Five Nights at Freddy's: Sister Location escrita por Melehad


Capítulo 11
Capítulo Dez: William Afton


Notas iniciais do capítulo

Chegou o capítulo que mais estava esperando em toda a fanfic!
Boa leitura e fiquem com o capítulo...



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A porta abre de repente causando um estrondo em todo o prédio. O homem olha em volta expondo uma desconfiança por sentir próximo de si a presença de alguém estranho no local. Ele continua movendo seus olhos para um lado e para o outro, olhando para todos os cantos da sala até perceber que não havia chances de alguém estar dentro do local por não existir locais para se esconder.

Ele fecha a porta lentamente ainda atento a qualquer coisa que surgir à sua frente. Depois, vai andando pacificamente pelo corredor com os braços cruzados para trás olhando pelos espaços das portas abertas de todas as salas à procura do que dava à luz à sua desconfiança.

Dilan em um momento de reflexo conseguiu enxergar que a janela grande de vidro do escritório simples abria em um espaço que passava alguém bem magro e assim ele fez. Dilan se jogou do lado de fora do edifício e por ter apenas um andar ele não viu problemas em realizar esse ato desesperador. Agora, o jovem sabia que estava certo, William Afton realmente ainda estava na cidade e mais ainda, estava no mesmo local onde está.

Dilan levanta sem fazer muito alarde, limpa seu suéter azul-escuro por causa da terra seca, entra pela mesma frecha por onde saiu e volta ao edifício na busca de Afton. Passando pelos corredores ele encontra o homem parado em frente a uma janela observando seu carro na parte da frente do lote.

— Sinto que conheço você de algum lugar... — Ele fala com sua voz grossa e o sotaque britânico. — Já sei, você foi o homem que vi no vazamento de gás na filial, estava olhando para mim estupefato. Também lembro-me de ter visto sua foto nos registros da minha empresa, você é meu funcionário? — William continua já questionando algo.

— Você mudou muito desde a última vez que o vi, Afton... — O sócio reconhece a voz de Dilan movendo um pouco sua cabeça para o lado e sorrindo. William estava realmente muito mudado. Ele estava mais magro do que na Fredbear’s, não muito magro, ele continuava obeso, mas agora sem aquela barriga grande que tinha. Ele também estava com o cabelo mais escuro que antes dando um sinal de que ele o pintou com uma cor mais escura.

— Dilan? — Ele vira-se e encara o jovem com aquele sorriso sínico como se sentisse alegria ao vê-lo novamente. — Você também está muito mudado meu amigo, eu juro que não te reconheci sem aquela barba de filósofo. Está também muito magro. O que aconteceu com você? — Não finja que não sabe de nada, você estava lá e gargalhou na minha cara — Dilan comenta. — Ah, é, que cabeça a minha... Você sofreu um acidente horrivelmente triste e acabou que sua esposa faleceu. Eu não cheguei dar meus pêsames, amigo, desculpe, não consegui tempo depois que fundei essa miniempresa e também quase não o vi depois do que aconteceu com o Henry — Mesmo falando de uma tragédia ele não muda a expressão alegre dele deixando até o momento meio irônico. — Eu também passei por maus caminhos. Minha família não colabora com minha vida corrida. Meu filho mais velho implica com o mais novo que é muito medroso e minha filha não faz nada a não ser ver tudo e ficar calada. Não, espera, eles não fazem mais isso porque meu menino e minha garotinha morreram — Afton começa a tremer levemente.

— Não é só você que sofreu esses últimos anos Dilan. Pare de usar a dor como motivo para se sentir melhor que os outros. Assim como Henry e eu, você também teve suas tragédias, suas... perdas — William muda sua expressão ao encarar uma parede vazia relembrando de seus filhos.

— Nunca fale o nome de Henry, não seja sínico e pare de me chamar de amigo, eu não sou e nunca serei seu amigo. Eu fui o único que não fui iludido por sua simpatia que usa como arma ao enganar as pessoas. Logo quando te vi eu sabia que você era falso — Dilan comenta e Afton volta com sua face sorridente.

— Eu sei que foi você que sequestrou o pequeno Sammy e foi o responsável por derrubar a sanidade de Henry com aqueles discursos depressivos que você fazia. Eu sei que você é alguém muito inteligente a ponto de armar um plano para pegar o menino sem ser visto e escondê-lo desmaiado dentro do SpringBonnie, que por acaso, iria ser levado à manutenção e você próprio iria repará-lo! Eu passei esse tempo todo entendendo sua mente maníaca e conheço todos os passos de seus planos... — Afton gargalha ferozmente sem tirar os olhos de Dilan. — Eu sou o maníaco? Olhe para você, uma pessoa que tinha um futuro gigantesco que arremessou tudo na lama por uma ideia falsa onde diz que eu sequestrei o garoto. Mas por que eu o sequestrei? Será porque eu queria comandar os negócios da Fredbear’s? Será por que eu tinha inveja de Henry? Ou... — Dilan o interrompe: — Porque você é um louco que sente falta de seu filho que morreu e colocou uma maneira de satisfazer sua dor causando uma dor maior em alguém — O sócio fica sério enquanto ergue seu braço até a gravata lisa cor roxa e a afrouxa. — Te deixei sem ar? É a psicologia do impacto da verdade na cara, conhece? Sempre funciona — Dilan ironiza.

