The Only Exception escrita por Jenny


Capítulo 12
"Agora tudo parece se encaixar"


Notas iniciais do capítulo

Heeey! I'm back com mais um capitulo! Esse foi pequeno, eu sei. Mas é essencial para entender o resto da história. Ah, e devo avisar vocês que logo ela acaba! Já estamos na reta final =´/. Mas nada de choros antes da hora. Vamos ao cap.
Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/705704/chapter/12

Pov’s Katniss

— MAS O QUÊ? QUE DIABOS ESSA MULHER ACHA QUE TA FAZENDO? ELA É UMA LOUCA, KAT! VAMOS DENUNCIÁ-LA! – Johanna grita, atingindo uma tonalidade vermelha no rosto, de raiva. Em outra situação, provavelmente eu acharia engraçado.

— Bem que eu queria, Jo! Mas não tem como eu provar absolutamente nada, então não resolveria. Pior, só faria ela me odiar ainda mais! – Digo já cansada desse assunto. Eu realmente não quero ficar lembrando de Delly agora, meu cérebro já está quase fundindo de tanto pensar e falar dessa garota. E, eu definitivamente não sei o que fazer. Antes eu achei que ela era só uma garota enciumada, mas na verdade ela é uma doida mesmo! Sim, ela é autora do ocorrido de agressão que sofri há dois dias. Peeta passou mais aquela noite comigo, me confortando. Depois o fiz prometer que não contaria nada para Haymitch ou Effie, já que não foi nada grave e não gostaria de preocupa-los. No outro dia, depois que acordei o loiro já havia ido trabalhar. Peguei meu celular para conferir minhas mensagens, e dentre elas havia uma de um número desconhecido. A mensagem dizia que os espancamento tinha sido sob ordem do autor da mensagem, que era um aviso mais claro sobre com quem eu estava lidando. E se caso eu não obedecesse o recado que me fora dado, voltaria a acontecer e seria muito pior, e eu não deveria contar sobre essa maldita mensagem pra ninguém. No final, foi assinado com “D.C.”, porém, apesar das iniciais não havia como eu provar que é mesmo “Delly Cawtright”. Mas para mim era claro que é ela. No entanto, eu não segui exatamente as instruções, contando tudo para Jo. A verdade é que eu já estava ficando louca com toda essa maluquice da mulher, e precisava desesperadamente contar para alguém e pedir uma opinião. E óbvio que não haveria ninguém melhor que minha melhor amiga maluca. Claro que eu não quero ficar longe do Peeta. Se ela quer lutar por ele, bem, duas podem jogar esse jogo. Porém, devo admitir que agora fiquei com um pouco de medo sim, afinal depois do ocorrido não duvido que ela seja mesmo capaz de qualquer coisa.

— Ta legal, então vamos retribuir. Vamos espancá-la também! EU mesma posso fazer isso com muito gosto. – Minha amiga fala, me fazendo rir.

— Ta doida? Claro que não, né! Quanto menos problema eu conseguir evitar pra resolver toda essa palhaçada, pode ter certeza que eu farei. Na verdade, devo dizer que até já pensei na possibilidade de simplesmente ignorar tudo isso. – Dou de ombros e ela abre a boca em “o” inconformada.

— Você só pode estar de brincadeira! Katniss, hello, ela tentou te matar. Como assim ignorar? Ta louca? Amiga, essa mulher é uma psicopata, você devia se preocupar e muito. – Ela fala, andando de um lado para outro.

— Eu sei, acha que não me preocupo? Ainda estou cheia de hematomas, meu Deus! Só que, sinceramente, não há muita coisa que eu possa fazer. – Suspiro e reviro os olhos.

— Bom, eu aposto que ignorar e não contar pra ninguém não ajuda! – É a vez dela revirar os olhos.

— Esse “ninguém” você quer dizer o Peeta, né? Acha mesmo que devo contar pra ele? – Pergunto ainda incerta.

— Mas que pergunta, Katniss! Óbvio que você deve contar. Ele vai ficar louco da vida se você não falar nada. – Johanna diz.

— Sim, mas ele também vai ficar louco da vida quando souber que foi aquela vadia que fez isso! – Afirmo sem ter ideia do que fazer.

— Exatamente, little bird! Daí ele vai ver que ela é mais louca do que ele pensava, vai dar um chega pra lá nela e fim, o loiro será exclusivamente seu. – A morena fala gesticulando com as mãos.

— Certo, mas se isso só fizer ela me odiar ainda mais e tentar algo novamente? – Levanto uma sobrancelha, questionando.

— É claro que isso vai acontecer! Só que também é claro que o Mellark não vai deixar que nada aconteça novamente. – Ela fala como se fosse óbvio.

— E como ele vai fazer isso? Contratar um segurança para me proteger 24 horas? – Eu jamais permitiria algo assim.

— Bom, eu não pensei nisso ainda. Mas agora nós já sabemos que ela é uma doente, então vamos ficar atentos. – Quando Jo fala, de repente me vem algo em mente.

— Jo, doente, é isso! Delly tem problemas. – Exclamo como se resolvesse tudo.

