The Only Exception escrita por Jenny


Capítulo 13
Mudanças de plano!


Notas iniciais do capítulo

Hey, heeey!
Aproveitem o cap.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/705704/chapter/13

Pov's Peeta
Eu sempre soube que Katniss é uma pessoa que gosta de ajudar os outros, mas eu realmente não esperava que ela, depois de tudo, fosse querer ajudar Delly. Quando ela explicou toda a história da doença mental, eu achei que ela estivesse blefando. Porém, logo entendi do que se trata e concordo que a loira provavelmente sofre desse problema. O discurso de Katniss me atingiu de uma tal forma, que fiquei sem palavras! Eu não havia pensado por esse lado. Então, concordei com a morena, promentendo ajudá-la, e claro que fui designado a convencer a loira a procurar um médico e fazer um exame.
Motivo: Delly não tem ninguém, só os pais dela que moram muito longe daqui. Ela veio pra cá de férias, e sou o único....conhecido por aqui. Sim, conhecido! Eu ia dizer "amigo", mas não acho que ela se encaixe nessa categoria. A questão é: Como eu farei isso, afinal? É, Haymitch tem razão, o que é que eu não faço pela "docinho", não é?!
***
Já eram 20:15 horas. Olhei no relógio pela décima vez, impaciente! Qual é o problema que as pessoas tem com chegar no horário marcado? Argh! Pedi um terceiro copo de água para o garçom, que provavelmente estava achando que eu tinha levado um bolo. Mas antes que ele pudesse voltar, vi os tão conhecidos cabelos loiros entrando no restaurante. Ela se aproximou da mesa, sentando-se de frente pra mim.
– Hey, pãozinho. Desculpe o atraso, o trânsito está péssimo e eu não sei andar por aqui muito bem. - Ela sorriu.
– Oi, Delly! Sem problemas. - Respondo gentilmente.
– E então, finalmente sentiu minha falta e resolveu achar um tempo pra mim? - Ela arqueia uma sobrancelha e pega o cardápio para escolher seu pedido.
– Sinto muito por não ter passado muito tempo com você, mas ando bem ocupado. Não estou de férias como você! - Digo e ela assente.
– Tudo bem, eu entendo! O que importa é que estamos aqui, agora! - Ela diz eu concordo.
Fizemos nossos pedidos e depois passamos o resto do jantar falando sobre coisas diversas. Ao contrário do que pensei, não foi horrível e eu não quis matá-la por ter feito algo contra Katniss. Delly pode ser uma pessoa interessante e legal quando não se comporta como uma louca. E pensando nisso, senti um pouco de pena da loira. Talvez Katniss tenha razão, se ela tiver mesmo a tal doença e se tratar, poderá ter uma vida normal. Deixar de ter essa obsessão maluca por mim e quem sabe até se apaixonar por alguém que corresponda.
– Delly, tenho que te falar uma coisa importante! - Começo, sem saber como faria isso. Tínhamos acabado de sair do restaurante que fomos almoçar aquele dia, na primeira vez que ela viu Katniss. Estávamos em uma praça, em frente ao local que havíamos jantado. Delly se sentou em um banco e me sentei ao seu lado.
– Pode falar, querido! - Ela se aproximou mais de mim, me deixando desconfortável. Porém não me afastei.
– Bom, é sobre... Ér, Katniss e eu estávamos conversando e... - Começo, mas ela me interrompe.
– Não precisa falar nada. Sei que vocês dois não tem nada um com o outro além de amizade. Não se preocupe, não estou brava. - Ela fala naturalmente, como se eu de fato devesse alguma explicação à ela, me deixando boquiaberto. Eu realmente achei que ela não fosse tocar no assunto "nós dois" pelo menos essa noite. Fiquei por alguns instantes tentando dissolver o que ela acabara de dizer, mas antes que eu pudesse raciocinar direito, senti os lábios de Delly tocando nos meus e suas mãos segurando meu rosto. O choque foi tão grande que não consegui me afastar de imediato. Foi quando ouvi uma voz conhecida que me fez despertar e pular para trás, empurrando a loira.
