POV Silena Vanderbill

Quando deu por volta das 23:50, comecei a despedir dos meus amigos agradecendo pela festa e pego meus presentes saindo em direção ao condomínio , e subo para o 10º andar entrando no meu apartamento. Fecho a porta colocando os presentes em um canto, vou para o meu quarto onde coloco o pijama e tiro a maquiagem, deitando na cama logo em seguida, fecho os olhos pensando nas aulas que iriam começar na prisão vulgo Colégio Guanerei o melhor da região ou seja vai estar cheio de riquinhos mimados, patricinhas e mauricinhos da elite e eu vou ser a excluída, a garota problema , e com esse pensamento adormeço.

Acordo as 7 horas da manhã com o despertador berrando ao som de Pink Floyd a música “Another Brick In The Wall”, desligo e levanto sonolenta indo ao banheiro, onde faço minha higiene, logo que saio pego minha calça jeans escura, uma regata preta e por cima minha camisa xadrez vermelha, preta e azul escura, coloco meu coturno e passo lápis preto nos olhos e um batom claro com brilho nos labíos e vou arrumar minha mochila enquanto organizo meu quarto , depois tomo meu café e coloco o lanche na mochila e saio fechando a porta, entro no elevador e vou para garagem, chegando na subo na moto colocando o capacete e piloto para o Colégio.

Quando chego ao chego ao Colégio estaciono na vaga e desligo a moto descendo dela, tirando o capacete guardando e caminho para a escola e acabo trombando com alguém caindo

– Olha por onde anda seu infeliz, é cego por acaso? - falo antes de olhar em quem eu trombei.

–Desculpa, eu estava meio distraído - diz o cara pegando os fones dele que caiu

– Distraído é pouco, acho que precisa de um...óculos - antes de terminar a frase olha para o serzinho e fico sem palavras porque ele era muito gato, nossa.

–Afiada você em? Mas já me desculpei então estou livre - fala ele sorrindo, e que belo sorriso e estende a mão para me ajudar a levantar

–Acho que...você não deveria ter...tanta certeza que está livre gat...garoto - pego a mão dele para me levantar um pouco sem graça

–Olha, a gatinha não é tão afiada assim - ele ri me olhando e fico entre socar a cara dele ou admirar ele.
–Eu continuo afiada e que você me irritou tanto...que nem estou conseguindo pensar em maneiras de te ...ofender- falo ficando realmente irritada comigo mesma

–Eu te deixei sem palavras? Olha que isso deve ser raro para você - ele sorri e estende a mão- Sou Elliot e você ?

– Você não me deixou sem palavras, eu só estou me controlando para não voar na sua cara e te be….bater- falo ficando com vergonha pelo que iria falar e aperto a mão dele o olhando- Sou Silena, prazer Elliot

Quando ele ia fazer um comentário um furacão rosa aparece na minha frente

–Elli eu to te esperando faz uns 10 minutos, você sabe que eu odeio esperar!- fala uma garota ruiva usando um vestido cor de rosa, um casaco branco com botões de pérola e uma bota de salto cano curto preta.

–Megg eu me atrasei, trombei com uma garota afiada - fala ele sorrindo para mim, e eu sorrio de volta mas percebo antes e fecho a cara

–Você acha que isso é mais importante que eu? Sua irmã?- fala a garota de voz irritante me olhando de cima para baixo com cara de nojo

–Acho que ele prefere isso do que ter que escutar essa sua vozinha irritante- fala para a tal de Megg

–Megan chega né? Já deu o seu showzinho- fala ele pegando o braço dela

–Ainda não terminei - ela tira uma garrafa térmica de lacinhos da bolsa e joga o café com creme em cima de mim- Agora terminei - diz ela sorrindo

–Ah você não fez isso! - falo irritada indo para cima da garota quando alguém me segura mas antes manchar o vestido dela de tinta pisando em uma bisnaga de tinta no chão.

