Breazin escrita por Hina


Capítulo 9
Capítulo 9




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Quando acordou no dia seguinte, Elliot saiu do quarto com a pretensão de passar a manhã praticando no estande de tiro. Contudo, antes mesmo de sair do alojamento, surpreendeu-se ao encontrar Kaster caminhando de um lado para o outro no corredor, o telefone no ouvido. Assim que viu o menor, ele baixou o aparelho e foi em sua direção.

— Elliot.- Cumprimentou com um aceno. Seu tom era calmo, era Kaster afinal, mas a tensão era visível em sua postura. Algo estava errado.- Você por acaso viu o Hans ontem? Ou o Cordélio?

— Não.- O loiro respondeu. Ele repassou rapidamente em sua cabeça as últimas vezes que se encontrara com um dos dois.- Eles saíram para beber anteontem. Ainda não voltaram?- Havia uma censura clara na última pergunta e na forma como os olhos negros se estreitaram.

Kaster balançou a cabeça.

— Eles não atendem o celular, nenhum dos dois. Não voltaram para o quartel noite passada. Ninguém os viu

Elliot franziu o cenho. Poucas vezes vira Konrad tão nervoso. Por mais que aquilo realmente fosse estranho, não era motivo para tanta preocupação. A menos que ele não estivesse contando alguma coisa.

— O que está acontecendo?

— Como?

— Por que você acha que eles se meteram em problemas?

Por um instante Konrad pareceu surpreso. Então seu rosto suavizou e ele chamou Dante para seu quarto. Uma vez que os dois estavam lá e a porta trancada, ele contou ao loiro o que estivera fazendo nas últimas semanas.

Contou sobre as empresas suspeitas, a metalúrgica Embry, o comércio de chá, a conversa com seu pai e, por fim, o hospital e a descoberta sobre Hans. Com seu poder de síntese, toda a história levou poucos minutos, durante os quais Elliot ouviu atentamente, sem interromper.

— Por que não contou isso antes?- Ele perguntou no fim, automaticamente. Não era uma acusação, ou ao menos ele tentou fazer com que não parecesse uma.

— Eu só percebi como era importante ontem, quando soube que o Hans e a Miria foram àquele hospital. Sinto muito, deveria ter feito isso antes. Mas agora, precisamos nos concentrar no que faremos.

Dante assentiu. Ele próprio já estava pensando no próximo passo.

— Esse grupo, da metalúrgica. O que acha que estão planejando?

— Ainda não estou certo. Algum tipo de arma química, talvez. Eles são cuidadosos, eu não descobri o suficiente.

— Se eles foram atrás do Hans e do Cody.- Elliot começou com calma, analisando os fatos.- Ou os dois fugiram, ou foram sequestrados, ou estão mortos. Precisamos avisar os superiores, mas primeiro precisamos de um porquê. O que essas pessoas poderiam querer com eles?

Konrad não respondeu a princípio, ponderando a questão. E então, no silêncio que dominava o quarto, ele entendeu o motivo.

—-//--

Assim que ouviu o som da porta se fechando, Cordélio abriu os olhos. Ergueu-se de onde seus captores o haviam atirado quando ele fingiu perder a consciência, torcendo para que fossem embora. Deu certo.

Apoiou as mãos algemadas no chão e sentou-se com as costas apoiadas contra a parede. O mais difícil era jogar aquele jogo. Manter a atenção dos homens voltadas para si para evitar que ameaçassem Hans. Com os cortes, socos e chutes ele podia lidar, mas sabia que acabaria contando o que fosse necessário se o amigo corresse risco real.

Tinha acertado. Aquilo era sobre a arma, TF-76. Cordélio sabia que o conhecimento que tinha do projeto o tornaria um alvo. Ele fora avisar sobre e isso e pensou estar pronto para isso.

Obviamente não estava.

