UnderERROR escrita por LukeSanada


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Tenha detemmienação ~ Sans

Ou determinasans ~ Frisk

Boa ~ Sans



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[Frisk P.O.V]

            Eu encarava a cidade de Snowdin vazia, o vento balançava meus cabelos, eu carregava Flowey no meu braço, ele meio que se enrolou no meu ombro, respirei fundo e comecei a caminhar em direção a saída da cidade. Estava com uma faca no meu bolso que peguei em uma das casas, para não enfrentar Chara indefesa, eu estava determinada e nervosa para cumprir uma missão de dificuldade extrema, as perdas do passado ficaram para trás por que tudo isso poderia ser corrigido se eu conseguisse.

            Monster Kid não saía da minha cabeça nem por um instante, a culpa e a saudade se misturavam em minha mente, quando eu viajava demais eu me recolocava no mundo real e continuava seguindo o caminho, agora quase chegando em Waterfall, a neblina começou a ficar um pouco mais densa, mas passamos por ela tranquilamente.

            — Não me lembrava de aqui ser tão quieto… — Comentei. Flowey não disse nada. Mais um pouco a frente nós chegamos ao local onde encontrei com Monster Kid pela primeira vez, mais coisas vieram na minha cabeça, apenas deixei isso de lado para me concentrar, então fui até uma das flores ecoantes e toquei nelas para ver se diziam algo, não saiu som algum. — Elas não falam mais…

            — Lembro quando eu e Chara viemos aqui, quando as flores ainda falavam. — Olhei para ele, então ele virou o rosto. — Bem, temos que ir

            Waterfall é de longe o lugar mais bonito que visitei no subsolo, as flores, as luzes, as pedras presas no teto que parecem estrelas, estar por lá me deixa mais calma em relação a tudo que aconteceu, caminhando por bastante tempo pelo lugar cheguei ao local onde ‘chove’, peguei um guarda chuva e segui em frente, tudo que escutava era o som dos meus passos no chão molhado, mergulhada em meus pensamentos.

[True Lab, Hotland]

Um dos últimos amalgamates se transformava em pó dentro daquele laboratório, caminhando pelos restos dele estava Chara, que ainda se distorcia em sua aparência, ela procurava pelo último, até que o encontrou e tirou a vida dele também, ela caminhava pelas instalações para chegar a saída, até que ela parou no meio de uma das salas, observando um canto escuro como se alguém estivesse lá

— Você sabe que está seguindo por um caminho sem retorno não é… Chara? — Dizia uma voz vinda do local observado por Chara.

Eu sei exatamente o que estou fazendo. — Respondeu, passando a mão pela lâmina de sua faca.

— Você deixou o ódio te cegar completamente… Porquê? Porquê mata aqueles que você ama? Por que trouxe o medo para o sub-solo? — Após aquelas perguntas Chara deu um sorriso irônico.

Aqueles que eu amo? Eu não amo ninguém… — Um pingente em forma de coração saiu debaixo da camisa de Chara como se tivesse sido puxado, se abrindo, mostrando uma foto dela com um monstro.

            — Então por que ainda está com isso? Talvez Asri... — Ele tentou completar, mas foi interrompido pela garota.

            — Isso não significa nada! — Ela arrancou de seu pescoço e jogou no canto escuro em que observava, não houve barulho dele caindo no chão. — Eu vou por um fim a esse mundo e vou controlar a linha do tempo!

            — Então receio que terei que impedir que faça isso. — Chara levantou a faca em direção ao canto escuro, a fazendo brilhar em vermelho.

            — Não se intrometa doutor, ou sofrerá as consequências! — Ela correu na direção que olhava e deu um golpe com a faca, acertando apenas a parede fazendo com que saísse algumas faíscas. — Hm… Tenho mais o que fazer…

*Chara se enche de Determinação

[Cachoeira, Sul da Casa de Napstablook]

            Resolvemos dar uma pausa para descansar, já havia andado bastante, então aproveitei aquilo para ir à casa do fantasma para ver se ele ainda estava lá, quando cheguei na porta vi que ela estava entreaberta então entrei, Napstablook estava encarando a tela de seu computador usando um fone de ouvido, ele olhou pra mim.

            — Oh… Você veio me atacar de novo? Fantasmas não morrem, esqueceu? — Ele falou flutando em minha direção. — Mas eu posso fingir se quiser…

            — Eu não te… Ah, eu vim pedir… Desculpas? — O encarei com um sorriso amigável, como fazia antigamente.

            — Oh… Tudo bem… Se isso te deixa feliz… — Ele voltou a usar o computador.

            — Bem… Hum… Quer se deitar no chão e se sentir um lixo comigo? — Convidei ele de forma amigável, ele olhou pra mim, o vi expressar um pequeno sorriso.

            — Oh… Sim… — Ele flutuou até mim e se deitou no chão, me deitei ao lado dele.

            Depois de alguns minutos deitada olhando pro teto, comecei a ver o céu, as estrelas, o universo todo, era tão bonito, poderia ficar ali por bastante tempo, mas não poderia, senti algo me cutucando, saí daquela ‘viagem’ e vi que era Flowey, então me levantei, Napstablook se levantou depois de mim.

            — Bem, eu tenho que ir, tenho uma missão pra cumprir. — Sorri para ele colocando Flowey de volta no meu ombro.

            — Oh… Tudo bem… Isso foi legal, obrigado... — Ele dizia com um sorriso no rosto, bem, eu devo ter deixado ele feliz, o que é raro.

