Mandy Mellark (Hiatus) escrita por Paty Everllark


Capítulo 11
A Mulher mais Sexy do Mundo


Notas iniciais do capítulo

*Perdoem-me a nota gigantesca.

*Boa noite galera! Em primeiro lugar quero explicar o porquê de minha demora em atualizar a fic.

*Este último mês foi muito complicado para mim, em parte por ser a época do ano em que meu trabalho me exige muito, e o outro motivo é porque em menos de um mês tive duas perdas de pessoas que eram muito especiais em minha vida, e isso me afetou bastante emocionalmente. Definitivamente foi muito difícil ter cabeça para qualquer coisa que não fosse confortar meus familiares.

*Eu jamais irei abandonar minhas fics, principalmente por elas terem me dado tantos presentes ao longo desse ano, então se você que esta lendo essa nota até o fim, pode ter certeza que lhe considero um presentão viu?

*Espero que me entendam... Eu nunca escreverei qualquer coisa só para ter o que postar. Por isso tenho demorado.

*Quero agradecer a todos que deixaram recadinhos no último capitulo e aos novos acompanhamentos quero desejar boas vindas.

*Boa leitura.



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                                                                                             POV Katniss

Não podia negar que o buquê disposto sobre a cômoda em meu quarto era lindo, além do mais, composto por rosas vermelhas, as minhas preferidas.

O remetente sabia do meu encanto por elas, esse era o motivo de tê-las enviado. Pelas minhas contas o ramalhete deveria ser o décimo só essa semana. Há alguns meses estaria em êxtase diante da iniciativa do loiro de implorar pelo meu perdão com tamanha veemência, no entanto agora a insistência do meu ex-noivo só suscitava em mim irritabilidade e tristeza por não ter percebido antes o canalha com quem me envolvi.

— Menina Katniss, a senhorita me chamou? – Rosemary trabalhava como arrumadeira para nossa família há mais de dez anos e desde que cheguei à mansão a jovem senhora me tratava pelo apelido carinhoso.  Quando Cato começou a enviar as flores ela me impediu de joga-las no lixo, visto que meu tio e meu irmão jamais permitiram que as devolvesse. Então Mary ficava com os buquês, minha única exigência.

 “Leve-as para onde eu não possa sentir nem cheiro dessas pobres coitadas”.

— O menino caprichou dessa vez, esse é o mais lindo até agora. – não precisei falar nem uma palavra, logo que se deparou com as rosas sobre a cômoda, a senhora sorriu e pegou o amarrado adornado com fitas brancas para si. – Não vai nem ler o bilhete meu anjo?

— Com certeza não querida, por favor, só as leve para longe.  – pedi com carinho.

 Assim que a mulher caminhou porta a fora esbarrou em minha prima que entrava no cômodo, esta fez uma careta engraçada ao vê-la segurando mais um buquê. A doida apertou-a arrancando dela uma deliciosa gargalhada após lhe dar um sonoro beijo na bochecha, a seguir se jogou de costas em minha cama, fazendo o braço esquerdo de travesseiro.   

— Precisamos falar sobre o Cato. – disse num tom zombeteiro posicionando a mão livre no peito de maneira teatral.  Rimos as duas.

— Não precisamos não, mesmo porque, estou atrasada.  – respondi em meio aos risos e dirigindo-me com rapidez ao guarda roupa.

— Agora é sério Katniss, toma cuidado com esse cara. Ele não me parece alguém que aceite ser rejeitado. – estralei a língua no céu da boca demonstrando desagrado com o rumo que nossa conversa estava prestes a tomar.

— Prim na boa? Nem começa, não quero falar no Ludwig, estou dando início a uma nova fase da minha vida e nela não tem espaço para o idiota do Cato. Nem para homem nenhum, afinal eles são todos farinha do mesmo saco e estou muito bem solteira. 

Quero ver até quando. – murmurou. 

