When The Men Loves a Woman escrita por Gabriel Lucena, Caçadora Literaria


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, desculpem a demora, mas estávamos em provas e o tempo muito corrido, mas agora estamos de férias e postaremos mais rápido. Era a Caçadora quem postaria esse capítulo, mas devido à problemas, eu Gabriel quem postarei.

OBS: Esse capítulo tem duas partes, essa é a primeira.

P.S: O nome da música do capítulo é Cool Girl - Tove Lo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/703755/chapter/19

POV Silena Vanderbill

Estava caminhando pela cidade quando chego em um lugar cheio de pessoas que conhecia até que vejo Elliot agarrando a mesma menina daquele dia e todo mundo apontando para mim e rindo apontando para mim inclusive meus amigos até que eu acordo em um sobressalto me encolhendo sentada na cama chorando.

—Lena, o que houve? - pergunta D me abraçando.

—Lena? Tudo bem? - sussurra Lucas, sonolento.

—Ela parece bem Lucas? - sussurra D me apertando.

—Só pergunta por reflexo. Calma Lena. - sussurra Luca e sinto ele me abraçar também.

—Desculpa por acordar vocês, foi só um pesadelo nada de mais…- falo secando as lágrimas.

—Eu bem que desconfiei que pudesse ser isso. - diz Luca.

—Conte-nos como foi. - pede David acariciando meu rosto.

—Não quero falar sobre isso, vou tomar banho… - falo me levantando da cama, abro o armário e pego uma roupa qualquer entrando no banheiro do quarto trancando.

—Ok, esperamos você na cozinha. - diz D antes que eu entre no banheiro.

Tomo meu banho escutando eles irem para cozinha e deixo as lágrimas lavarem meu rosto junto com a água, não sabia que iria doer tanto isso, essa sensação de que eu não valho nada não me abandona, eu não podia ficar assim, isso só os preocuparia mais, então fiz uma promessa a mim mesma, não iria derramar uma lágrima sequer perto deles, quando termino me seco visto uma calça jeans skkiny preta, um moletom com o escrito “Stranger Things”, um All Star vermelho e vou para cozinha com o cabelo preso em um rabo de cavalo.

—Oi Lena. Espero que goste. - sorri Luca sentado na mesa.

—Fiz com carinho pra te animar viu? - sorri D servindo os pratos.

—Oi, obrigada gente, vai me animar sim - sorrio forçado sentando na mesa e sirvo o café começando a comer.

—Acho que mais tarde poderemos iniciar nossa vingança. - diz Luca.

—Com certeza. - assente D.

—Pode ser, depois da escola né? Lá eu vou começar o vídeo - digo comendo.

—Sim, isso mesmo. Você tem câmera ou quer que a gente te empreste? - pergunta D.

—Eu tenho, já tá na mochila - digo bebendo o café.

—Ótimo, quero ver como ele vai enfiar a cara dele num buraco depois. E temos que compor uma música. - diz Luca.

—Eu tenho uma, só falta terminar - digo ao terminar e limpar a boca.

—A gente te ajuda. - fala D limpando a boca terminando de comer.

—Tudo bem, vamos indo - levanto com meu prato o xícara e lavo na cozinha.

—Vamos. - sorri Luca se levantando e logo lavamos tudo o que sujamos.

Assim que saio do apartamento eles vão para os deles para se arrumarem para a escola enquanto eu caminho para mesma absorta em meus pensamentos, não queria encontrar Elliot quando chegasse na escola, ficaria fugindo dele o tempo todo, então quando chego vou no meu armário e suspiro vendo a foto de nós dois colada ali, simplesmente a pego e rasgo e seguro para jogar no lixo e coloco meu material na mochila.

—Chegamos Lena. - fala D surgindo do meu lado.

—Encontrou ele? - pergunta Luca.

—Não e nem quero por enquanto, preciso de aula para ocupar minha cabeça com outra coisa - suspiro fechando o armário e jogo os pedaços da foto no lixo.

—Então vamos juntos, não vamos deixar que você o encontre. - diz D entrelaçando seu braço com o meu.

