Capítulo 2

Alfredo e Cecília ficaram calados e Carmen continua:

—Vamos, me respondam.

Cecília: Carmen, por favor, não é para tanto. (repreendendo a irmã)

Carmen: Eu não fiz nada de mais, eu só quero saber se já conhecem.

Alfredo: Sim. Nós nos conhecemos hoje pela manhã. Você é irmã da Cecília não é?

Carmen: Sim. Nós somos irmãs. Eu sou Carmen (forçando um sorriso)

Alfredo: Muito prazer Carmen. (estendendo a mão à Carmen que aperta)

Carmen: Igualmente. Alfredo não é?

Alfredo: Sim.

Cecília: Fico feliz que conheça minha irmã. Ela é uma ótima pessoa. (sorrindo)

Alfredo: Você também me parece ser Cecília. Fico feliz em ter vizinhas tão simpáticas.

Cecília: Obrigada. Digo o mesmo de você. (Carmen não gostando da situação resolve acabar com aquela conversa que, para ela estava ficando chata)

Carmen: Bom, fico muito feliz, mas precisamos ir Cecília. Já está ficando tarde.

Cecília: Sim, claro. Foi um prazer falar com você Alfredo, mas preciso ir.

Alfredo: Claro, sem problemas. Até logo.

Cecília: Até logo.

Carmen: Vamos Cecília. (ela assente) Foi bom falar com você. Boa noite.

Carmen e Cecília vão para casa e Alfredo vai para o mercado e compra algumas coisas e logo volta para casa.

Mais tarde na casa de Cecília e Carmen:

Carmen: Por que não me falou nada sobre o novo vizinho. (perguntou um pouco incomodada) Hoje quando estava voltando do mercado ele esbarrou em mim e derrubou as sacolas.

Cecília: Eu o conheci hoje pela manhã, quando estava saindo para o trabalho. Como eu iria falar para você sobre ele. (explicando) Sabe, ele quase esbarrou em mim.

Carmen: Esse Alfredo não olha por onde anda. Parece que vive no mundo da lua. (disse indiferente)

Cecília: Não fale assim Carmen. Ele estava apenas distraído.

Carmen: Não acha que duas vezes já é demais em um dia só? Além do mais ele me parece ser do interior.

Cecília: E o que isso tem demais? Vai ver ele veio para a capital para trabalhar.

Carmen: Quem sabe. (disse dando de ombros) Você acha que ele é uma boa pessoa?

Cecília: Creio que sim. Pelo menos ele me pareceu ser.

Carmen: E o que você achou dele? (perguntou interessada)

Na casa de Alfredo:

Após o jantar, ficou pensando no que iria fazer da sua vida:

— Tenho que dar um jeito de arrumar um emprego logo. Não quero ficar aqui sem fazer nada. Não foi para isso que saí da minha cidade. Tenho que ser forte. Não posso fracassar. Não vou desistir e farei o que for preciso para alcançar meus objetivos. (e continuou pensando em tudo que aconteceu com ele desde que decidiu sair de sua cidade).

Na casa de Cecília e Carmen:

Carmen: E o que você achou dele? (perguntou interessada)

Cecília: Um rapaz educado, gentil, simpático; enfim, acho que é um bom rapaz. E você? O que achou dele? (Carmen ficou um pouco surpresa, pois não esperava que a irmã fosse perguntar isso a ela).

Carmen: É... Não sei. Ele me pareceu muito educado. Até que por ser do interior ele é bem educado.

Cecília: E o que tem isso a ver? Não é por ele ser do interior que deve ser rude e mal educado.

Carmen: Se você diz. (dando de ombros) Cecília (chamando a atenção da irmã que ajeitava a cozinha e parou para olhá-la) Me diz uma coisa (fez menção para que ela continuasse) Você achou o Alfredo bonito?

Cecília ficou sem reação. Não esperava que a irmã fosse fazer uma pergunta daquelas. Afinal, as duas nunca conversavam sobre esses assuntos. Não sabia nem o que responder, apenas ficou calada. E Carmen perguntou novamente:

— Me diz, você achou o Alfredo bonito?