            Quando saímos da casa do Napstablook, algo me veio em mente, andamos um pouco mais até chegarmos ao local onde fica o barqueiro e pra minha surpresa ele estava lá, então fomos falar com ele.

            — Essa pessoa não parece muito confiável. — Flowey olhou para mim com cara de dúvida.

            — Relaxa. — Chegamos até o barqueiro, chamei a atenção dele, ele me olhou, não dava para ver seu rosto por causa do capuz.

            — Querem embarcar? — Ele disse com uma voz suave.

            — Sim, vamos para Hotland. — Eu subi no pequeno barco dele e me sentei, apenas esperando que ele partisse, e ele foi.

            — Acho que Hotland é pro outro lado. — Comentou Flowey, fiz ‘shh’ pra ele.

            — Tra la la… — Cantava ele. — Cuidado com o homem que vem de outro mundo...

            Depois de alguns minutos, chegamos a Hotland, descemos do barco, o agradeci e subi as escadas que chegavam em frente ao laboratório da Dra. Alphys, decidi dar uma passada lá, com um pouco de receio do Mettaton me atacar. A porta estava aberta, mas estava escuro lá dentro.

            — Dra. Alphys? — Minha voz ecoou pelo local, mas ninguém respondeu.

Então a luz começou a piscar, não vi ninguém lá, até eu ver a silhueta de alguém, levei um pequeno susto, então a porta atrás de mim se fechou, deixando tudo na escuridão, até se acender, e Chara estava na minha frente, por um momento ela se parecia comigo, mas por outro ela tinha a aparência dela, até isso acabar e ela ficar com apenas a aparência dela, uma garota de roupas verdes listradas e olhos avermelhados.

            — Olá Frisk. — Eu paralisei minhas pernas não se mexiam, meu coração estava acelerado, não sabia o que fazer naquele momento, estava com medo. — Como é bom te encontrar pela primeira vez.

           — Chara... Olhe pro que está fazendo... Isso não é vo...Chara gritou interrompendo o que eu estava dizendo.

            — Não me venha com esse papo de boazinha! — Ela apontou a faca na minha direção com um sorriso perverso. — Eu vou acabar com esse mundo, e você… Bem, não vai viver pra ver.

            — Isso… Isso não vai acontecer. — Eu empunhei a faca com as duas mãos, tremendo.

            — Acha mesmo que pode me derrotar sozinha? — Ela fechou os olhos e deu um leve suspiro, os abrindo novamente. — Quer ter o mesmo destino que seus amigos tiveram?

            — Eu não estou sozinha... — Olhei para meu ombro, não encontrei Flowey, e não o via em qualquer lugar para que eu olhasse, então chamei por ele. — Flowey?

            — Hahaha... Mas ninguém veio. — Ela começou a correr na minha direção, preparando um ataque, felizmente consegui bloquear o primeiro. — Eu não quero perder tempo...

            A faca de Chara começou a brilhar em vermelho, consegui me defender do primeiro ataque, porém ela desferiu outro logo em seguida que tentei me desviar, mas acabou arranhando minha barriga, dei um gemido de dor, Chara deu uma risada psicopata, vindo para cima me atacar novamente.

...

[Sala das lanternas que se apagam, Waterfall]

            Estava tudo escuro no local, tudo que se podia ver eram alguns cristais roxos que emitiam pouca luz, e em um canto mais afastado, era possível se ver uma fraca luz azul, que vinha do olho de Sans, ele estava encostado na parede de pedra, em silencio, olhando para o chão pensativo, então, a iluminação apenas do local onde ele estava aumentou e todo o resto continuou escuro.

            — Como me encontrou? — Perguntou Sans ainda olhando para o chão, passando a mão em frente ao rosto.

            — Você costumava vir para cá quando ficava chateado. — Respondeu uma voz que viria de algum lugar, não era possível dizer de onde. — Vim até aqui pedir sua ajuda, Frisk precisa de você.

            — Ainda confia em mim? Eu fiz coisas que... — Ele hesitou em completar o que iria dizer, voltando a ficar quieto, o silêncio prevaleceu por alguns segundos.

            — Aquele não era você, o ódio de Chara te consumia por dentro, você não sabia o que estava fazendo. — Sans fechou os olhos deixando uma lágrima escorrer pelo seu rosto.

            — Eu acho... Que eu sabia sim. — O esqueleto abaixou a cabeça, se relembrando das coisas que aconteceram.

            — Mas não devemos ficar presos ao passado, mas sim aprender com ele, e olharmos para o que vem a frente. — A partir daquilo a voz se calou, Sans ficou mais alguns minutos com a cabeça baixa, quando percebeu que algo luminoso estava próximo dele.

            — Isso é... — Ele olhou aquela coisa, e estendeu a mão para tocá-la.

...

[Laboratório de Alphys, Hotland]

            Eu já estava ofegante, com alguns ferimentos, sequer tinha acertado um único ataque em Chara, por mais que tenha tentado, mas aquilo estava longe de acabar, eu não vou desistir não importa o que aconteça, peguei um biscoito que estava em meu bolso sei lá por que e comi, meus ferimentos passaram a doer menos.

            — Vamos terminar isso. — Ela me dizia apontando a faca pra mim.

            — Vamos. — Meu suor escorria pelo meu rosto, me preparando para continuar a batalha.

*Você sente que bons tempos virão. Isso te enche de DETERMINAÇÃO.


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Notas finais do capítulo

Chara olha como sou diva *Faz pose* ~ Frisk

Isso não é nada querida *Faz pose* isso é ser diva ~ Mettaton

Vocês são estranhos ~ Chara