Heart of Ocean escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 6
Segredos


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meus queridos, quase que não deu para eu vir até aqui e atualizar HO. Meus sobrinhos fofuxos estão em casa com minha cunhada e como são pequenos quase não teve como eu vir até aqui rss, mas enfim eu vim rss... e tenho uma boa notícia Heart of Ocean terá mais um capítulo para daí sim, ser o epílogo. Queridos vocês hão de me entender neste capítulo o porquê não consegui concluir a trama aqui kkkkk. Continuo agradecendo o carinho das leitoras que muito me fazem feliz. Espero de coração que gostem, boa leitura.



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Nada estava sob controle na casa Everdeen. Katniss ao contar para a mãe que tinha rompido seu noivado com o jovem duque assustou-se com a voracidade de sua fala.

— Deves ir agora mesmo até a mansão. Vai dizer ao jovem duque que, é uma jovem tola, que se arrependeu e clama pelo seu perdão.

— Não posso fazer isso, mãe. – Katniss não tinha muita força na voz, ela já sabia a quem seu coração pertencia.

— Quer nos ver na falência? –  interrogou a mulher largando-se sobre o sofá com certo exagero.

— Não pode me obrigar a casar-me com Gale. – afirmou a jovem.

— Eu não só posso, como vou! – levantou exasperada e segurou sua filha apertando firmemente seu pulso.

— Está me machucando! – Katniss gemeu ao ver que a circulação de sangue em sua mão se esvaia.

— É para te machucar mesmo, garota insolente. – a Sra. Everdeen ia arrastando a pobre jovem, até a porta de entrada com o intuito de leva-la até a mansão e convencer o jovem a reatar com a jovem, pois a essa altura, talvez Gale pudesse ter desistido dela também. Pretendentes para ele, é o que não iria faltar.

— Estou apaixonada por outro cavalheiro! – a plenos pulmões a jovem soltou.

No mesmo instante, a Sra. Everdeen deteve-se e por um momento afrouxou a mão que apertava o pulso da filha. Graciosamente ela passou a mão sobre alguns fios de cabelo que lhe caíra na lateral de seu pescoço e virou-se para a jovem.

— O que disse? – seus olhos cinzentos não transmitia simpatia alguma, o que fez Katniss estremecer – E, posso saber quem é?

Claro que já desconfiava quem poderia ser. Só precisava mesmo é de uma confirmação.

— O jovem Abernathy.

— Aquele pintor... – ela soltou sua filha e começou a andar de um lado para o outro como se fosse uma fera observando sua presa – Mas, ele é pobre e totalmente sem classe. Jamais permitiria que você se juntasse com alguém desse tipo.

— Ele é melhor do que o julga, mãe. E, sinceramente não me importo se ele é pobre ou não. Peeta tem um coração muito bom e puro. Jamais conheci alguém assim. – ela proferia as palavras como se estivesse sonhando.

— Já chega! – a mãe voltou a segurá-la e com mais força. Subiu os lances da escada e quando chegou à porta do quarto de Katniss, falou: - Ficará refletindo nos seus atos e enquanto não tomar juízo não sairá daqui, está me entendendo?

— Por favor, mamãe não faça isso. – os olhos da jovem transbordaram-se em lágrimas e a mãe tomou aquilo como mais um teatrinho barato.

— Quando aprender a me obedecer, sairás daqui. – dito isso praticamente lançou sua filha para dentro do cômodo e logo trancou a porta, guardando a chave consigo – Amélia! – gritou entrando na pequena cozinha, ela mal colocava os pés ali dentro.

— Me chamou, senhora? – perguntou a moça cabisbaixo.

— Sim, chamei. Katniss está trancada em seu quarto, por me desobedecer. Não quero que a solte por nada, ou vai ver comigo! – a mulher ditava cada palavra com rigidez – Leva as refeições para ela nos horários corretos. Por enquanto, é só.

A criada apenas fez um aceno com a cabeça e voltou aos seus afazeres.

(...)

— Milorde, gostaria muito de visitar meu afilhado, se o senhor não precisar de mim neste domingo. – Frederick pediu pacientemente.

