Povs Sam:

— Fo-i-, assim... - Carly gagueja.

— Para de gaguejar e diz logo o que você fez, te concedo a palavra- falo como se estivéssemos em um tribunal.

— Sam, por favor... - ela olha pras mãos - Não pode esperar até chegar no chalé?

— Não, então é melhor contar agora - saio do meu banco e vou para o dela, Barney dá partida na van e eu encaro Gibby.

— Olha, eu acho que já da pra ter uma boa noção do que ocorreu aqui - Freddie olha pra Carly.

— Estou esperando você falar Carly - insisto e ela permanece em silêncio.

— Eu até quis não fazer nada - Carly finalmente consegue me olhar - Mas ele...

— Eu? Você também queria e deixou isso ciente - Gibby interrompe.

— Não interrompa de novo Kibe - resmungo pra ele.

— Odeio quando você muda o meu nome - ele revira os olhos.

Freddie se inclina e começa a defender a Carly.

— Deixa eu ver se eu entendi, vocês dois tiveram relações, mas agora a Carly está se sentindo culpada. - ele se vira para olhar pro Gibby - Cara você tem que entender que ela queria tentar reconstruir nossa amizade de novo e não ir pra cama com você, óbvio que ela vacilou mas isso não te dar o direito de se aproveitar disso, você também errou.

— Ok advogado de defesa, agora é com a mamãe aqui  - digo em um tom superior e noto Freddie segurar um sorriso - Carly o que você fez foi errado, mas se vocês tem sentimentos um pelo outro eu não vejo problema.

— Eu não tenho sentimentos pela Carly - Gibby admite e Barney acaba dando uma freiada com a van - Barney! - Gibby berra.

— Desculpa senhor - Barney limpa a garganta, olho pra trás e vejo suas orelhas ficarem vermelhas, pelo visto ele estava alheio a nossa conversa.

— Desculpado - ele fala firme e volta a focar em mim.

— Como se eu devesse esperar alguma coisa - Carly resmunga.

— Olha aqui eu... - Gibby começa a falar, e Freddie entra no meio, os três começam a discutir e eu acho que vou abrir a janela me jogar pra fora dessa van.

— CALADOS!- eu grito com raiva e os três param - Quer dizer que você não sente nada por ela? - retorno a conversar normalmente.

— Eu não sei, a gente só fez sexo, foi simples assim, depois que a gente dormiu ela ficou se sentindo culpada e quando eu acordei ela disse que não queria ter feito isso. - ele começa a olhar pra Carly - Eu não quis te magoar Carly, só que eu acho que não sinto o mesmo por você.

— Ai meu core - coloco a mão no peito e Freddie observa tudo em silêncio.

— Viu porque eu não queria contar aqui - Carly sussurra com a voz embargada.

— Não somos como o Freddie e você, Sam. - Gibby balança a cabeça - Vocês pertencem um a o outro a muito tempo e ninguém pode mudar isso ou dizer o contrário ou até mesmo tentar separa-los. Mas entre Carly e eu foi um deslize e eu peço desculpas.

— Melhor encerrar a conversa aqui - Freddie lança um olhar de compaixão á Carly, o mesmo olhar que ele dava a ela anos atrás e isso embrulha meu estômago.

Ninguém diz mais nada enquanto percorremos Vancouver. Eu começo a cantar baixinho Fix you da banda Coldplay e é quando Carly se encosta em mim, sei que essa é umas das nossas músicas preferidas então eu envolvo ela com meus braços, pelos menos uma amizade tem que permanecer intacta, e é a nossa.

Vou observando a paisagem congelada e as pessoas nas ruas como se não ligassem pro frio extremo, até que paramos em um semáforo e eu vejo um casal abraçados, ela sussurra algo no ouvido dele que o faz rir, ele toca seu rosto e é tanta doçura que acho que vou ficar diabética só de ver essa cena. Finalmente o semáforo fica verde e prosseguimos pela linda e fria Vancouver. Viramos em uma estrada para o meio das árvores e é tanta neve que me trás más recordações. A estrada vai ficando menos larga e mais ingrime, noto que estamos subindo uma montanha com muita vegetação enquanto adentramos mais na floresta, é quando eu me mexo para fazer Carly me soltar.

— Sam você está bem?- Carly pergunta me olhando meio triste - Parece que você vai desmaiar, ta ficando verde.

— Eu não gosto muito de neve - murmuro esfregando as mãos umas nas outras, sinto Freddie me olhando, ele entendeu a referência.

— Ah - é só o que Carly diz e volta a se encostar em mim.