— Você ta falando sério ou só ta de onda com a cara dela? – Minha amiga pergunta me fazendo rir.

— Sério! O comportamento dela desde que nos conhecemos e desde pequena também. Ela sempre foi assim, meio louca e obsessiva. Peeta me contou algumas histórias sobre eles desde crianças e adolescentes. Eu sempre estranhei, ela nunca teve o comportamento de uma pessoa normal, mas nunca dei muita bola pra isso. Mas, agora que tudo aconteceu e você disse, pense bem, faz muito sentido! – Agora finalmente as coisas parecem esclarecer na minha cabeça. É claro, não havia como ela ser perfeitamente instável mentalmente com comportamentos tão peculiares e estranhos desde pequena.

— Ta, mas você acha que ela é tipo, bipolar? – Johanna pergunta.

— Não, bipolar não! Acredito que ela tenha algo como sociopatia. – Deduzo a partir do que sei sobre a loira, mas é claro que não posso comprovar nada ainda.

— Claro, isso faz muito sentido! – Enfim Jo parece entender o que estou dizendo.

— Super! Eu preciso falar com Peeta agora. Beijo! – Falo já correndo para o carro.

— Espera, essa é a sua casa! – A morena grita e só então lembro que estamos na minha casa e não na dela. Mas não importa, estou com pressa agora.

— Tranca quando sair e leva a chave. Eu tenho outra! – Grito de volta, enquanto entro no carro e mando uma mensagem para Peeta, avisando que estava indo para casa dele.

***

— Ao que devo a honra de sua ilustre visita no meu humilde apartamento? – Peeta diz, assim que entramos. É um apartamento não muito grande, mas também não é pequeno. Muito bem organizado e decorado para um homem não muito organizado e que mora sozinho. Apesar de já fazer quase um ano que nos conhecemos, essa é a primeira vez que venho aqui.

— Preciso te contar duas coisas. – Respondo, ainda observando o lugar. Sinto braços envolverem minha cintura, a respiração quente na minha nuca e um beijo sendo depositado no meu ombro.

— Sobre o que? – O loiro pergunta.

— Delly! – Respondo, me virando de frente para ele e enlaçando seu pescoço com meus braços.

— Não quero falar sobre ela, morena! Podemos fazer coisas mais interessantes do que conversar sobre Delly. – Peeta começa a distribuir beijos por cada pequena parte do meu rosto e pescoço, quase me fazendo esquecer o real motivo de estar ali.

— Nada disso! É importante. – Digo, o empurrando levemente, fazendo-o me olhar. Ele revira os olhos antes de perguntar.

— Certo, e o que é tão importante? – E então eu conto tudo. Sobre o dia em que ela esteve na minha casa de manhã, e depois da mensagem se responsabilizando pela agressão que sofri, até mostro a mensagem a ele. Conto também sobre minha conversa com Johanna hoje mais cedo, e o que penso à respeito da loira.

— E o que exatamente é isso? Tipo uma psicopata? – Peeta questiona, confuso.

— Não exatamente, mas tem a ver sim! Pode-se dizer que é um pouco mais fraco, ou assustador do que a psicopatia. – Esclareço, mas ele não parece entender ainda.

— E isso leva a pessoa a agredir outras? – Ele franzi as sobrancelhas.

— Bem, sociopatia também é conhecido como transtorno de personalidade antissocial, que é uma condição em que a pessoa tem pensamentos e atitudes disfuncionais. Geralmente pessoas com esse transtorno não distinguem o que é certo e errado e não consideram os direitos, desejos e sentimentos dos outros. Tem alguns sintomas, ou características dessa personalidade, por exemplo o egocentrismo, senso de superioridade, vaidade e exibicionismo, hostilidade, irritabilidade em proporção significativa, agitação, impulsividade, agressão ou violência, ausência de empatia com as outras pessoas e de remorso por prejudicar os outros, comportamentos perigosos e várias outras coisas. – Explico e então ele compreende.

— Entendi! Mas o que você tem a ver com isso, exatamente? – Ele pergunta.

— Oras, ela precisa de ajuda, Peeta! Não é óbvio? – Respondo e ele me olha indignado.

— Katniss, pelo amor de Deus, ela é maluca. Ela tentou matar você, LITERALMENTE! E você ainda me diz que quer ajudá-la? – Peeta fala como se fosse a coisa mais absurda do mundo, passando a mão no cabelo, nervoso.

— Peeta, ela é doente. Não é como se fosse um ciúmes qualquer. E eu sou médica, é minha função ajudar os outros, não? – Reviro os olhos. Sei que Delly me odeia, mas ela precisa de ajuda. Não é crime eu querer fazer isso, ainda mais sabendo que tenho meios para isso.

— Sim, mas não precisa ajudar alguém que quer te prejudicar. Até porque ela nem vai aceitar sua ajuda, sabe disso! – Ele senta no sofá balançando a cabeça negativamente.

— Eu sei! Mas não precisa ser eu, exatamente. Até mesmo porque eu sou especialista em pediatria. Porém, conheço muitos psiquiatras do hospital que podem trata-la. – Afirmo. Já vi vários casos parecidos e sei que ela precisa de ajuda médica.

