Mandy Mellark (Hiatus) escrita por Paty Everllark


Capítulo 12
O Homem mais Tolo do Mundo!


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente! Outra vez peço desculpas pela demora em atualizar...

Quero agradecer aos comentários deixados no capitulo passado. E dedicar esse capitulo a todos os novos leitores de MM e também as lindas que colocaram a fanfic em seus favoritos.

Galera o capítulo de hoje pode parecer um pouco paradinho para alguns, porém é de suma importância para os novos rumos da fanfic que daqui uns dois ou três capitulo entrará em uma nova fase. Vocês lembram-se do prólogo né? Não vou dar spoiler, entretanto fiquem ligadinhos. Rsrs.

Beijos na bochecha de todos, espero que gostem do capitulo, foi escrito com muito carinho.

Belzinhaaaa, obrigada por tirar um tempinho de sua correria para fazer a revisão...



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— Não subestime a inteligência do Hawthorne, Peeta!

— Não estou fazendo isso, Tresh!

— Sim está. E, também vem sendo imprudente rejeitando meus conselhos. Acha que, Primrose conseguirá acobertar essa farsa até quando? Gale, nunca foi um cara burro! Culpe suas negligências atuais por conta dessa paixonite cega que vem sentindo pela Amanda, de outro modo, ele já teria juntado todas as peças que tem em mãos para chegar até você e o Finnick...

Não podia negar que meu amigo estava correto quando salientava que eu e meu irmão éramos sortudos por ainda conseguir preservar nossas identidades intactas, dadas às circunstancias. Entretanto, não tínhamos apenas sorte, tínhamos Prim como nossa arma secreta.

Rebuscando na memória, se não fosse por ela ter entrado no escritório do pai no instante exato em que, fomos apresentados a ele. A essa altura, já seria de conhecimento de toda a Capital nossos verdadeiros nomes. E, após essa descoberta não demoraria em todo o resto, vir em cascata.

— Você não conhece a Prim, Peeta.  Ela é apenas uma menina em corpo de mulher. Na cabeça dela, tudo é como nos contos de fada. No entanto, a realidade é bem diferente... Como acha que a Katniss irá reagir ao descobri que além de ser o “ogro da Lerner”, você também é o cara que quebrou e nariz do irmão dela?  Por que isso irá acontecer assim que ela bater com os olhos no seu carro... Uma hora, ou outra a verdade virá à tona.

A insistência no alerta tinha fundamento. Desde que a loirinha tomou ciência de quem nós éramos, decidiu por decisão própria que, seria nossa maior aliada.  Filmagens, fotos, listas de contratados. Em tempo recorde a garota se incumbiu de apagar através de suborno todos os registros acerca dos cantores freelances que estiveram em seu baile de apresentação.

  A única prova que ela não pode ocultar foi o Gostosão.  O mesmo seguia confiscado na mansão dos Haevensbee. O que me dava algum alento, era o déficit de atenção momentâneo do Hawthorne, pois só sendo muito desatento para não recorrer ao trunfo que tinha em sua garagem para localizar os dois sujeitos que lhe fizeram de palhaço em sua própria casa.  No caso, eu e Finn. 

­            – Eu não sei Tresh... – eu realmente não fazia a menor ideia de como a Everdeen reagiria quando descobrisse tudo sobre os irmãos Odair.  Pior, se todas essas descobertas fossem a porta de entrada para descobrir a verdadeira identidade de, Amanda e Fergie Mellark.

As colocações que o Williams fizera durante todo o trajeto que fizemos até o Shopping, foram mais que pertinentes. De fato, era um tiro no pé, estreitar laços com Katniss fora da boate. Conveniente seria se, os irmãos Odair continuassem desaparecidos por tempo indeterminado. Dessa forma nossos disfarces estariam seguros. 

Contudo meu lado racional não estava colaborando comigo.  Sentia-me como se alguma coisa maior me impelisse a aproximar-me de Katniss.  E, mesmo sabendo que era insensatez da minha parte dar vida a tal desejo.  Uma vozinha dentro do meu peito dizia que todo o risco valeria a pena.