— Você veio até aqui para falar de que? — Eu vim aqui para olhar em seus olhos podres e constatar que realmente você tem culpa seu maldito. Lembra-se de minha esposa? — Lembro — Ela morreu por sua culpa, você cortou os freios do meu carro para morrer porque eu pus um perigo ao seu crime só que quem sofreu o acidente foi ela. Eu a amava! Você não tem coração, não sei como teve filhos e amou alguém — Eu também amei minha esposa e também sofri quando ela se suicidou após descobrir que meu filho pequeno sofreu algo irreversível. Sabe o que é pior? É ver os buracos na cabeça dele por causa dos dentes do Fredbear e saber que o culpado de tudo foi meu outro filho. Se você fosse pai o que faria? E a reação deles ao ver a mãe morta com os pulsos cortados? Eu sofri muito mais que você e nem por isso eu uso essa dor para me sentir em um patamar mais alto do que os outros...

— Sabe que parte é a mais interessante? — Qual? — Afton suspira. — É que mesmo depois de toda essa conversa você não comentou nada de que não foi você o responsável pelo desaparecimento de Sammy. Você negou que cortou os freios, mas não negou isso — Eu não preciso negar, pois você não iria acreditar mesmo — William diz.

— Outra coisa que percebi ao pesquisar a fundo seu passado, encontrei um registro de tratamento psiquiátrico onde dizia que o jovem Afton sofria de bipolaridade extrema, alucinações, algo que leva direto à dor de perda e insanidade mental — Você sabe que eu posso te denunciar, não sabe? — Você não faria isso porque não gostaria de se envolver com a polícia já que você está na lista de principais suspeitos para o crime, se não o principal e mesmo algo como essa denuncia iria acarretar no interesse da polícia em seu passado e olha o que eles iriam encontrar...

Dilan estava com seu olhar ardendo em uma raiva completa que era demonstrado em suas sobrancelhas arcadas e sua boca séria entreaberta deixando à mostra a ponta de seus dentes. A expressão de Afton não era nada mais, nada menos que o sorriso que às vezes diminuía, mas nunca saía totalmente. Podia-se dizer que ele não tinha expressão, pois ele quase não saia disso e só saia quando era posto em evidência algo sobre sua família, mais precisamente seus filhos.

William tinha um tipo de gatilho em seu coração frio que ao sentir o chamado de seu cérebro, o ativava e liberava a emoção e domava seu coração até sua família sair de sua cabeça. Ele os amava, não sei se posso dizer isso, não é bem um amor como abraçar seus filhos antes de ir para a escola e dizer-lhes: Eu amo vocês, é algo mais relacionado ao afeto. Mas mesmo assim, William se transformava em um humano novamente quando se lembrava de sua família.

— Como está o Fazbear? — Afton pergunta.

— Pare de chamar Henry assim, você sabe que eu odeio esse apelido. Por sua causa todos agora acham que Fazbear é o sobrenome dele e o que causa raiva em mim é que ele odeia essa palavra — Dilan continuava sério.

— Tudo bem, como Henry está? — Afton refaz sua pergunta.

— Você deveria saber, deveria ser o melhor amigo dele. Ele está morto por dentro. Depois que o Sammy desapareceu ele perdeu o chão por saber que o garoto desapareceu em seu próprio estabelecimento, saber que o garoto desapareceu sobre sua guarda. A última vez que o vi ele estava depressivo, triste e alucinado devido às bebidas alcoólicas e falava que criaria sua última obra, um animatronic assustador que tinha olhos prateados. Depois disso eu me mudei para essa cidade na esperança de te achar e destruir sua vida miserável Afton, você é um monstro!

— Eu... sou um monstro... — As manifestações das expressões de Afton mudaram após o jovem gritar em sua cara que ele era um monstro. Isso destravou um gatilho em sua memória aterrorizada pela insanidade...

William acabara de chegar à sua casa cansado com o trabalho exaustivo na Fredbear’s Family Diner. Ao entrar passa sua mão no cabelo e observa a sua morada mergulhada em um silêncio devastador. Sua esposa estava deitada no sofá adormecida de maneira tão profunda que o homem sabia que não era apenas cansaço, ele viu na mesinha de centro um frasco contendo remédios tranquilizantes e logo raciocinou tudo.

