Deep Six - Novos Horizontes escrita por Gothic Princess


Capítulo 4
Capítulo IV - Líder


Notas iniciais do capítulo

Hello, heroes!! Demorei um pouco porque estava arrumando umas coisas aqui, espero que não tenham me esquecido kkkk Obrigada pelo pessoal que começou a acompanhar e mandou reviews, isso me ajuda muito :D

Nesse capítulo não vamos ter lutas, mas vai ser importante!! Prestem atenção nos detalhes, por favor :3

Espero que gostem, Pumpkins!!



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Kevin já estava se acostumando com a rotina de passar a manhã toda na faculdade e depois ir para a sede do Deep Six para ver se havia alguma missão esperando por ele. De vez em quando conseguia simplesmente ir para casa e relaxar, mas outras vezes tinha que fazer mais do que apenas ser o herói e salvar pessoas. Ninguém disse que ser o líder seria fácil.

Ele e os outros alunos do seu curso de direito haviam acabado de serem liberados, e o moreno não perdeu tempo, indo o mais rápido que pôde para o prédio de arquitetura em que Apolo estudava. Assim que chegou no corredor, viu Lizzy, a jovem que também fazia o mesmo curso que o semideus, conversando com um jovem ruivo no corredor.

— Ei, Kevin! — ela acenou para ele.

— Oi, Lizzy — ele andou até os dois, reconhecendo o outro jovem. — Finn, certo?

— Sou eu mesmo! — o ruivo apertou a mão do maior.

— Vocês viram o Apolo em algum lugar? — Kevin olhou em volta, percebendo que todos os alunos do curso já haviam saído.

— Ele estava na biblioteca quando o vi pela última vez — Lizzy andou na direção do prédio ao lado.

Os dois a seguiram e logo na porta viram um amontoado de garotas no meio da biblioteca. Ele com certeza estava lá se aquele número de meninas estava no local. E as suspeitas dos jovens foi confirmada quando passaram pelo aglomerado e viram Apolo de costas para elas, escrevendo algo em um quadro negro.

— ...Agora é só dividir pela raiz do primeiro resultado que vão encontrar esse — o semideus se virou e acenou para seus amigos quando os viu no meio da multidão de garotas.

— Eu não entendi, Apolo. Pode explicar de novo? — uma garota de cabelos longos e negros ergueu a mão e perguntou.

— Você faz psicologia, por que quer saber matemática? — Finn perguntou para a mesma jovem, que lhe lançou um olhar nada amigável.

— Foi mal, meninas, precisamos ir — Kevin disse e fez sinal para Apolo segui-lo.

O herói pegou suas coisas e passou rápido por todas as meninas, ouvindo vários sons de protesto, agradecimentos e algo que ele entendeu como sendo elogios ou comentários indiscretos.

— Tem muita paciência para aguentar isso, tinham centenas de garotas lá — Lizzy falou quando saíram do prédio.

— Quando comecei a explicar eram só três — Apolo não parecia ligar para toda aquela atenção, só que gostava de ajudar quando lhe pediam, já que entendia bem de várias matérias.

— Melhor não comentar isso com a Mel, sabe como ela é facilmente irritável — Kevin sabia que nem mesmo ele conseguia impedir a amiga de bater em alguém que a deixasse irritada.

Ele já ia se despedir de Lizzy e Finn, quando parou bruscamente de andar ao ouvir uma voz familiar. Estava longe deles, porém dentro da universidade.

— Apolo, precisamos ver uma coisa antes de irmos — Kevin disse, e ao notar a seriedade na voz do outro, o semideus assentiu, percebendo que algo estava errado.

— Ok. Lizzy, Finn, até amanhã — ele acenou para os dois e andou atrás do companheiro de equipe. — O que aconteceu?

— Luthor está aqui — Kev respondeu, seguindo a voz.

— Qual deles?

— Amanda — Kevin disse, e Apolo percebeu que ele não estava apenas respondendo sua pergunta, mas também chamando a atenção da loira que havia acabado de sair do prédio de ciências da universidade.

Ela se virou na direção dos dois, parando de conversar com uma jovem de cabelos castanhos que estava ao seu lado e revirando os olhos ao reconhecer os heróis.