                                                            (...)

— O Workshop com o lutador de Jiu-jitsu Ralph Diniz é só na sexta, senhor! Hoje a formação é com Cinna, o coreógrafo das estrelas.

— Então, estou no lugar certo! – sorri e entreguei a ficha de inscrição que tinha em mãos para a ruiva que se encontrava na recepção do teatro. A mulher tomou o papel para si e observou-o com atenção.  Depois lançou sobre mim um olhar estranho e avaliativo.  

— Desculpe-me! – sorriu sem graça, parecendo  constrangida.

— Tudo bem. – retirei da carteira o dinheiro para efetuar o pagamento, a seguir lhe entreguei o valor, em contrapartida ela entregou-me um comprovante de pagamento devidamente preenchido.

— O senhor está atrasado, na verdade, o curso começou faz alguns minutos. – a mulher continuava encarando-me de modo indecifrável.  Então, arqueei a sobrancelha esquerda esperando que me dissesse para onde ir.

— Ah! Desculpe-me mais uma vez. Siga por esse corredor. Primeira porta a direita.  

— Obrigado! – agradeci e me encaminhei para o local indicado.

Tão másculo! Meu Pai, quanto desperdício. – resmungou às minhas costas, todavia não captei o porquê de seu comentário. Logo, dei de ombros e prossegui ao local que me indicara.  

                                               (...)

Ao adentrar o anfiteatro me dei conta do que significava a postura inusitada da recepcionista. Não precisava ser muito inteligente para perceber que tinha me enfiado em uma saia justa. Decerto que o público alvo do workshop com o “coreógrafo das estrelas” era o feminino.  Entretanto, não tive tempo de pensar em me arrepender, não quando diante de meus olhos uma visão me fazia perguntar se eu não havia morrido e estava no céu.

Katniss, sensualizava de olhos fechados em torno de uma barra de pole dance, ao que um homem negro de porte atlético e voz firme a instigava a continuar com a evolução.

Respire fundo Katniss... Só precisa se deixar levar pelas vibrações que a música pode causar em seu corpo... Esqueça-se de tudo e todos a sua volta... Deixe a sensualidade aflorar de você. Perceba o quanto és sexy... Linda... Atraente... Feminina...

Raivoso, pressionei contra o ombro a alça da mochila e engoli em seco. Em parte pela irritação que senti vendo o jeito desejoso como aquele homem a olhava. Em parte, pois realmente entendia o motivo dele encara-la de tal forma. Eu fazia o mesmo.

 Seus movimentos eram precisos e audaciosos. A roupa que usava ajustava-se perfeitamente nas curvas de seu corpo. No rádio a voz da cantora Ciara, interpretando a sugestiva canção Promise tornava tudo mais quente e envolvente. A música parecia sair do corpo de Katniss enquanto essa dançava.

Caso meus batimentos cardíacos acelerassem mais um pouco, eu teria uma parada cardíaca a qualquer momento. Foram os berros e aplausos de um Cinna eufórico que me fizeram atentar para o término da apresentação.

— Divina. Exuberante. Temos em nosso meio uma dançarina profissional.  

Ofegante, Katniss abriu lentamente os olhos e sorriu para o instrutor. Posicione-me de modo a vê-la de um ângulo melhor, no entanto assim que o fiz, nossos olhares se encontraram e notei o sorriso fugir de seus lábios.

             Percebendo o espanto e o olhar de aluna indo à outra direção, que não a sua o cara virou-se para trás, encontrando-me parado à porta. Um silêncio embaraçoso pairou no ar, visto que não se ouvia mais o som do rádio. Cinna voltou o olhar para Katniss e novamente para mim paralisado na entrada.

— Pois não? – questionou-me após um tempo avaliando a situação. Não conseguir assimilar a pergunta pois, Katniss continuava petrificada me encarando.  

Oie! – Cinna cantarolou, espanando as mãos diante de meu rosto quebrando assim nosso contato visual.  