—Se bem que seria engraçado ela dando uma bofetada nele. - ri Luca entrelaçando seu braço no meu outro braço.

—Ia ser mais que isso D - falo indo para sala com eles.

—Calma, vai dar tudo certo. - fala D chegando na sala com a gente.

Olho eles e sorrio fraco, eu tinha muita sorte por ter eles do meu lado ainda, acho que sem eles estaria deitada naquele sofá em meio as lágrimas, não queria pensar naquilo agora, então sento no meu lugar de costume que era a última carteira da fila do meio e espero a professora nova de Literatura chegar. Enquanto não chega, os meninos puxam assunto:

—Cara, não consigo parar de pensar naquela cena do Sherlock ontem, eu imaginei ele indo de cipó em cipó parecendo o Tarzan. - ri Luca.

—É, se bem que na selva, acho que realmente você precisa saber como o Tarzan andava se quiser sair de lá. E ele, que é um gênio, logo de cara matou o segredo daquela floresta. - sorri D.

—Verdade. Ah, já sei aonde podemos comprar todas as coisas que usaremos na festa.

—Sério cara? Aonde é?

—Um bazar aqui perto tem, é baratinho, já fui lá uma vez pra olhar.

—Que legal, vamos lá depois da aula então.

—Vamos sim, tem tudo pra dar certo, sei que a Lena vai caprichar. E também temos que treinar os golpes de luta né?

—Sim, também, mas isso não é difícil, vai ser moleza. - riem.

Escuto a conversa deles tentando me contaminar com aquela energia mas era meio que impossível nesse momento, até que a professora nova chega, ela era muito bonita tinha cabelos ruivos curtos, olhos verdes e usava um longo vestido florido alegre e uma sapatilha, ela tinha um sorriso no rosto bem animado.

—Bom dia alunos, eu sou a nova professora de Literatura, me chamo Taís e gostaria que se apresentassem - diz ela sorrindo.

—Oi professora, eu sou David. - sorri D levantando a mão.

—Bom dia professora, sou Lucas. - diz Luca.

—É um prazer conhecer vocês David e Lucas - e assim se sucedeu todo o resto da sala até só sobrar eu.

—Oi, eu sou Silena - falo olhando a professora sorridente que nesse momento era o meu completo oposto.

—Prazer Silena!  Hoje eu irei falar com vocês sobre Shakespeare, quero que cada um de vocês escolham um livro dele que era uma peça, leia e traga para mim um resumo sobre a lição que ele queria passar, então venham até minha mesa e peguem um - todos se levantam e pegam um livro, inclusive eu que escolhi Hamlet e sento em meu lugar.

—É individual ou podemos juntar com os amigos professora? - pergunta Luca depois de um tempo.

—Individual Lucas, quero conhecer como cada um de vocês pensa e interpreta - sorri ela para ele.

—Ah sim, tudo bem. - sorri ele assentindo.

Eu fiquei realmente feliz por ter algo com que me preocupar, esse livro ia ocupar minha mente então leio até o sinal tocar e a professora se despedir e marcar a entrega do resumo para semana que vem, depois de dois horários de matemática o sinal do intervalo toca e eu pego a câmera levantando.

—É bonita a câmera Lena, ela é de última geração? - pergunta D.

—Não, ganhei ela ano passado - digo a D

—Ah sim, quer ajuda com o vídeo?

—Se puderem chamar algumas meninas que ele já pegou seria de grande ajuda - falo indo para o refeitório com eles.

—Vai ser difícil porque não sabemos quais meninas aqui ele já pegou, mas podemos tentar. - diz Lucas.

—É fácil Lucas, só precisamos sair por aí perguntando. - fala D.

—Porque não mandam uma mensagem para Megg ou Kath. elas devem saber - falo chegando e indo para fila pegar meu lanche.

—Boa ideia, vamos ver se a Megg já chegou de viagem aí eu mando. - diz Luca.

—E eu vou perguntar pra algumas meninas por aí. - fala D.

—Me encontrem com elas na sala de dança, podemos gravar lá - falo pegando um sanduíche.