Desconfiada voltei minha atenção a Prim e esta, se achava com um risinho sapeca nos lábios o que me pareceu bastante suspeito.

— Que cara é esta mocinha?

 – Cara. Que cara? – fez-se de inocente. – Você não disse que estava atrasada para sair? – desconversou, porém eu sabia que tinha a ver com suas conversinhas suspeitas, no celular após nossa chegada em casa na noite passada. Encarei-a de um modo ameaçador.  – O que foi?

— Primrose. – a repreendi – Fala logo. O que você está aprontando?

 – Só estou estranhando este seu descontentamento repentino com ao sexo oposto. Posso afirmar que nem todos os homens são iguais. Coitadinhos. – riu.  

A loirinha estava com cara de quem aprontaria uma das suas. Ah, isso estava! Mas não dava tempo de matar a curiosidade, se tentasse chegaria atrasada ao shopping.  Então somente revirei os olhos e dei de ombros. Na sequência peguei minha mochila no armário, coloquei no seu interior uma echarpe de estampa floral, um macaquinho fitness vinho, uma toalha de banho e meu nécessaire com itens básicos de higiene. Com tudo organizado sentei-me na beirada da cama e calcei minhas sandálias de salto alto.  

Prim ajeitou-se de bruços na cama e ao colocar a cabeça para fora da mesma observou meus pés. – Por que está colocando sandálias de salto ao invés dos tênis? – estranhei a pergunta.   

— O workshop é de danças sensuais.

— Danças sensuais? – repetiu atônita.  

— É.  Danças sensuais femininas. – confirmei.  – Também conhecidas como danças eróticas.  – fez uma cara esquisita como se lembrasse de algo. – Sexy Stiletto, Chair dance, Lap dance, Dança do Ventre e talvez Twerk. Lembra o chá de lingerie da Alícia que fomos no ano passado?– conclui.

— Meu Pai do céu! – num pulo Primrose colocou-se de pé a minha frente. – Katniss, você alertou a Amanda sobre esse Workshop? — questionou-me aparentando certo desespero, o que não me passou despercebido.

Alertar? Por que, deveria? Eu disse para ela que faríamos um curso de dança com o Cinna.  – difícil entender a reação de minha prima. Como cantora a Amanda com certeza sabia quem era o “coreógrafo das estrelas”.  Enfim, nove entre dez cantoras de sucesso da atualidade passavam pelas mãos experientes do cara.  Ele era requisitadíssimo para coreografar shows e vídeos clipes justamente por ser uma sumidade em danças sensuais. – Agora me diz, por que está me perguntando isso? – interroguei receosa.

— Desculpe-me Kat... preciso telefonar para o Tresh. Mais tarde a gente se fala. – saiu atordoada do quarto, deixando-me sem entender o porquê de seu comportamento intempestivo.   

                                                (...)

 – Ora, ora! O que temos aqui? Katniss Everdeen. 

Ah não!  Aquilo só podia ser sacanagem, aquela vozinha irritante só poderia pertencer a uma pessoa.

— Oi Cashmere. – cumprimentei desanimada desencostando-me do gabinete da pia onde minha mochila repousava. O banheiro do teatro não era dos maiores e com a presença da loira siliconada ficou ainda menor.

 – Não diga que também irá participar do workshop que o teatro está promovendo? 

          – É o que parece. – respondi. Dava para notar que garota continuava tão linda quanto arrogante. Não mudara nada desde a última vez que a vi em seu baile de apresentação, quando deliberadamente fez questão de dar em cima de meu ex debaixo de meu nariz.

— E como vai o noivinho? – perguntou colocando sua bolsa ao lado da minha e começando a se despir.

— Não sei. Não estamos mais noivos. – comuniquei. Com certeza ela e toda a Capital já sabia do fim de meu relacionamento.  

