Com o sol já invadindo o quarto do casal Grissom acordou, olhou a bela mulher que estava ao seu lado, beijou suas costas nuas e abraçou-a, carinhosamente.

— Amor, nós vamos nos atrasar. - Ela resmungou um "Uhum", puxou sua mão para si e continuaram abraçados.

Depois de um jantar bem sucedido e acertos importantes, Grissom e Sara tiveram uma linda e tórrida noite de amor, se amaram como dois verdadeiros amantes, durante toda a noite palavras cheias de carinho e promessas amorosas foram proferidas e sentidas.

— Anda dorminhoca. Hoje é um grande dia. Ou você desistiu de contar sobre nós?

Ela virou-se para ele e, sorrindo, acariciou seu rosto barbado que tanto amava.

— Eu ainda nem acredito que te convenci.

— Pois acredite por que hoje você vai comigo, vamos entrar juntos e contaremos sobre nós às crianças. - Ele a deu um leve beijo e levantou-se. - Não vamos querer chegar atrasados, não é? Eu estou indo ao banheiro, se quiser me acompanhar..

Ela deu uma gargalhada, sabia que não resistia quando ele a convidava para tomarem banho juntos. Levantou-se e foi em direção ao banheiro.

— Pensei que não íamos chegar atrasados, seu tarado.

Assim como planejado chegaram juntos, porém manteram a distância. Sara ficou com os outros na sala de convivência, meio desconfiada, e Grissom foi até sua sala a fim de acalmar-se e planejar como faria a tal revelação. Ao meio de tanto esforço para concentrar-se e bolar um jeito de falar sobre sua vida íntima, ele escutou uma batida na porta seguida de um par de olhos igualmente azuis ao seus o encarando.

— Posso entrar?

— Claro, entre. Algum problema?

— Problema nenhum. Queria conversar com você. - Ela colocou o celular em cima da mesa. - Mas antes, eu vou dar a chance de você se salvar. Você, por acaso, teria algo a me contar? 

Ele olhou Catherine com uma enorme ponto de interrogação em seu rosto. Mas do que raios ela estaria falando?

— Catherine, eu não sei do que está falando.

— Olha, você não me deu escolhas. Eu prometi a você que ia descobrir o que estava acontecendo com você. Há muitos anos que não vejo você tão alegre, leve e de tão bom humor. E pra isso, meu caro, só tem uma explicação: Está apaixonado.

Grissom escutava tudo com muita atenção, tinha subestimado a amiga, era uma grande CSI e sua melhor amiga, claramente iria notar as mudanças que até ele mesmo notou. Em resposta a todo o discurso da colega ele apenas sorriu.

— Seu safado! Por que não me disse antes? Eu tive que fazer um auê e torcer para que você fosse cego e não visse aquela câmera ali. - Ela apontou para um canto mais escuro da sala. - Eu me arrisquei em cima de uma escada velha pra descobrir o que você poderia ter me dito antes.

— Espera aí. Você instalou uma câmera aqui? Desde quando você me vigia, Catherine?
— Instalei e quero avisar que vi seus amaços com ela. Mas não me arrependo, sabe por quê? - Ela sorriu mais leve. - Eu descobri seu caso com a minha amiga e, nossa, eu estou tão feliz por vocês. Só não entendo o porquê de não terem dito antes. Há quanto tempo estão juntos? Já estão perto de se firmarem?

Ele deu um sorriso, dessa vez ainda mais aberto, sua amiga era uma peça. Armara tudo para constatar o que, no fundo, ela já sabia. Dessa vez havia enfrentado tudo de frente e, mesmo não precisando contar tudo, adorou a sensação de compartilhar um segredo tão especial.

Ainda sorrindo, levantou-se, passou seu braço pelas costas dela e disse:

— Agora, minha cara, você vai ter que esperar. Meu plano é contar para todos. Agora vamos que estamos atrasados. O crime não cessa só para nós fofocarmos.