Mandy Mellark (Hiatus) escrita por Paty Everllark


Capítulo 10
Eu odeio Karaokê


Notas iniciais do capítulo

*Boa galerinha! Espero que estejam todos bem.

*Venho mais uma vez pedir mil desculpas por minha demora, começo de ano, retorno ao trabalho, Pc resolvendo dar defeito... Ufa! Muitas coisas que tornaram difícil a atualização das minhas duas fics em andamento, mas hoje trouxe um capitulo fresquinho e que particularmente amei escrever. Espero que gostem dele, foi preparado com muito carinho.

*Agradeço aos comentários no último capitulo e aos novos acompanhamentos sejam bem vindos.

Boa leitura!

Link da música https://www.youtube.com/watch?v=v8togY8UV3I



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  Ao término das audições, Katniss e Johanna resolveram que gostaria de conhecer melhor suas meninas, e nos convidaram para tomar um Chopp num barzinho de Karaokê próximo a Boate. Depois de conversarmos bastante e descobrirmos mais, uns sobre os outros, decidimos curtir a noite.  Glimmer e companhia, foram para a pista de dança. Rue, Annie e Delly desapareceram após dizer que iriam ao banheiro. Joh e Finnick permaneceram na mesa comigo e Katniss e o nosso papo estava uma delícia, segundo as palavras da Everdeen. A morena contou-me o porquê de me considerar sua Marilyn e me revelou seu sonho de produzir um musical em homenagem à atriz. Tudo seria perfeito, se o pentelho encravado do Hawthorne não tivesse vindo junto para detonar nossa noite, ou melhor, a minha noite. No momento eu agradecia por não fazer a mínima ideia de onde ele estava, quando Katniss espanou a mão frente meu rosto.

— Amanda, você está me ouvindo?

— Desculpa Katniss, o som está muito alto.  O que disse?

— Eu estou lhe dizendo para não ligar para meu irmão, às vezes ele é um idiota completo.

— Só às Vezes? – a cortei.

— Ele é um carinha legal quando o conhecemos melhor, você vai ver com o tempo. – revirei os olhos e beberiquei meu Chopp.

— Na verdade, eu acho que o Gale está precisando encontrar uma garota bonita, compreensível, paciente e principalmente que seja carinhosa para coloca-lo no eixo – Katniss me olhou com uma carinha de cachorrinho que caiu da mudança entre um adjetivo e outro.  A garota, de forma descarada me empurrava para cima do irmão. Não, minto.  Empurrava a Amanda para cima do irmão.

— Definiu a Amanda! – Johanna declarou segurando-me firme pelos ombros e abusando da risada.

— Joh, você também acha que os dois formariam um belo casal? – Katniss questionou esfuziante.

Oh, se fariam! – foi à resposta da bandida, antes de dar um gole generoso em sua bebida.

Galeta ou Petale, que shipper interessante temos aqui. – Finn sussurrou ao lado da Mason que gargalhou, porém dessa vez de maneira insana chegando a bater na mesa balançando todos os copos existentes sobre a mesma. Finnick a acompanhou. Os dois continuaram rindo na minha cara, enquanto a Everdeen os olhava com o semblante pra lá de confuso, já que não ouvira a gracinha que meu irmão tinha acabado de proferir.

Como Fergie? – a morena interrogou inocente, e eu o fuzilei com o olhar.

— Nada amiga, só estou concordando com vocês duas?  – disse de maneira debochada, ao mesmo tempo que no palco,  Bill o dono do lugar,  dava inicio as apresentações de Karaokê. 

— Senhoras e senhores, sejam todos bem-vindos, a mais uma noite de Karaokê no bar do Bill – que no caso sou eu – e para abrir nossos trabalhos eu trago aqui em cima o Sr. Hawthorne e suas amigas. — o som dos aplausos e assovios preencheu o ambiente.

O senhor negro de cabelo estilo black power  apontou para a escada que dava acesso ao palco e nela encontravam-se:  Annie, Rue e Delly na companhia de um Gale visivelmente trêbado. Não demorou e os quatros já estavam ao lado do homem. O idoso entregou um microfone na mão de Gale e outro nas mãos de Delly que sorridente juntou-se as outras duas garotas ao lado esquerdo do palco.  O que eles iriam aprontar? Num gole terminei toda minha bebida e voltei minha atenção aos quatro.  

Obrigado, Bill. – o Hawthorne agradeceu sorridente ao mais velho que desceu pela escada e sentou-se na área reservada às mesas e a sua frente sobre um balcão alto encontrava-se o troféu que seria entregue para a melhor apresentação ao fim da noite. Um urso panda de pelúcia gigantesco.

— Amanda, você acredita em amor à primeira vista? – sério? Alguém lá em cima não gostava de mim. Concluí.  – Eu acredito. É por crer nisso, que lhe dedico essa música minha princesa loira.  

— Eu não acredito no que estou vendo! – Johanna exclamou batendo palmas e rindo alto.

Oh my love, my darling

Oh meu amor, minha querida

I've hungered for your touch

Eu tenho fome pelo seu toque

A long lonely time

Um longo tempo solitário                     

Time goes by so slowly

O tempo passa tão devagar

And time can do so much

E o tempo pode fazer tanto

Are you still mine?

