Desenhando Futuros escrita por R_Che


Capítulo 22
Capitulo 22


Notas iniciais do capítulo

Hey! Aqui está o 22... mais logo se conseguir posto outro.

Respondi a alguns comentários, obrigada por tudo.



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Começava a tornar-se hábito ter surpresas enquanto estava a trabalhar. Quinn estava tranquila no seu mundo dos negócios quando batem à porta do seu gabinete. Era George e trazia um ramo de rosas vermelhas na mão. Quinn sentiu náuseas, mas disfarçou. 

— Bom dia. - disse ele com um sorriso rasgado. 

— Olá George. - respondeu ela enquanto se levantava para lhe dar um beijo na face, mas rapidamente se voltou a sentar. 

— Como estás? 

— Bem, e tu? 

— Eu estou perfeito. Comecei um novo projecto publicitário. 

— Que bom. - disse ela com um sorriso meio forçado meio carinhoso. George era seu amigo, e ela ficava de verdade feliz pelas suas conquistas. 

— Pensaste no que te falei? Sem pressão... - disse ele meio nervoso. 

— George senta-te. - disse ela com carinho mas cansada. - Vou mudar de casa. Vou viver sozinha. - acrescentou contente. George abriu os olhos surpreso, mas sorriu com satisfação. 

— A sério? Mas o que te passou pela cabeça?

— Achei que estava na hora de ter a minha privacidade, já que tenho a minha independência. Estou muito contente. Já estou em processo final, porque gostei muito de uma que vi. 

— Isso é muito bom... acho. - disse ele mudando de expressão ao perceber que aqueles planos não o incluíam. Quinn percebeu. 

— Tu sabes que eu te adoro, que és o meu melhor amigo, mas não posso ser desonesta contigo... eu não sinto isso por ti. 

— Eu acho que tu não percebeste Quinn. - respondeu ele com calma. - Eu sei que não estás apaixonada por mim, e aceito isso perfeitamente. Mas pensei que me podias dar a oportunidade de dividir a tua vida comigo. A vida não é um conto de fadas e eu sei disso melhor que ninguém. Se me deres uma oportunidade, eu vou ser a pessoa que mais te facilitará a vida. Nós conhecemo-nos muito bem. - Quinn pensou que não tão bem, visto que não esperava que ele tivesse essa atitude, mas engoliu para si. 

— George, não me posso casar contigo se... - ele interrompeu-a de imediato. 

— Não vamos falar de casamento já. Mas podíamos sair juntos. 

— Sempre o fizemos... - disse ela descaradamente. 

— Não assim. Eu dou-te todo o espaço que queiras, mas deixa-me tentar. Se não der, eu percebo. 

— George... - suspirou ela com algum desconforto. 

— Quinn, sem pressões. 

O silêncio dela foi recebido por ele como uma confirmação e ele acabou por pensar que já era um passo em frente ao que tinham até ali. 

— Vamos jantar logo à noite. - diz ele enquanto se levanta de repente da cadeira, dá-lhe um beijo na testa e sai em direcção à porta contente. - Não te esqueças de meter as flores na água. Apanho-te às oito em casa. 

Quinn sentiu que tinha sido espancada emocionalmente e deitou a cabeça nos braços em cima da secretária. 

 

—x-

 

Embora o seu entusiasmo não fosse muito, Quinn desceu a escadaria da casa dos pais em direcção à porta de saída. George estava no carro à espera dela. 

— Onde vais? - perguntou Russell que estava sentado na poltrona do costume. 

— Vou jantar com o George. - disse ela sem ânimo. 

— Ah. 

— A mãe?

— Foi jantar com a Charlotte. Diz que tem uma decoração qualquer que planear da casa dela. 

— Ok. E tu vais jantar sozinho?

— Não tenho fome, comi à bocado no clube qualquer coisa. 

— Vou embora então, até logo. - disse ela com calma. 

— Quinn?! - chamou Russell antes de ela sair. 

— Sim pai?

— Aceitaste essa proposta de casamento absurda? - perguntou Russell sem pudor. Quinn não conseguia digerir que o pai tivesse aquela opinião e de novo se sentiu surpresa. 

— Não. 

— Menos mal. 

— Mas aceitei dar-lhe uma oportunidade de aproximação. 

— Estás a cometer um erro gigante, mas faz o que quiseres. - respondeu Russell virando-se para a televisão que estava do lado oposto a Quinn. 

— Pai! - ele volta a olhar para ela. - Porque é que insistes tanto que é um erro? - perguntou ela cheia de coragem. 

— Tu sabes bem porquê. - respondeu Russell com autoridade. Quinn ficou tão surpreendida que não teve coragem de perguntar mais nada. Saiu em direcção ao carro de George com uma sensação de que lhe tinham removido as entranhas. 

 

—x-

 

Já sentados no restaurante, e longe de Quinn saber que ia viver uma das situações mais incómodas da sua vida, George contava-lhe sobre o novo projecto em que estava a trabalhar. 

