, Castle assim que percebeu que o leite havia acabado, pediu a criança. Em pé, repetiu a posição que havia feito antes e a pequena parecia ter gostado. Colocou sobre seu peito e dava leves batididas nas costinhas.

— Aprendeu isso no livro também? - Kate perguntou ainda surpresa com a habilidade dele.

— Na verdade, parte do meu trabalho é visitar algumas comunidades, as vezes sobre ataque ou investigação. E digamos que sempre tive uma queda por bebês. Sabe, eu ficava surpreso quando íamos a lugares assim. O contraste entre nossa realidade e a deles é algo que nos marca para sempre. As vezes só do fato de eu segurar um bebê no colo ou aceitar um pequeno gole de água, que nem sempre era potável, os deixava tão felizes e de certa forma a mim também. Quando entrei para o exército confesso, as armas e o treinamento me deixavam excitado, a vontade de ir a campo logo, a experiência de uma possível batalha, mas depois dos anos, conhecendo diversos lugares e pessoas, passei a gostar da outra parte, essa que quase ninguém vê. Quando nos organizamos para reconstruir comunidades, ou assumimos o controle de uma que estava sendo dominada por criminosos, o olhar de gratidão e a felicidade deles, me fizeram trocar o campo por uma sala e o comando.

Kate analisava cada palavra em silêncio, acabara de conhecer outro lado do comandante. Ele tinha fama de rígido e durão, "casca grossa" como fora apelidado pelos de fora, mas ali em sua frente, segundo um bebê que acabara de conhecer, de forma tão carinhosa e se abrindo para ela, a fazia realmente mudar seus conceitos. Já havia percebido nesses dias que ele era diferente do que todos diziam, mas achava ser por causa da perda e o sofrimento, porém depois de tudo, ela podia dizer que realmente estava se apaixonando por ele.

— O que foi? - Ele disse ao vê-la encarando ele .

— Nada! Eu só estava pensando.

— Em que?

— Que você combina com bebês... - Ela mordeu o lábio, para conter a risada.

— Ah, claro. - Ele virou a menina para que ficasse de frente para a detetive. - Não acha que ela daria um belo acessório?

— Se não fosse o pequeno fato dela ter vomitado em você, daria.

— O que? Vomitado? Onde? - Ele a suspendeu para procurar.

— Medinho de vômito Castle? - Ela falou levantando uma das sobrancelhas.

— Engraçadinha! Está vendo linda, não seja assim quando crescer viu. Por que isso seria muita maldade para homens assim como para o tio aqui. - Ele falava com a garotinha que sorria para ele. - Isso, você faz pior não é? Por que esse sorriso derrete qualquer um. Não conta isso para tia Kate, apesar de que eu acho que ela já sabe.

— Castle, falando nisso. O que foi tudo aquilo que você comprou?

— Nada de mais, apenas algumas coisas que ela pode precisar. Falando nisso, você sabia que tem uma loja ótima de coisas para bebê aqui pertinho?

— Claro! Eu sempre vou lá.

— Sério? - Ele parecia confuso.

— Claro que não né! A única loja que presto atenção por aqui é a que vende café.

— Acho que vai ter que ver outras então.

— Quanto foi as coisas?

— Não me lembro! - Ele devolveu a menina para ela e foi em direção das sacolas.— Olha isso que eu achei lá. - Ele retirou de uma sacola grande uma caixa, que tinha um desenho de uma espécie de tapetinho com um arco em cima com alguns brinquedos.

— Você não se lembra? Pode parar Castle, primeiro eu vou pagar por essas coisas, segundo, isso não me parece essencial.

— Espere e verá detetive, espere e verá. - Ele retirou as coisas da caixa e montou o arco com os brinquedos, não era muito grande.

Estendeu o tapetinho colorido sobre o tapete da sala e ao pegar a bebê e a colocar deitada, logo direcionou as mãozinhas para cima em direção dos brinquedos. Ele se sentou ao lado da detetive, e pegou uma de suas mãos.

— Me deixe ajudar Kate, quanto ao pagamento, sei de uma forma que ficaria feliz em receber.

— Castle! - Ela soltou sua mão e deu um tapa no ombro dele.

— Onde você vai? Estava brincando! Kate?

— Só vou pegar uma coberta, ela não pode ficar no chão, está frio.

— Você seria uma boa mãe.

— Mãe? - Ela voltava com um grande edredom que dobrou em algumas partes, Castle levantou pegou a criança no colo, que resmungou, e a Kate colocou o edredom por baixo do tapetinho.