— O que está fazendo aqui? — Apolo indagou, parado ao lado do amigo, de forma que ficassem na frente da Luthor.

— Não falo com perdedores — a loira colocou seus óculos escuros e andou na direção do estacionamento.

— Se me lembro bem, não fomos nós que perdemos da última vez — Kevin fez questão de falar em um tom que ela ouvisse claramente.

— Ela foi convidada para vir — a jovem que estava com ela respondeu.

— O quê? — Apolo também voltou sua atenção para ela.

— Um professor da universidade queria a ajuda da Amanda em uma aula e a convidou para vir. Só vim também porque precisava entregar algo para um de vocês — ela sorriu de forma simpática, fazendo os dois trocarem olhares com a alegação dela.

— Já nos conhecemos?

— Nos vimos uma vez, Kevin, mas não sei se consegue se lembrar. De qualquer forma, podem me chamar de Jane — ela estendeu a mão para apertar a do Kent, e ele ia fazer o mesmo, porém um jovem de cabelo preto trajando uma jaqueta de couro preta, blusa e calça da mesma cor e óculos escuros se colocou entre eles.

— Sem tocar, colega. Ninguém chega a menos de um metro da Jane — ele disse, colocando a mão no ouvido. — Ameaça suspeita na frente do prédio de ciências, dois indivíduos com rostos amigáveis demais.

— Rick, você não é meu segurança, e nem tem nada no ouvido! — ela o empurrou para longe de si.

— Tenho ordens de não deixar nada acontecer com você, gatinha, e preciso te seguir aonde você for. Nunca vai se livrar de mim — ele sorriu para ela.

Janessa suspirou e apontou na direção de um prédio do outro lado da universidade.

— Poxa, queria tanto ir ao banheiro no prédio de comunicação, mas podem haver ameaças lá. Será que você faria a bondade de ir checar, meu segurança super prestativo — ela usou ironia na última parte, porém Rick pareceu não notar.

— Deixa comigo! — ele correu o mais rápido que conseguiu até lá.

— Ele vai voltar logo, então vou ser direta — Jane logo pegou um envelope dentro de sua bolsa, antes que eles resolvessem perguntar quais eram os problemas mentais que Rick tinha. — Boa sorte.

Ela piscou para os dois antes de seguir na direção em que Amanda fora, nem se importando com o fato de Rick ainda não ter voltado.

— Tem algo de estranho com esse cara — Apolo disse. — Algo que não consigo identificar, mas é ruim.

— Tudo que vem da Amanda só pode ser ruim — Kevin abriu o envelope após usar seu raio-x e ver que era apenas um bilhete.

“Trinta e dois homens e mulheres de pé. No centro, dois lado a lado. Todos vestidos em roupas formais pretas ou brancas. Se um se mover, todos começam a lutar. Escolha suas peças, pois um já se moveu e o jogo acabou de começar.”

— O que isso significa? — Apolo leu o que o bilhete dizia, e assim como o moreno, não entendeu.

— Vamos levar para a base e ver se alguém consegue descobrir. O Ethan disse que precisa de nós para falar sobre algo importante — Kevin guardou o bilhete em seu bolso e foi com o amigo até um local vazio.

Quando tiveram certeza de que estavam sozinhos, os dois levantaram voo rapidamente, não deixando que ninguém chegasse a se quer vê-los no céu. Chegaram em Gotham em dois minutos, já que Apolo não tinha a mesma velocidade de Kevin quando voando, e logo entraram na base do DS.

— Scava, onde a Mel está? — Apolo perguntou quando os dois entraram no elevador e começaram a descer.

— Batgirl, Canário e Goldfire estão no andar três na sala de treinamento — a inteligência artificial respondeu.

— Pelo menos as duas não estão sozinhas na mesma sala, pelo menos a Nat pode evitar que elas briguem — Kevin sentiu o elevador chacoalhar um pouco e apertou um botão ao lado da parede no andar de onde o tremor havia vindo. — Espera um minuto.

Apolo assentiu e observou enquanto o amigo andava sobre uma plataforma de metal que dava em uma enorme sala repleta de água, como um tanque gigante. Ele não precisou de muito esforço para perceber que Scott e Grace estavam ali dentro, a velocista em um dos submarinos para uma pessoa que geralmente ficava acoplado ao maior.