—Tá bom, estaremos lá. - fala D beijando minha bochecha e indo para um grupo de garotas que conversavam no pátio.

—Ah sim Lena, ela chegou, vou perguntar por Facetime. - diz Luca.

—Isso, mas vamos em outro lugar - pego meu lanche e puxo Lucas para um canto comigo e sento com ele.

—O que vamos fazer aqui? Teve mais alguma ideia? - pergunta ele

—Uma coisa de cada vez, fala com ela primeiro - digo comendo meu lanche.

—Tá bom. Oi Megg, tudo bem? - ele diz olhando a tela do celular.

—Oi Lucas! Estou ótima e você? - diz ela sorrindo.

—Também estou bem, com saudades! - sorri ele - Como vai aí na Itália?

—Também estou com saudades de você...quer dizer de todos vocêS - dIz ela meio nervosa mas depois volta ao normal - Ah vai perfeitamente bem, está sendo um sonho estar aqui.

—Ah que bom, boa sorte aí viu? A Lena tá aqui, fala com ela. - sorri ele colocando meu rosto de frente pra tela do celular.

—Obrigada...Oi Lena, o que aconteceu? Parece abatida - diz Megg me olhando meio preocupada.

—Nada Megg, fala com o Lucas to meio ocupada agora - viro o celular para Luca novamente voltando a comer.

—Bom Megg, eu e a Lena estamos precisando de sua ajuda. Queríamos saber se você conhece alguma garota aqui que o Elliot já pegou, queremos falar com elas. - diz Luca.

—Isso é fácil ele pegou todas as garotas da escola, das outras escolas apenas uma a Marlee é a favorita dele, sempre a veja lá em casa, mas porque essa coisa agora? - indaga ela curiosa.

—Ah, então não será problema. - ele diz e vira pra mim - Lena, posso contar do plano ou invento uma desculpa? - sussurra ele.

—Pode contar, uma hora ou outra ela irá saber - sussurro de volta.

—Ok. - sussurra ele e volta a olhar o celular - Bom Megg, o que acontece é que a Lena descobriu que Elliot só estava a usando e estamos planejando uma vingança contra ele. Iremos desmascará-lo numa festa, então, precisávamos saber quantas garotas ele já pegou pra fazermos um vídeo, entendeu?

—Entendi tudo agora, pode chamar as minhas amigas também porque ela foram alvos também, diga que é uma propaganda da escola, aí elas vão - diz Megg suspirando.

—Tudo bem Megg, vamos fazer isso aproveitando que ele não veio pro colégio hoje, acho né? Deve ser a chance perfeita.

—Nenhum cara do time foi hoje, estão todos descansando do jogo, conversei com ele ontem - diz ela.

—Ótimo, é melhor que ele fique em casa mesmo, fico feliz que ele pelo menos não irá te maltratar né? - sorri ele.

—Ele não pode me atingir em Milão - ela ri - Mas agora tenho que voltar, o intervalo acabou! Beijos nos falamos mais depois - diz ela desligando.

—Beijos Megg, até depois. - diz Luca desligando - Prontinho Lena.

—Ótimo, vai ajudar o D a chamar as garotas enquanto arrumo as coisas para o vídeo - termino o lanche e sinal para os dois horários livres toca.

—Tá bom, já volto. - ele diz se levantando e saindo de lá. Vou até a sala e arrumo a câmera para começarmos o vídeo e logo após alguns minutos ele e D voltam com várias garotas.

—Estão prontas? - pergunta D.

—Prontíssimas. - responde uma delas, animada.

—Beleza, pode começar a gravar Lena. - diz Luca.

—Ok, então meninas o propósito desse vídeo é falar sobre o Elliot e como ele conquistou cada uma de vocês, aí eu irei falar uma coisa e sejam verdadeiras com a imagem dele depois disso - falo as olhando.

—Tá bom, posso começar? - pergunta uma morena de olhos verdes.

—Claro que pode, se senta nesse banco em frente da câmera e te aviso na hora que começar a gravar. - falo indo para trás da câmera.

—Ok. - ela diz e se senta no banco - Tenho que me apresentar primeiro?

