When The Men Loves a Woman escrita por Gabriel Lucena, Caçadora Literaria


Capítulo 18
Capítulo 17 - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Aqui está a segunda parte do capítulo. E a música é a mesma da primeira.

Boa leitura!



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 POV David Krupp

 Depois de sairmos da casa de Kath, fui com ela até o restaurante onde Lucas e eu fizemos a “festa” de Megg, pois lá a comida era muito boa e eu tinha certeza que ela ainda não tinha ido.

—Já veio nesse lugar antes? - pergunto a olhando na porta do restaurante.

—Não, conheço poucos lugares da cidade - ela sorri me olhando.

—Pois então irá adorar a comida daqui. - sorrio e entro logo achando uma mesa e puxo a cadeira pra ela.

—Que educado, obrigada - ela sorri se sentando - Se você diz que irei gostar então acredito em você

—Vai sim, o que vai escolher? - pergunto lhe entregando o cardápio.

—Hum, eu vou de massa e você? - diz ela olhando o cardápio.

—Também vou de massa. - digo olhando o cardápio e chamo o garçom fazendo o pedido.

—Então, quando percebeu que eu estava afim de você? - ri ela me olhando.

—Quando você me deu aquele selinho inesperado. .- rio fraco a olhando.

—Sério que foi inesperado? Achei que tinha deixado na cara no passeio do parque aquático - ela ri.

—Mas mesmo assim, eu não esperava aquele selinho, achei que você ia esperar que eu tomasse a atitude de dar. - rio.

—Se eu fosse esperar sua atitude já estaria no convento - ela sorri.

—É, talvez. Aí agora na saída eu peguei o selinho de volta. - rio e a comida chega.

—Bom, saiba que às vezes irei roubar uns beijos, porque no colégio de freiras garotos são totalmente proibidos - ela pisca para mim servindo

—Hm, vou ter que ficar atento então. - rio me servindo e começando a comer e ela faz o mesmo.

—Porque do nada me chamou para um encontro e resolveu me dar um selinho? - ela me olha bebendo a limonada.

—Pra gente se conhecer melhor, adoro conhecer meus amigos e sair com eles em lugares divertidos. - sorrio a olhando enquanto bebo um pouco da limonada.

—Mas isso não explica o selinho...está tentando esquecer a Lena né?

—Já disse, eu estava retribuindo, ou melhor, pegando de volta o selinho que você me deu.  

—Tudo bem, se não quer ser sincero, eu só quero o seu bem, porque quem gosta deixa ir - fala ela comendo.

—Mas… como sabe que eu gosto da Lena?

—Eu percebi quando olhou para ela naquele dia no shopping, eu não sou boba David, eu vi - ela diz terminando de comer.

—E você acha que eu estou te usando pra esquecer ela?

—Eu acho que você quer seguir em frente e nada melhor do que alguém que gosta de você - ela bebe a limonada.

—Bom, sim… talvez… melhor que ficar sofrendo por amor, querendo alguém que não me quer. - a olho sincero.

—Mas eu não vou ser sua distração por muito tempo, meus pais me querem na escola novamente, estou tentando adiar a volta - diz ela.

—Olha, espero que não fique mal… não quero magoar você e nem que deixe de ser minha amiga. - falo terminando de comer e pego suas mãos.

—Eu estou bem, relaxa, como eu disse você deixa livre quem gosta e é isso que estou fazendo - sorri ela apertando minhas mãos.

—Queria poder te amar, corresponder ao seu sentimento, tenho certeza que eu seria muito feliz. - sorrio a olhando.

—Não escolhemos por quem nossos corações batem meu caro, mas podemos escolher correr atrás ou deixar para trás - sorri ela .

—Então eu vou correr trás, mas primeiro vou esperar Lena descobrir a verdade.

—isso aí garoto, as chances estão aí, basta você desistir de esquecer ela - ri Kath.

—Eu sei disso, já sei que ele quer só usar ela desde o primeiro dia, mas é que tenho medo do coração dela ficar muito duro depois que ele largar ela, aí vai ser quase impossível de fazer ela gostar de mim, porque vai ficar com medo de se machucar de novo… E tem a mãe dela. - suspiro.

—Aí que você se engana meu caro, ele vai ter destruído todas as barreiras do coração dela, ela vai estar mais frágil do que nunca e ela vai confiar em quem estiver do lado dela esse momento, então agarra isso e conquista a garota - sorri Kath.