— Desde que cumpra suas tarefas e oriente o mordomo que te substituirá, por mim pode ir.

— Obrigado, meu senhor. – Frederick desempenhara um papel doloroso por muitos, muitos anos, mas algo estava para mudar.

Na manhã seguinte, acordou cedo e deixou tudo impecavelmente organizado para o duque Snow. Depois passou as demais tarefas ao seu substituto. Pediu ao cocheiro que selasse um cavalo e logo em seguida partiu. Ele cavalgou rapidamente até a casa de seu amigo Haymitch.

— Frederick, a que devo a honra de sua visita? – Disse recebendo o amigo com um forte abraço e leves palmadinhas nas costas.

— Preciso contar a verdade ao garoto. – retirou o chapéu e passou a mão nos cabelos grisalhos – Na verdade, preciso contar toda a verdade a vocês.

Haymitch olhou por trás de seus ombros. Lá dentro da casa a esposa encontrava-se na cozinha começando a preparar o almoço, enquanto Delly descascava alguns legumes e Prim separava os ovos. Na sala, Cato lia alguns livros que desde muito tempo o próprio Frederick havia lhe trazido. Livros bons, que ensinavam a arte de advogar. Peeta... bem, Peeta encontrava-se com seu pincel em mãos, frente a uma tela de cor amarelada totalmente alheio a tudo a sua volta. Seu pensamento estava concentrado em apenas uma pessoa: a jovem que roubara seu coração.

— Podemos dar uma caminhada aqui no quintal mesmo. – sugeriu já caminhando e Frederick o acompanhou.

— Meu amigo, tenho me sentido sufocado a cada ano que se passa. Não posso mais tolerar o que venho presenciando desde então... – ele respirou profundamente e começou a contar desde o início toda a maldade que vira no duque Snow.

— Então quer dizer que era verdade... – Haymitch coçou o queixo, recordando de algo – Edward era filho de um camponês que eu conhecia muito bem. Eram de uma família simples, mas honestos. Eu vi Eleonor na floresta certa vez. De início não entendi e agora tudo faz sentido.

— Sim, ela é a mãe de sangue do garoto, Haymitch. – o homem não podia mais alongar aquilo – Eleonor foi mandada para o Sul assim que deu à luz ao garoto. Ele iria manda-la antes, mas por algum motivo, não o fez. Bem, ele acha que matei o garoto...

— Ao invés disso você o trouxe para nós. – completou o amigo que atentamente prestava-lhe a atenção.

— Mas, agora Eleonor retornou e quer muito conhece-lo. – Frederick baixou a cabeça e passou as mãos pelo rosto – Não sei o que fazer. – confessou.

— Contaremos a verdade ao Peeta. Deixaremos que ele decida ...há alguma possibilidade de herdar algo em nome da família, por ser filho e neto de quem sabemos? – Haymitch nunca fora ambicioso, mas desejava acima de tudo ver seus filhos estabilizados.

— Eu creio que, herdará grande parte ou até todos os bens de lorde Snow. O jovem Hawthorne tem tudo. Um título de conde. Uma ampla propriedade em Londres e muitos outros bens. – explicou com exatidão - Tecnicamente ele não precisaria de nada daqui, mas por algum motivo o lorde não quis que o filho de Eleonor recebesse nada.

— É pelo garoto ser filho de camponês, tenho certeza disso.

— Lorde Snow sempre zelou pela sua linhagem. Nunca permitiria que algo assim acontecesse.

— Contaremos a ele após o almoço. – determinou Haymitch.

(...)

Peeta ficou feliz em rever o padrinho em sua casa. Eles sempre se derem bem, mas notou algo estranho e não soube até Frederick o chamar para conversarem em particular.

— Tem vendido muitos quadros? – Frederick precisava iniciar o assunto.

— Não tanto como gostaria. Preciso juntar alguma quantia para Cato poder estudar padrinho. O tempo está passando, daqui a pouco ele já terá 23 anos...

— Acalme-se, está bem? – o homem pôs uma mão no ombro do rapaz que aparentava nervosismo – Preciso que me escute. – Peeta assentiu com a cabeça – Você ama essa família, não é? – perguntou incisivo.