— Que pena. – cantarolou sarcástica. – Até que vocês duraram muito tempo. Nunca entendi bem o que o Cato viu em ti! – exclamou fitando-me de cima abaixo com expressão de nojo. Lancei lhe um sorriso sem emoção e nada respondi. Não valia a pena.

Tranquila terminei de me vestir.  E, depois de amarrar a echarpe no quadril dei uma viradinha para fitar minha imagem refletida no espelho, – o macaquinho ficara perfeito em meu corpo – ajeitei meus cabelos e o decote de modo a valorizar meus seios. Tudo isso sob o olhar nada amistoso da loira. 

Licencinha. – pedi debochada, ao passo que Cashmere fez uma reverência exagerada abrindo espaço para que eu pudesse por fim, sair do banheiro.  

                                      (...)

 Ao adentrar o anfiteatro, Cinna se achava de pé em meio a um círculo formado por umas nove mulheres de diferentes biotipo. Ele exclamou um “seja bem vinda!” enquanto eu colocava minha mochila no chão ao lado de outros pertences e me juntava ao grupo. Vasculhei o ambiente a procura de Amanda, mas nada. Não demorou muito e Cash também se juntou a roda trajando um micro short e top pretos. Em seu quadril uma echarpe lilás compunha o visual.  Bufei prevendo que meu dia seria longo quando ela me olhou de soslaio e me ofereceu um sorrisinho petulante.

— Meu nome é Cinna, sou dançarino profissional e coreógrafo há mais de quinze anos. Atualmente tenho dedicado boa parte do meu tempo a workshops como este. Cansei-me um pouco dos ataques de estrelismos das divas do show business e quis partilhar meus conhecimentos com mulheres comuns como vocês.  – sorri por dentro. Pelo pouco que ouvira falar do coreógrafo. Ele era desses. Sem papas na língua, diferente de alguns profissionais sem a terça parte de seu talento.  

— A proposta do nosso encontro hoje são danças sensuais, estamos entendidos? – explicou nos olhando por cima dos óculos de armação grossas e esperando nossas respostas. Ao ouvir um uníssono e animado sim ecoar pelo teatro o negro de olhos castanhos sorriu largamente e prosseguiu.   – Para as mais tímidas, faço um apelo. – enquanto discursava Cinna andava por entre nós como se nos examinasse a fundo.  Só neste momento notei as mulheres a minha volta, com exceção de Cashmere que parecia uma modelo de capa de revista todas pareciam mulheres comuns.

 – Deixem a timidez do lado de fora destas paredes, hoje eu quero ajuda-las a trazer à tona aquele lado lascivo que sempre esconderam a sete chaves e que jamais apresentaram a alguém. – parou perto de uma senhora de uns sessenta anos no mínimo e segredou a frase em seu ouvido deixando-a visivelmente desconcertada. Cinna seguiu nos revelando que danças sensuais não eram apenas um rebolar de bundas e sacudir de seios em volta de uma cadeira ou de um cano - muito menos de um homem -, mas sim uma expressão de feminilidade e sensualidade. E para algumas mulheres até uma oportunidade de se conhecer, se amar e estimar do próprio corpo. Finalizou encarando uma menina gordinha, e esta, lhe sorriu emocionada diante da indireta.  

— Agora eu quero que vocês relaxem... – solicitou segurando minha mão direita e ao beija-la esperou que lhe informasse meu nome.

— K-katniss Everdeen. – gaguejei.

— Katniss Everdeen. – saboreou o nome enquanto me conduzia a passos lentos até uma barra de pole dance que eu ainda não havia notado próxima a um aparelho de som. De um jeito sugestivo, o homem posicionou com delicadeza minha mão na barra giratória e continuou a mover sua habilidosa mão por toda a extensão de minha perna, causando-me calafrios, antes de também posicioná-la no objeto. Engoli em seco. – Feche os olhos Everdeen. – sussurrou rouco ao pé do meu ouvido. – E, sinta a música... – ordenou se afastando após ligar o micro system.

