Deep Six - Novos Horizontes escrita por Gothic Princess


Capítulo 3
Capítulo III - Trio mortal


Notas iniciais do capítulo

Hello, heroes!! Desculpem pela demora, tive alguns probleminhas pessoais e demorei a escrever esse capítulo, mas não vai acontecer de novo :)

Obrigada a todos os leitores novos e aos antigos que estão acompanhando!! Logo vou fazer o especial dos uniformes no tumblr, até lá, imaginem como quiserem.

Espero que gostem desse novo capítulo :3



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Fleur raramente errava um tiro, treinava dia e noite com o arco para nunca ter esse tipo de problema, e adorava quando suas flechas atravessavam o ponto vermelho no meio do alvo. O boneco de treino estava a trinta metros de distância, ela tinha uma flecha preparada para atirar e estava mais do que certa de que iria acertar o alvo.

— Quando quiser… — Alex comentou, já impaciente com a demora da arqueira.

Ela virou o rosto na direção dele com uma expressão séria e quase irritada. Odiava ser interrompida quando estava prestes a fazer um tiro perfeito. Sem nem olhar para o alvo, Fleur disparou e acertou em cheio o ponto vermelho no meio.

— Não enche meu saco, Luthor — ela andou na direção do alvo, que estava bem longe. — Por que está me vendo treinar?

— Porque o treinamento do Iceshot e da Robotgirl está muito chato, o seu pelo menos é mais animado. O único problema é quando você fica cinco minutos encarando o alvo — Alex apoiou o ombro na parede cinza da sala de arco que havia na base que ele e sua irmã haviam construído para a Equipe Venom.

— Tenho que dar tiros precisos. Sei que não entende nada de fazer um trabalho bem feito, mas tudo o que faço precisa ser perfeito — Fleur pegou sua flecha, que havia atravessado boa parte do alvo, e andou na direção da saída.

— Admiro seu estilo perfeccionista, esse é um dos motivos para gostar de tê-la na equipe — o loiro a seguiu para o lado de fora, andando pelo corredor ao lado da jovem.

— Não tem coisa melhor para fazer? — ela questionou, tentando resistir à vontade de enfiar a flecha no pescoço dele.

— Ele tem — os dois ouviram a voz de Jeffrey e se viraram para uma passagem na parede direita do corredor. — Pode nos dar licença, Arqueira?

— Com prazer — Fleur deu um sorriso de falsa simpatia para Alex e continuou seu caminho.

Jeffrey fez um sinal com a cabeça, mandando o Luthor ir para a sala em que ele estava. Alex o fez, entrando no local que por acaso era seu próprio laboratório.

— Como anda o projeto? — o Crane perguntou, andando enquanto mexia em alguns papéis espalhados pela sala.

— Está parado. A quantidade de sangue que temos não serve para o que quero fazer — Alex apontou para uma câmara branca presa na parede. — Usamos uma grande parte dele para fazer o soro.

— Ah, nem me lembre desse fracasso colossal, sinto até uma dor no estômago quando fala disso — Jeffrey zombou, dando um sorriso. — Então precisa de mais sangue? Isso é fácil de conseguir. Em quanto tempo fica pronto?

— Com uma boa quantidade, talvez um mês.

— Alex, Alex, Alex… — Jeff se virou para o cientista e aproximou-se dele, o sorriso deixando seu rosto. — Um mês é muita coisa. Precisa fazer em menos tempo.

— Acha que é fácil?! Foi preciso anos para criar um, já estaria fazendo um milagre com esse!

— Consegui uma cobaia para você, te dei todos os arquivos sobre o projeto anterior… Não sei como facilitar mais — o Crane cerrou os punhos e respirou fundo, voltando a falar mais calmamente do que antes. — OK, vou te dar um mês. Mas no segundo em que ele sair dessa base, quero que o estrago seja grande.

— Vai ser — Alex sentou-se em sua cadeira. — Como pretende pegar o sangue dele?

— Deixe os detalhes comigo. Enquanto isso, acho que está na hora de começarmos — Jeffrey pegou seu telefone em seu bolso e ligou para sua irmã. — Jane, leve o “trio mortal” lá para baixo, o jogo começa agora.

Depois de dizer isso, ele desligou.

— Aqueles dois ainda estão muito crus para saírem assim, não acho que tenham potencial para serem vilões — Alex disse.

— Eles são perfeitos, só precisam de um empurrãozinho.

— E aquele outro cara, o que só aceita pagamento em diamantes? Não vou gastar mais dinheiro com isso, Crane.