Viu que Scott parecia fugir dela e sempre que se aproximava demais do vidro reforçado do tanque, a loira não conseguia parar a tempo e acabava batendo contra o mesmo com muita força.

— Grace, o que vocês estão fazendo? — ele perguntou, apertando um botão em um painel ao lado do local onde o submarino maior estava parado.

— Praticando! — ela gritou, parecendo não ter controle total dos movimentos que fazia.

— Tenha mais cuidado, não vamos querer inundar a base se esse vidro quebrar.

— Sim, senhor! Agora vou voltar a perseguir o peixinho porque ele não para de me irritar — Grace voltou a se concentrar em seu “alvo”, porém Scott era muito mais rápido dentro d’água.

Kevin voltou para o elevador e ele e Apolo foram para o andar logo abaixo, onde a sala de treinamento ficava. Para o desespero de ambos, Melissa e Kate estavam na pequena sala blindada onde as portas do elevador se abriam e Natasha não estava ali.

Havia uma tensão evidente no momento em que eles entraram, cada uma estava sentada de um lado da sala, observando enquanto a thanagariana lutava na sala a frente do vidro blindado contra vários robôs, que serviam como bonecos de treinamento.

— Isso, continua destruindo os robôs como se eles não custassem dinheiro — Melissa reclamou, vendo a garota alada cravar sua espada flamejante no peito de um deles e jogá-lo como um saco de terra contra a parede.

— É para isso que compramos eles — Kate retrucou, sem encarar a morena.

— Não me lembro de ter falado com você.

— Agora além de traidora é maluca que fala sozinha?

— Pela milésima vez, eu nunca traí vocês! — Mel praticamente gritou, e foi nesse momento que Apolo colocou a mão em seu ombro.

— Acho que precisamos descontar um pouco dessa raiva com um treino — ele disse, dando um beijo na testa da namorada.

— Acabamos de treinar por três horas seguidas, mas a Nat parece não se cansar — ela respondeu, tentando ignorar sua raiva.

O semideus olhou para a thanagariana lutando contra tantos robôs e ficou animado para fazer o mesmo. Foi para um armário de armas que havia no canto da sala e pegou sua espada reserva, saindo da sala blindada e entrando na de treinamento para fazer o mesmo que ela.

Kevin realmente amava as duas, mas desde que haviam resolvido o caso do super soro, era quase impossível deixá-las na mesma sala sem que começassem a discutir. Em algum ponto, Kate havia começado a ignorar Melissa, e a Wayne odiava ser ignorada. Tudo isso virou motivo de discussão até que elas não pudessem trocar uma palavra sem serem rudes uma com a outra, tanta raiva acumulada havia acabado com a amizade delas.

O moreno suspirou, alternando olhares entre as duas.

— O que eu vou fazer com vocês…? — aquela havia sido uma pergunta retórica para ele mesmo, mas Kate respondeu.

— Ela começou.

— Eu comecei?! Quer terminar com isso logo? Vamos lá pra dentro que a gente resolve isso em dois minutos! — Melissa se levantou e Kate fez o mesmo.

— Não estou com vontade de ter dar outra surra — a loira se virou e andou na direção do elevador.

Melissa tentou ir atrás dela, mas Kevin a segurou.

— Eu te deixei ganhar da última vez! — a Wayne gritou, já ignorando o fato de estar tentando não demonstrar sua raiva.

— Além de traidora e maluca que fala sozinha, ainda gosta de apanhar? Isso é preocupante — Kate entrou no elevador.

— Ok, já chega — Kevin segurou Melissa, tirando-a do chão sem a menor dificuldade. Em seguida entrou no elevador com ela e apertou o botão que os levaria até a sala principal. — Quando vão parar com isso?

— Pergunta para a sua namorada, ela é quem me irrita!

— É a única que está exaltada aqui — Kate cruzou os braços.