—Não precisa, só fala, não queremos problemas depois - ela assente e ligo a câmera - Gravando..

—Bom, o Elliot me conquistou porque quando o conheci, ele era tão gentil, tão romântico, tão amoroso que era impossível não se apaixonar por ele, não sei como ele foi capaz de tanta falsidade pra cima de mim, como ele conseguia disfarçar tão bem, mas ele sempre conseguiu fingir que me amava muito de um modo que não me deixava desconfiar de nada. Quando eu finalmente tive a minha primeira vez com ele, fiquei feliz, pois havia sido maravilhoso, mas no dia seguinte, assim que eu acordei, ele despedaçou meu coração após dizer que eu já podia ir embora e que não queria mais nada comigo, só ficar mesmo. Isso foi no ano passado e até hoje eu o odeio com todas as minhas forças, um galinha, filho da mãe, idiota, ilusionista. E um aviso pra quem assistir esse vídeo: não caia no papo dele, irá se arrepender como eu me arrependi. - ela diz me deixando impressionada.

—Corta - pauso a gravação - Obrigada, próxima...

—Uau, despejou toda a raiva no vídeo hein? - ri D enquanto a garota se levanta e sai e vem uma outra se sentar no banco.

—O Elliot é o pior homem da face da Terra. Quando eu o conheci, eu não sabia da fama de pegador dele, mas já tinha certeza que ele não prestava, mas ele acabou me conquistando ao realizar meu sonho de ir ao show do Justin Bieber, fingindo que era fã dele. Iludida, eu não resisti ao pedido de namoro que ele me fez no dia seguinte, numa praia. Eu estava tão maravilhada com as atitudes dele que pensei que estava errada sobre o que pensava dele, mas pouco tempo depois ele conseguiu o que queria e no dia seguinte, após ter tido minha primeira vez com ele, era nosso aniversário de um mês de namoro, mas eu tinha ligado pra ele e ele não atendeu. Depois de diversas tentativas mandei mensagens e ele não respondeu, quando fui pessoalmente falar com ele e ver o que estava acontecendo, ele estava com outra garota na cama, a irmã dele sabe e me viu quando saí destroçada da casa dele. No dia seguinte fui tirar satisfações e vi que fora uma péssima ideia, pois ele me contou todo o plano dele sobre mim e me humilhou me chamando de trouxa, porque ele jamais ficaria comigo, que sou isso que sou aquilo e desde então, nunca mais falei com ele. Esse garoto é um idiota, não se iludam com o papo dele, ele é um quebra corações.

Logo depois de vários outros relatos todos gravados falo para todas o que estava acontecendo comigo e qual era o meu plano de vingança com os meninos, não íamos deixar ele sair impune daquela vez, mesmo eu ainda estando arrasada meu ódio por ele só aumentou acho que se o visse iria acabar com ele de uma vez só.

—Me sinto honrada de estar participando do plano de vocês, será ótimo ver a cara dele depois desse vídeo. - diz a última garota que relatou.

—Digo o mesmo, agradeço a todas vocês por terem se aberto assim para três completos estranhos - digo desligando a câmera, já tínhamos acabado essa parte.

—Que isso, precisando é só chamar. - ri outra garota e elas saem beijando a bochecha dos meninos.

—Foi mais fácil que eu esperava. - ri D.

—Verdade, nem parecia difícil desde o começo. - ri Luca.

—Ganharam fãs - falo sobre as meninas terem beijado a bochecha deles juntando as coisas da máquina.

—Relaxa, elas só estavam agradecendo pela oportunidade. - ri D me ajudando.

—É Lena, amanhã elas nem vão mais agir assim. - sorri Luca.

—Duvido muito, mas e agora? Qual é o próximo passo? - os olho depois de guardar tudo com a ajuda de D.

—Bom, agora precisamos passar num bazar pra comprar algumas decorações da festa, aí a gente pode pegar as caixas de som e amplificadores que estão na minha casa e depois fazemos uns salgadinhos e refrigerantes. - diz Luca me olhando.

—A tela que vai aparecer o vídeo podem deixar que eu arrumo. - diz D me olhando.