— Luthor, relaxa, eu cuido de tudo — Jeffrey, como sempre, estava tranquilo e confiante, e isso irritada Alex de vez em quando. — Continue com seu trabalho, logo terá o sangue.

O mais velho deixou a sala e andou até as escadas, indo para o andar de baixo onde Shinigami, Wolf, Arqueira Noir e Jane esperavam por ele, todos com seus uniformes.

A oriental usava uma máscara japonesa com detalhes pretos, deixando apenas seu cabelo loiro, preso em um “rabo-de-cavalo” a amostra. Sua roupa se assemelhava a um kimono com alguns detalhes de uma armadura samurai. Arqueira Noir colocou seu capuz e cobriu a parte inferior de seu rosto com um pano negro, preparando seu arco. Wolf deixou as garras afiadas de metal saírem de suas luvas, sua máscara de lobo com linhas prateadas que pareciam dar mais vida às feições da mesma.

— Se prepararam rápido, gostei — Jeffrey sorriu.

— Estamos mofando nesse lugar há meses, só estávamos esperando você finalmente resolver começar — Wolf disse.

— Sinto muito pela demora, precisava melhorar o treinamento do Iceshot e da Robotgirl, não queremos elos fracos na nossa corrente — o Crane pegou um pedaço de papel e o entregou para Shi. — A primeira parte do plano é simples, façam com que todas as atenções estejam voltadas para vocês enquanto Jane rouba a joalheria de Gotham. Tenham certeza de que muitos policiais precisem ser chamados, e até alguns heróis, entretenham eles até receberem o sinal da Jane.

— Não quer que saibam sobre os diamantes? — Arqueira Noir olhou para o endereço por cima do ombro da oriental.

— Os heróis tem membros com uma grande capacidade de dedução, odiaria estragar a surpresa já no início do jogo. Mas se descobrirem sobre os diamantes não vai fazer muita diferença, não podem nos parar agora — ele se virou para a irmã. — Tenha certeza de que não hajam testemunhas.

— Deixa comigo — Jane deu um sorriso para o irmão e andou até uma moto preta estacionada ao lado de um carro da mesma cor.

Os três outros vilões foram para o carro e Jeffrey esperou até eles terem saído por uma passagem que se abriu na parede. Finalmente, depois de meses planejando, seu plano seria iniciado.

§

— Por favor, deixa eu ir! — Grace implorou, querendo sacudir o monitor do computador a sua frente, porém o mesmo tinha 63 polegadas.

— Grace, para de discutir com a Scava — Ethan puxou a cadeira da loira para longe do computador.

— Ela não me deixa sair em missões! Essa coisa me odeia — a velocista cruzou os braços, indignada.

— Apesar de eu não possuir sentimentos, não tenho nada contra a sua pessoa — a voz feminina robótica respondeu. — E já expliquei que a missão em que Apolo e Kevin estão requisita as habilidades de ambos, não as suas.

— Minhas habilidades servem para qualquer coisa — Grace argumentou.

— Correto. Elas são muito valiosas, então devem ser usadas quando mais se precisarem delas. No momento não precisam de você, por isso não a coloquei na missão — Scava explicou, deixando a jovem sem argumentos.

— Eth, desliga ela! — ela murmurou.

— Ninguém vai desligar a inteligência artificial que eu criei.

— Nós criamos, eu te ajudei — ela se levantou e apontou na direção do monitor. — Sou sua criadora, mocinha, é melhor me obedecer!

— Suas reclamações são muito bem-vindas e serão arquivadas para ajudar a melhorar meu programa no futuro — Scava respondeu e Grace suspirou pesadamente.

— Nunca bati em um computador antes, mas ela tá pedindo, Eth.

— Relaxa, se ela não te mandou em uma missão ainda é porque está esperando até ser algo muito importante — o Palmer sentou-se na cadeira em que antes Grace estava e começou a mexer em seu notebook.

— Mas eu não quero ficar parada! Sei que ela está “reservando meus poderes para uma emergência”, mas todos já saíram desde que construímos a base nova menos eu.

— Ela é mais inteligente do que todos nós juntos, deveria ouvi-la.

A loira lançou um olhar nada contente para o monitor em que a inteligência artificial estava e quando ia argumentar mais com o amigo, ouviu alguém correndo e Cassy saiu do corredor onde as salas ficavam parecendo ter feito alguma besteira.

— Oi, gente — a Wayne sorriu, um pouco ofegante.

— O que você fez? — Ethan perguntou.

— Eu? Nada! Por que a pergunta? — o sorriso da morena tornou-se um de nervosismo.

— Só curiosidade — o Palmer revirou os olhos, sabendo que logo algo aconteceria.