Voce ainda é minha?

I need your love

Eu preciso do seu amor

I need your love

Eu preciso de seu amor

God speed your love to me…

Deus apresse seu amor para mim...

— Não! – os três gritaram junto, mas Finnick deu voz ao pensamento que compartilhavam.

Righteous Brothers. Unchained Melody? Estou me sentindo no próprio filme Ghost: Do Outro Lado da Vida!— Finn exclamou. Não satisfeito deu uns, tapinhas em meu ombro e segredou em meu ouvido: - Você está bem na foto, em irmãzinha? Já conquistou seu primeiro fã incondicional. - dito isso acompanhou a Mason nas risadas e palmas. 

— Ai que lindo! Isso é tão romântico. – Katniss suspirou. – onde? O cara era péssimo. – Que eu me lembre, Gale nunca fez isso por ninguém Amanda. – afirmou e uniu-se aos outros dois que começaram a gritar incentivando o entojadinho que se animava cada vez mais tendo a ajuda das três traidoras nos vocais cantando nãnãnãs e uuuus para tentar salvar a pontuação do mané.  Imagine um gato no cio. Era o próprio.

  – Não me diga que aquele é meu primo pagando mico no palco? – mesmo com o bichano berrando ao microfone a voz as nossas costas se sobrepôs ao barulho que tomava conta do ambiente nos obrigando a virar em sua direção. Meu corpo gelou em uma fração de segundos. A loira chegou acompanhada de Tresh, que se encontrava com a fisionomia bastante apreensiva, e apenas nos cumprimentou com um acenar de cabeça.

— Prima! – a morena levantou-se da cadeira e a abraçou, eu havia me esquecido que as duas eram primas e que correríamos o risco de encontra-la em breve, mas não esperava que fosse tão cedo. Restava apenas orar para que, assim como o primo, Primrose não nos reconhecesse.  

— Saiu do castigo? – Katniss perguntou radiante diante da presença da loirinha. 

— Na verdade, eu fugi. E, pela janela com a ajuda do Tresh aqui. – sinalizou para meu amigo que apenas sorriu sem jeito.

— Vem cá, deixa eu te apresentar a Amanda. – olhei de soslaio para Finnick, que tenso bebeu um gole grande de seu Chopp. Joh encontrava-se do mesmo jeito, até parara com as risadas impertinentes.    

— A sua salvadora? – questionou sorrindo. – Você não irá acreditar, ela participou hoje da audição na boate e irá trabalhar comigo na Sinsajo. 

— Jura? Que coincidência! – tinha algo na voz e no olhar da loira que eu não consegui identificar, só desejei que a pouca iluminação do lugar cooperasse para mantermos os nossos disfarces.   

— Amanda, essa é minha prima que te falei. – a morena contou-me sobre como a garota convenceu o pai a deixa-la trabalhar na Sinsajo.  No entanto, eu e meu irmão sabíamos melhor do que ninguém como ela havia feito isso.   

Levantei-me e dei um sorriso amarelo para Prim que me correspondeu com um sorriso encantador.

— Nossa Amanda, minha prima não para de falar em ti... – me observou de cima a baixo.  – Você causou uma ótima impressão depois que a defendeu no almoxarifado da boate do meu pai. E, eu não via a hora de te conhecer pessoalmente. não era coisa da minha cabeça, existia algo na forma com que ela falava e me encarava. Estiquei minha mão para lhe cumprimentar, mas ela puxou-me para um abraço, assustando-me no processo.

— Bom te rever, Peeta Odair. – cochichou em meu ouvido.  Meu coração parecia que sairia pela boca a qualquer momento, ao ouvir meu nome saindo dos lábios da loira. Ela se afastou e sorriu cúmplice depois me direcionou uma piscadela divertida.  

— E, você é... – encarou Finn e esperou este a responder. – F-Fergie Mellark. – gaguejou. Prim logo o envolveu nos braços e segredou-lhe alguma coisa ao pé do ouvido. Meu irmão engasgou e a olhou como se tivesse vendo um fantasma.

— Algo me diz que seremos ótimas amigas meninas. — Primrose fez questão de frisar as últimas palavras.

— Agora dá para alguém me explicar o que o Gale está fazendo sobre aquele palco? – como ela ficou sabendo quem nós éramos? Olhei para o homem ao lado dela que apenas mexeu os lábios – Eu tive que contar.

                                         (...)

— Que droga Johanna, não dá para mudar de assunto? – Amanda é linda, inteligente, corajosa, talentosa. Blá, blá,blá. Não estava mais aguentando ouvir nenhum elogio sobre a “Amanda”, já bastava os que escutei da própria Katniss a noite inteira no bar do Bill.

— Peeta, o que está acontecendo com você? – a morena me encarou com o cenho franzido, ao ajeitar minha peruca.   