Afton sai de sua sala de estar seguindo por um corredor comprido observando ao seu redor as fotografias presas nas paredes onde mostrava os dias onde ele realmente era feliz. Ao chegar perto do final ele observou uma porta branca onde sentia uma dor horrível em seu peito. Ao posicionar sua mão na maçaneta e abrir ele deu de cara com um quarto vazio, empoeirado e com uma figura o observando na escuridão, uma pelúcia de urso dourada com olhos brilhantes.

Ele continua até o final do corredor para outra porta de madeira branca. Posicionando suas mãos na maçaneta ele a abre encontrando um ambiente outra vez vazio. Ao entrar no quarto pequeno ele sente algo pontar em seu pé esquerdo, ele pisou em algo e ao verificar era um brinquedo de desmontar de uma raposa branca com detalhes em rosa.

— Você é um monstro William... — Uma voz vem de suas costas e ao olhar percebe-se que era sua esposa que segurava em suas mãos trêmulas uma folha de papel com uma planta de seus animatronics criados onde ela apontava para uma parte em especial, a barriga deles que continha um espaçamento estranho...

— Sim você é monstro! — Dilan grita e Afton retorna para o mundo real mesmo com seus olhos ainda voltados para o vazio de suas memórias. O homem sorridente ergue seu braço e aproveitando seu peso o joga em direção a Dilan fazendo assim o jovem magro e fraco ser arremessado ao chão.

— Seu desgraçado... — Dilan tentava retomar sua postura outra vez ficando de pé, mas o impacto em seu peito foi forte o suficiente para ele ficar com um hematoma grande por uns três dias. Além de que ficaria sem ar por alguns minutos. — Você mereceu isso! Vem até aqui atrapalhar minha paz com suas afirmações melancólicas em busca de tentar me culpar pelo filho de Henry e a morte de sua esposa, mas eu já perdi a paciência... — Afton segue até o jovem andando calmamente, agora com um olhar completamente insano misturado com aquela alegria estampada em sua boca. Ele pega Dilan pelo colarinho de sua camisa e olha bem nos olhos do jovem falando em seguida: — Se você quer mesmo encontrar o vilão de sua história fantasiosa, que assim seja! — Afton gargalha loucamente encarando Dilan e novamente o arremessa para o outro lado da sala fazendo-o rolar no chão empoeirado e sujo.

— Ah, que droga... — Dilan tenta se arrastar para buscar um pedaço de madeira no chão em busca de contra-atacar, porém William o agarra pelas pernas o puxa de volta para o centro da sala. — Não está aguentando o seu vilão Dilan? — Afton o ergue de novo pelo colarinho já todo amassado, o encara outra vez e dá um soco poderoso na face de Dilan deixando-o espatifar-se na parede.

Ofegante em maneiras absurdas, suando muito e com seu cabelo totalmente desarrumado, Afton caminhou em volta da sala cantando algo bem baixo, parou em bem no meio da sala e olhou para o jovem outra vez que estava tentando sustentar-se em pé. O homem alegre olhou para o chão encontrando algo interessante e o agarrou com sua mão esquerda, era uma barra de ferro que havia caído do teto junto com o entulho e agora iria servir para acabar com a dor do jovem. William sorrindo como uma criança chegou até Dilan - que o observou segurando a arma branca e se espantou – com uma face anormal como se ele tivesse perco o controle de seu próprio corpo para algo insano e maligno.

— Obrigado Afton... — Dilan começou a gargalhar ainda sem ar. — Você nem me precisou falar nada para responder minha pergunta, você me mostrou isso da melhor maneira possível — William fica sério e empalidece ao ver que ele havia perdido o controle na frente da pessoa mais perigosa para ele. Ele larga a barra de ferro fazendo um estrondo ao chocar-se ao chão e se assusta completamente depois do conflito entre os dois. — Você não irá fazer nada comigo Dilan, sabe por quê? Por que sua palavra não irá provar na justiça o que aconteceu aqui e você não tem provas concretas que sua tese está correta, que eu sequestrei o garotinho — O sócio vira as costas e saí caminhando tranquilamente cantarolando bem baixo até a porta de saída e assim saindo da vista de Dilan.

Após Afton desaparecer depois de sair da vista de Dilan, o jovem voltou-se de pé satisfeito com a resposta que ganhou mesmo sendo ela bem dolorosa. Dilan olhou para sua mão e riu: — Você pode até ter razão William, mas sabe que além de me mostrar sua verdadeira personalidade, acabou de me dar um prato cheio de provas contra você... — Em sua mão estava um chaveiro com duas chaves e que uma delas dava certeiramente na fechadura da porta na Afton Robotics que tanto o jovem cobiçava desde sua primeira noite.


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Notas finais do capítulo

Até...