Kate e Yuki saíram do elevador, andando até seus amigos e também percebendo a expressão de Cassy.

— O que fez dessa vez? — Kate disse, com um suspiro.

— Nada! O que faz vocês pensarem que fiz algo? — a Wayne fingiu-se de inocente.

— Tem estado muito estranha ultimamente, fazendo coisas estranhas que deixam uma pessoa estranha muito irritada — Grace esclareceu.

— Não sei do que está falando, sou só uma garota inocente — ela virou-se para a inteligência artificial. — Alguma missão para nós, Scava?

— Ainda não.

— Scava? Quando escolheram esse nome? — Yuki deu uma leve risada ao ouvir o nome incomum.

— A Grace queria dar o nome de Scarlett, e eu de Ava, então escolhemos Scava — Ethan girou em sua cadeira.

— Tenho pena dos filhos de vocês — Kate riu e Ethan quase caiu da cadeira após o comentário.

— Eu que vou escolher o nome dos meus filhos, eu é quem vou carregar eles na minha barriga! — Grace logo disse, parecendo não perceber o que a amiga insinuara.

— Bom, se não tem nenhuma missão, acho que vou… — Cassy apontou na direção do elevador, quando todos ouviram.

— Cassandra! — o grito veio do corredor e assustou a todos.

A Wayne correu para trás de Kate e olhou por cima do ombro para ver Tony sair do corredor e andar em sua direção.

— Não acho mais graça nisso — ele disse, com raiva.

— Então achava graça antes? — ela segurou a risada, correndo para mais longe do maior, porém ele a seguiu.

— Eu não estou de brincadeira! Se mexer no meu quadro de teorias de novo, eu vou… — ele foi interrompido quando Yuki se colocou entre ele e Cassandra.

— Vamos todos nos acalmar — a oriental olhou para Cassy. — Você mexeu nas coisas dele de novo?

— As teorias fazem muito mais sentido agora — ela deu de ombros.

— Fica longe das minhas coisas! — Tony parou de tentar se aproximar dela, e se a jovem pudesse ver a expressão do mais velho, diria que ele estava muito irritado. — Estou falando sério.

— Só estava... — Cassy tentou falar, mas ele fez sinal para ela calar a boca.

— Não quero saber. Não entra mais na minha sala.

— É da Yuki também, posso ir lá se ela quiser — a morena cruzou os braços.

— Então não passa pra droga da minha parte da sala ou vai se arrepender! — ele virou as costas para ela e voltou para o local de onde veio.

— Está tentando testar a paciência dele pra ver quando ele vai te matar? — Yuki perguntou, sabendo que ultimamente os dois estavam menos amigáveis um com o outro do que de costume.

— Ela está tentando deixar ele ocupado — todos ouviram a voz de Damian, que havia aparecido do nada ao lado de Kate.

— Por que ela estaria fazendo isso? E por que você não faz barulho quando entra nos lugares?! Vai acabar nos matando do coração assim — Grace pôs a mão no peito após o susto.

Ele ia responder, quando a voz de Scava soou por toda a sala de comando.

— Assalto a banco no centro de Gotham, um homem e duas mulheres invadiram e a polícia não está conseguindo obter resultados. Heróis requisitados para a missão... — o computador começou a analisar as possibilidades rapidamente.

— Eu, eu, eu, eu, eu! Me escolhe! — Grace ergueu a mão e começou a pular.

— Questão, Canário e Kodachi — Scava respondeu. — Tempo de chegada ao local, dois minutos via teletransporte.

— Ahhh, você me odeia... — a velocista correu até sua sala, desistindo de tentar.

— O Tony tá bem irritado, deixa que eu vou no lugar dele — Cassy disse.

— Analisando... Heroína Cat pode substituir o herói Questão na missão.

— Acho melhor eu ficar com o Tony, a Cassy passou dos limites dessa vez — Yuki se virou para o namorado. — Pode ir no meu lugar?

Damian olhou para Scava, que já analisava o que a oriental dissera.

— Batclaw pode substituir a heroína Kodachi na missão, pois sua dupla Cat estará nela.

— Valeu — Yuki deu um beijo na bochecha do namorado e correu para sua sala.

— Sua namorada acabou de trocar uma missão para ficar com outro cara, isso é tão... — Cassy segurou a risada quando seu irmão lhe lançou um olhar sério. — Normal. Tão normal, ela é uma ótima amiga.

— Vamos logo antes que você provoque mais uma briga — Kate puxou Cassy para que fossem se trocar.

Quando os três estavam prontos, foram para o teletransporte.