– Tudo bem, você venceu! Não consigo te acompanhar. - A morena que até então sorria para uma menininha loira ao seu lado, desfez o sorriso tomando uma expressão surpresa e decepcionada ao olhar para a cena que Delly acabou de me fazer passar.
Nossos olhos se encontraram e eu desejei desesperadamente que ela entendesse minha súplica de desculpas pelo olhar. Mas a única coisa que encontrei em seus olhos cinzas foi decepção. Delly olhou para mim e depois para Katniss, então pude notar um sorriso vitorioso em seus lábios, me deixando com muita raiva de repente.Eu não conseguia me mexer. Ficar estático esperando loucamente que fosse só um sonho ruim, parecia ser a melhor ideia. Mas quando Katniss chacoalhou a cabeça e atingiu um olhar de raiva, que percebi que estava realmente acontecendo e eu deveria fazer logo alguma coisa.
– Vamos querida, sua mãe deve estar preocupada! - A morena pegou na mão da garotinha e começou caminhar em passos rápidos para o rumo do restaurante. Corri atrás delas, ignorando a voz de Delly me chamando, e repeti seu nome algumas vezes quando me aproximei.
– Tia, espera. O moço ta te chamando! - A loirinha para de andar, consequentemente fazendo Katniss parar também. Ela se vira para mim e pega a garota no colo, como se para evitar que eu me aproxime dela.
– O que você quer? - Pergunta bruscamente.
– Conversar? - Levanto uma sobrancelha ainda sem saber o que fazer.
– Acho que não! Você não deveria deixar a garota lá sozinha, não é educado. E eu preciso levar Luna para casa, agora! - Ela responde ainda com a voz ríspida, e começa a andar novamente. Seguro seu braço, parando-a de novo.
– Kat, por favor. Você entendeu tudo errado! - Peço desesperado para que ela entenda que estou sendo sincero.
– Eu não sou cega, Peeta! Mas não importa, você não me deve explicações mesmo. Agora me solta por favor, eu tenho que levá-la. - Ela pede e eu cedo. Deixo que ela vá levar a menina, mas ficarei esperando aqui.
Katniss demora para aparecer, e Delly decide me procurar. Quando ela chega perto, fico tão nervoso e começo a pensar que ela me beijou propositalmente, porque havia visto Katniss antes de mim. E esse pensamento me deixa ainda mais furioso. Então faço algo fora dos planos: Eu conto tudo à ela. Conto que sei sobre o que ela fez com Katniss e que por mim ela já estaria presa, e só não estava porque Katniss não deixou. Digo que foi a morena que chegou com a tese sobre a doença e queria ajudá-la. Falo que só estou ali porque a Everdeen me pediu e não por ela. Grito com ela com toda raiva que sinto, por todos esses anos de loucura e literalmente a expulso da minha vida. Mando-a embora, e digo que foi um erro ter deixado Katniss pensar que poderia ajudar, e ter vindo aqui. Que não quero mais que ela me veja nem mesmo como amigo, já que é a única coisa que eu de fato já fui pra ela.
A loira fica tão chocada e assustada com todas minhas revelações, que não consegue falar nada. Ela sequer nega ter tido algo a ver com a agressão de Katniss! Apenas, boquiaberta, me dá as costas e vai embora.
Ainda fico sentado em um banco próximo ao restaurante por 1 hora mais ou menos. E quando começo a achar que Katniss havia saído por outro lado, vejo sua bela silhueta saindo pela porta do restaurante onde eu tinha jantado e ela foi levar a menina para a mãe que provavelmente estava lá. Ela se aproxima da onde estou, e quando me vê parece surpresa por eu ter esperado. Me ignorando, passa por mim e começa a ir em direção ao carro estacionado a alguns metros dali. Me levanto e novamente corro atrás dela, chamado seu nome. Na quarta vez que repito "Katniss" ela para de andar e se vira pra mim.
– Eu ainda não quero falar com você! - Ela alega cruzando os braços.
– Para com isso! Pra começar, foi você que insistiu nessa história de ajudá-la, por isso estou aqui. - Certo, ela está nervosa por causa do beijo e não por eu ter vindo. Mas dane-se.
– Ah claro, então eu sou a culpada! - Ela exclama, irritada.