Quem quer que fossem esses homens, eles estavam preparados. Conseguiram incapacitar e prender dois tenentes das forças especiais de Rydef. Quando aquela situação acabasse precisava se lembrar de descobrir qual bebida haviam dado a Hans, se fosse alguma droga conhecida o ruivo teria identificado.

Forçou novamente as mãos contra o metal da algemas, sentindo a ardência na pele machucada. Era inútil, ele já tentara isso antes. A única forma de tira-las seria com a chave.

A porta se abriu novamente. Cordélio desviou o rosto com a súbita claridade, e pelos olhos entreabertos avistou o contorno de um homem contra a luz. Não era dos um homens de antes. Hugo, o idiota, ou Victor, o sádico. Cordélio levou um momento para reconhece-lo, e então, quando a porta se fechou e a pouca iluminação restante permitiu que ele distinguisse o tom vinho do cabelo do homem, ele se levantou em um salto.

— Hans!- Ele tropeçou até o amigo.

 Hans não respondeu. Seu rosto estava sério, sem medo. Ele não parecia machucado.

Após um momento observando-o, Cordélio reconheceu aquela expressão.  Era a neutralidade controlada que Hans demonstrava quando se obrigava a fazer algo por mais que a ideia o desagradasse. A expressão que vestia quando ia encontrar seus pais.

Cordélio não gostava daquele olhar. E, dada a situação em que estavam, era um péssimo indicio.

— Você está bem?- Perguntou com cautela e preocupação, pousando as mãos nos ombros do amigo.

Hans afastou-se e passou por ele. Seus olhos miraram o canto da cela, onde um pequeno ponto de vidro brilhante indicava uma câmera. Após um momento, a luz do ponto apagou-se. Só então o ruivo dirigiu-se a Cordélio.

— Nós só temos alguns minutos. É melhor você se sentar.

— Eu estou bem.- O moreno respondeu, ansioso.- O que está acontecendo, Hans? O que eles com você? Eles sabem que você está aqui?

O ruivo não interrompeu a sequência de perguntas. Ao invés disso sua mão vagou para o bolso de sua jaqueta, procurando por algo. Quando ele a retirou, o objeto que segurava fez Cordélio se calar. Uma chave.

— Você conseguiu.- Disse com surpresa, suas íris castanhas verificando rapidamente a câmera. Ainda estava desligada.

Ele deu um passo em direção a Hans, estendendo as algemas feitas do mesmo material que a chave. Porém Hans negou com a cabeça e levantou a mão indicando ao outro que parasse.

— Espere. Ainda não.

— Você escapou. Conseguiu, Hans. Vamos sair daqui o mais rápido possível, antes que notem. Nós podemos fazer isso juntos.

— Eu não vou com você.

O tom do garoto foi cortante. O suficiente para gerar um momento de silêncio em meio à tensão afoita do ambiente.

— O que...

— Eu não vou com você, Cordélio. E você não pode sair daqui agora. Não ainda.- Ele suspirou. Parecia frustrado. Era raro ver Hans daquela forma.

Cordélio continuou em silêncio, encarando-o sem entender. Alguma coisa estava muito errada. Ele sentia-se em um sonho.

Por fim Hans falou.

— É por minha causa que nós estamos aqui. Eu nos trouxe aqui.

— Eu não entendo...

— Eu vou sair do país, Cody. Vou deixar o exército. Dar uma nova vida para a Miria e...- Ele se interrompeu.- Essa é a melhor forma. Eles me procuraram e ofereceram o que eu precisava caso eu concordasse em ajudar a trazê-lo aqui. Ninguém vai saber o que aconteceu, vão presumir que eu sumi, ou que estou morto. Meus pais...- A palavra saiu com dificuldade.- Nunca mais vão me procurar.

Cordélio não se moveu. Ele não falou. Só encarava o amigo.

— Mas esses caras são tolos. Não conhecem os soldados de Rydef. Dante vai chegar em pouco tempo e vai te tirar daqui. Vocês poderão voltar para Rydef e deixar tudo isso para trás.

— Você nos traiu.