—Vocês podem olhar isso sem mim? Preciso terminar o vídeo e fazer umas coisas para a nossa festa de humilhação - digo guardando a câmara com uma sensação estranha no peito.

—Claro, pode deixar, aí quando já tivermos tudo que precisamos iremos até sua casa pra mostrar tudo, ok? - pergunta D.

—Ok, estarei esperando vocês - sorrio forçado mas com uma inexplicável vontade de socar as garotas por terem beijado a bochecha deles...isso realmente era estranho.

—Tudo bem Lena, não se preocupe, vai dar tudo certo. - diz Luca pegando minhas mãos, parecia ter sentido meu desconforto.

—Eu sei, confio em vocês, até mais - beijo a bochecha deles e saio da sala caminhando para casa refletindo sobre esses sentimentos estranhos perto dos garotos.

 POV David Krupp

Assim que me despeço de Lena, saio com Lucas até o bazar que ele havia falado.

—Esse bazar fica muito longe? - pergunto caminhando com ele.

—Que nada cara, é logo ali na esquina ó. - ele aponta para o bazar e entramos nele.

—Nossa, tem cada coisa legal. - digo olhando os itens pra festa que tinha lá.

—Verdade, olha aqui essa pulseira, vou levar. - ele diz olhando um pacote de pulseiras luminosas.

—E eu vou levar essas luminárias de neon aqui. - rio pegando dois.

Depois de termos comprado uns painéis, caixas de sons pequenas, levamos tudo e fomos até a casa de Lucas para testar se estava tudo funcionando bem.

—Porque né, vai que a gente não testa e na hora da festa isso não pega? - diz ele entrando em casa.

—Verdade cara, fez bem. - digo entrando com ele.

Testamos a bola de cristal cheia de bolas coloridas e ela funcionou, os painéis também, tudo estava saindo bem como o planejado.

—Cara, você reparou numa coisa? - pergunto. 

—Que coisa? - diz Lucas.

—É que a Lena pareceu tão feliz depois que terminou o vídeo, mas assim que as meninas saíram, ela pareceu de humor mudado.

—Verdade, acho que ela ficou com ciúmes das meninas pelo beijo na bochecha que elas nos deram.

—Será que isso significa alguma coisa?

—Pode ser que sim, vamos ver né?

—É mesmo, engraçado que as coisas mudam bem depressa né?

—Com certeza. Agora vou encomendar tudo.

—Sim, só vê se não vamos encomendar bebidas alcoólicas. - peço.

—Claro que não, a gente quer se vingar do Elliot, mas assim não vai dar certo nunca. - ele ri pegando o telefone. Depois de encomendarmos tudo, eu sorrio.

—Bom, agora temos que esperar chegar no dia da festa pra preparar tudo, aí é só convidar.

—É mesmo, agora só está faltando nossos golpes né? Ainda não temos noção de como se luta.

—Sim, mas… estou meio preocupado com a Lena, será que ela vai ficar bem? - coço a nuca.

—Claro que vai. Bom, a gente pode ir lá no apartamento dela depois que voltarmos, mas a festa é em pouco tempo, não vai ter como irmos praticar no dia.

—Tá, então vamos.

Saímos de lá indo para o local onde dava aulas de luta, o cara era super simpático e nos ajudou a treinar bastante.

—Ufa, conseguimos bons golpes? - pergunto após duas horas de treino.

—Claro. Bom, como vocês só queriam aprender o básico, ensinei os golpes mais fortes e mais simples para vocês, irão se defender e golpear o cara muito bem. - diz o treinador.

—Ah sim, valeu treinador. - diz Lucas e saímos acenando.

No caminho, decidimos ir visitar Lena, quem sabe ela não estava precisando da gente? Entramos no elevador e subimos até a porta dela tocando a campainha.

—Quem é? - pergunta Lena do lado de dentro do apartamento.

—Nós Lena. Podemos entrar? - pergunta Lucas.

—Nós quem? Lucas e David? - pergunta ela se aproximando da porta.

—Sim, nós dissemos que íamos vir, não reconhece nossa voz? - pergunto confuso.