— Por que está tentando manter o Tony ocupado? — a Queen perguntou para a Wayne.

— Porque um tal de Crane voltou para cidade — Damian respondeu, recebendo um olhar surpreso da irmã. — Ouvi você discutindo isso com a Mel outro dia, disse que está mantendo ele ocupado porque não quer que ele saiba do Crane.

— Crane? O seu ex-namorado? — Kate questionou.

— Sim... Não quero entrar em detalhes, mas não acho que ele tá pronto ainda para reencontrar o Jeffrey, não depois de tudo o que aconteceu. E ele melhorou tanto desde que criamos a equipe, não quero que ele volte a ficar caçando o Crane igual a um maluco.

— O que houve entre esses dois foi algo sério, pelo visto — Damian subiu no teletransporte com as duas.

— Sem comentários... Eth, pode mandar a gente — a morena viu o Palmer assentir.

§

Arqueira Noir tinha três flechas explosivas preparadas em seu arco, mirou na direção de alguns carros de polícia que estavam parados na frente do banco. Ela disparou as flechas e as mesmas acertaram os automóveis, logo fazendo-os voarem pelos ares e deixando vários oficiais feridos no processo.

— Se tentarem entrar, mataremos todos aqui dentro! — Shinigami berrou pela janela ao lado da que Fleur havia disparado as flechas.

As duas desceram por uma escada até o andar de baixo, vendo vários reféns extremamente apavorados encolhidos em um canto do local. Wolf jogou mais duas bolsas de dinheiro no chão perto da saída dos fundos e se aproximou das vilãs.

— Não sei como chamar mais atenção do que isso — ele comentou, vendo que mais viaturas de polícia chegavam do lado de fora.

— Fique atento, logo algum herói vai aparecer aqui para tentar salvar o dia — Arqueira Noir já tinha uma flecha preparada, caso isso acontecesse.

— Tá mais do que certa — os três se viraram para trás, vendo uma jovem com roupas pretas e bem justas em seu corpo, uma máscara e um arco com orelhas de gato. — E é bom ver caras novas por aqui, as velhas já estavam me enchendo o saco. Sem ofensa, Lobinho.

— Mate-a — Wolf ordenou e a Arqueira disparou a flecha.

Cassy segurou a mesma com uma das mãos antes que chegasse perto de seu peito e pulou de cima do balcão em que estava, esquivando-se de mais três flechas e segurando outra.

— Minha Nossa, você é boa! — Cat sorriu e viu Shinigami puxar sua katana.

Logo Batclaw apareceu na frente da oriental e bloqueou o golpe que ela tentara desferir usando as manoplas em seu antebraço. Assim que deu uma boa olhada na lâmina da katana, acertou um chute na barriga de Shi e a jogou para trás.

— Essa espada não lhe pertence — ele reconheceu a Soultaker de quando era criança e via Katana usando a arma.

— Bom observador. Deve ser amigo da minha prima para reconhecer a Soultaker — Shinigami deu um sorriso sob a máscara. 

Damian puxou sua própria katana e começou uma troca violenta de golpes com a loira, faíscas saindo de suas lâminas sempre que estas se encontravam com muita força. Ele tentou acertar um dos braços dela, porém a jovem percebeu antes e se esquivou com maestria, tentando usar sua katana para cortar a garganta do moreno. O maior conseguiu abaixar a cabeça a tempo, e como resultado, ela pulou por cima de seu corpo e empurrou suas costas com os pés, fazendo-o cair para frente.

Cat, assim como os outros dois vilões, assistia a luta dos dois espadachins, impressionada. Só parou quando viu Wolf se virar para ela.

— Ei, você não tá mais chateado, né? Sinceramente, você é o único amigo meu que coloquei na cadeira e ficou com raiva de mim, não seja tão sentimental! — a heroína deu alguns passos para trás quando ele apertou um bracelete em seu pulso. — Ok, ok, não vamos nos precipitar...

As garras das luvas dele saíram e o vilão se abaixou, de forma que suas mãos também estivessem no chão.

— Lobinho bonitinho, não me ataca, por favor — Cassy continuou a dar vários passos para trás, enquanto Wolf andava em sua direção lentamente, como se realmente fosse um lobo prestes a abater sua presa.

Ela sabia que correr naquela situação era a pior coisa a se fazer, mas ao ouvi-lo rosnar, simplesmente se esqueceu que quando ele ativava o bracelete e mimetizada as habilidades de um lobo, ganhava a velocidade de um. Saiu correndo sem pensar duas vezes e ele foi atrás dela.