—Tá bom, eu vou fazer isso, basta ter paciência e esperar ele largar ela. - sorrio.

—Isso aí, você ainda tem meu número? Porque quando eu for e você precisar de ajuda eu estarei aqui para te ajudar - sorri ela.

—Tenho sim, está no meu celular. No dia que você for, eu gostaria de ir me despedir de você, já que possivelmente ficaremos sem nos ver.

—Pode deixar que te aviso, então amanhã te espero na minha casa para se despedir, consegui adiar só até hoje - ela ri fraco.

—Vou sim, que horas você vai?

—Irei pela parte da tarde de trem - sorri ela.

—Então eu passo à tarde, depois do almoço, pra irmos juntos até a estação de trem. Vou chamar o Lucas, a Lena e a Megg pra irem junto.

—Não quero despedidas, vai ser apenas um até breve. você ainda vai me ver muito David - ela sorri largo.

—Tá bom, estarei lá então. - sorrio largo.

—Vamos indo, já está tarde - diz ela olhando o relógio.

—Vamos sim. - sorrio e me levanto indo pagar a conta e depois vou até ela. - Gostou da comida?

—Sim, estava fabulosa! - ela sorri saindo comigo

—Sabia que ia gostar. - sorrio saindo com ela e caminhamos conversando para sua casa.  Chegando lá, paramos em frente à porta e sorrio olhando pra ela.

—Obrigado por tudo Kath, pelo dia maravilhoso, pelos conselhos, por tudo. - sorrio.

—Não precisa agradecer, amigos são para isso. - ela diz e eu sorrio a abraçando e ela retribui.

—Até amanhã?

—Até, boa noite - ela beija minha bochecha e entra em casa. Sorrio bobo tocando levemente minha bochecha e logo caminho pra minha casa, tomo um banho quente e vou pra sala ver tv. Enquanto assistia, não conseguia prestar atenção direito, pois tudo aquilo que Kath me disse, os conselhos, não saíam da minha mente.  E se ele demorasse? Será que eu teria paciência e força pra aguentar muito tempo? E se ele realmente se apaixonar por ela e não a largar? E se a Lena continuar apaixonada por ele e decidir dar uma nova chance caso ele se arrependa e queira voltar com ela depois de se apaixonar de verdade? Era tantas perguntas que eu não sabia responder, mas que poderiam alterar tudo. Com a cabeça a mil, decido desligar a tv e dormir, já que no dia seguinte teria que me despedir de Kath, não era despedida pra sempre, mas era temporária, então eu queria ir lá só para dizer um “até logo”. Desligo a tv, chego no quarto, deito e durmo.

 

 POV Silena Vanderbill

 Assim que saio da casa de Kath após despedir do pessoal pego o primeiro táxi que aparece e vou para casa de Elli, queria pedir desculpas também por ter sido muito grossa, eu não estava acostumada com aquela preocupação excessiva, então assim que chego pago o taxista e saio indo até a porta e toco a campainha e espero alguém atender.

—Olá. O que deseja? - um homem alto e de barba feita atende a porta.

—Oi...é eu gostaria de falar com o Elliot ele está? - pergunto olhando o homem que deveria ser o pai deles.

—Ele está no quarto, quem é você? - ele franze a testa.

—Eu sou a namorada dele, ele não disse para vocês que está namorando? - olho ele surpresa.

—Sim, ele disse, mas não me contou como você era, nem seu nome nem nada. Pode entrar, ele está lá no quarto dele. - ele abre espaço pra mim.

—Ah, obrigada Senhor, ele tá ocupado? - entro assim que ele me dá espaço para passar.

—Não sei, ele não me deu satisfações, só sei que ele entrou aqui furioso e subiu pro quarto dele e não falou comigo.

—Ah, obrigada Senhor, eu estou indo, licença - sorrio e subo as escadas para o quarto dele.

—Toda querida, fique à vontade.- fala ele indo pra outro cômodo.

Subo as escadas meio preocupada, e se ele não quisesse me ver pela briga de ontem? Mas torcia para que tudo desse certo e quando me aproximo vejo a porta encostada e quando ia pegar a maçaneta escuto uma risada feminina e congelo estática, o que uma garota fazia no quarto dele? Eu estava completamente sem rumo agora, o que eu fazia, entrava e atrapalhava ou esperava eles falarem algo, como não conseguia dar um passo sequer espero eles falarem algo.