A van percorre mais alguns metros e para de lado na frente de um chalé, todo feito de madeira clara, as janelas estão enfeitadas com luzes e flores, há uma varanda com cadeiras, mais enfeites em volta da varanda e uma chaminé no teto, a porta é azul vibrante que deve até brilhar no escuro.

Barney sai da van e abre a porta para nós.

— Obrigado Barney - agradeço.

— Apenas fazendo meu trabalho senhorita Puckett - ele dá um sorriso profissional enquanto mantém a porta aberta. Deixo Carly sair primeiro, depois de Freddie e por último Gibby que me lança um olhar não muito amigável, eu que devia estar chateada. Os três caminham para o chalé e quando faço menção de sair o vento frio me empata - Permita-me - Barney tira seu paletó e estende para mim, eu coloco para me proteger do frio.

— É muita consideração sua - coro e Barney pega a minha mão me ajudando a sair noto uma aliança na sua mão esquerda - Acredita em amor verdadeiro Barney?- deixo escapar.

— Acredito sim - ele perde um pouco do tom formal e fecha a porta da van.

— Aconteceu com você? Se me permite perguntar - começo a puxar assunto.

— Sim senhorita e só acontece uma vez - Barney me responde e vai para a parte de trás para pegar nossas malas.

— Quer ajuda? - pergunto vendo ele puxar um suporte de metal como um carrinho de trás de van e arma no chão.

— Não senhorita, esse é meu trabalho - ele sorri gentilmente e a neve se acumula nos seus cabelos loiros.

— Você podia me contar sobre seu amor verdadeiro?- acabo por perguntar.

— O que gostaria de saber?- Barney dá de ombros e começa a colocar as malas no suporte.

— Como é quando acontece? - vou pra perto dele ignorando o que ele disse antes sobre esse ser o seu trabalho e começo a ajuda-lo a colocar as malas no suporte.

— Já disse que esse é o meu trabalho senhorita.

— Então prossiga com ele Barney, e só me chame de Sam por favor - eu peço e continuo ajuda-lo.

— É uma coisa boa no início - ele inicia e vejo que está respondendo a minha pergunta - Nos sentimos feliz, e depois nos sentimos mais ainda quando sabemos que somos amados de volta, minha esposa e eu quando nos conhecemos eramos ignorantes e burros um com o outro, levou um tempo até ambos entendermos que nosso problema era que estávamos apaixonados, ela era o quebra-cabeça e eu era a parte que faltava, enfim - ele vai pegando as malas-  tivemos três filhos maravilhosos e hoje sabemos que somos um do outro e qualquer outra coisa seria impensável - minha boca cai aberta, nunca vi Barney falar tanto.

— Mas como se descobre? - colocamos a última mala no suporte.

— Ás vezes Sam - ele diz fechando a van - o amor verdadeiro está na nossa cara e somos burros de mais para perceber - ele pisca seu olho azul pra mim e sei que isso foi uma indireta.

— Talvez... - murmuro e ando ao seu lado.

Quando estamos chegando no chalé com o suporte ele toca meu braço delicadamente.

— De algum tempo ao senhor Gibson, eu trabalho com ele já faz um tempo, eu sei que ele ama a senhorita Shay - e pela segunda vez em um curto intervalo de tempo fico pasma com Barney novamente - Ele só falou dela desde que saímos de Seattle, ele só está confuso agora, seus últimos relacionamentos não foram muito bons, ele construiu uma muralha muito forte em volta de si mesmo e creio que Carly acabou fazendo uma rachadura nela, ele está nervoso e assustado, só diga a ela para esperar. E também tem o senhor Benson, ele ainda quer a amizade dele de volta, eu estava lá há alguns anos quando discutiram e cada um fundou sua empresa, foi um momento difícil pra ele, que também vai ser consertado com o tempo. Eu sei que posso perder meu emprego por te dizer isso mas não vou deixar o senhor Gibson sair como vilão. Ele tem um bom coração Sam, só está enferrujado.

— Entendo - falo surpresa e estou com um sorriso enorme - E o que tem a dizer sobre mim?

— Que o seu coração está quebrado senhorita... - ele para e sorri - Sammy - encaro seu rosto - E você sabe quem pode conserta-lo. - é quando vejo Barney não como um profissional, ou como um empregado do Gibby, mas sim como um amigo, alguém com quem eu vou poder compartilhar algumas coisas nessa viajem e de repente vejo um pouco do meu pai nele, acho que ele seria assim, igual ao Barney, estendendo a mão quando eu precisasse e me dando seu paletó em um dia frio.

— Obrigado Barney - lhe dou um sorriso sincero - Espero contar com você nessa viajem e o que aconteceu aqui vai ficar só entre nós.