— Vim para participar do curso... – informei, fitando-o  pela primeira vez nos olhos. – O Workshop com o lutador... – sabendo o que iria me falar, me antecipei.

— Eu sei. Eu sei... O Workshop com o lutador Ralph Diniz é só na sexta! – repeti o texto que me fora passado na recepção.

A recepcionista me avisou quando entrei. Eu sou, ator e estou aqui para fazer algo como um laboratório.  – concluí, não daria brecha para mal entendidos quanto minha sexualidade. E pelas expressões assustadas, e burburinhos isso já estava acontecendo.

                                                  (...)

“É melhor escutar conselhos que escutar coitado”

Cresci escutando dona Effie martelando essa frase, e agora olhando meu reflexo na parede espelhada do corredor entendi o porquê de minha mãe insistir tanto na mesma tecla.

  Por que não ouvi os conselhos de Tresh? Agora me sentia como o homem mais tolo do mundo.

 Não dava para me sentir à vontade com aquele collant masculino esquisito de ballet que, Cinna me obrigou a vestir. Alegando que não teria como realizar as performances sensuais no pole trajando calça jeans, camisa polo e tênis. Eu estava ridículo. Além de fulo da vida ao ver meus planos de me aproximar da morena descer ladeira abaixo, num período tão curto de tempo.

 Depois do choque inicial do nosso reencontro, Katniss não facilitou em nada a minha aproximação, o que já era de se esperar.  Passei boa parte da manhã na tentativa, entretanto todas minhas tentativas foram repelidas com louvor. Para contribuir o “Coreógrafos das estrelas” não parava de ajuda-la com os alongamentos, achando sempre uma brechinha para toca-la entre uma série e outra, o mala já estava me irritando.

Agora, para lacrar de vez, tinha que suportar as participantes da formação, ora se atirando descaradamente para o professor.  Que parecia adorar as intervenções das alunas. Ora se atirando para cima de mim, que não dava a mínima para nenhuma delas.    

— Que merda você foi fazer da sua vida, Peeta Odair? – pensei em voz alta enquanto ao fechar os olhos batia com a cabeça na parede. 

— Está tudo bem com você? – olhei para frente e pelo reflexo no espelho vi que minha audição de fato não estava me pregando uma peça, era Katniss mesmo que fazia a pergunta. Virei-me para ela e foi impossível não dispensar-lhe um sorriso sincero, ao que a morena não correspondeu mantendo-se séria.

— S-sim. – gaguejei.

— Então pode me dar licença? – não tinha notado que a parede que estava acertando com minha cabeça na verdade, era a porta de entrada para o teatro.  

— Desculpe-me. – abri passagem, porém num impulso tardio segurei seu pulso antes que ela pudesse entrar totalmente na sala onde estávamos fazendo alongamentos antes do intervalo.

— O-o que? – sobressaltou-se ao sentir a pressão em seu braço.

— Por favor, só me dê à oportunidade de te mostrar que eu não sou tão babaca quanto aparento. – implorei. Notando-a tensa, contudo insisti.   Não haveria outra oportunidade para tentar. – Uma chance. Eu só te peço uma chance! – A Everdeen ficou muda, mas por um instante pareceu relaxar e considerar a minha proposta. – Prometo que se, eu não conseguir, nunca mais você me verá! – num tranco a morena soltou-se e indiferente abriu a porta me deixando do lado de fora inconformado, todavia quando achei que tudo estava perdido ela retornou a atenção a minha figura patética.

— Uma chance... Uma única chance é o que você terá Peeta Odair. – e com a mesma fisionomia inexpressiva saiu de meu campo de visão entrando na sala.  


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Notas finais do capítulo

Meninas imaginem o Peetinha sensualizando no pole. Imaginaram? Rsrsrs
(Alerta de Spoiler) Rsrsrs. Bjokas e até logo.

Vocês querem me dar um cadinho de alegria? Então, escrevam um comentário dizendo o que estão achando da fanfic. Eu irei amar...





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