A Testemunha escrita por Dimitri Alves


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde leitores!
Prontos para saber o que vai acontecer com Jordan? Segurem-se em suas cadeiras!



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O balanço era irregular e um vento frio e forte corria-lhe o rosto. Jordan sentia um desconforto em alguns pontos de seu corpo, demorou alguns instantes para perceber que estava deitado em algum lugar. Lentamente ele abriu os olhos e percebeu que estava dentro de um carro em alta velocidade. Ele quis se levantar, mas no mesmo instante que pensou em fazer isso, lembrou que tinha sofrido um ataque momentos atrás.

                Ele tinha descido as escadas para ajudar a advogada que sangrava no chão da garagem. Enquanto ele tentava fazer os primeiros socorros, foi surpreendido por um dos assassinos. Agora ele se encontrava dentro do carro junto com o grupo. Jordan se perguntava o que eles iriam fazer com ele. Seja lá o que fosse ficar ali parado e esperar para ver não parecia a melhor ideia.

                Ainda deitado, Jordan estudou a sua área ao redor. Pode perceber que os bancos da frente estavam ocupados e só havia uma pessoa no banco de trás, fora o próprio. Discretamente olhou para a janela e viu vários vultos, foi necessário alguns segundos para perceber que eram arvores que passavam em alta velocidade. Estou em auto estrada? Questionou-se confuso. Provavelmente iriam matá-lo fora da cena do crime.

                Tenho que fazer alguma coisa...

                Por mais que a ordem fosse clara “não se reagem em assalto ou sequestro”, Jordan não poderia simplesmente esperar para morrer. Era preciso reagir logo. Surpreende-los.

                Com um impulso, Jordan se levantou rapidamente, surpreendendo o homem que estava sentado no banco de trás. O homem tentou reagir, mas não foi rápido o suficiente, Jordan o havia acertado com um soco desconcertado. Virou-se para o lado para abrir a porta, percebendo que ela poderia ser aberta manualmente, mas deteve-se ao ouvir um clique vindo de alguma arma.

                O homem da frente já estava com a arma posta, pronta para atirar em Jordan. Por puro reflexo Jordan agarrou o braço e o empurrou para cima, no mesmo instante em que o homem apertou o gatilho, fazendo um buraco no teto. Jordan bateu o braço do homem contra o banco vário vezes até a arma cair. Quando achou que ia se livrar, o homem que estava no mesmo banco que ele pressionou contra a porta.

                Jordan se via encurralado. Viu quando o homem da frente tentou pegar a arma que estava no chão, mas conseguiu impedir dando alguns chutes em seu rosto, fazendo o homem desacordar. O outro homem, que pressionava seu rosto contra a porta, golpeou lhe com vários murros, deixando- o zonzo. Usando a pouca força que tinha, Jordan o empurrou com o ombro, fazendo o homem cair para o lado batendo a cabeça contra o vidro.

                Aproveitando esse curto espaço de tempo, Jordan virou-se e destravou a porta, chegou a abrir, mas foi impedido de se jogar do carro. Era uma tentativa de fuga arriscada, mas a probabilidade de sobreviver dali era bem maior. O homem puxou pela cintura e o virou para cima, deixando Jordan preso entre as suas pernas. O assassino deixou Jordan do ombro pra cima fora do carro.

                 O vento frio da noite fez Jordan perder levemente a sensibilidade de seu rosto. Tentou se desvencilhar daquela posição, mas o homem o prendeu muito bem. Enquanto tentava golpeá-lo, Jordan percebeu que o caminho pela frente estava livre e que um carro, a poucos metros, estava atrás deles.

                Percebendo o que tinha em mãos o motorista do carro deu uma freada bruta no carro, a fim de decapitar Jordan ali mesmo. Não era o jeito discreto que queriam matá-lo, mas ele estava causando muitos problemas. Jordan percebeu a freada bruta e a aproximação rápida do carro que vinha logo atrás. Com a força que tinha, impulsionou o corpo para frente, sentindo o carro passar nas suas costas por pouco.

                A porta do carro foi levada com violência e, devido à freada inesperada, o homem perdeu a força nas pernas, na qual prendia Jordan. Com o resto de adrenalina que sobrava no corpo e aproveitando a parada do carro, Jordan conseguiu se desvencilhar do homem e cair no asfalto húmido. Desajeitado, ele se levantou e correu como pode.

                - Volte aqui! – gritou um dos homens.

                Jordan não ousou olhar para trás. Pode ouvir também os gritos do outro motorista, que arrancou a porta do carro. Tiros foram disparados, mas nenhum dos disparos o atingiu, apenas se importou em correr em direção aos arbustos.

                Dentro da mata, ao invés de correr para dentro, preferiu correr paralelo à pista na direção o posta que vinham. Jordan viu os homens entrando na mata, mas eles não tinham visto a direção que ele tinha corrido. Ambos os homens carregavam uma arma e apontavam para o meio da escuridão, prontos para atirar no primeiro barulho suspeito que ouvissem.

                Cansado, escondeu-se atrás de uma arvore e observava os homens explorando a área onde julgavam onde ele poderia estar. Passando-se vários minutos, viu um carro se aproximando da beira da pista. Eles olharam pela ultima vez, ainda a pontando as armas e entraram no carro. Mesmo depois de terem ido embora, preferiu ficar ali, esperando alguns minutos de segurança.

                Levantando-se, Jordan começou a andar e sentia as dores no seu corpo. Sentia as suas pernas cansadas e a preocupação martelando a sua cabeça. A imagem da advogada estendida no chão o deixava muito preocupado, apesar de suas desavenças com a moradora, ele era medico e preservava a vida de qualquer pessoa.

                Olhou para um lado e para outro a espera que algum carro passasse, mas a estrada estava vazia. Sem opções ele começou a andar na direção que o carro anteriormente vinha.


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