— Sua calma só aumenta a raiva dela, Kate, e você sabe disso — o moreno se colocou entre as duas. — Escutem, nós somos uma equipe, e divididos não vamos conseguir fazer o que prometemos fazer quando criamos o Deep Six. Sempre que entrarem aqui, ou que estiverem em uma missão lá fora, esqueçam que tem problemas uma com a outra, esqueçam o que aconteceu há meses atrás. Conheço as duas o suficiente para ter certeza de que são muito teimosas, então não vou forçá-las a voltarem com essa amizade, mas chega de provocações e chega de brigas.

As duas permaneceram caladas, desviando os olhares para que a bronca não parecesse tão ruim. Kevin odiava vê-las brigando, pensou que pelo menos aquilo fosse fazê-las pensarem antes de começarem outra discussão idiota.

Antes que ele pudesse falar algo mais, a música Bad Blood da Taylor Swift começou a tocar nos alto falantes do elevador.

“...Now we got problems, and I don't think we can solve 'em. You made a really deep cut, and baby now we got bad blood, hey!”

Kevin pôs uma mão no rosto e suspirou pesadamente. O clima no elevador só piorou conforme a música tocava.

— Scava, o que é isso? — ele questionou.

— Pedido da heroína Prisma, Superboy. Ela disse que a música era perfeita para a Batgirl — a voz robótica respondeu.

Assim que as portas se abriram, os três viram Zoe deslizando pela sala de comando em uma cadeira giratória enquanto ria das expressões das duas outras heroínas.

— Não adoram aquela música? — a Zatara parou perto de onde Ethan mexia em seu computador.

— Brincadeira retardada feita por uma retardada, já deveria saber — Melissa se aproximou da mesa de computadores.

— Não é minha culpa se você gosta de apunhalar pessoas pelas costas, traidora — Zoe sorriu.

— Não a chame assim, Zoe, por favor — Kevin pediu e a maga ergueu ambas as mãos de forma defensiva, seu sorriso não deixando seu rosto. — Eth, estão todos aqui?

— A maioria sim — o Palmer se virou para o líder.

— Chame-os aqui, assim podemos começar a reunião.

Ethan fez um sinal positivo com o dedo e se virou para seu computador, digitando algo nele e em seguida se virando novamente para os outros.

Alguns segundos se passaram e Apolo, Natasha, Grace e Scott saíram do elevador. O atlante ainda estava molhado, e a velocista segurava um pedaço de metal que parecia ser a direção do submarino.

— Alguém quebrou o submarino três lá em baixo… — ela fingiu não saber quem foi. — Mas tenho certeza que foi culpa de um certo peixinho irritante que duvidou que eu conseguisse pegar ele!

— Nem quero saber — Melissa massageou as têmporas.

— Também vamos precisar de novos robôs — Natasha acrescentou.

— Que tal adversários holográficos? Não custam tanto dinheiro e ajudam no treinamento — Cassy disse, entrando na sala principal vinda do corredor.

— Hologramas não atacam de volta — Damian disse, seguindo a irmã mais nova.

Junto com eles, Tony e Yuki também chegaram e todos formaram uma roda no meio da sala.

— Agora que estão todos aqui, qual é o problema, Eth? — Kevin perguntou e o Palmer se levantou, ficando no meio da roda.

— Desde que os jornais começaram a noticiar adolescentes ou, no caso dos mais velhos, jovens adultos lutando contra o crime, muitos imitadores voltaram a aparecer nas ruas — Ethan explicou.

— Sempre houveram pessoas que querem imitar os heróis e vigilantes, a polícia cuida deles e, de vez em quando, nossos pais — Kate falou.

— Tem razão. O problema, dessa vez, é que desde que formamos o Deep Six, vocês tem feito muitas missões por todo o país, então estão bem conhecidos. A maioria desses novos imitadores estão imitando vocês, e a maioria deles… — Ethan apertou um botão em seu relógio e a enorme tela do computador principal se acendeu, mostrando várias fotos. — São crianças e adolescentes.

— Eles devem ter péssimos pais. Que maluco deixa uma criança colocar uma fantasia e sair pela noite tentando bater em bandidos?! — Grace se voltou para o grupo de vigilantes da equipe, percebendo que eles faziam isso desde que eram crianças.

— Nós tivemos treinamento — Cassy logo disse. — Nossos pais fizeram questão de que estivéssemos preparados para lutar contra o crime antes de fazermos isso.