Foi tudo o que Cordélio conseguiu dizer. Tudo o que conseguia pensar e tirar das palavras daquele que por anos fora um de seus melhores amigos. Sua voz tremia e havia dor nos olhos castanhos, mais do que Hans se lembrava de já ter visto. O ruivo forçou-se a continuar encarando-o.

— Por que?

— Nós não temos tempo.- Hans falou, sabendo que o outro não iria escutar nada naquele momento.

Cruzou o espaço com passos rápidos e esticou a mão para deixar a chave no fundo do bolso de Cordélio. Este afastou-se do toque como se o queimasse. Hans não reagiu. Após ter certeza que a chave estava segura e escondida, voltou para perto da porta, o mais distante do moreno que a pequena cela permitia.

— Eu direi ao Kaster e ao Dante onde encontrá-lo. Darei o que eles precisam para chegarem aqui.- Disse. E então, após uma pausa, acrescentou.- Essa provavelmente é a última vez que nós veremos, Cody, eu... Assumo a culpa por tudo isso. Aceito ser condenado. É um preço que estou disposto a pagar.

— Hans. Não...

A luz da câmera voltou. Hans encarou o amigo por apenas mais um segundo, antes de dar as costas e partir.

 --//--

Alexis notou que o doutor Suez, Julian, como estava se acostumando a chama-lo, estava mais introspectivo que o normal enquanto voltavam ao quartel após uma pausa para o almoço. Enquanto visitante, Julian tinha autorização para comer no refeitório da unidade, no entanto costumava sair ou pedir as refeições em seu quarto. Para alguém que fora criado em um palácio, realmente devia ser difícil se acostumar à comida do quartel, o loiro imaginava. Ele próprio estranhara no começo.

— No que está pensando?- Perguntou por fim, quando o silêncio já durava tempo demais. Talvez Julian estivesse com alguma ideia para a pesquisa, e nesses casos sua experiência dizia que era sempre melhor compartilhar os pensamentos, especialmente com outro cientista.

— Faz algum tempo que eu não encontro o Elliot.- O moreno respondeu, fugindo à sua expectativa.- Também não faço ideia de onde ele está hoje, ou o que está fazendo.

— Eu o vi mais cedo, de relance. Ele parecia com pressa.- Alex lembrou-se do momento em que o tenente passara correndo por ele no corredor, as pessoas naturalmente se afastando do seu caminho como se Dante tivesse alguma barreira protetora. Lembrava-se também que mais cedo outro membro daquela equipe, Konrad Kaster, viera procura-lo para perguntar se ele sabia onde Cordélio estava. Ele não soubera dizer, e até agora não tinha ideia de onde o amigo se metera. Já fazia mais de um dia que não o via.

Na hora aquilo não parecera nada demais, mas agora uma ansiedade nervosa tomou conta de si. Ele provavelmente estava exagerando, sempre exagerava quando se tratava de Cordélio. Ainda assim, compartilhou os pensamentos com Julian.

— Vamos procura-los.- Julian disse com um tom gentil.

Provavelmente só queria tranquilizá-lo, Alexis pensou, e uma desculpa para ver Dante. Mesmo que se sentisse um pouco tolo, o loiro assentiu e ele e Julian desviaram seu caminho do laboratório para o alojamento dos tenentes. A sala de treinamento ficava no caminho, eram dois possíveis lugares para encontrar Dante ou Kaster.

Não precisaram ir tão longe.

Passavam em frente à entrada do corredor do comando, onde estavam as salas dos oficiais de mais alta patente, quando avistaram os dois, um pouco afastados das portas das salas, no meio do corredor. Kaster falava ao telefone, sua expressão serena ilegível, e Dante encarava o chão com intensidade suficiente para abrir um buraco, o corpo tenso e perfeitamente imóvel. Alex e Julian se aproximaram.