– Eu não disse isso. Mas eu só estou aqui porque você me pediu, de qualquer forma! E foi ela quem me beijou! - Me defendo, fazendo-a revirar os olhos.
– Oh, coitadinho, e você pobre inocente não pôde fazer nada para impedir, não é? - Katniss diz de forma irônica.
– Ela me pegou de surpresa, ta legal? Cacete, eu só estava aqui para ajudá-la como você quis! -É incrível como eu tenho dificuldade de me expressar quando estou nervoso.
– Ah, claro! Eu percebi o quanto você estava a ajudando. Ajudando em várias coisas, inclusive. - Ela continua com seu sarcasmo, me fazendo pela primeira vez detestar essa maldita mania dela.
– Eu só estava tentando começar o assunto, e então ela me beijou, mas eu a afastei em seguida. Aquele porra de beijo não durou nem 5 segundos. - Continuo com minha defesa, revirando os olhos e bufo, enquanto tento fazê-la entender.
– É, não durou mesmo! E porquê? Porque você ouviu minha voz? - Ela levanta uma sobrancelha, e continua com sua voz firme e ríspida.
–Não, Katniss! Não foi por isso! - Começo e ela ameaça a voltar a andar, então seguro seu braço impedindo que ela saia. - Você quer saber porque me afastei? Foi porque isso nunca deveria ter acontecido. Foi porque eu não queria beijá-la. E eu disse isso para ela. Eu fugi do seu plano, mas foda-se! Contei que sabia do que ela fez com você e que queria denunciá-la, e só não o fiz porque você não deixou. Contei sobre sua tese da doença e que estava ali pois você me convenceu que deveríamos ajudá-la. E depois disse o quanto eu estava com raiva e arrependido de ter feito isso, e a expulsei da minha vida de uma vez por todas. Disse que ela fez com que isso acontecesse, que ela não passa de uma maluca obsessiva que eu sempre tive pena, por isso ainda dei a ela minha amizade. E que nem isso eu faria mais, porque eu cansei. Falei pra ela ir embora, me deixar em paz e parar com essa paixão platônica idiota por mim, porque não importa o tempo que passe, eu nunca corresponderia o sentimento dela, porque... - Falo tudo de uma vez, mas paro antes de concluir, incerto se devo mesmo falar isso agora.
– Por que? - Ela pergunta em um sussurro, me incentivando a terminar.
– Porque eu te amo, Katniss! - Termino, em uma voz tão baixa que eu mesmo mal ouço. Desvio o olhar por um momento, fechando os olhos e dando um longo suspiro. Quando volto a encarar a mulher em minha frente, encontro uma expressão de surpresa em seu rosto e um brilho diferente no cinza de seus olhos.
– Você... me ama? - A morena pergunta, como se apenas quisesse ter certeza de que foi isso que ouviu.
– Mais do que um dia eu pensei que pudesse amar alguém! - Admito isso até para mim mesmo, assustado com esse sentimento tão intenso e imenso. Ela me analisa por alguns segundos, que parecem mais uma eternidade por causa da falta de resposta à minha declaração.
– Tudo bem! - É o que ela diz, antes de me beijar.
Nossos lábios se chocam e logo sinto sua língua pedindo passagem. É inacreditável o encaixe perfeito que nossas bocas fazem. Agarro sua cintura com força, com medo de que ela pudesse mudar de ideia. Katniss coloca suas mãos em meus cabelos, puxando-os levemente, enquanto sustentamos nosso beijo calmo. Quando vem a falta de ar, afastamos nossos lábios, mas não quebramos o abraço.
– Você me ama? - Pergunto, encarando aquele cinza brilhante de seus olhos, hipnotizado por eles. Ela sorri.
– Amo muito! - Katniss diz, me fazendo abrir um sorriso maior que meu próprio rosto antes de voltar a beijá-la...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Awwwnt. Achei que esse cap ficou tão cute hahaha! Bom, o final né? Kkk.
Sim, eu peguei referência do filme "O lado bom da vida" onde o Pat diz que ama a Tiffany (Personagem da Jenn ♥) e ela diz "Tudo bem" e depois beija ele haha. Amo aquele filme ♥.
Espero que tenham gostado. Comentem e digam o que acharam! Já estamos acabando...
Beijocas e até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Only Exception" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.