— A questão é que essas crianças estão saindo no meio da noite tentando salvar as pessoas e acabam se ferindo — Ethan mostrou outras fotos nada agradáveis.

— Não podemos ir de porta em porta pedindo para os pais acorrentarem as crianças com imaginação fértil à cama. O que quer que façamos? — Tony indagou.

— Em qual cidade isso tem acontecido com mais frequência? — Kevin perguntou antes de responder o detetive.

Ethan apertou outro botão e Metrópolis apareceu grande na tela, junto com algumas outras cidades com nomes menores.

— Vamos começar a fazer patrulhas pelas cidades, vamos impedir que essas crianças e adolescentes façam alguma besteira ou se metam em problemas e vamos conversar com eles sobre o por quê não devem tentar enfrentar criminosos como se fossem o Batman — o Kent olhou para Scott. — Vou precisar da sua dupla nesse caso, Scott.

— Sem problema, ela está com raiva de mim mesmo — o atlante deu uma risada e se afastou da velocista quando ela tentou acertá-lo com o pedaço de metal em suas mãos.

— Ok. Então Grace e eu cuidaremos de Metrópolis por causa da nossa super velocidade, o resto das duplas ficam nas outras — ele viu todos concordarem com a cabeça. — Nat, Zoe, avisem ao Miles e ao Joe sobre isso.

— Pode deixar — Natasha respondeu.

— O Miles está um pouco ocupado com alguns assuntos da outra equipe, então acho que vou fazer dupla com o gato de Atlantis — ela ergueu a mão e Scott bateu na palma da mesma.

— E sem o Kev posso patrulhar com a Cassy e o Damian — Melissa falou.

— Vamos esperar que isso dê certo — Ethan disse a Kevin.

— Vai dar — o moreno se lembrou do bilhete em seu bolso e resolveu trazê-lo a tona. — Sabem o que isso significa?

Ele passou o bilhete para Kate, que franziu o cenho por um momento e o passou para Melissa.

— É uma charada… Não sei a resposta — ela passou o papel para sua irmã, sem muita paciência para realmente pensar.

— Com certeza é uma charada. Já namorei o Cameron Nigma, mas ele nunca me falou dessa aqui — Cassy leu três vezes e não conseguiu pensar em nada. — Deve ser tão óbvio que eu não consigo pensar em nada.

Ela passou para Damian, que leu uma vez e a entregou para Yuki sem dizer nada. A oriental leu a charada e Tony fez o mesmo por cima do ombros dela.

— Xadrez — os dois disseram ao mesmo tempo.

— É claro! — Cassy pegou o papel de volta. — Óbvio, eu disse.

— Ah, pessoas de inteligência média boiando aqui — Grace ergueu a mão e acenou.

— A charada humaniza as peças do xadrez. Trinta e dois homens e mulheres se refere às trinta e duas peças do jogo, duas lado a lado se refere ao Rei e a Dama — Tony esclareceu.

— Roupas formais pretas e brancas são as cores das peças no tabuleiro, e o fato de que se uma se mover todas começam a lutar faz referência ao início de uma partida — Yuki completou. — E parece que a partida já começou.

— Está brincando de charadas agora, Kent? — Melissa arqueou uma sobrancelha.

— Não. Uma das amigas da Amanda Luthor entregou para ele hoje na universidade — Apolo disse.

— Bom, o que isso quer dizer? Que ela quer jogar xadrez com ele? — Scott brincou, mas os heróis estavam sérios.

— Quer dizer que eles estão tramando algo e que já começaram — Damian concluiu.

— Ótimo, tudo o que precisávamos era de mais vilões malucos como aqueles que enfrentamos no banco — Kate suspirou.

— É, não queremos ver a Cassy correndo de medo e o super ninja apanhando de novo — Tony ironizou, fazendo Damian dar um passo em sua direção.

— Tenta passar a sua vida toda matando quem entra em seu caminho e de repente começar a lutar sem poder nem cortar seu adversário! — o Wayne vociferou.

— Ele está certo, estava acostumado a matar e agora não pode. Ainda está aprendendo a lutar sem atravessar a espada no peito de alguém — Yuki puxou o namorado para que se afastasse do detetive.

— E eu tenho medo de lobos! — Cassy disse, irritada com o comentário do Bertinelli.