— Sabe de uma coisa, você com certeza é um ser humano muito melhor do que eu. Se eu estivesse em seu lugar, não pensaria duas vezes para denunciá-la. – Peeta continua com seu pensamento egoísta, mas decido ignorar.

— Conheço uma moça, Annie, ela foi diagnosticada com bipolaridade aos 19 anos. Não é a mesma coisa que suponho ser o problema da Delly, mas é uma doença mental tão delicada quanto. Enfim, ela tinha crises com muita frequência, mas depois que começou o tratamento ela ficou ótima! As crises diminuíram bastante e hoje ela tem uma vida normal. Terminou a faculdade, casou e tem uma filha. Ela só precisa tomar alguns remédios ainda, para evitar que as crises voltem. Mas isso não é nada. Eu também tomo remédios para minhas crises de pânico e sou uma pessoa socialmente normal, certo? – Paro de falar por um momento, e Peeta apenas escuta fitando algum ponto na parede. Quando noto que ele não vai falar nada, continuo. – Sabe, quando fiquei doente eu tinha Haymitch, Effie, Johanna e os pais dela. Todos estavam ali, me dando apoio e me ajudando a passar aquela fase assombrosa. Mas nenhum deles me entendiam. Eles se solidarizavam, se compadeceram, mas ninguém entendia de fato, porque não há como você entender perfeitamente o que é estar em determinada situação sem passar por ela. E graças a Deus eu tinha eles. Mas Delly não tem ninguém. Você mesmo disse! E ela nem sabe sobre a possibilidade de existência desse problema. Bem, e eu não posso dar um sentença final, ou mesmo dizer que a entendo também. Mas eu sei o que é a dor na alma, sei o que é ter o psicológico doente. E além disso, ainda tenho meios para ajudá-la. E eu quero fazer isso. Não só a partir de conhecimentos científicos dos médicos, mas de conhecimentos reais, de experiência também, da forma que eu não tive. – Termino por fim meu discurso, e Peeta me encara por alguns instantes, mas não sou capaz de decifrar sua expressão.

— Eu... Não tinha pensado por esse lado! – Ele morde o lábio inferior e coça a cabeça.

— Eu sei. Você estava sendo egoísta! – Dou de ombros e finalmente me sento ao seu lado no sofá.

— É, acho que sim! Bom, tudo bem então, você me convenceu. Vamos ajudá-la. – Ele suspira e eu sorrio. – Mas será que dá pra falar disso depois? Já estou cansado da Delly por hoje. – Peeta pede me fazendo rir.

— Claro, como o senhor desejar! Mas por que? Você tem algo melhor pra fazer agora? – Pergunto, me aproximando mais dele e deposito um beijo em seu pescoço, fazendo-o se arrepiar. O loiro em um movimento rápido, me enlaça pela cintura e me coloca em seu colo. Rodeio sua cintura com minhas pernas e seu pescoço com os braços.

— Ah, chère, eu tenho algumas ideias muito melhores para agora! – Peeta lança um sorriso safado e começa a distribuir beijos por cada centímetro do meu rosto e pescoço, apertando minha cintura levemente, me tirando do sério.

— Estou com fome, Darling! A gente pode comer primeiro? – Interrompo nossa brincadeirinha ao sentir um vazio no estômago e peço com um sorrisinho travesso quando ele suspira indignado.

— Você com fome? Caramba, que novidade! – Ele diz sarcasticamente e eu dou um tapa em seu braço.

— Há há, palhaço! É sério, eu não como nada desde o almoço e já são 20:40! – Faço uma careta e ele ri.

— Tudo bem, gatinha. Vamos pedir pizza, não estou com vontade de cozinhar e sei que você não vai. – Ele responde e eu dou de ombros.

— Não mesmo! Até porque, eu sou a visita aqui, meu bem. – Digo e ele revira os olhos antes de me tirar de cima dele e ir ligar para pizzaria. Minutos depois estávamos deitados no sofá, assistindo um filme qualquer e comendo pizza. Dessa vez, foi eu quem dormiu na casa dele. Certo, nós não dormimos, realmente. Apenas depois que já passava das 3 horas da madrugada e ambos já nos sentimos satisfeitos e cansados...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tam tam tam tam! E a vaca da vez é Delly, de novo! "Ah Carolzinha, mas foi muito óbvio". Ta, mais idaí? A "vilãzinha" da história é a Delly, e depois da visita dela na casa da Kat com as ameaças, só podia ser ela, né?. Mas agora já sabemos o motivo da loucura da menina.
Enfim, comentem e digam o que acharam. Até o próximo!

Ps: Sociopatia ou transtorno de personalidade antissocial não é uma doença fictícia, ela realmente existe! É um transtorno de personalidade, realmente muito parecido com psicopatia mesmo. Eu pesquisei sobre, antes de escrever e a explicação da Katniss é realmente informações reais sobre a doença. Para quem gosta dessa área de biológicas, e se interessam pelo estudo de doenças mentais, deveriam procurar sobre. É realmente interessante.
Beijocas ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Only Exception" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.