O dia havia  amanhecido em Gotham City, enquanto Harvey Dent se concentrava em observar a cidade pela janela, ele percebeu.

  Harvey não entendia o por quê, o por quê de ter que esperar o Batman agir para fazer com que Gotham ficasse segura. Em sua mente, Harvey acreditava que ele podia fazer o mesmo, protegr as pessoas daquela cidade, ele acreditava que podia fazer o mesmo que o Morcego.

  Mas no fundo ele sabia que talvez o governo não fosse o suficiente, ninguém em Gotham City realmente acreditava no governo, em uma cidade de heróis e vilões insanos vestidos de palhaços; o governo não era páreo.

Mas Harvey estava decidido a fazer com que fosse.

***

—Bom dia bebêzinhos! -Harley exclamou enquanto se inclinava para acariciar as hienas presas em suas jaulas. -

  Os animais ronronavam manhosos para a mãe, buscando por mais contato.

Harley havia descido até o "porão" onde os seus bichinhos ficavam, ainda estava de pijamas, suas pantufas cor de rosa combinando com sua calça onde haviam vários losangos pretos e vermelhos, e uma camiseta também preta.

—Mamãe vai buscar comida pra vocês. -Harley se levantou sorrindo para os animais e dando risadinhas para si mesma. -

Ela caminhava pelos corredores da mansão, cantarolando algo e dando risadinhas aleatórias, até que parou e ouviu o som de um carro chegando;

—Crianças, papai chegou! -Harley gritou para as hienas dando pulinhos e correndo até as escadas. -  

***

—Puddin! Harley deu um gritinho agudo  pulando nos braços do Palhaço do Crime, que havia acabado de adentrar a sala, por pouco não perdendo o equilíbrio. -

—Harls, agora não é uma boa hora, Papai tem muito trabalho para resolver. -Ele respondeu seco, colocando-a no chão. -

—Mas Puddin, eu estou com saudades! -Harley resmungou e sentou-se no sofá cruzando os braços e fazendo uma careta. Como uma criança que não ganhou sobremesa. -

—Não fique assim, Papai vai de recompensar meu amorzinho. -O Coringa dizia sentando-se ao lado da garota emburrada, e sussurando em seu ouvido. -

   Harley imediatamente abriu um sorriso, e logo enlaçou os braços em volta do pescoço dele.

—Quer dizer que tem uma surpresa para mim Puddin?! -Harley continuou sorrindo apenas esperando por uma resposta. –

—Estive pensando, o que acha de reencontrarmos alguns velhos amigos ou melhor...amigas?

***

  Harley se olhava no espelho, questionando a si mesma se estava bonita o suficiente. Suas botas de couro preto vinham até suas coxas, combinando com suas meias arrastão um pouco rasgadas fazendo um conjunto perfeito com sua mini saia também de couro vermelho, e seu espartilho preto e vermelho com alguns losangos desenhados, que particularmente, era o seu preferido.

Enquanto passava seu batom vermelho-sangue habitual, Harley sorriu para si mesma no espelho, e logo saiu saltitando pelo quarto em direção à porta.

—Onde ele está? –Harley perguntou à um dos seguranças parados em frente à porta da sala de estar. –

—Senhorita Quinn, ele teve que sair. Mas me pediu para te dizer para esperar a sua surpresa na sala. –Respondeu o segurança, indicando o caminho à sala para Harley. –

—Por que não pode me dizer onde ele está? –Haley fez uma careta emburrada como se fosse uma criança de cinco anos de idade, e se sentando no sofá. –

—Sinto muito Quinn, mas ele apenas me disse o que eu lhe disse. –O homem repetiu. –

—Arg! Nem pode me dizer qual é a minha maldita surpresa?!

—Não senhorita, me desculpe.

—Oh Harls! C’mon! Não nos chame assim! –Harley imediatamente se virou para a porta e logo viu Poison Ivy adentrando o loft. –

—Ivy! –Harley exclamou correndo até sua ruiva e dando-lhe um abraço sufocante. –

—Espere, você disse, nós? No plural, isso quer dizer...

Harley não precisou completar a frase, em alguns segundos lá estava, uma Selina Kyle encarando a Palhaçinha com um sorriso perfeitamente branco entrando em contraste com o batom vermelho vivo.

—Gatinha! –Harley logo passou dos braços de Ivy para os de Selina que retribuiu o abraço sem pensar duas vezes. –

—Já lhe disse para não me chamar assim Harley. –Selina disse soltando Harley do abraço e fingindo resmungar. –

—Por quê não? –Harley perguntou fingindo uma voz infantil. –Eu acho fofo.

—Não gosto desse apelido. –Selina resmungou e Harley se calou. –

—Bom, segundo nossas fontes, viemos passar o dia com você Harls. –Ivy interrompeu. –

—Yay! –Harley dava pulinhos de alegria histéricos enquanto puxava Selina e Ivy para um “abraço em grupo” –

—Harls, está me machucando. –Murmurou Ivy com a voz sufocada. –

—Mas esperem, eu não posso sair, Mr.J estará em casa logo, ele não fica muito feliz quando eu saio sem avisar e...

—Harley, não me preocuparia com isso se fosse você. –Selina respondeu o que fez Harley amenizar o semblante preocupado. –

—Por que não?

Ivy as interrompeu com uma risadinha e encarando Selina.

—Porque, digamos que o Rei nos chamou. –Ivy disse soando um pouco debochada quando pronunciava a palavra "Rei" fazendo com que Harley abrisse um sorriso enorme. –

—Ele chamou? –Então essa era a surpresa. –

—Sim, ele não queria te deixar sozinha por um dia inteiro, e além do mais faltam três dias para o seu aniversário. –Selina sorria enquanto falava, por algum motivo, ela estava com saudade do jeitinho exagerado de Harley se expressar. –

—Então, Harley, pelo visto você já está pronta! –Ivy fitou Harls de cima à baixo, logo dando um sorriso de orelha a orelha. –

—Pronta para quê? –Harley se animou instantaneamente. –

—C’mon Gatinha, você achou que iríamos vir até aqui só para nos entupir de brigadeiro, sorvete e assistir Netflix? –Selina questionou divertida. –

—O que vamos fazer? Vai ser divertido? –Harley dava pulinhos frenéticos. –

—Pegue suas coisas, armas, tudo o que precisar, nós vamos nos divertir, como nos velhos tempos. –Ivy respondeu dando um a piscadinha para Harley. –

***

To Be Continue... Xoxox (;