— Pronto senhorita! - Ele disse colocando a menina de volta ao brinquedo. - Sim Kate, seria uma boa mãe. - Ele voltou e se sentou novamente ao seu lado.

— Castle, não consigo cuidar de uma planta, quem dirá crianças.

— Aquela planta parece bem para mim. - Ele apontou para um pequeno arranjo que ficava sobre a mesa.

— Claro que está, é artificial! - Ela disse e os dois começaram a sorrir.

— Sério não sei o que fazer.

— Por hora! Estou morrendo de fome e você? Podemos pedir uma comida e torcer para que a pequena ai durma bem a noite. Amanhã é outro dia e você pode pensar no que fazer.

— Amanhã? Castle, temos que voltar ao loft.

— Quem disse? As ordens eram para que você ficasse me vigiando, bom, não vou a lugar algum. A menos que você inclua tortura de me deixar com fome.

— Obrigada!

— Pelo que?

— Por estar aqui. Por me ajudar, eu não sabia o que fazer e você soube.

— Ainda te devo então.

— Me deve?

— Sim, você ajudou Alexis em Hamptons, me ajudou desde que soube do meu amigo e sem mencionar a bola que te acertei na praia.

Kate sorrindo com a lembrança disse. - Achei que o café na sua varanda tinha pagado, além do mais não fiz nada de mais com a Alexis, só ajudei com o zíper.

— Ah o café foi apenas parte do pagamento. E você fez mais do que imagina.

— Ok, me convenceu... Apenas por que teria que sair e quem sabe Rose não vê que cometeu um erro e volte. Vou pedir algo para comer - Ela levantou e estava indo em direção a cozinha. - Tem preferência?

— Não! Como o que você comer.

— Duas saladas então? - Ela disse pegando o folheto de comida italiana, apenas para provoca-lo

— Salada? Kate estou com fome.

— Você disse não ter preferências. - Ela voltou alguns minutos depois. - Pedi massa ok? Se eu me lembro bem, macarrão é bem vindo.

— E como é!

Eles se encostaram no sofá, após um tempinho a comida chegou, Rick ajudou a arrumar as coisas para que pudessem comer. Kate não ia admitir, mas o brinquedo acabará sendo útil, prendendo a atenção de Liz enquanto eles comiam.

Após uma rápida limpeza na cozinha, Kate encontrou Richard deitado no sofá com a menina sobre o peito. Ambos pareciam dormir, ela chamou por ele baixinho para que não acordasse a neném, não tinha certeza do que fazer, mas acabou optando por dormir todos em seu quarto, não seria a primeira noite dividindo a cama com ele. Trocou a fralda da neném enquanto Rick estava no banheiro e em alguns minutos estavam todos deitados, colocou Liz no meio deles, deixou um abajur aceso para que pudesse ver a pequena.
Castle estava virado para ela, e ela para ele, ambos de frente, a menina que dormia tranquilamente e sorria como se estivesse tendo um sonho bom.

— Olha para ela, parece um anjinho.

— As duas parecem para mim. - Ele falou, fazendo a detetive corar um pouco e sorrir. - Seja qual for sua decisão Kate, você é incrível! Pense nisso ok? Algumas pessoas não fariam metade do que você tem feito por desconhecidos e chatos assim como eu.

— Até que me acostumei com sua chatice toda. - Ela sorriu.— Obrigada Castle! De verdade.

— Sempre! - Ele aguardou um pouco. - Boa Noite Kate!

— Boa Noite Rick!

Se tem alguma certeza no meio de tantas incertezas na cabeça da detetive essa noite, era que ela não dormiria. Pode-se dizer que devido aos pensamentos ou ao medo de se virar e machucar a bebê, mas entre tudo isso, havia ele. Quem diria que em meio a tantos problemas, ele preencheria um espaço em seu coração que achava nunca preencher.


Com os olhos fechados, deitada de costas para cama, seus pensamentos e preces silenciosas eram para que tudo fosse resolvido, que ela e Castle fossem capaz de talvez estabelecer algo e principalmente para que amanhã de manhã tomasse a decisão certa.

Continua...

Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?

Fernando Pessoa


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Notas finais do capítulo

Bom , é isso!!

Elo obrigada pela aquela forcinha de sempre! ❤
Thata , tks pelas dicas...

Bjoks, lembrando que comentários e sugestões são bem vindas ...
Bye até breve ♡



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