— Assim eu espero Sam e obrigado pela ajuda - ele olha pras malas.

— De nada - toco seu ombro e subo as escadas para entrar no chalé, enquanto Barney sobe o carrinho pela rampa.

Abro a porta e vejo Gibby e Freddie conversando sobre ter escolhido o chalé em vez do hotel, é como se eu os visse andando em cima de um vidro que vai se quebrar a qualquer momento e sei que uma discussão vai começar se eu não impedir.

— Calem a boca seus idiotas e vão pegar as malas de vocês. O próximo que começar uma discussão eu faço dormir lá fora sem roupa porque eu não estou criando bicho! - reclamo com eles e acrescento - e espero que os dois cavalheiros coloquem as minhas malas e as da Carly em nosso quarto em 5 minutos e liguem a droga do aquecedor antes que eu vire um pinguim! - olho para Barney na porta que omite um sorriso, me viro graciosamente com a vitória e procuro entre os cômodos por Carly.

Abro a primeira porta e descubro um quarto grande com cômodas e duas camas grandes de solteiro, são tão grandes que poderiam ser confundidas de longe como duas camas de casal, o quarto tem uma típica decoração rústica, quadro nas paredes, uma cabeça de cervo empalhada e objetos estranhos, noto uma porta no fundo que possivelmente deve ser o banheiro. Fecho a porta e vou para o próximo cômodo, dessa vez é uma pequena biblioteca, várias estantes repletas de livros dos mais variados, mesma decoração rústica, um divã laranja e uma mesinha de canto com uma luminária e uma cadeira, um tapete em forma de tigre no chão e fico me perguntando o que eles tem contra os animais. Saio desse cômodo e vou para o próximo no fim do corredor, odeio corredores, abro a porta e finalmente encontro Carly deitada em uma cama de casal com as mãos na barriga olhando pra cima.

— Sam - ela chama e me olha.

— Ai agora vai dizer que está grávida? - olho para as mãos em sua barriga.

— Graças a Deus eu tomo pílula - ela tira a mão da barriga e estende pra mim.

— Sabe que não estou brava com você não é?- lembro a ela e me deito do seu lado.

— Isso que é bom em você - ela me diz segurando minha mão.

— É, acho que sim - aperto sua mão.

— Esse paletó é do Barney?

— Sim.

— Ele é um cara legal - ela puxa conversa.

— Aham - eu mudo de assunto- Você queria essa viajem Carly, porém sou eu que vou consertar essa amizade, nós quatro fomos feitos para brilharmos, mas só podemos fazer isso juntos.

— Ain Sam você está tão sentimental - ela dá uma risada fraca.

— Eu sei - resmungo, não gosto das pessoas admitindo isso vindo de mim - Prometo fazer as coisas serem como antes e sobre o Gibby, eu sei que ele gosta de você, só de um tempinho a ele ok?

— Como sabe?- seu rosto se ilumina.

— Eu só sei - lembro que não posso contar - Agora coloca um sorriso nesse seu rosto porque eu amo você amiga e estou aqui com você e vou estar para sempre.

— Owm Sam, também amo você. - ela diz querendo chorar.

— Não chora por favor - eu peço com a voz falhando e alguém abre a porta.

— Trouxemos as malas de vocês - Freddie diz entrando e olha pra cena meio confuso.

— Você estragou o momento manezão - reclamo e Gibby está logo atrás com as malas da Carly - Mas mesmo assim obrigado a os dois, agora saiam. - mostro a porta para eles e os dois se retiram deixando nossas malas.

— Você tem pulso firme com eles - Carly começa a brincar com meus cachos.

— Aprendi com a melhor - olho pra ela que cora - Agora levanta dai Shay, toma um banho, tira essa maquiagem de noiva cadáver que vamos as comprinhas de inverno.

— Eu ouvi compras?- ela fica em pé em um pulo.

— Parece eu quando escuto a palavra "almoço" - me colco de pé e vou abrir as malas com ela.

Abro a minha e vejo que alguém andou mexendo nela, como por exemplo não encontro minha blusa rosa de manga cumprida, olho pra Carly que está fingindo cantarolar uma música enquanto vasculha sua mala.

— Essa blusinha não é linda?- ela disfarça mostrando uma camisa azul de manga cumprida - Amei essa blusinha, acho que vou usar essa blusinha, vou arrasar com essa blusinha.

— Carly... - ergo a sobrancelhas pra ela - Cadê a minha blusinha?

— Eu peguei - Carly faz biquinho.

— E? - exijo que ela continue - Cadê ela?