 –Desculpa, tava no banheiro… - ela abre a porta de roupão sem nos olhar - Entrem logo.

 Assentimos e entramos.

—Desculpa atrapalhar você, tínhamos que ter mandado mensagem avisando. - diz Lucas.

—O celular descarregou, mas e aí? Como foi no bazar - ela fecha a porta ainda sem nos olhar.

—Foi bem, conseguimos comprar tudo que foi preciso para a festa. - diz ele se sentando no sofá.

—Tá tudo bem Lena? - pergunto a olhando.

—Tá sim, eu já volto - fala ela indo para o quarto rapidamente.

—Eu hein, viu como ela tá estranha? - pergunto pra Lucas.

—Vi, ela atendeu a porta sem nos olhar, quis que a gente entrasse rápido, depois falou com a gente sem nos olhar e essa ida rápida pro quarto, tem algo errado. - diz ele.

—Bom, acho que ela quis ir rápido no quarto pra colocar uma roupa né? Agora o resto não sei.

—Bom, vamos esperar ela então. - ele diz e eu assinto sentando do lado dele esperando ela.

—Desculpem, tava com vergonha de algum vizinho me ver de roupão - fala Lena voltando de legging e uma camiseta comprida do Sherlock.

—De boa Lena, senta aqui. - falo apontando para o espaço vazio no meio do sofá.

—Ok...eu vou sentar - fala ela que senta no meio.

—Bom, já compramos tudo o que precisávamos pra festa, os painéis, os neons, tudo. Agora a comida e as bebidas encomendamos para o dia da festa, é só esperar, acho que agora, tá faltando a música ser finalizada. - falo.

—Eu já finalizei o vídeo, a música e fiz a playlist da festa - ela fala nos olhando rapidamente.

—Seria pedir muito pedir para darmos uma olhada na sua parte do vídeo? - pergunta Lucas.

—Ahn...não podem ver, está ali no notebook - aponta ela para o mesmo em cima da mesa.

—Beleza. - falo e pego o notebook dando play no vídeo.

 Assim que termina o vídeo, sorrio e abraço ela de lado.

—Adorei o seu discurso Lena! - falo sorrindo.

—Eu também, mandou bem. - sorri Lucas.

—Nem foi para tanto, só falei o que sinto em relação a ele - ela me abraça de volta.

—Acho que você será a única garota do mundo que ele não conseguiu pegar. - sorrio.

—Isso porque ela descobriu antes né? - ri Lucas.

—Ah mas mesmo sem descobrir eu ia enrolar ele, não ia para cama com ele tão fácil - ela ri fraco.

—Esquece isso agora tá Lena? Isso só vai te abalar mais ainda. - acaricio seus cabelos.

—Se quiser, podemos cuidar de você esta noite. - diz Lucas.

—Eu to melhorando, não precisam ficar aqui para cuidarem de mim, só de virem aqui me alegram - ela sorri fraco.

—Que bom, saber que você está melhor também nos alegra. - sorrio e beijo sua bochecha.

—Temos que tomar cuidado pra não esbarrar com o Elliot na escola amanhã. - diz Lucas beijando a outra bochecha dela.

—Pode ter certeza que farei de tudo para não o ver amanhã - diz Lena nos olhando.

—Tudo bem, a gente acredita que você consegue. - sorrio.

—E deixa que nós vamos anunciar a festa pra ele tá? - diz Lucas.

—Ok, obrigada meninos, e quais foram os planejamentos? - ela nos olha.

—A gente vai colocar tudo lá no terraço do condomínio. Iremos enfeitar com caixas de som bem altas, aquelas bolas de luzes coloridas também e ainda um palco será montado para a gente tocar junto com a televisão que passará o vídeo, que será a minha tv lá de casa. - falo.

—Não seria melhor usar um telão? Acho que seria bem melhor, eu tenho um - fala ela.

—Tem? Cadê? - pergunta Lucas.

—Tá guardada na sala de instrumentos - diz ela apontando para uma porta.

 

—Podemos ir lá? - pergunto e ela assente.

Vou com Lucas até a sala e abro a porta, quando vejo o telão, sorrio e Lucas sorri.