—Obrigada por vir gatinha, precisava mesmo de uma distração estava muito estressado - diz Elliot sorrindo, eu ia ver tudo pela pequena abertura da porta encostada.

—De nada gatinho, eu sempre disse que uma massagem resolve qualquer estresse mais do que suco de maracujá. - sorri a garota.

—Então, soube que você está solteira novamente, topa ficar o dia todo aqui comigo? - sorri ele acariciando o rosto dela e meu sangue ferve.

—Claro gatinho, será um prazer ficar aqui, o dia todo com você, acho que você é melhor que o meu atual ex.

—Eu sou melhor que qualquer um meu bem, então posso antes te contar meu motivo do estresse? - ele senta e a coloca no colo e eu apenas observo.

—Claro, é bom desabafar. Qual o motivo? - diz a garota passando um braço ao redor do pescoço dele e acariciando o peito com a outra mão.

—Bom, já deve estar espalhado o assunto de que estou namorando uma garota que se diz durona certo? - ele diz acariciando as pernas dela.

—Sim, a escola toda já sabe disso.

—Mas você não estuda lá né doidinha, queria saber se todas escolas já sabem - ele ri.

—Ah sim, mas eu estou falando da minha escola mesmo, até lá já se espalhou. Vocês são o casal mais famoso do bairro todo.

—Agora sim, então eu ando tentando a levar para cama, mas não consigo, os amigos idiotas dela ficam no pé inclusive minha irmã também, aí eu não posso terminar com ela e ontem a gente brigou por causa deles também, tá sendo um pesadelo fingir gostar dela. ela é insuportável - bufa ele e eu sinto como se meu mundo inteiro tivesse desabado.

—Uau, é a primeira vez que eu vejo uma garota ser difícil pra você, as outras você levava pra cama com tanta facilidade, até a Megg reclamava disso.

—Ela ainda reclama, só porque ela gosta daquele cara o Lucas, mas dessa semana não passa gatinha, você vai ver - sorri ele a beijando e meu coração parece em pedaços.

—E depois que você a largar? Vem pra mim? - sussurra ela enquanto se beijam.

—Claro, você é a única que gosto realmente - sussurra ele de volta beijando.

—Se quiser ajuda pra seduzir sua namorada, conte comigo.

Me afasto meio sem rumo da porta vendo eles se beijarem e fico sem saber o que fazer então caminho de volta para a escada mas eu piso em uma madeira e ela range e escuto um movimento do quarto de Elliot deles indo para porta.

—Lena? O que faz aqui? Porque não me avisou que viria? - sorri Elliot saindo do quarto fechando a porta

—Ela é a sua namorada Elliot? - pergunta a garota saindo do quarto.

—É sim Lee, Silena Marlee, Lee Lena - sorri Elliot nos apresentando.

—Muito prazer Lena. - sorri Marlee.

—Prazer Marlee, atrapalhei alguma coisa? - sorrio fraco me segurando para não voar na cara daquele canalha.

—Não, nada não, vou deixar vocês à sós! - sorri Lee meigamente.

—Não precisa, já estou de saída, só vim avisar que meus pais desmarcaram o jantar - digo para Elliot.

—Ah que pena, queria muito conhecer eles, Lee entra e continua a pesquisa eu já volto. - diz Elliot para ela.

—Tá bom, estou te esperando. - diz ela entrando no quarto.

—Pode voltar para o seu trabalho, eu já vou mesmo - sorrio forçado.

—Que isso Lena, eu vou acompanhar minha namorada linda até a porta - sorri ele pegando minha mão, como ele conseguia ser tão falso a esse ponto? Isso me espantava.

—Tudo bem...vamos então - desço as escadas com ele e ele tenta me beijar na hora de despedir mas eu desvio.

—Porque não quer me beijar? - ele me olha surpreso

—Eu meio que estou doente, não quero te passar vírus - digo e aceno saindo não esperando mais nada dele e caminho para casa, ela não era tão longe, só umas 5 quadras, precisava de algo para me distrair, então paro no supermercado e compro 3 garrafas de bebidas variadas e saio chegando em casa pouco tempo depois, entro no meu ap pego uma garrafa, abro e sento no chão da sala bebendo em meio às lágrimas.