P.O.V David Krupp

Por volta da três da madrugada, saí daquela boate e fui com Lucas de volta para o condomínio. Ao chegarmos no mesmo, nos despedimos na portaria, já que ele é do décimo andar e eu do vigésimo e último. Ao chegar no meu apartamento, logo tomei um banho e deitei na cama adormecendo pouco depois. Quando acordei no dia seguinte com meu despertador tocando, tive que apalpar muito a mesinha de cabeceira pra conseguir encontrar o botão, meus olhos teimavam em permanecerem fechados.

– Jesus, nunca mais vou beber mais que três copos. - sussurrei pra mim mesmo enquanto entrava no banheiro.

Depois que saí do banheiro, vesti uma camisa pólo branca, minha calça jeans e um casaco marrom, pois estava frio. Em seguida, arrumei o material na mochila e saí de casa rumo ao colégio, já que era perto e dava pra ir à pé mesmo. Quando passei pela portaria, dei bom dia ao porteiro e segui pra rua rumo ao colégio. Assim que cheguei em frente do colégio, vi Lucas encostado no muro, mexendo no celular.

– Ei amigo. - chamei e ele me olhou.

– Fala David, beleza? - falou apertando minha mão.

– Beleza e você?

– Também, ansioso?

– Um pouco.

Foi nessa hora que ouvimos o sinal tocar. Éramos para entrar na escola. Fomos juntos para o pátio quando vimos uma garota ruiva conversando com a garota da boate. No começo tava tudo de boa, eu iria passar por elas sem problema, mas quando vi a ruiva jogar café nela, eu logo corri na direção delas porque sabia que ia dar confusão. Então fui até a loira da boate e a segurei enquanto Lucas segurou a ruiva que já ia pra cima dela também, enquanto todos olhavam pra nós.

– Ora, seu idiota, me sujou toda! - gritou a ruiva, foi quando notei que Lucas havia pisado numa bisnaga de tinta e sujado a roupa dela. Sorri, bem feito.

– Desculpa, não vi essa bisnaga aqui! - se desculpou Lucas.

– Mentira, você viu que eu iria partir pra cima dela e a defendeu! - gritou ela.

– Eu? Mal conheço essa garota! - falou Lucas.

– Chega Megan, vamos! - gritou o garoto ao lado dela - Desculpem-me, ela às vezes é meio infantil assim mesmo.

– Sem problema. - respondi tentando parecer educado.

– Você está bem? - perguntou Lucas.

– Se eu tô bem? Logo no meu primeiro dia de aula eu me envolvo numa confusão, termino com minha roupa toda suja porque vocês me impediram de brigar com ela e ainda perguntam se eu tô bem? Façam-me o favor. - resmungou a loira caminhando pro banheiro.

Apenas dei de ombros e Lucas fez o mesmo, então seguimos para nossa sala, já que apesar de toda a confusão, saímos bem, sem levar bronca nem nada. É chato pra caramba arrumar confusão no primeiro dia de aula. Passei na sala da diretora, ela deu o papel com a sala e o horário das aulas e então entrei. Vi duas cadeiras vazias no canto, ao lado da janela, sentei em uma e Lucas sentou atrás de mim. Mal eu havia sentado e vi a loira entrar na sala já com a roupa seca e os cabelos um pouco molhados. Sentou-se numa cadeira vazia no meio da sala e eu percorri os olhos pela mesma. Próxima de nós, tinha a garota ruiva fuzilando a loira com o olhar, mas ela não notou, enquanto que o garoto estava lá atrás dela esperando a aula começar.

P.O.V Lucas Carter

Depois que voltei pra casa, lembrei que teria aula no dia seguinte. Suspirei, não devia ter ficado até tarde naquela boate, mas o papo estava tão bom, acabei me empolgando. Mesmo sonolento, consegui acordar a tempo de ir pro colégio. Cheguei na portaria, o táxi foi me pegar em frente de casa e me deixou na porta do colégio. Quando saí, vi que ainda faltavam alguns minutos para os portões abrirem e decidi esperar do lado de fora.