—Legal, vai servir direitinho. - diz Lucas.

—Vai mesmo, é assim que precisamos, valeu mesmo Lena, vamos usar ele. - sorrio a olhando.

—De nada, querem chocolate quente? - pergunta ela se levantando do sofá.

—Eu quero. - sorrio.

—Eu também. - diz Lucas sorrindo.

—Eu vou lá fazer e já volto, podem ligar a TV se quiserem - diz ela apontando para o controle indo para cozinha.

—Ok Lena, obrigado. - sorrio e coloco num filme de aventura qualquer e Lucas se senta do meu lado vendo o filme.

Alguns minutos depois Lena volta com três canecas e entrega uma para eu e Lucas e senta no outro sofá com a dela se encolhendo.

—Está uma delícia Lena. - falo vendo ela se encolhendo no sofá um pouco preocupado.

—Que bom que gostou, tá frio não tá? A porta da varanda está fechada? - ela me pergunta.

—Frio? Eu tô sentindo calor. - diz Lucas.

—Eu também, não um frio infernal, mas também não tá frio. - franzo a testa.

—Ah...vou checar a porta - diz ela colocando o chocolate na mesa de centro indo até a porta da varanda.

—Tá aberta? - pergunto um pouco alto pra ela ouvir.

—Não, tá fechada - fala ela voltando e sentando no mesmo lugar tomando o chocolate quente encolhida.

—Que estranho, espera aí, vou pegar um termômetro. - falo me levantando e Lucas cobre Lena com um cobertor.

—David, vem rápido, a Lena parece estar com febre. - diz Lucas pondo a mão na testa de Lena.

—Então ela está gripada? - pergunto colocando o termômetro nela.

—Não sei, mas isso é uma hipótese. - ele diz e eu confiro o termômetro.

—Quantos graus eu estou? - ela nos olha.

—Trinta e sete e meio. - falo olhando o termômetro.

—Então ela tá gripada mesmo David. - fala Lucas meio desesperado.

—Não estou não Luca, estou em estado febril só isso, deve ser só o cansaço emocional, físico e mental - fala Lena tentando nos acalmar.

—Lena, não precisa fingir que está bem só para não nos preocupar, a gente sabe o quanto está abalada. A gente sabe o que fazer, Lucas, pega um pano e põe água nele. - peço.

—Pode deixar. - diz Lucas indo pra cozinha.

—Meu pai fala que esse grau é estado febril, não febre - toma ela o chocolate.

—E qual é o grau de febre? - pergunto tomando o meu chocolate.

—38 para cima - ela diz terminando o chocolate.

—Bom, mas é melhor nos prepararmos antes que piore né?

—Mas é só uma febre passageira, não vai progredir - diz ela.  

—Tomara que sim. - digo e vejo Lucas voltar com a toalha molhada.

—Aqui o pano com água. - diz ele estendendo a toalha pra mim e bebendo o chocolate.

—Pra que isso? Eu já disse que estou bem - fala ela.

—Tá bom Lena, só estamos preocupados mesmo assim, afinal somos seus amigos. - diz Lucas se sentando do seu lado.

—Eu sei, mas para colocar o pano na minha testa eu tenho que estar deitada não? - diz ela suspirando.

—Ah sim, quer que eu te deite na cama ou aqui no sofá mesmo? - pergunto e Lucas me olha confuso.

—Aqui tá frio, vou para o meu quarto - fala ela tremendo indo para o quarto e Lucas e eu seguimos ela. Assim que ela deita na cama eu coloco a toalha na testa dela e Lucas novamente mede a temperatura dela com o termômetro. Assim que ele tira, o olho.

—E aí? - pergunto.

—Trinta e oito, aumentou um pouco e isso é febre. - diz Lucas.

—Viu? Eu disse que podia aumentar, vamos cuidar de você tá Lena? - falo a olhando.

—Mesmo eu estando ótima tudo bem, podem cuidar - fala ela se encolhendo. 

—Você não está mesmo se sentindo mal? - pergunta Lucas franzindo a testa.

—Não, só com muito frio - diz ela normalmente.