 Quando chego na terceira garrafa eu já estava rindo e chorando da minha desgraça, eu era uma idiota mesmo, fui cair no papo daquele idiota, os meninos tinham razão mas agora já era tarde, eles iam ser felizes com as meninas e eu ia ficar sozinha como deve ser. No dia seguinte, acordo com uma dor de cabeça horrível e sem conseguir abrir os olhos que estavam ardendo e com certeza inchados pelas lágrimas que derramei, ouço vozes:

—Lena? Você está aí? - ouço uma voz masculina.

—Abre cara, acho que ela esqueceu de fechar a porta. - diz outra voz masculina e os dois entram no meu ap.

—Lena? Lena? O que aconteceu? - pergunta a primeira voz.

—Quem tá aí? - murmuro meio grogue sem reconhecer as vozes.

—Somos nós, David e Lucas, o que houve? - pergunta Lucas me sentando no sofá.

—Ahn? O que fazem aqui? Cadê as meninas? - tento me levantar mas tudo gira e meu estômago embrulha e deito de novo.

—Você deixou a porta encostada Lena. A Megg vai pra Milão e a Kath vai voltar pra escola de freiras, então a gente estava indo se despedir e chamar você pra ir com a gente! - diz Lucas.

—Sim, mas agora acho que nem vamos mais, o que houve? - pergunta David me olhando.

—Podem ir, eu dou um jeito de me levantar - digo tentando abrir os olhos.

—De jeito nenhum, a gente te ajuda. - diz Lucas me levantando e David o ajuda.

—Droga...vão eu to bem - digo vendo tudo girar quando levanto .

—Ah é, tá muito bem. - diz Lucas com sarcasmo.

—Lena, pela nossa amizade, deixa a gente te ajudar, por favor. - implora David - Diga o que houve pra gente entender. Foi algo com o Elliot?

—Eu...só bebi além da conta só isso, nada de mais - falo - fecha a cortina, esse sol tá me matando.

—Eu fecho. - diz Lucas indo até a janela.

—Lena, confia na gente, eu sei que você bebeu muito por algum motivo, fala qual foi. - diz David me levando até o banheiro.

—Eu não quero falar sobre isso agora - falo com os olhos entreabertos.

—Tá bom, a gente não vai te obrigar a falar, vem. - ele diz me levando ao box do banheiro e liga o chuveiro na água fria deixando que ela me molhe.

—Obrigada D…- digo e  a baixo o rosto sentindo a água gelada e deixo as lágrimas escorrerem.

—De nada Lena, agora fica quietinha. - ele diz passando água por todo meu corpo me dando banho.

—David, já deixei as garrafas de bebida guardadas na cozinha! - grita Lucas de fora do banheiro.

—Valeu, deixa eu terminar aqui e eu já saio. - diz David e Lucas assente saindo, fungo um pouco enquanto ele termina meu banho.

—Eu to um pouco melhor, obrigada -o olho, me sentia um lixo ainda e bem mal ainda pela bebida com os olhos inchados mas não tonta.

—Você tava chorando? - pergunta Lucas se sentando do meu lado acariciando meu rosto enquanto David me enrola na toalha.

—É tão visível assim? - os olho.

—Claro. E é por isso que estamos preocupados contigo, você não é de chorar. - diz David secando meu cabelo com outra toalha. 

—Não queria preocupar ou causar problemas a vocês - suspiro triste me segurando para não desabar em lágrimas.

—Nós somos seus amigos, confia na gente. - diz David e me abraça.

—Fala o que houve Lena, não vai nos causar problemas, queremos te ajudar. - diz Lucas me abraçando também, não aguento mais segurar e desabo em lágrimas.

—Vocês tinham razão, o Elliot não me ama, mal me suporta - falo soluçando entre lágrimas.

—Como você descobriu? - pergunta David calmamente.

—E...eu...fui na casa dele para me acertar e ir no almoço com ele dos meus pais, só que quando eu cheguei lá ele estava com uma garota no quarto...eles estavam se divertindo e ele contou seu plano para ela e disse que mal me suportava - falo soluçando e não consigo falar mais nada de tanto chorar, eu estava completamente sensível e vulnerável, ele tinha acabado comigo.

—Que imbecil… não se preocupe Lena, você estava apaixonada por ele. As pessoas apaixonadas ficam cegas. - diz Lucas acariciando meus cabelos.

—Calma Lena, me dói te ver assim. - sussurra David beijando minha bochecha acariciando minhas costas como consolo, mas as lágrimas insistiam em vir, eu não conseguia parar, estava arrasada demais para parar. Sinto eles voltarem a me abraçar forte sem falarem nada, pareciam estar tão tristes quanto eu.