Os olhos negros de Elliot subiram para os dois em um gesto brusco e, no breve segundo em que estiveram voltados para si, Alex sentiu o coração pular uma batida. Era aquele olhar que impedia que as pessoas subestimassem o tenente, apesar de sua aparência. Mesmo os que não conheciam sua reputação.

As íris suavizaram minimamente quando ele reconheceu Julian, e foi para este que se dirigiu primeiro.

— O que foi?

— Boa tarde para você também, Elliot. Como vai?

— Eu não estou com tempo para isso.

— Justamente.- O divertimento deixou a voz do maior.- Está acontecendo alguma coisa, não é? Alexis me contou que estavam procurando pelo Cordélio. E agora, vendo vocês dois aqui, fica óbvio.

Elliot não respondeu de imediato, julgando Julian com o olhar. Queria que ele não fosse tão perspicaz.

— Estamos cuidando disso.

— O Cody está bem?- Alex perguntou antes de sequer pensar nas palavras. Dante virou-se para ele e, pelo quê de empatia que havia nas íris negras, ele devia ter soado realmente desesperado.

Mais do que isso, o vislumbre de preocupação no rosto de Elliot foi suficiente para que soubesse que realmente havia um motivo para se desesperar.

Kaster se aproximou, o telefone na mão e a ligação encerrada. Ele não parecia nenhum pouco alterado e o único indício de que percebera o que se desenrolava ali foi um breve momento de hesitação quando cumprimentou Julian e Alexis.

— A Miria não responde.- Disse com sua voz grave e estável, como o narrador de uma história.- Um soldado foi à cidade procura-la e pedir que viesse aqui.

Hans. Pensou a pequena parte da mente de Alex que não estava concentrada em Cordélio. É claro. Era o único membro daquela equipe que ainda não estava envolvido.

— Por favor, expliquem o que está acontecendo.- Pediu Julian, sério e inquisitivo como Alex jamais havia ouvido.

Os olhares de Konrad e Elliot se cruzaram. O loiro suspirou e fechou as pálpebras com força, apoiando-se na parede e cruzando os braços.

— Nós não sabemos onde Cordélio e Hans estão.- Começou Kaster.- Não há notícias deles há dois dias. Acreditamos que possam ter sido levados por um grupo criminoso.

As palavras caíram como uma bomba no estômago de Alexis.

— O que leva vocês a pensarem assim?- Julian perguntou, para seu alívio. Alex não achava que seria capaz de falar.

Konrad resumiu a história que havia contado a Elliot, e acrescentou o que ocorrera desde que o encontrara. Como deduziram que o ataque a Cordélio e Hans se devia aos testes com a arma TF-76 e que a metalúrgica Embryo devia esconder algum grupo interessado em construir um novo armamento, talvez algo químico considerando as ligações com o hospital e a empresa de chás.

— Contaram isso a mais alguém?

— Acabamos de falar com os superiores.- Elliot respondeu, desencostando da parede, ainda de braços cruzados.- Eles estão analisando o caso, mas não há provas o suficiente para uma investida aberta contra as indústrias. E não temos ideia de onde eles podem estar mantendo os dois.

— Vamos ajudar.- Julian afirmou.

— Não, Julian. Vocês nem deveriam saber sobre isso.

— Por favor, nós... Podemos ajudar com a investigação. E deixar tudo pronto para vocês. Pelo Cody, se ele está em perigo eu não preciso fazer algo...

— Que investigação?

A voz não pertencia a nenhum dos quatro. Vinha do final do corredor. Dannyl estava lá, com roupas de treino, encarando-os.

— O que aconteceu com meu irmão?- Seus olhos cor de caramelo estavam ligeiramente arregalados.

Com um grunhido de frustração, Elliot percorreu o correr a passos largos, segurando o garoto pelo pulso.

— Aqui não é lugar para isso.

Os outros o seguiram enquanto percorria o caminho para fora do prédio. Atravessaram os jardins em silêncio, a estranheza do grupo atraindo a atenção de quem passava por eles. Quando chegaram a um espaço deserto próximo aos muros do quartel, Elliot finalmente parou.

