" Quero que conte sobre nós para os nossos amigos. "

Grissom congelou por uns segundos sob a mira do olhar sério da mulher a sua frente. Parecia até brincadeira do destino, logo quando ele resolvera dar uma chace para pensar no assunto sua namorada vinha com essa "intimação". Agora tinha que cumprir com sua promessa de consciência.
  
      - Não já tínhamos conversado sobre isso, Sara?
      - Não tente mudar de assunto, Grissom. - Seria dura na queda, dessa vez iria convencê-lo. - Poxa, por que não contamos de uma vez? São nossos amigos e eu prefiro que eles saibam por nós do que descobrirem de uma forma errada. Gil, amor, eles são nossos parceiros, nossa equipe e, eu não sei você, mas são minha família também.
      - Já pensou nas consequências disso? Eu sei que as crianças não falariam, mas as paredes do laboratório tem ouvidos. Já pensou no Ecklie? No que ele pode fazer com sua carreira? - Ele segurava sua mão a fim de acalmá-la.
      - Griss, nós podemos lidar com isso. O Ecklei que vá para o inferno. - Já irritada ela tirou sua mãos das dele, ele sempre vinha com os mesmos argumentos. - Você vai deixar alguém como ele, logo Ecklei, atrapalhar a nossa vida, nossa felicidade?
       
      Ele sentiu suas mãos vazias e logo um calafrio percorreu sua espinha. Um medo enorme de perdê-la havia se instalado em seu peito. Uma agonia começava a perturbá-lo. Havia mesmo que brigar com a mulher de sua vida sobre isso? Ela não estaria certa?
     
      - Hey, meu amor, eu não quero que se zangue com isso. Não quero brigar com você. - Ele tentou recuperar a mão de sua amada, em vão.
      - Você não me respondeu. Vai deixar Ecklei atrapalhar nossa vida?
       
       Grissom sabia que ela estava chateada e com razão. Por que ficar escondendo? Eles não estão fazendo nada demais. Eles se amam e Sara, linda como é, jovem como é, não tem que ficar machucando-se com isso.
     
      - Você está certa, meu amor. Me desculpe. Eu não vou deixar nada nem ninguém atrapalhar nossa felicidade. Eu prometo pra você. - Ele enfim segurou a mão dela e deu um beijo na sua pele macia.
      - Você está falando sério?
      - Mais sério impossível. Você tem toda razão em reclamar sobre isso e, além do mais, eu não quero perder você. Você é jovem e linda. Poderia muito bem ser feliz com outro cara mais jovem e que pudesse te dar exatamente o que você quer sem nem hesitar. Eu te amo, Sara. Eu te amo e quero sua felicidade. Amanhã mesmo falar com as crianças.

      Seus olhos estavam levemente marejados. Ela olhou para o lado, não queria que visse-a chorar. Aquela pequena declaração, tão carregada de sentimento a fez pensar no quanto era feliz e no quanto seu namorado era bobo. Pouco tempo depois, após se recuperar ela levantou-se e, lentamente, caminhou até seu namorado.

      - Fique você sabendo, seu bobo.. - Ela sentou em seu colo e acariciou seu rosto macio. - que eu nunca te trocaria por homem nenhum, nem mais velho, nem mais novo. Eu te amo e ninguém do mundo seria capaz de te substituir. Você está no meu coração, Gil. Nada nem ninguém vai te tirar de lá.

      E então, para selar o acordo eles beijaram-se. Um beijo calmo e terno, mas ao mesmo tempo urgente e necessitado, precisavam daquele beijo como para dizer que estavam bem, juntos, unidos e ainda mais fortes.
Precisavam agora pensar em como contar a novidade aos amigos.