— Não está acontecendo nada, só não aguento mais ouvir você falar das impressões que a Amanda despertou na Everdeen. – cruzei os braços e me desvencilhei de seu toque sentando no sofá ao lado de Finnick que com um pote de sorvete nas mãos dividia o espaço com o bendito urso gigante que fui obrigado pelas meninas a trazer para casa, já que foi o Hawthorne que ganhou o troféu pelo melhor desempenho da noite, e adivinha para quem ele deu o ursão?

— Ele está com ciúme da Amanda. – Finn disse despreocupado ao abraçar e acariciar o urso que eu havia empurrado ao me sentar no sofá. Bufei ao ver a cena.

— É verdade isso, Peeta? – Mason perguntou indignada e eu dei de ombros. Ouvimos uma buzina e levantei-me para sair, deixando Joh e meu irmão aborrecidos na sala.

— Ei, rapazinho essa conversa ainda não acabou. Quero saber que negócio e este de sentir ciúmes de si mesmo. – Johanna disse quando abri a porta.  

—Joh me desculpe, mas depois continuamos essa conversa o Tresh está me esperando lá em baixo.

— Esperando a Amanda, você quer dizer. 

— Mason, você entendeu não foi? – peguei minha mochila previamente arrumada no cabideiro e sai da quitinete para não ter que dar mais satisfações a minha amiga. Na verdade, eu estava mesmo morrendo de ciúmes da “Amanda”. Poderia parecer loucura da minha parte, afinal eu sou a Amanda, mas ver Katniss encantada por ela não dava para engolir.

                                        (...)

— Cara, você vai mesmo levar essa ideia adiante? – foi à primeira coisa que o Williams me perguntou assim que cheguei ao portão do prédio. Ele estava encostado no carro com cara de poucos amigos. Aquela com certeza seria sua última tentativa de me fazer colocar a cabeça no lugar.  Nada respondi, apenas dei a volta no automóvel me encaminhando para entrar no carro pela porta do carona. Tresh suspirou derrotado e em seguida destravou as portas para que pudéssemos entrar. Dentro do carro ele continuou. – Por que você não faz como seu irmão, que ficara em casa até começarem os ensaios para a reabertura da Sinsajo?

— Se não quiser me ajudar, eu pegarei um táxi e irei sozinho. – respondi ríspido.  E, na sequência comecei a tirar com violência a peruca e os brincos que usava lançando-os no banco de trás do veículo. De dentro da mochila, retirei uma calça jeans, uma blusa polo branca, óculos escuro e um tênis preto, enquanto Tresh apenas me observava.

Katniss havia nos dado uma semana antes de começarmos a ensaiar para a grande reinauguração da boate marcada para o final do mês. Durante esse período o estabelecimento ficaria fechado para uma pequena reforma e reabriria como uma casa de shows com a aprovação do tio, que após muita conversa aceitou a proposta de Katniss e Primrose de transformar o lugar. Todavia. a Everdeen me convidou... Não, convidou a Amanda, para participar com ela de um Workshop com um famoso coreógrafo de shows chamado Cinna, que aconteceria em um shopping no centro.

— Peeta? – meu amigo segurou em meu braço me obrigando a parar o que fazia. Encarou-me por alguns segundos depois interrogou.  – Está gostando dela, não está? – o Williams era esperto, qual outro motivo eu teria para arriscar minha segurança indo até Katniss de cara limpa? Ele não esperou por minha resposta e continuou.

— Ainda acho que está se arriscando. Os homens do Haevensbee ainda não desistiram de achar você e o Finnick, e se a Prim não conseguir segurar o Gale em casa? E se, o cara estiver no shopping junto com a irmã?  – Tresh havia me contado da angústia e culpa que Prim sentira por não saber de nosso paradeiro. A menina pensou que seu pai tinha feito algo de ruim para, mim e meu irmão. Não aguentando ver o sofrimento dela ele contou toda a verdade. Primrose jurou manter nosso segredo e até nos ajudar, se fosse preciso. 

— Terei que correr esse risco Tresh... Sei que, pela Prim faria o mesmo. – o baixista deu-me um sorriso fraco.  Ele jamais assumiu que gostava da loira, porém no dia que vi os dois juntos no bar do Bill, tudo ficou nítido, inclusive o jeito que ela só comportou no dia do seu aniversário, revelou que o sentimento dos dois era recíproco. Ela só queria chamar a atenção dele para si.   

— Agora vamos embora, não quero que Johanna desça e me pegue aqui desfazendo todo o trabalho que ela teve para me arrumar para o encontro com a Katniss. – Tresh soltou meu braço e maneou a cabeça, revelando com um suspiro sua reprovação defronte minha teimosia.

— Eu só espero que não se arrependa, Peeta.  Além disto, foi você mesmo que disse que a Everdeen te odeia. – sabia que meu amigo tinha razão, entretanto eu tinha que tentar fazer Katniss mudar sua opinião a meu respeito. E, que outra oportunidade eu teria se não fosse a esse Workshop. Não custava nada tentar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Por favor, deixem seus comentários, é tão bom saber a opinião de vocês. Nossa! Fico muuuuitooooo animada mesmo...

E fantasminhas não sejam tímidos, eu sou boazinha e adoro interagir.

Beijos e se tudo correr bem para semana estou de volta.