— Ficou no avião logo após o Gibby tirar - ela admite por fim.

— Ai que nojo! - exclamo - Deixa pra lá.

— Desculpa garota - Carly volta a mexer na mala e acha uma calça jeans preta, enquanto eu faço uma bagunça na minha procurando a gravata do Freddie.

— O que mais pegou aqui?- pergunto a Carly que abre a outra mala procurando roupa íntima.

— A gravata dele está no bolso do lado - ela diz com um sorrisinho e se levanta após pegar a toalha.

— Ridícula - falo baixinho.

— Guardou a gravata para alguma fantasia futura? - ela pergunta.

— Carly entre naquele banheiro agora se não vou te enforcar com ela - abro o bolso e pego a gravata.

— Tá calma, não precisa se estressar - ela me manda um beijo e entra no banheiro.

— Amigas - reviro os olhos sozinha e me sento na cama após escolher um suéter beje, um casaco de moletom preto e uma calça jeans azul claro.

Espero Carly sair do banho e só vejo a fumaça do vapor quando ela abre a porta.

— Eu já ouvi falar em água quente mas isso é loucura, me senti como um legume sendo refogado. - Carly tem umas comparações estranhas.

— Ok... Minha vez de se tornar um vegetal - entro no banheiro.

Tiro a minha roupa e prendo o cabelo para não molhar no banho, ligo o chuveiro e fico em baixo deixando ele lavar todas as coisas ruins que aconteceram nessas últimas horas. Sei que ás coisas vão ficar bem, mesmo que tudo pareça desmoronar em minha volta. Eu posso fazer isso, sei que a Carly passou anos nos juntando quando brigávamos, mas hoje eu irei fazer isso por ela.

Quando termino o banho, o que foi extremamente demorado, me visto e não acho Carly no quarto, saio do quarto e vou para o corredor, o chalé está bem mais quente, alguém deve ter ligado o aquecedor. Meus passos fazem barulho e isso chama a atenção de Carly.

— Hey Sam! Vem ver o que temos aqui! - ela grita da sala e eu corro até lá.

— O que está pegando?- vejo os três olhando para TV que está na parede e aparece que acharam um karaokê.

— Podemos cantar um pouco - ela sugere - Tem muitas músicas conhecidas, vamos fazer uma live.

— Gostei - estralo os dedos e vejo que os garotos gostaram da ideia. - Mas primeiro se me permitem, eu queria falar com vocês. - eles me olham confusos.

— Hum ok - Freddie se senta no tapete.

— Discurso, discurso, discurso - Gibby bate palmas e vai pra perto da lareira que está acesa.

— Você consegue Sam - Carly me encoraja e senta no sofá com estampa xadrez.

— Eu sei que essa viajem não pareceu a melhor coisa do mundo quando a Carly sugeriu - fico um pouco nervosa - de início, eu admito que quis negar mas sabia que era importante pra ela, mas não só pra ela, para todos nós. E se pararmos e olharmos para nós mesmos vamos ver o que nos tornamos, todos cometemos erros, mas não precisamos deixar que esses erros definam quem nós somos - olho para Freddie que sorri por eu ter usado a frase dele - O que temos aqui vai muito além da amizade, somos uma família e sei que cada um ama alguém aqui de uma certa forma, mas todos nos amamos e é isso que vale. Se desistirmos um dos outros estaremos desistindo de nós mesmos, porque somos partes um do outro, temos que aprender a perdoar e relembrar o que nós eramos, adolescentes, jovens, tínhamos a cabeça cheia de sonhos e acima de tudo: éramos felizes por temos com quem contar. Eu quero isso de novo, eu quero vocês de novo - olho pro rosto de cada um e paro no da Carly que está sendo banhado pelas lágrimas - Somos uma equipe, não somos?- pergunto e todos eles parecem comovidos, termino de falar e Carly é a primeira a vir me abraçar.

— Sam... - ela chora, Freddie vem até nós e nos envolve em um abraço, Gibby faz a mesma coisa, junto fechamos os olhos e aproveitamos um dos muitos e perfeitos momentos que teremos assim. Sinto o calor da minha melhor amiga que sempre esteve comigo. Sinto a respiração do meu melhor amigo Gibby com quem eu ficava trocando mensagem até tarde antes de dormir na minha casa em Londres. E sinto as mãos macias do garoto que eu amo nas minhas costas. Acima de tudo isso, sinto o amor pairando em volta de nós.

— Eu amo vocês - Freddie é o primeiro a quebrar o silêncio.

— Eu amo vocês caras - Gibby repete.

— Eu amo muito vocês - Carly fala chorando um monte.