Dannyl afastou-se dele, em alerta. Seu olhar vagava entre os quatro, demorando-se um instante em Julian, que lhe era desconhecido, e fixando-se em Elliot.

Quando seu mestre não aparecera no local e hora combinados para seu treino, o garoto estranhara mas seguira sua rotina. Foi apenas na segunda ausência do loiro que decidira procura-lo. Podia ser algum tipo de teste.

Não esperava escutar que seu irmão estava em perigo.

— Escute, Dannyl.- Dante falou, encarando-o intensamente.- E não faça nada idiota. O seu irmão é um oficial das forças especiais de Breazinder e esta preparado para lidar com esse tipo de situação. Nós não sabemos ainda o que aconteceu, mas ele provavelmente foi sequestrado junto com o Hans.- Dan conhecia Hans. O ruivo era grande amigo de Cordélio. Ele e a esposa já haviam passado o Natal em sua casa.

Elliot continuou falando, mas Dannyl já não o escutava.

— Onde ele está?- Ele cortou o mais velho, coisa que jamais faria em uma situação normal.

Dante estreitou perigosamente os olhos.

— Você não vai atrás dele.

— Ele é meu irmão!

Em sua mente ele via imagens de muitos anos atrás. Quando Cordélio o levara a um parque perto de casa, para ensina-lo a usar a velha bicicleta. Quando voltara para casa na noite da morte do pai deles. Assim que o mais velho passara pela porta, Dannyl se atirara nele e chorara até não aguentar mais. Ele dormira abraçado ao irmão naquela noite.

Parecia fazer tanto tempo e ainda assim eram imagens tão nítidas. Cordélio... Ele sentiu culpa pelos últimos meses em que evitara o irmão. E medo de que jamais fosse revê-lo. Dannyl conhecia os perigos envolvidos em ser um soldado, seu pai morrera servindo ao exército. Mas os últimos anos de relativa calma o deixaram venerável ao terror que lhe era conhecido, de perder alguém que amava.

O aperto súbito e forte das mãos de Dante em seus braços o despertou para o mundo real.

— O que você acha que vai poder fazer? Se tentar ir atrás dele só vai arrumar problemas e nos dar mais trabalho. Além disso, Cordélio ficará pior quando souber que seu irmão idiota se colocou em perigo tentando ajuda-lo.- Sua voz e expressão eram severos e impiedosos. Cada palavra parecia um golpe, especialmente porque eram verdadeiras.- Se tentar se envolver apenas vai tornar tudo mais difícil e piorar a situação para ele.

Dannyl tremia. Ele sabia que Elliot estava certo, mas não podia aceitar aquilo. Não conseguia.

Ele havia amadurecido bem mais rápido que as crianças de sua idade, a vida que tivera o fizera crescer. Era fácil esquecer, mas Dan ainda era uma criança. Sua visão borrou quando as lagrimas encheram seus olhos e ele mordeu a parte interna da boca com força, determinado a não deixa-las cair.

— Tenente Dante...- Alex começou, mas não precisou prosseguir.

O aperto de Elliot afrouxou-se e seu rosto suavizou minimamente.

— Volte para seu treino, Dannyl, e concentre-se na prova. Nós traremos seu irmão de volta e nenhum dos dois ficará satisfeito se você reprovar porque estava preocupado com ele.

Dan abaixou a cabeça. Ele assentiu, embora não concordasse. Precisava ficar sozinho. Deu as costas para o grupo, incapaz de suportar o olhar de pena e preocupação de Alexis. Ao menos Dante não parecia ter pena dele.

Correu para longe, sem pensar para onde iria.

Elliot observou-o se afastar, lutando para esconder as emoções. Uma mão tocou seu ombro com suavidade. Ele não precisava se virar para saber que era Julian.

— Você disse o que ele precisava ouvir.- O moreno falou.

Elliot assentiu, e deixou aquilo para trás. Agora precisava se concentrar no que faria a seguir.


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