Five Nights at Freddy's: Sister Location escrita por Melehad


Capítulo 12
Capítulo Onze: Terceira Noite




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O jovem Dilan chegou à Afton Robotics desta vez um pouco atrasado. Devido aos hematomas referidos ao seu pequeno problema anterior com o inescrupuloso Sr. Afton, ele teve que ficar um tempo a mais em sua cama repousando por causa de dor em locais como costas, braços e, claro, o pescoço. Ele não imaginava que o homem seria tão forte assim e mesmo sofrendo as consequências, Dilan sentia-se satisfeito ao carregar em sua mão direita o fruto de seu desejo incessante, a chave para a sala de Afton na empresa.

Ao encostar o carro percebeu que desta ocasião o guarda noturno chamado pelo seu sobrenome “Miller”, não estava mais na porta o esperando e isso encheu o jovem com uma sensação de desconfiança. Fora que era basicamente isso que sentia cada vez que se aproximava do letreiro grande do edifício.

Dilan se aproxima olhando seu redor, antes de entrar põe sua cabeça na frente da janela para visualizar o interior macabro e devastador e até perceber que tudo estava relativamente tranquilo resolve adentrar no prédio. Chegando ao interior do prédio e prestando atenção no ambiente tranquilo até por demais, ele tranca a porta de madeira com grandes janelas e em seguida, a grade de proteção trançada. Depois anda até o elevador para mais uma nova noite de trabalho. Abrindo o elevador com a chave vermelha e depois pressionando o botão sem tirar os olhos do corredor que levava diretamente à sala de Afton, o jovem entrou pronto para mais uma noite...

Noite 3 – 12 AM

O elevador descia normalmente, as luzes piscavam com bastante frequência, o tremor era inevitável e os barulhos horríveis de um maquinário velho causavam um estresse em Dilan que só poderia ser piorado com uma única coisa...

Bem-vindo de volta para uma nova noite crucial de sua próspera carreira... — Exatamente isso que você pensou. O HandUnity fala fazendo o estômago do jovem funcionário revirar e sua dor de cabeça piorar. — Onde você realmente pode se perguntar: O que desgraças eu estou fazendo de minha vida? O que meus amigos diriam? E o mais importante de tudo: Irei ver minha família novamente? — O que você acha? — Dilan debocha.

Nós entendemos o estresse causado pelo novo emprego e estamos aqui para te ajudar nisso. Para atingir o mais estável e relaxante estado mental nós oferecemos várias seleções musicais para fazer essa descida do elevador parecer o mais relaxante e terapêutica o possível — Que bom que vocês realmente se importam comigo... — Dilan ironiza. — Oferecemos Jazz Contemporâneo, Jazz Clássico, Tema Chuvoso de Florestas e várias outras escolhas — Após a fala do guia o teclado macabro surge do chão só que desta vez não assustou o jovem que estava atento à pausa da fala do guia.

Usando o teclado abaixo, digite as primeiras letras de sua música escolhida — Dilan, então, seguiu sua mão até o teclado em mau funcionamento causado pelo balanço do elevador e realmente pensa em uma música relaxante. Com uma vontade de ouvir um Jazz Clássico, que lembrava seus pais que gostavam muito, ele pressiona o botão com a inicial da música preferida por ele, porém o que sempre ocorre não deixaria de não ocorrer nesta noite: — Parece que você teve alguns problemas com o teclado digital. Eu percebo o que estava tentando digitar e corrigirei automaticamente para você. Obrigado por escolher: Casual Bongos — Dilan tenta segurar a risada fraca que saia de sua boca, mas ao ouvir os bongos soando ao fundo em um momento que não tinha nada a ver com aquilo ele não aguentou e caiu na risada. O jovem balançava a cabeça e mexia os ombros enquanto ria parecendo que estava dançando só que realmente parecia que estava tendo uma convulsão.

Agora que o ambiente do elevador foi customizado para suas necessidades e você está relaxado, vale mencionar que por causa de seu mau desempenho ontem, seu pagamento foi reduzido substancialmente. Aproveite o resto de sua descida — Dilan parou com seu comportamento inadequado ao debochar do guia que errou a música e ficou quieto até o elevador parar e ele poder sair apertando o grande botão vermelho e seguir pela ventilação apertada.