Estava distraído com meus fones quando ouvi David me chamar. Assim que chegamos no pátio, vimos um garoto com uma loira e uma ruiva. Elas pareciam discutir feio, mas ao perceber que elas estavam prestes a sair no tapa, David e eu saímos correndo na direção delas e eu segurei a ruiva enquanto ele segurou a loira, foi aí que reconheci: era a garota loira que estava na boate comigo e com David. Céus, agora ela vai estudar com a gente? Ficará nos atormentando pro resto do ano? Mas não liguei e simplesmente separei as duas levando a ruiva pra longe dela, até que senti alguma coisa no meu pé estourar. Olhei pra baixo e vi uma bisnaga de tinta.

– Ora, seu idiota, me sujou toda! - gritou a garota ruiva quando eu a sujei com tinta.

– Mentira, você viu que eu iria partir pra cima dela e a defendeu! - gritou ela.

– Eu? Mal conheço essa garota! - justifiquei.

– Chega Megan, vamos! - gritou o garoto ao lado dela - Desculpem-me, ela às vezes é meio infantil assim mesmo.

– Sem problema. - respondeu David

– Você está bem? - perguntei.

– Se eu tô bem? Logo no meu primeiro dia de aula eu me envolvo numa confusão, termino com minha roupa toda suja porque vocês me impediram de brigar com ela e ainda perguntam se eu tô bem? Façam-me o favor. - resmungou a loira caminhando pro banheiro.

Enquanto ela ia pro banheiro, olhei David e ele deu de ombros, assim como eu. Então entramos na sala de aula e me sentei atrás do David. A aula foi até legal, de certo modo, tirando aquela confusão na entrada, que parecia que ia passar despercebida pelas pessoas, inclusive a diretora, estava tudo bem. O tempo passou e o recreio chegou logo depois. Quando chegamos no pátio, pude ver a loira sentada num canto e decidi sentar em um lugar vazio. David sentou comigo e fomos comendo tranquilamente até que vi novamente a mesma garota ruiva caindo no chão. Levantei rapidamente e fui até ela, quando vi, a mesma loira de antes ria.

– Revanche sua idiota! - gritou a loira, rindo.

– Ah é? Então toma essa! - gritou a ruiva, pegando um copo de suco e despejando todo em cima da loira.

– Vadia, vai ter troco! - gritou a loira pegando o ketchup e jogando bem na direção da garota, pegou no cabelo dela, o que me fez rir, porque ela já era ruiva e agora vai ficar mais ainda. A loira não desistiu e pegou um sanduíche e jogou em cima dela, a ruiva a puxou pelos cabelos e a jogou no chão quase a estapeando, mas David e eu fomos separar as duas, porém, era tarde demais, todo mundo estava jogando comida um no outro e nós acabamos entrando nessa, claro que não jogávamos nos outros, mas levamos muita comida no corpo, jogavam em nós e tentávamos revidar. Eu já estava com a roupa toda suja quando de repente, tudo parou, e a inspetora apareceu.

– Muito bem, quem é o responsável por isso? - perguntou a inspetora, furiosa, a loira e a ruiva apontaram uma pra outra, mas o resto ficou calado. Isso não convenceu a inspetora.

– Eu sei quem foi, vocês aí, pra minha sala, agora! - disse a diretora, entrando no lugar do recreio, ela apontou pra mim, para David, para o irmão da ruiva, pra própria ruiva e pra loira. Acho que na confusão, o irmão da ruiva decidiu apartar também, mas teve o mesmo destino que nós. Enquanto ela se afastava indo pra diretoria nos olhando, me levantei devagar e engoli em seco, olhei David, ele ia cabisbaixo para a diretoria, estávamos bem sujos e melados, mas com certeza poderíamos resolver isso, só queria escapar de lá sem punição.