Quando consigo controlar o choro me afasto deles levantando indo para o meu quarto e pego um moletom e vou para o outro banheiro me vestir os deixando no meu banheiro.

—Ele vai pagar pelo que fez. - diz David num tom raivoso.

—Concordo, ele vai ter o que merece - diz Lucas no mesmo tom.

—Obrigada meninos...mas podem ir se despedir, eu vou tomar um remédio, deitar e acho que dormir um pouco - fungo os olhando.

—Tem certeza que vai ficar bem sozinha? - pergunta David sério me olhando.

—Eu irei tentar ficar bem, não quero que as meninas fiquem tristes por não terem ido na despedida - suspiro me sentando na cama.

—Ok, então nós vamos e depois voltamos pra ficar com você. - diz Lucas se aproximando e beija minha testa.

—Sim, vamos dizer que você está com dor de cabeça e não pode ir, elas vão entender. - fala David e beija minha bochecha.

—Quem dera fosse só dor de cabeça - murmuro baixo e sorrio fraco pegando os remédios. - Obrigada, estarei esperando então...

—Calma tá? Qualquer coisa liga… - sorri Lucas.

—Até mais. - sorri David assinto e aceno os acompanhando até a porta e entrego a chave da minha casa a eles.

—Eu vou trancar ela, essa é a reserva - falo.

—Obrigado, quando chegarmos não vamos fazer barulho tá? - ri David.

—E não vamos demorar. - sorri Lucas.

—Ok...eu senti a falta de vocês. - abraço os dois antes deles irem.

—Nós também sentimos sua falta. - sussurra David durante o abraço.

—Achamos que nunca mais íamos ter aquele contato de antes. - sussurra Lucas.

—Mas eu juro que vou fazer o possível para me redimir com vocês. - sussurro os apertando.

—Tá bom, nós vamos te ajudar a superar essa dor. - sussurra David. 

—E ele vai pagar pelo que fez, juro pra você. - sussurra Lucas.

—Bom, boa sorte lá. - me afasto deles me mantendo forte.

—Obrigado. - diz David e os dois beijam minhas bochechas juntos.

— Até daqui a pouco. - diz Lucas.

 Assim que eles saem fecho a porta, vou para cozinha e tomo os remédios e pouco tempo depois vomito toda a bebida que tomei, quando me sinto um pouco melhor mas ainda com dor de cabeça levanto, dou descarga  escovo os dentes e deito na cama me encolhendo e as lágrimas escorrem até eu adormecer vencida pelo cansaço do choro. Acordo ouvindo sussurros no meu quarto.

—Shiiu, não faz barulho, ela está dormindo. - sussurra David num tom quase inaudível.

—Coitada, dá pra ver as lágrimas secas no rosto dela, com certeza ela chorou muito depois que saímos. - sussurra Lucas de volta.

—Sim, com certeza. Ela vai precisar muito do nosso apoio agora, mais do que nunca.

—Claro, vamos dar todo o apoio, carinho e tudo que ela precisar, vamos esperar ela acordar e aí nós três vamos bolar um plano para dar o troco no Elliot.

—Foi bem rápido em - digo acendendo a luz sentando na cama os olhando.

—Ah, oi Lena, que bom que acordou. - sorri David se sentando do meu lado.

—Fomos rápido não, é que você dormiu e não viu o tempo passar. Está quase na hora do almoço. - ri Lucas se sentando na minha frente.

—Ah deve ser isso mesmo...eu acho que consigo almoçar - digo e os olho - Já tem um plano para nos vingarmos do Elliot?

—Eu tenho. - diz David.

—Conte-nos cara. - diz Lucas.

—Pode falar D - o olho.

—A gente pode primeiro dar uma festa, aí convidamos algumas pessoas lá da escola, inclusive o Elliot. Então a gente humilha ele na festa da pior maneira possível. - conta David e ele explica como humilhar o pobre coitado.

—Isso pode funcionar. - sorri Lucas.

—É uma boa ideia, eu vou continuar fingindo que gosto dele igual ele faz comigo. - digo suspirando.

—Você consegue fingir sem deixar vestígios? Sem sentir nojo dele? - diz Lucas pegando minha mão.

—Eu vou estar doente, então ele não vai poder me beijar - falo apertando a mão de Lucas.