Devido às falhas de funcionamentos dos shows hoje, você pode ser requisitado a realizar tarefas que não foi preparado adequadamente para fazer. Tornou-se necessário que os técnicos desligassem o Módulo de Controle do Funtime Freddy, porém, eles falharam — Jura? — Dilan debocha ainda dentro da ventilação. — Deixar que tentassem outra vez seria uma forma ineficiente de continuar. Isso faria com que necessitassem de seis a oito semanas de fisioterapia, então você terá que chegar a Parts and Service, que fica do outro lado da Funtime Auditorium para realizar o procedimento.

— Fisioterapia? Como assim? — Dilan questiona enquanto entra do Módulo de Controle Primário para mais uma checada nos animatronics e como tradicionalmente faz, arremessa seu boné na mesa. — Primeiro vamos checar Ballora, para ver se ela está em seu palco — Dilan pressiona o botão azul e as luzes da sala acendem mostrando a animatronic bailarina totalmente desmontada por braços mecânicos em seu palco. — Mas o que... — Ao ver a cena o jovem se espanta, pois não esperava isso. — Ótimo. Parece que tudo está como deveria na Ballora’s Gallery. Vamos checar agora a Funtime Foxy, precisamos ter certeza de que ele está em seu palco antes de entrarmos — Dilan pressiona o botão de luz e tudo clareia no interior da sala mostrando apenas um vazio na sala, Foxy não apareceu.

Ótimo, parece que tudo está como deveria no Funtime Auditorium. Não precisamos checar Baby hoje, então tome cuidado ao entrar em áreas não autorizadas. Prossiga diretamente à passagem em sua esquerda — As passagens da frente e do lado esquerdo de Dilan abriram. O guia revelou que não havia necessidade de verificar a animatronic Baby esta noite e também revelou que deveria tomar cuidado ao entrar em áreas não autorizadas, mas Dilan questionou dentro de sua cabeça o porquê da passagem para frente se abrir se foi bem explícito que não deveria entrar lá. O jovem seguiu pela ventilação curioso com isso que o deixava mais ainda esperançoso de encontrar algo estranho no local. Ele chegou até a Circus Baby’s Auditorium que estava em um escuro assustador, onde os painéis, botões e luzes estavam desligados e foi para o único lugar disponível, debaixo da mesa.

Ao agachar-se e rastejar-se pela passagem estreita e fechar a comporta frágil totalmente furada, um barulho ecoou nos alto-falantes indicando que algo estava prestes a falar.

Você sabia que já estive em um palco uma vez? — Era a voz feminina que ajudara Dilan na noite anterior. O jovem sabia que algo não era certo em confiar nela, porém teria que aceitar que está vivo graças a ela que o avisou para não correr durante a passagem pela a animatronic Ballora.

Não durou muito, foi apenas um dia. Um maravilhoso dia. Eu estava em uma sala com balões e algumas mesas. Ninguém estava nas mesas, mas crianças saiam e entravam na sala. Uma delas estava com medo de mim, mas as outras gostavam de minhas músicas... — Dilan para no tempo pensando em algo que a voz acabara de falar e que era algo principal para interligar um evento a esse momento. — Um tinha medo... — Ele relembra o que viu em seu encontro com o homem que trajava o coelho amarelo, era uma fotografia do que seria os filhos dele e um das presenças na foto era um menino bem criança. — O filho de Afton tinha medo dos animatronics — A música estava saindo de algum lugar, talvez da sala — A voz interrompe o pensamento do jovem. — Eu sempre contava o número de crianças na sala e não tinha a certeza do motivo. Eu estava sempre ciente de quantas crianças estavam comigo. Duas, então três, então duas, então três, então quatro então duas, então nenhuma — Dilan puxa de seu bolso da calça uma caneta esferográfica e na ausência de um bloco ou papel anota na palma de sua mão. — Normalmente, elas se brincavam em grupos de dois ou três. Eu estava coberta de gliter e senti um cheiro delicioso de bolo de aniversário. Elas eram duas, então três, então cinco, então quatro — Dilan desabotoa o punho da blusa social e a ergue na busca de mais espaço para anotar. — Eu posso fazer algo especial, sabia? Eu posso fazer sorvete, mas só realizei isso uma única vez. Elas eram quatro, então três, então duas, então uma. Algo aconteceu quando havia apenas uma... Uma garotinha de pé e sozinha na sala — O jovem sente um arrepio gélido percorrer sua espinha ao mesmo tempo em que lembra outra vez da fotografia e o que William contou, que sua pequena menina havia morrido.