— Sim, eu amo. Eles são tudo que eu tenho.

— Peeta, vou contar-lhe algo, mas preciso que seja paciente e me escute até o fim. – novamente Peeta concordou com a cabeça e Frederick iniciou os fatos – Como sabe, trabalho para lorde Snow desde muito jovem. Ele sempre foi muito criterioso em tudo o que fazia e amava suas duas únicas filhas gêmeas, ao qual pretendia casar-lhes com grandes homens. – o homem parou por um instante e limpou a garganta.

— Quer algo para beber, padrinho? – Peeta gentilmente ofereceu.

— Não filho, estou bem. – fez um gesto com a mão e tomou fôlego para continuar a falar – As meninas chamavam-se Hazelle e Eleonor. Eram belíssimas jovens e Hazelle foi a primeira a se casar, com um conde de bem mais idade que ela. O lorde determinava com quem elas iriam se casar, mas com Eleonor foi diferente. Ela queria o direito de escolher, ou de seu coração escolher como a mesma vivia repetindo. Seu pai era severo e não deixaria que escolhesse nenhum cavalheiro e por fim, um visconde lhe foi apresentado e ela não se agradou nada com a escolha. Mas acabei descobrindo depois que ela já estava se envolvendo e encontrando-se com um jovem em algum lugar da floresta. Peeta,  ela acabou engravidando-se desse rapaz e quando o lorde descobriu ficou enraivecido e disse que por pouco não a mataria, mas permitiu a contragosto que ela tivesse a criança e assim foi. Quando o bebê nasceu o lorde me chamou, pois, seu fiel capataz não se encontrava na propriedade, ele pediu-me que levasse a criança para longe e o matasse.

— Que horror. Como ele pôde ser tão cruel? – disse o rapaz achando todo aquele  monólogo um absurdo.

— Peeta... – Frederick já tinha avançado bastante na história deixando alguns detalhes para trás – Lorde Snow tinha apenas um neto. O filho de Hazelle, o qual você o conhece.

— O jovem Gale. – falou mais para si mesmo.

— Isso. – o homem precisou respirar mais uma vez, não imaginava como o rapaz reagiria com os próximo fatos – O casal Hawthorne sofrera um terrível acidente e o pequeno Gale veio para a mansão para ser criado pelo avô. A intenção do lorde era que somente um herdeiro tomasse posse do legado de duque. E, não permitiria que fosse o filho que Eleonor colocara no mundo, justamente pelo jovem ao qual se envolveu viesse de uma família simples. Por isso me incumbiu ao que te falei, mas jamais faria isso e naquele momento só pensei em uma pessoa que jamais faria mal a um bebê... era uma noite fria de outono e consegui traze-lo até Haymitch... – nesse exato momento quando Frederick sussurrou essas últimas palavras, Peeta já se encontrava em pé.

— O que quer dizer, padrinho?

— Peeta, você é neto de lorde Snow e tem direito de reclamar seu lugar como duque.

— Está me dizendo que sou fruto de um amor proibido? – o rapaz sentiu as mãos começarem tremer.

— Eu sinto muito meu jovem, mas há coisas que ainda não sabe.

— Como o que? – Peeta sentiu seu coração acelerar.

— Sua mãe havia sido mandada para muito longe, mas ela regressou para encontrar você e quer muito te conhecer.

— E, o meu pai, o que aconteceu com ele?

Essa era a parte que Frederick mais temia.

— Peeta... lorde Snow ficou tão possesso em saber do romance que os dois estavam tendo que, pediu que o matassem. – Peeta teve certeza que seu rosto geralmente corado passou par pálido. Não acreditava que tal crueldade pudesse ter acontecido – Só peço que não pense em se vingar, não valeria a pena sujar suas mãos. A melhor forma de passar por cima disso é reclamar o seu lugar de direito. Sua mãe está aflita, pois te segurou nos braços uma única vez. Quando você nasceu. Ela quer muito te conhecer. – neste momento os dois se encontravam no local onde Haymitch trabalhava com a marcenaria e, enquanto isso os casal Abernathy explicava aos três filhos o que estava acontecendo. O porquê Frederick conversava com Peeta.

