Written In The Stars escrita por DarkUnicorn


Capítulo 8
Os Sentimentos brincam com a gente...


Notas iniciais do capítulo

~NÃO EU NÃO MORRI~

ADIVINHA QUEM FOI A TROUXA QUE PERDEU UM CAPÍTULO INTEIRO? SIM, EU!

Mano, faltava só postar T.T Então eu digitei tudo de novo e aqui está!

P.s- Desculpa se eu não responder esse capítulo por que hoje vão vir dois!!! E o outro vou deixar programado.... Mas eu juro que respondo!

Beijos e até as notas finais ♥



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Pov. Kaito

Essa história teria de tudo para ser um conto de fadas. A doce e bela princesa que se apaixonou por um plebeu qualquer. Só tem um problema. Ela não gosta de mim, nem mesmo deve se lembrar de quem sou. Mas eu, trouxa do jeito que sou, nunca a esqueci. Tínhamos dez anos naquela época. Era inverno, nunca gostei muito da neve, sempre achei um saco ter que colocar quinhentas blusas só para sair de dentro de casa, mas acho que a partir desse dia comecei a gostar um pouco mais desse clima.

Minha mãe tinha me obrigado a levar o mimado do meu irmão mais novo, Akaito, na casa de algum amigo. Em troca, ela me daria dinheiro para tomar sorvete (por mais que estivesse frio, não ia recusar minha sobremesa favorita).

Só que eu não estava nem um pouco a fim de sair sozinho. Por maior que seja meu amor por sorvete, eu realmente não estava afim. Eu podia ligar para os gêmeos, mas eles estavam tão estranhos, não brigavam, mas, dava para perceber que tinha alguma coisa acontecendo entre eles. A melhor ideia era vencer a timidez e fazer algum amigo na rua.

Andei até um parque onde alguns pré-adolescentes brincavam de guerra de bolas de neve. Porém, não foi isso que me chamou atenção, e sim uma menina que estava sentada em um banco, ela abraçava os joelhos com uma mão e com a outra fazia desenhos na neve com um graveto. Seu cabelo longo verde-água estava preso em uma trança que ia até a metade da costa. Seus olhos azuis estavam com um olhar distraído entediado ao mesmo tempo. Mas isso só a deixava mais linda.

Ela era linda.

Fui me aproximando dela e sentei a seu lado.

— Oi... — Falei timidamente. A garota pareceu levar um susto, pois deu um pulo em seu lugar junto a umKyahh fraco. Ela ajeitou seus óculos.

— Oi...

— Você está bem? Eu te assustei? — Perguntei, já sabia a resposta da segunda pergunta, mas mesmo assim...

— Não tem problema — Sorriu, mostrando o aparelho metálico — Estou bem!

— Meu nome é Kaito — Afirmo — e o seu?

— Hatsune Miku — Sorrio.

— Por que você não está lá, brincando com os outros?

— Bem, é que... Eles não gostam de mim, — Fitou o chão — Dizem que sou esquisita...

Ficamos um tempo em silêncio.

— E você? — Perguntou.

— Hum? — Soou como “o que eu tenho?”.

— Por que não está lá?

Dei de ombros.

— Não gosto muito de neve, só isso.

Tá, eu também queria falar com ela, mas Miku não precisava saber disso...

— Entendo. — Arrumou o casaco. — Eu também não teria vindo se não fosse meu irmão.

— Quem é seu irmão? — Mudo de assunto.

— Aquele ali no meio da “briga”, o que é parecido comigo, sabe?

— Ah, estou vendo. Vocês parecem gêmeos.

— O que? Não! Eu sou a irmã mais velha. Sou muito mais madura que ele!

Eu rio.

— Ok, a garota que se assustou com um “oi”, é muito madura.

Ela sorriu.

 — Sou sim! Naquela hora você me pegou desprevenida!  Mas e você? Tem irmãos?

— Tenho sim, um irmão mais novo ‘surpriendamente’ chato!

Miku riu. Não foi em tom de deboche, pelo contrario.

— Se fala “surpreendentemente” — Disse alegre.

— Ah... Não sou muito bom nas aulas de japonês.

Sorriu compreensiva.

— Ei, Hatsune-san... — Ela me interrompe.

— Pode me chamar de Miku.

Foi minha vez de sorrir.

— Miku-chan, você quer passear comigo? — A mesma ficou vermelha.

— C-claro — Me levantei, ela repetiu o gesto. — Aonde vamos? — perguntou.

— Na sorveteria, que tal?

— Sorvete no inverno? — assenti —  Você é estranho.

— Você também, — Digo brincalhão — Se fosse normal não estaria vindo comigo.

Ela sorriu de canto.

Durante o passeio, nós ficamos conversando sobre assuntos variados, mas principalmente nossos gostos, que eram bem diferentes, mas isso não nos impediu de ter uma conversa bem animada.

—  Sua cor favorita? — pergunto

— Humm... Rosa, bem clarinho — Responde — A sua?

— Azul escuro. — respondo.

— Qual sua banda favorita? — Questiona.

—Eu gosto bastante de J-rock, — Dei de ombros — mas não tenho uma preferida, e qual a sua?