Eu já não era... eu mesma — Não... Não pode ser — Eu parei de cantar, meu abdômen abriu e lá dentro tinha sorvete. Eu não podia me mover, pelo menos até ela se aproximar. Houve um grito por um momento, mas só um momento. As outras crianças estavam lá, porém não puderam ouvir por causa de seus próprios gritos. Eu a escuto algumas vezes... — Meu Deus — Dilan passa sua mão direita no rosto – ele escreveu na esquerda – apavorado com o conto. — Por que aquilo aconteceu? — A voz vai ficando cada vez mais longe e o silêncio toma conta da sala mais uma vez. Era a hora de voltar ao trabalho e assim o jovem o fez.

Passando pelos dutos novamente ele chegou ao Módulo Central para continuar pelo caminho onde foi ordenado. Ainda assombrado com que poderia ser o que realmente ocorreu com a garotinha, que provavelmente era filha de Afton, ele seguiu pela passagem estreita e entrou no Funtime Auditorium enquanto uma voz robótica anuncia sua passagem.

Diferente de Ballora, Funtime Foxy é ativada por movimentação. Por isso é aconselhável deixar a sala escura para não chamá-la acidentalmente — HandUnity retorna trazendo consigo aquela sensação de mal-estar em Dilan, ele não suporta o guia. — Foi cedida a você uma lanterna. Use-a apenas para pegar suas coisas e não esbarrar em nada, contudo economize o máximo que puder quando utilizá-la. Prossiga cautelosamente até a Parts and Service — O guia termina sua fala temporariamente enquanto Dilan observa o redor na grande sala.

Apontando a luz para frente uma vez apenas, Dilan, pode perceber que a porta para a sala de serviços estava na mesma distância que a porta da sala de reparos na Ballora’s Gallery, então não seria algo tão rápido e nem muito lento chegar até lá. Os flashes de luz da sala apareciam de vez em quando revelando os fios soltando faíscas e canos de ferro fixados nas paredes do ambiente mórbido que era aquele lugar. Dilan começa a andar agachado de maneira bem paciente para que a animatronic não sentir sua presença na sala, porém ao próximo flash de luz que surgira, Funtime Foxy surge no canto da sala se remexendo como um animal selvagem ao sentir o cheiro de sua presa. Ao ver aquilo o peito do jovem sofreu uma contração dolorida, seus olhos abriram-se em pânico e o suor começou a escorrer lentamente de sua testa.

Toda vez que o ambiente ficava claro por um segundo ele parava e respirava fundo para não morrer de falta de ar, pois a tensão era tão grande, mas tão grande que ele segurava até sua respiração. Foxy aparecia cada vez mais perto de Dilan a cada vez que ele ficava mais perto da porta. Em determinado momento ele não aguentou e parou. Sem tirar os olhos do final de sua missão, a porta, ele posicionou sua cabeça no chão gélido de concreto e respirando ofegantemente quase desistiu. O medo estava o dominando, aquilo, para alguém que apenas vê parece ser fácil, mas para aquele que vivencia percebe-se que é muito complicado porque as chances são deveras mortais.

Ele não poderia desistir, não agora que tudo estava tão perto do fim. Ele havia descoberto e conversado com Afton, conseguiu a chave para a sala dele e adquiriu um código que com certeza era importante. Dilan engoliu todo seu medo e ergueu-se novamente na escuridão com a vontade de viver exalta em seu coração.

Ao continuar cautelosamente algo chamou a atenção do jovem que observou dentre o breu do canto mais afastado da sala a presença de alguém, ou alguma coisa. Parecia uma figura metálica, um animatronic, com uma fisionomia similar ao Funtime Freddy, contudo seu corpo era mais largo que o original, o formato do crânio era diferente e seus olhos eram dourados.

— Não pode ser possível... — Ao falar isso ele já conseguia chegar à porta facilmente e se sentiu completo outra vez, além de que a sensação de estar vivo o predominou novamente. Ele abre a porta e a fecha escorando seu corpo nela e aproveita o pouco tempo para respirar.

A voz robótica avisa que houve um movimento na sala de serviços, no caso Dilan, e o jovem ao abrir os olhos para reconhecer o local já recebe logo de cara um mini-infarto ao reparar o Funtime Freddy na sua frente.

Bom trabalho ao chegar à Parts and Service. Parece que o Funtime Freddy está desligado temporariamente e isso favorece bastante seu trabalho — HandUnity retorna ao mesmo tempo que o jovem observa o ser robótico desativado e sentado em um tipo de esteira com seu boneco do Bonnie na mão direita. Nada a mais poderia ser visto na sala por causa da escuridão.