— Eu quero conhece-la. – suspirou o rapaz e Frederick abriu um sorriso que há tempo encontrava-se escondido. Via nisso uma possibilidade de grandes mudanças.

(...)

— Srta. Everdeen? – Amélia disse quando entrou sorrateiramente no quarto da jovem – Trouxe-lhe seu almoço? – ao depositar a bandeja na mesinha de canto viu um amontoado sobre a cama e ao se aproximar cada vez mais percebeu que não se tratava de uma pessoa e sim roupas de cama e um edredom enrolado que ficou parecendo uma pessoa deitada – Oh, onde a senhorita está? – perguntou para o nada.

Katniss de boba nunca teve nada e algo que a moça sabia era escapar de alguma situação complicada. Ela arrumara uma mala e a jogara pela janela de seu quarto. Com muito cuidado conseguira escapar pela janela e descer pela grade onde trepadeiras se ateavam.

Para onde iria ela com tanta determinação?

Uma resposta óbvia. À casa dos Abernathy. Ela usava um chapéu de aba grande ao qual teriam que prestar muito a atenção para reconhece-la. Seu vestido era de um azul claro, que tinha pequenas flores estampando-o em tons cor-de-rosa. A jovem caminharia aproximadamente 1h e 40 min pelo menos. Os Abernathy moravam afastados do centro, mas para ela o suor que pingava de sua testa não a incomodava em nada. Sua determinação era precisa mesmo, talvez não sendo a mais correta. Mas chega! Sempre fora uma moça obediente e culta. Seria a primeira vez que cometeria uma loucura.

Depois de parar para descansar sentiu as pernas formigarem, pois  ela caminhara rápido demais e não tinha esse costume. Com sede e com fome tornou a andar e ao longe pôde ver a casinha que exalava amor. Sorriu abobalhada, Peeta a amava assim como ela o amava. Andou mais um pouco confiante e mal teve tempo de bater na porta.

— Querida, o que houve? – a Sra. Abernathy a segurou nos braços, a jovem estava vermelha, exausta e suada – Delly, Primrose por favor, venham aqui! – prontamente as filhas apareceu e ao ver que a mãe tinha a jovem Everdeen escorada e desacordada nos braços ajudaram a carrega-la até a sala.

—  Mamãe, o que aconteceu? – Peeta com um olhar de espanto ao entrar na sala e deparar com sua amada deitada sobre o sofá não teve outra ação senão correr para o lado dela e ajoelhar-se – Por favor, Katniss... fale comigo. – sussurrou ao seu ouvido.

— P-peeta... é você mesmo ?  - ela tinha os olhos fechados e a voz soava fraca – Isso não é um sonho?

— Não minha querida, isso não é um sonho. – ele colocou todo o amor que sentia por ela naquelas palavras.

Aos poucos foi abrindo os olhos e logo deparou-se com o azul infinito que mais amava ver.

— Amo você. – disse ela com doçura.

— E, eu amo você mais que o ar que respiro.

A família em peso – inclusive Frederick que tinha acabado de ter a conversa com Peeta – entreolharam-se e não entenderam nada o que acontecia bem ali, diante de seus olhos.

— Peeta... Srta. Everdeen, tem algo que queiras nos contar?


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Notas finais do capítulo

Bem, todos estavam meio que incertos quanto ao futuro desses dois, né? Uns estão com medo do que sucederá, mas acalmem-se que ainda terá mais um capítulo onde haverá um casal em apuros explicando o que está acontecendo kkkk (olhem o spoiler) e também haverá um encontro. O que acharam da reação do Peeta? Bem, sei que não ressaltei tanto as emoções dele, mas eu não acredito que surtaria ao ponto de querer matar o Snow e etc... afinal ele é o doce Peeta M... ops! Eu não posso revelar ainda os segredos kkkkkk. Beijinhos e se tudo der certo nos vemos daqui a duas semanas com o penúltimo capítulo e fortes emoções. Boa semana a todos e nos vemos nos comentários.



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