—Beleza então, ah quero só ver a cara dele! - ri Lucas.

—Eu vou rir muito. - ri David - Bom, querem comer? Posso preparar alguma coisa.

—Pode sim, estou com fome - falo prendendo o cabelo.

—Então vamos. - sorri David pegando minha mão e logo vamos os três de mãos dadas pra cozinha.

—Se importa de depois que acabarmos a vingança, a gente dar uns sopapos naquele imbecil? - pergunta Lucas sentando na mesa da cozinha.

—Podem dar quantos quiserem quero mesmo que ele se exploda - falo irritada sentada na mesa.

—Tudo bem, ele vai ter o que merece, relaxa. - Lucas beija minha mão e David aparece servindo a comida.

—Espero que goste Lena. - ele diz se sentando no meu lado.

—O cheiro está ótimo e com a fome que estou qualquer coisa fica perfeita - sirvo meu prato e o suco de morango.

—Imagino. - sorri Lucas começando a comer.

—Fiz com carinho. - sorri David comendo.

Comemos a comida que D fez que está muito boa e me sinto 100% melhor da ressaca mas o coração ainda estava em pedaços, ele tinha feito eu chorar que eu considerava a pior coisa que alguém poderia me fazer, eu odiava ficar frágil assim, depois de um tempo termino de comer e beber.

—Tava muito boa a comida. - sorri Lucas bebendo o final do suco.

—Estava mesmo, vou lavar as coisas - falo me levantando

—A gente te ajuda. - diz David se levantando e indo até a pia com Lucas.

—Não precisa, o que querem fazer? - pergunto lavando as coisas.

—Cuidar de você Lena, sei que está completamente melhor da ressaca, mas queremos te dar o apoio que precisa. - diz David 

—Mas preciso de algo me distrair, ontem eu usei as três garrafas de whisky hoje tem que mudar - falo colocando para secar.

—Ah sim. Bom, que tal a gente ir ver a série do Sherlock Holmes? Ou a gente pode ir no shopping fazer alguma coisa. - sugere Lucas.

—Sair de casa vai ser só para escola, não quero ter que sair e fingir que estou bem, vamos ver a nova temporada da série do Sherlock - digo suspirando.

—Vamos lá, vai ser bom pra você se distrair um pouco. - fala Lucas se levantando.

—E se quiser, a gente pode fazer uma massagem em você depois. - sorri David.

—Não obrigada...massagem me lembra a vaca que estava com ele - bufo indo para o quarto.

—Por quê? Ela fez massagem nele? - pergunta Lucas

—Exatamente isso, vamos ver Sherlock - sento na cama com um pacote de marshmallows e coloco na série. Os meninos assintem e cada um senta no meu lado me deixando no meio deles enquanto assistimos. Eu começo a me sentir melhor, enquanto assistimos, consigo esquecer que fui enganada e até vibro algumas vezes quando vejo Sherlock conseguindo se safar de uma emboscada.

—Ah, esse Sherlock, sempre com uma carta na manga. - ri David.

—Mais cartas que o mágico. - ri Lucas.

—Por isso que eu o amo. - rio e volto a assistir, estava precisando mesmo daquele apoio. Sorrio para eles e volto a assistir até acabar. 

—Boa noite rapazes.

—Boa noite Lena, vamos ficar aqui com você esta noite ok? - diz David.

—Que bom! - beijo a bochecha deles e deito segurando a mão de cada um e fecho os olhos.

—Que fofa David, dormir com nossas mãos assim. - ouço Lucas sussurrar sorrindo.

—Claro né, ela está frágil e vulnerável. - sorri David - Mas como vamos dar uma surra no Elliot? Não sabemos lutar.

—Eu acho que por aqui tem um lugar que pode nos ensinar.

—Mas é caro?

—Não muito, mas eu posso pedir ajuda pros meus pais, quem sabe eles ajudam?

—Tá bom. Olha, vamos dormir e vê se não aproveita do momento frágil da Lena pra dormir de conchinha com ela de novo hein?

—Ciúmes?

—Não é ciúmes, lembra do que houve da outra vez quando você fez isso né? Ela quase deixou de ser sua amiga.

—Verdade, vou ficar quieto dessa vez.

—Ótimo, boa noite.

—Boa noite.


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Notas finais do capítulo

Agora sim galera, tudo voltando ao que era antes. Até o próximo e deixem seus comentários sobre quem você acha que a Lena vai ficar. Tchau!



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