Arqueira Noir parou de prestar atenção na luta de Shinigami e Batclaw quando ouviu o som de algo caindo perto da saída dos fundos. Viu que Canário havia tirado boa parte dos reféns dali e ajudava mais deles a saírem. Ela puxou seu arco e começou a atirar na direção da heroína, que percebeu e deu vários saltos para o lado, desviando as flechas e parando atrás de uma pilastra.

Kate ouviu os gritos de Cassy e logo em seguida a morena apareceu do seu lado, também escondendo-se atrás da pilastra.

— O que aconteceu? — Canário sussurrou.

— Eu tenho medo de lobos, ok?! — a morena gritou, sua respiração descompassada.

— Lobos?

— Sim! Eles tem garras, comem pessoas... São como cachorros, mas não são fofos e comem pessoas! — Cat ouviu o som das garras dele no chão e se virou para Kate com um olhar desesperado.

— Eu cuido disso — Canário saiu de trás da pilastra, logo dando um grito que atingiu tanto a Arqueira Noir quanto Wolf, ambos caindo no chão com as mãos nos ouvidos.

Cat também cobria os ouvidos, mas não fora afetada pelo grito. Ela olhou para o lado e viu que Shi ainda trocava golpes com seu irmão, e que sua espada estava liberando uma aura negra e extremamente medonha.

— Tem razão — Shinigami falou, e Cassy, por um segundo, pensou que ela tivesse falado com a espada.

A oriental desviou a katana de Damian para o lado e desferiu um soco em sua garganta quando o maior voltou sua atenção para sua espada. Ela, em seguida, deu um salto e acertou um chute circular na máscara dele, a força que ela usou trincando o vidro negro que ficava na altura dos olhos do herói.

Cat correu até eles e empurrou Shinigami para longe de seu irmão, evitando que ela acertasse a espada no outro enquanto ele tentava se recuperar. A morena se jogou no chão quando a katana passou de raspão por seu rosto e rolou para o lado, afastando-se da oriental.

— Canário, derruba essa aqui também! — Cat gritou e Kate se preparou para gritar, quando Shinigami pôs a mão em um de seus ouvidos e correu na direção da Arqueira e Wolf.

— Ela conseguiu, vamos embora — a oriental puxou Fleur do chão e as duas precisaram ajudar Wolf a se levantar, já que sua audição aumentada havia sido extremamente danificada pelo grito.

Canário olhou para Damian, que fez sinal dizendo que estava bem e mandando ela ir atrás dos vilões. A loira assentiu e tentou correr até mais perto dos três, porém foi impedida quando uma flecha acertou o chão bem na sua frente. A luz piscando na mesma era um péssimo sinal.

Kate rapidamente se virou e correu para longe, mas a explosão ainda a jogou contra a parede e vários pedaços do chão se espalharam para todos os lados, assim como uma fumaça densa.

Damian havia puxado Cassy para que ficasse embaixo de si quando percebeu que a flecha iria explodir, e quando a poeira baixou, ele se levantou, indo procurar por Kate.

— Eles fugiram! — Cat gritou, andando até onde os três estavam. As bolas de dinheiro haviam sumido também.

Damian encontrou Kate caída no chão não muito longe de onde ele estava e a segurou nos braços.

— Ela desmaiou — ele informou.

— Droga! — Cassy chutou um pedaço de mármore grande que havia sido explodido para fora do chão, frustrada. — Ela está bem?

— Acho que só bateu a cabeça — ele olhou bem para o rosto da loira. — Vai acordar logo.

— Espero que sim — Cat pôs a mão em seu comunicador. — Eth, nos leve de volta.

— Como foi? — o Palmer perguntou.

— Manda a gente de volta, por favor! — ela tentou não gritar, mas estava mesmo estressada com aquela falha.

— Ok, nada bem, entendi. Já vou trazer vocês.

— Obrigada — ela suspirou e olhou ao seu redor.

Pelo menos os reféns haviam saído antes da explosão.


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Notas finais do capítulo

Soultaker: Espada da Katana que prender as almas de quem ela mata dentro da espada. As almas do pai da Shi, do pai e da irmã da Yuki estão presos na espada porque foram mortos com ela. O usuário da espada pode se comunicar com os espíritos dentro dela.

S.C.A.V.A é o nome de uma música da minha banda favorita, que todos os fãs acham que recebeu esse nome porque é o nome misturado das filhas de dois membros da banda (Scarlett e Ava), mas eles nunca confirmaram. Não imagino a inteligência artificial do DS com outro nome kkkkk

É isso, espero que tenham gostado!! Me digam pelos comentários ou pelo tumblr, vou adorar responder ;D

Un beso mis amores :*