A batida firme e cadenciada de Promise, na voz suave e inconfundível da cantora Ciara apoderou-se do espaço. A canção se referia a uma mulher que esteve muito tempo solitária a espera de seu “príncipe encantado” do homem que a tratara com todo respeito. Que será seu amante e companheiro. A quem ela irá entregar-se por completo, sem mentiras ou reservas.  Aquele que está destinado a ser seu primeiro e único, para todo e sempre.

 No início travei.  A letra da música me perturbou, em grande parte por minha vida sentimental estar uma completa desordem. A briga com o Cato era o menor de meus problemas. Meu ex, há muito não habitava meus pensamentos. O que mais me atormentava nas últimas semanas era o fato de não conseguir tirar outro loiro de olhos azuis da minha cabeça por mais que houvesse tentado.

Cinna percebeu minha dificuldade em evoluir e com maestria me conduziu no que julguei ser um exercício de relaxamento.

Respire fundo Katniss... Só precisa se deixar levar pelas vibrações que a música pode causar em seu corpo... Esqueça-se de tudo e todos a sua volta... deixe a sensualidade aflorar de você. Perceba o quanto és sexy... Linda... atraente... feminina...  

 O coreógrafo ditava de maneira firme e ao mesmo tempo doce. A firmeza no seu tom de voz inspirava-me confiança. Comecei a mexer meus quadris com leveza e continuei de olhos fechados, pois me faltava à coragem necessária para abri-los – principalmente por saber que todos os olhares na sala estavam sobre mim. Soltei o ar que se encontrava preso em meu peito. Por um instante esqueci como se respirava. Quando dei por mim já me encontrava dançando. Menos nervosa, tentei recordar do chá de lingerie da Alícia no ano passado e da breve aula de pole que a animadora nos concedeu na ocasião. Me rendi.

Meu corpo havia se movido praticamente sozinho durante toda a última parte da música. Me surpreendi com a suavidade dos meus movimentos ao girar o corpo no mastro num spin perfeito.  Por instinto joguei meus braços para trás de maneira lenta formando um arco enquanto mantinha a perna esquerda envolta ao mastro.  Entendia agora por que o coreógrafo era um profissional tão respeitado no meio artístico.  ”Cinna realizava milagres na nossa autoestima”. E aquela barra giratória me proporcionara uma experiência inimaginável. Era como se ela fosse capaz de me tornar a mulher mais sexy do mundo.

— Divina. Exuberante. Temos em nosso meio uma dançarina profissional. – os elogios na voz grave de meu instrutor e os aplausos empolgados ao meu redor me fizeram parar abruptamente a performance. Havia esquecido por completo de todos os presentes no anfiteatro.

Ofegante e com os batimentos cardíacos descompassados abri meus olhos e sorrindo como uma menina que acabou de ganhar uma caixa repleta de chocolates, preparei-me para agradecer meu instrutor. Pela força que me dera durante, os quase cinco minutos, que me achava dançando.  No entanto, ao abrir por completo meus olhos não foram os    olhos castanhos de Cinna que entraram  em meu campo de visão, mas   sim, as orbes azuis que durante semanas permearam meus pensamentos mais íntimos.  Peeta Odair estava à minha frente e me encarava como se estivesse diante de uma aparição.   


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Notas finais do capítulo

Link da musica do capitulo: //www.youtube.com/watch?v=Mfocmsvagds

*Danças sensuais
Sexy Stiletto (Dança sensual no salto alto)
Chair dance (A maravilhosa dança da cadeira)
Lap dance (A famosa dança do colo)
Dança do Ventre (A hipnotizante dança árabe)
Twerk (A dança do bum bum)
Pole Dance (dança no mastro)


Gente estou ansiosa! E ai? Gostaram? Detestaram?
Não sejam tímidos... Espero pelo feedback de vocês!

Bjs e se tudo correr bem até breve.



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