— Meu Deus Carly, parece uma manteiga derretida - digo desfazendo o abraço em grupo.

— Sam! - os três dizem ao mesmo tempo.

— Tá bom, eu também amo vocês mais do que amo pizza - abraço eles de volta selando nosso carinho.

Depois do momento "love story" decidimos fazer chocolate quente e  lanches para confraternizar e usar o karaokê. Colocamos tudo na mesinha de centro na sala e procuramos uma música para cantar.

— Que tal Shake It Off?- Carly sugere.

— Tem que ser um cantor masculino - nego a sugestão dela - quero ver o Benson cantando, ai vou gravar e colocar no Youtube.

— Sinto informar Puckett mas eu canto muito bem - ele fala pegando o controle da minha mão - E eu escolho... - ele vai descendo pela lista - Princess Of China do Coldplay feat. Rihanna.

— E quem vai ser a Rihanna? - Carly pergunta.

— É mais fácil perguntar quem vai ser o Chris Martin - eu falo e Carly me joga pipoca, Gibby ri sem parar no outro sofá.

— Já que você esta tão interessada na música Sam, você vai ser a Rihanna - Freddie me puxa pela mão e me coloca ao seu lado me dando o outro microfone.

— Essa eu quero ver - Carly diz se ajeitando no sofá.

— Por favor Sam faça jus ao nome da Rihanna, aliás ela é canadense. - Gibby pede.

— Vou arrasar - dou um giro e Freddie solta a música.

— Owaaaaa owaaaa - Freddie e eu iniciamos e Carly está rindo.

—  Uma vez alguém fugiu

Alguém fugiu, dizendo "o mais rápido que puder

Eu tenho que ir, eu tenho que ir"

Uma vez nós nos despedaçamos

Você segurando nas mãos as duas metades do meu coração

Oh oh oh, oh — Freddie canta e pisca pra mim, ok... Ele não canta tão mal, agora é minha vez.

Oh oh

— Uma vez brilhamos intensamente

 Agora, tudo que parecemos fazer é brigar

De novo e de novo

E de novo e de novo e de novo - eu puxo a voz com força e começo a me aproximar do Freddie.

— Uma vez no mesmo lado

Uma vez no mesmo lado — cantamos juntos.

— No mesmo jogo

Agora por que você teve que ir?

Teve que ir e jogar água na minha chama? — canto sozinha e me viro de costas para rebolar o quadril, Carly começa a dar gritinhos histéricos - 

Eu poderia ter sido uma princesa, você seria um rei

Poderia ter tido um castelo e usar um anel

Mas não, você me deixou ir - me aproximo mais do Freddie e coloco minha mão no seu peito como se eu estivesse cantando pra ele:

Eu poderia ter sido uma princesa, você seria um rei

Poderia ter tido um castelo e usar um anel

Mas não, você me deixou ir  

— Você roubou a minha estrela

 La, lalala lalalala, lalalalalalala, lalalalalalala - é quando grudamos nossas testas para cantar.

 Você roubou a minha estrela

 La, lalala lalalala

 Oh oh 

Carly se levanta do sofá e pega um microfone para cantar o final, Gibby se levanta e faz mesmo, me desgrudo do Freddie um pouco constrangida e me viro para a Carly e nós quatro começamos a cantar:

— Porque você realmente me machucou

 Não, você realmente me machucou

 Porque você realmente me machucou

Não, você realmente me machucou — começamos a fazer várias coreografias até mesmo saindo do ritmo da música, mas isso não importa, o importante é estarmos nos divertindo.

— Porque você realmente me machucou

Oh, oh você realmente me machucou

Porque você realmente me machucou

Oh, oh você realmente me machucou — terminamos a música e caímos no chão exaustos e rindo. Só sei que essa letra da música mexeu muito com todos nós, era como se estivéssemos cantando um para o outro, dizendo a verdade, dizendo o que sentimos.

— Isso foi horrível - Freddie comenta - Jamais vou contar pro Chris Martin.

— Você conhece ele? - pergunto deitada próximo a sua perna.

— Sim, fiz um favor para ele uma vez através da minha empresa - Freddie relembra - Ele é legal.

— Eu daria tudo pra conhecer ele - Carly murmura.

— Eu também - falo sonhando acordada. - Que tal cantarmos K-pop agora? Uma do BTS.

— Sam!- os três falam juntos novamente e eu dou risada.

Foi um momento perfeito, não porque nos divertimos, mas porque estávamos juntos, não teve ninguém pra gravar ou estar aqui para presenciar, mas foi bem melhor, coisas assim só tem que ficar na nossa memória, por um bom tempo, talvez pra sempre.