— Você pula de aviões, de prédios, quase morre umas três vezes por semana e tem medo de um cachorro? — Zoe inclinou levemente a cabeça para o lado, confusa.

— Eles não são como cachorros, são mais agressivos e eu já fui atacada por um uma vez quando estava em uma missão confidencial no Alasca. Não vou nem mostrar a cicatriz porque é muito feia, mas morro de medo deles. E eu aposto meu braço direito que todos aqui tem medo de alguma coisa!

— Ter medo é normal, Cassy. Scava não vai mais te mandar em missões em que o cara lobo dessa última esteja nela — Kevin assegurou. — E por falar nesses três, aposto que tem algo a ver com o novo plano brilhante dos Luthor. O que sabemos sobre eles, Questão?

— Não consegui identificar a loira que deu uma surra no Damian pelas câmeras por causa da máscara, os outros dois são a Arqueira Noir que a Kate já enfrentou antes e Wolf, que por acaso é filho da Vixen — Tony respondeu.

A maioria já sabia sobre o filho da heroína que havia se tornado um vilão e achavam horrível quando aquilo acontecia.

— Dami, você falou com a garota loira quando lutaram, sabe algo sobre ela? — Cassandra, assim como os outros heróis, olhou para o irmão.

— Sim — ele respondeu, de forma curta e neutra.

Quando todos esperaram por alguns segundos e ele não disse nada, Ethan falou:

— Se importa em compartilhar? — o mais novo deu alguns passos para trás quando o olhar do Wayne se voltou para ele.

— Ela é Shi Yamashiro, a prima da Yuki que roubou a espada da Katana — o moreno se voltou para a namorada.

A oriental arregalou os olhos e sentiu sua respiração ficar presa em sua garganta.

— Ela quer terminar o que o pai dela começou, quer matar a Yuki e a Tatsu. Assim como a Cassy não deve ir em missões contra o Wolf, Kodachi também não deve ir contra a Shi.

— Você não decide isso! — a Yamashiro disse, sentindo sua raiva aumentar com a fala dele. — Quando pretendia me contar sobre isso?

— Não pretendia — ele olhou para ela, respondendo-a honestamente.

Zoe balançou a cabeça em sinal de negação e Cassy fez sinal para ele calar a boca.

— Sei que é legal você ser honesto, mas da próxima vez, minta — Scott disse e Natasha lhe deu um empurrão. — O quê? Evita magoar sentimentos.

Yuki abriu a boca para dizer algo, mas simplesmente se virou e andou na direção do elevador.

— E o ninja tem segredos, que surpresa! — Grace ironizou.

— Se tivéssemos uma plaquinha na base com os dizeres "Dias sem brigas", ela estaria sempre no zero — Zoe riu.

— Acho que já tivemos o bastante de conflitos por hoje — Kevin suspirou. — Vamos começar com o plano hoje a noite. Ethan, pode planejar lugares estratégicos em que teremos que ir?

— Sim, vai levar alguns minutos com a ajuda da Scava.

— Ok. Coloquem seus uniformes, Tony vai trazer sua dupla de volta e vamos sair — o Kent viu todos concordarem e irem pegar seus equipamentos e uniformes.

Melissa foi na direção do amigo e o ficou encarando por um tempo.

— Tudo bem? — ele pareceu preocupado com o fato de ela o estar encarando.

— Você é bom nisso.

— No quê? — o moreno deu um leve sorriso ao perceber que não era nada sério.

— Liderar. Seu pai faz isso muito bem, já devia esperar — ela deu um soco de brincadeira no ombro dele e o mais novo fingiu sentir dor.

— Estava esperando que fosse mais fácil.

— Não é e nunca será, mas você está fazendo um ótimo trabalho. Se precisar de ajuda... Pode pedir para o Apolo, eu não tenho paciência para esse tipo de coisa.

Kevin deu uma risada e a morena sorriu.


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Notas finais do capítulo

Treta se formando, prometo que logo algo impactante vai acontecer, mas esse capítulo é mesmo importante.

Me digam se gostaram pelos comentários ou pelo tumblr, lembrem-se que escrevo para agradar vocês, Pumpkins!!

Un beso mis amores :*