O interruptor do destrave de para a cavidade peitoral de Freddy está na parte interna do esqueleto da mandíbula. Para chegar lá precisamos primeiro abrir as partes do rosto. Você terá que pressionar as travas do esqueleto em uma ordem específica. É importante ser o mais preciso e cuidadoso possível — Certo — Localize o botão pequeno abaixo da bochecha direita de Freddy e aperte-o — Dilan se aproxima do robô, observa ele cara a cara procurando o botão e finalmente o acha, era praticamente um ponto branco abaixo da bochecha. Ao pressionar o guia avisa o jovem para pressionar o botão inverso, no caso, no mesmo local só que do lado esquerdo e assim ele realiza.

Ótimo, agora com muito cuidado localize pressione o botão próximo ao olho direito de Freddy — Dilan procura cautelosamente o pequeno botão e ao encontrar segue seu dedo indicador ao local apertando-o.

Agora encontre o botão acima do nariz de Freddy com cuidado — Dilan segue sua mão e seu olhar para o nariz de Freddy pressionando o botão minúsculo e ao realizar tal feito a face do animatronic abre mostrando seu crânio metálico e assustando de maneira tão severa o jovem que quase caiu para trás.

— Filha da mãe! — Dilan grita com sua mão no peito.

Bom trabalho, agora que as partes faciais de Freddy estão abertas localize e aperte o menor botão que está na região interna do esqueleto da mandíbula — Dilan – após se recompor – posiciona seu dedo sobre o botão e observa seu redor porque sentia que mais alguma coisa iria se abrir e assustá-lo. Ao pressionar, o peito de Freddy abriu revelando seu esqueleto de metal assustadoramente complexo.

Excelente, a cavidade peitoral está aberta então agora remova o módulo de energia que está na parte central do peito — O pequeno módulo era algo um chip de tamanho de uma tampa de garrafa que brilhava uma luz vermelha estranha. Ao retirá-lo, o jovem sentiu que algo se moveu na sala além de que um barulho também surgiu.

Ótimo trabalho, agora você será requisitado a retirar o módulo de energia secundário no fantoche de mão Bonnie... — Tudo bem! — Dilan aceita. — Pressione o botão largo e preto abaixo de sua gravata borboleta preta para liberar o módulo requisitado — Ao verificar na maior paciência do mundo ele percebe algo que o deixa de boca caída em forma totalmente literal, o fantoche Bonnie havia sumido. Dilan não consegue descrever nada, pois ele estava ali há mais ou menos uns dez segundos.

— Como assim? — O jovem olha para os cantos da sala apontando sua lanterna neles, olha para Freddy desativado mais uma vez, para o chão e nada de encontrar a pequena marionete. Mas aí ele para, ele sente algo se mover perto do ombro do ser robótico, era o fantoche que estava vivo e expondo seus dentes serrilhados que combinavam com aqueles olhos saltos púrpuras. O boneco era de um azul bem contrastado, em seu pescoço havia uma preciosa e grande gravata borboleta vermelha, abaixo um grande botão preto e movia-se de maneira muito rápida.

Dilan aponta a lanterna para a cada do boneco vivo que faz desaparecer novamente. Ele se questiona que este era o modo correto de se fazer isso, pois ele já sentiu que o fantoche se move enquanto ele está parado.

Após três tentativas, paralisado para a marionete se erguer atrás de Freddy, na terceira vez ele consegue manter-se quieto e vendo que Bonnie finalmente estava bem à vista corre com seu dedo na gravata vermelha e o desliga.

Bom trabalho, você retirou os dois módulos de energia e isso finaliza suas tarefas diárias hoje — Oh, graças a Deus! — Por favor, siga de volta pelo Funtime Auditorium e vejo você amanhã — O guia anuncia o fim do expediente de Dilan, o informando a sair pelo corredor de Foxy novamente. Ao retornar ao auditório Dilan mantinha em sua mente que assim como na noite anterior com Ballora, Funtime Foxy não estaria aqui para atacá-lo então ele seguiu normalmente, porém sem perder aquela coisa chamada preocupação. Agachado, ele continuou parando nos flashes de luz porque mesmo com sua ideia em alta, ele não queria correr riscos. Ao chegar perto da porta ele sorriu, ergueu seu braço, pegou a maçaneta e ficou sério ao sentir que Funtime Foxy estava ao seu lado já o puxando de volta para a escuridão...


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Notas finais do capítulo

Terceira noite concluída com... eh, bem.. foi um êxito, mas ele foi pego.
Até...