— BTS — Sorriu — Eu sou apaixonada pelo Suga — Corou.

— Eu não entendo vocês, garotas, minha melhor amiga também está apaixonada por um cantor.

— Ele não é UM cantor, ele é O Rapper — Ao se mexer seus óculos deslizaram até a ponta de seu nariz, ela os ajeitou, sorrindo. Ela é muito linda.

— E você é A garota. — Pensei alto. Miku arregalou os olhos ficando vermelha.

— D-descupe... Não queria ter dito isso...

Aos poucos, aquela expressão foi deixando seu rosto, dando lugar para um lindo sorriso.

— Não precisa se desculpar Kaito-kun.

A esverdeada veio com seu rosto mais perto do meu. Seus lábios avermelhados, iam cada vez mais perto da minha bochecha, dando um beijinho ali, o que fez ambos ficarmos vermelhos.

Aquele dia, com certeza foi um dos melhores da minha vida.

Não faz muito tempo que ela se mudou para nossa escola. Aí vi como ela tinha mudado, não apenas na aparência, mas a personalidade também. Estava esnobe e fútil.

Eu a reconheci de cara. Por mais que ela não tivesse mais a mesma altura que eu, o cabelo estava mais comprido, não usava mais os óculos nem o aparelho, havia algo em seu olhar que me fez lembrar, à tarde com ela.

— Miku-chan? — abri os braços para abraça-la.

— "Chan"? Que intimidade é essa, garoto?

— Sou eu, Kaito, não se lembra?

Pensou um pouco.

— Não, — Franziu a testa — quanto tempo faz que transamos?

Eu suspiro.

— Não transamos. Eu te conheci já faz bastante tempo...

— Então como você quer que eu me lembre? — Falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Mas, eu me lembro... — Murmurei.

— Eu não sou você — Cuspiu as palavras.

Nesses dias meu pensamento não conseguiu sair dela, comparando nossas conversas. Como tinha sido fofa comigo, como tinha sido grossa.

Foi quando eu e Rin ficamos mais próximos, chegando a algo parecido com um namoro, mas eu na verdade, nunca cheguei a gostar dela daquelejeito, tudo que sentia pela loirinha era fraternal, então, terminei com aquele “namoro” antes que ela pudesse realmente gostar de mim. Expliquei tudo que tinha acontecido, e pedi desculpas por ter usado ela para esquecer Miku.

Diferente do que eu esperava, ela entendeu e disse que também estava meio mau por Yuuma ter saído da cidade, e por eu ter sido legal com ela, poderia ter confundido as coisas. Depois disso, continuamos sendo amigos.

Nos dias de hoje minha vida não está muito diferente. Continuo sendo um idiota apaixonado por uma das garotas mais populares da escola, vendo-a ficar com outros garotos, vendo ela me odiar sem motivo.

Não que eu esteja a esperando, eu meio que já aceitei que ela não gosta de mim.  Eu tentei ficar com outras garotas, mas nada além de sexo sem compromisso, porém diferente de muitos caras por aí, eu deixo isso claro para a garota, me tornando depois algo como um amigo.

~~*~~

Hoje, fiquei até umas seis da tarde na casa dos gêmeos quando resolvi voltar para minha casa, não avisei para minha mãe que ia sair, ou seja, me preparando mentalmente para uma bronca.

Estava escuro e o metrô lotado, pessoas desesperadas para ir para casa em horário de pico. Entrei no trem, lotado, se tem uma coisa que eu odeio é ficar em lugares cheios de pessoas, o ar fica pesado e dá uma sensação ruim. Um tempo passou, paramos na estação mais próxima.Mais pessoas. Poucas saíram. Meu Deus, já estava ficando sem ar.

Outra estação, o ar faltava. Comecei a ficar agitado, antes que percebesse movia meu pé repetidamente de um lado para o outro denunciando meu nervosismo, precisava sair dali.

Assim que o metrô parou saí correndo dele, sem me importar com as pessoas fui abrindo espaço entre elas até a porta. É eu deveria ter prestado mais atenção, se eu tivesse feito isso não teria esbarrado em uma moça que tentava sair do trem.

Nós dois caímos no chão, eu por cima, ela por baixo. Corei no mesmo instante.

— S-sinto muito. — Falei.

— Deveria mesmo, idiota. Nunca te ensinaram para não correr por aí? — Falou a garota embaixo de mim.  Como não a reconhecera antes? Olhos azuis, pele clara, cabelo verde-água...

— M-Miku...?

— Ah, é você... — Falou desinteressada. — Não cansa de me seguir, não?

— Não estava te seguindo, não se pode mais andar de metrô? — Desvio o olhar de seu rosto.

— Tudo bem, não me importo. Agora me deixe sair! — Falou. Percebi que ainda estava em cima dela. Levantei-me e estiquei a mão para ela se apoiar. Ela segurou de volta.

 — O-obrigada. — Agradeceu, pela mão.

— Olha, ela sabe falar “obrigado” — Ironizei com um sorriso de canto.

— Claro que sei, baka. Vou indo.

— Tchau para você também.

Ela não respondeu.

Por que nossos sentimentos gostam de brincar com a gente desse jeito? 


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo? Odiaram a Miku? Beijos e até o próximo!!



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