— E vamos usar umas cores que mexam com a sensibilidade do olho humano. Mesmo para ter impacto social. - contava ele feliz. Quinn estava genuinamente a gostar de vê-lo tão entusiasmado. 

— Mas isso sai em quanto tempo?

— O plano é em 4 meses. 

— E tens tempo para isso tudo? 

— Tenho, a equipa de Tokyo é grande. São tubarões. 

— Foi isso que o teu pai foi lá fazer, suponho. 

— Sim, ele teve a primeira reunião há dois meses, mas agora voltou lá há pouco tempo. 

— Sim, eu lembro-me que foi na altura do casamento da Lisa. 

— Isso, isso. - disse ele satisfeito por ela se lembrar. 

— George Astori! - diz uma voz emocionada por o ver. George olha para a pessoa, esboça um sorriso brilhante de felicidade e levanta-se cheio de vontade de lhe dar um abraço. 

— Kurt Hummel! - diz o homem no mesmo tom. Os dois abraçam-se e Quinn sente um desconforto imediato ao perceber que se tratava do melhor amigo de Rachel. Movimenta-se na cadeira sem saber que posição adoptar. - Como estás Kurt? Há tanto tempo que não te via. Estiveste nos dois desfiles e não te encontrei quando me disseram que estavas. Estás igual, sempre o mesmo! 

— E tu também, estás só um bocadinho mais musculado seu malandro. - Quinn sorri com a brincadeira, mas rapidamente se sente desconfortável de novo. Kurt olha para ela e esboça um sorriso torto, um sorriso que só lhe saiu da cara depois de ser formalmente apresentado à loira. 

— Deixa-me apresentar-te, ou já se conhecem? - perguntou George confuso pensando que era possível por Rachel. 

— Não fomos ainda apresentados, embora já tenha ouvido falar em imenso na Quinn. 

— Então eu apresento. - respondeu George com orgulho. - Quinn, este é o Kurt Hummel... Kurt, esta é a minha namorada, a Quinn. - Quinn engasgou-se de maneira automática com a própria saliva e sentiu que George lhe tinha dado uma pancada na cabeça,  Kurt aumentou o sorriso que tinha no rosto, mas agora de maldade. 

— Olá Quinn. Muito gosto. - disse ele enquanto lhe dava um beijo na cara, ela tinha-se levantado para o cumprimentar e devolveu o elogio. 

— Igualmente Kurt. Já tinha ouvido falar muito de ti. - disse ela tentando disfarçar a dor no peito que sentiu naquele momento. 

— Oh minha querida, parece que os nossos amigos em comum estavam desejosos de nos apresentar e não sabiam. - disse ele irónico-sarcástico, e ela percebeu perfeitamente o motivo.

— Conheço o Kurt há anos, sabes que ele é o melhor amigo da Rachel?! - disse George como se estivesse a dar uma novidade a Quinn, que baixou a cabeça de imediato ao perceber a expressão malandra de Kurt. - Por falar na Rachel, tens estado com ela? Como é que ela está? - George tinha toda a falta de noção que alguém podia ter. 

— Sim, ainda há bocado estive com ela. Se queres que seja honesto já a vi melhor. - mas contrariamente ao que Quinn imaginava em primeira instância, ele não o disse para a provocar porque a sua expressão era diferente de há pouco. 

— Porquê? Aconteceu alguma coisa? - perguntou George preocupado. 

— Nada que a Rachel não supere. Ela é forte... é a melhor do mundo. - disse com orgulho e Quinn sentiu-se morrer. De curiosidade, de desgosto... de amor. 

— De facto, não conheço ninguém como ela. - disse George com carinho. 

— Não há ninguém como ela. Mas mudando de assunto, eu vou deixar-vos no vosso jantar romântico e vou à procura da minha companhia desta noite. - disse ele com um sorriso simpático. Quinn agradeceu mentalmente que a conversa tivesse acabado, mas nem processou quando Kurt deu um abraço em George e depois veio na sua direcção para se despedir dela com um beijo. Um beijo que seria normal, mas o que a apanhou de surpresa foi que ele acabou por lhe dar um abraço com só um braço, como se lhe estivesse a dar apoio emocional. - Tive muito gosto em conhecer-te finalmente Quinn. - disse ele simpático. Quinn respondeu exactamente com o mesmo tom, o que deixara Kurt agradado. 

— Igualmente Kurt. O prazer foi meu. 

 

Sem olhar para trás, Kurt caminhou em direcção ao seu destino, e George retomou a conversa que estavam a ter inicialmente. Mas foi um monólogo, porque Quinn jamais conseguiria reproduzir o que ele lhe contou porque não ouviu nem o som da sua voz o resto da noite. 


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Notas finais do capítulo

Confesso que queria fazer esta maldade com a Quinn desde o inicio... o Kurt é a pessoa perfeita para envergonhar alguém.
Beijo ***



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