—Tá bom, espera aí. - cubro ela e deito ao seu lado na cama.

—Bom Lena, acho que teremos que adiar a festa né? Porque com você gripada assim, pode ter que adiar um pouco. - diz Lucas.

—Eu não estou gripada, me recuso a adiar a festa - fala ela categórica.

—Ok, mas mesmo não adiando a festa, eu posso cuidar de tudo sozinho, então o David cuida de você enquanto eu arrumo tudo, que tal? - ele diz e olho Lena. 

—Tudo bem, não me importo - fala ela nos olhando.

—Tá bom, vamos assistir TV enquanto isso.. - falo bebendo o resto do meu chocolate.

—Luca, pega minha maleta dentro do banheiro e um copo de água por favor - ela pede a Lucas.

—Pego sim, volto já. - diz Lucas saindo indo pro banheiro e depois volta indo para a cozinha voltando depois com o copo de água entregando o copo para mim e a maleta pra ela.

—Muito obrigada - ela beija a bochecha dele e tira um remédio da maleta, pega um comprimido depois o copo e toma fechando a maleta e colocando o copo na mesinha de cabeceira. Pego a maleta e Lucas pega o copo, guardo a maleta no banheiro e volto para o quarto.

—Quer que eu desligue a luz Lena? - pergunto.

—Se quiser pode, mas eu vou adormecer independente disso, o remédio dá sono - diz ela.

—Tá bom, acredita que eu não consigo dormir com a luz do quarto acesa? - rio.

—E eu consigo, mas quando era pequeno tinha medo do escuro. - ri Lucas voltando ao quarto.

—Eu gosto do escuro, ele dá uma sensação aconchegante - diz Lena sonolenta.

—Tá bom Lena, vou pro meu apartamento organizar as coisas tá? Melhoras. - diz ele beijando a testa de Lena e eu aperto a mão dele.

—Boa sorte amigo. - falo me deitando ao lado de Lena.

—Valeu, cuida dela. - ele pede saindo e cubro Lena abraçando ela.

—Seu abraço é quentinho - ri ela meio grogue. 

—Gostou? - sorrio meio corado.

—Sim, parece que to sendo abraçada por uma nuvem de cobertor - ela ri bocejando.

—Não sabia que isso existia. Nossa, como é rápido o efeito do remédio. - rio e beijo a testa dela também a abraçando mais forte.

—Eu posso falar coisas sem sentido por causa do remédio como a nuvem de cobertor - fala ela bocejando novamente.

—Tudo bem Lena, agora durma um pouco tá? Vou ficar aqui com você. - sussurro.

—Ok, você parece um panda fofinho sabia? Boa noite - fala ela caindo no sono rapidamente e eu rio com seu comentário. Enquanto ela dormia em meus braços, fico pensando no que acontecerá depois que o plano se concretizar, será que ela vai desistir de Elliot? Espero que sim. E também espero que ele não tente reconquistá-la. Estava muito feliz por finalmente tudo estar se encaixando como devia ser, desde que Kath e Megg foram embora eu tenho certeza que realmente havia me equivocado ao achar que desistir da Lena era a melhor opção, só espero que um dia ela perceba que não sinto apenas uma paixonite por ela, que o que sinto é realmente amor, se bem que nunca me senti assim antes pra saber se é amor ou não, mas sinto que é. Depois de lembrar de tudo que nós três já passamos juntos, fecho os olhos e adormeço sorrindo. Meu sonho começa com Lena, Lucas e eu sorrindo alegremente na proa de um barco, ou melhor, uma lancha. Tiramos algumas fotos nossas, das paisagens e tudo mais, algumas até fazendo careta. Em seguida, a lancha para em uma ilha toda cheia de árvores e começamos a fazer uma trilha com um guia-turístico e logo chegamos à uma cachoeira linda. Todos mergulhamos e ficamos nadando por muito tempo até quando o piloto da lancha pediu que voltássemos. Mesmo tristes, voltamos pra lancha felizes e sorrindo. Não entendi o que o sonho significa, mas sei que foi muito lindo e espero que seja real.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "When The Men Loves a Woman" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.