Entre vãos escrita por Miss Birth


Capítulo 4
Novos rumos


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas saiu. Desculpem-me por isso. Mudei de estado, então passei um tempinho resolvendo outras coisas. Esse novo capítulo está bem descontraído e romântico (*-------*). Espero que apreciem!



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Mais um dia ensolarado e agitado em Los Angeles. Pepper levantou-se cedo, como de costume. Preparou um café forte e rapidamente o tomou com algumas torradas. Desde a decisão do chefe em remodelar suas empresas, ela estava mais atarefada que nunca. E o mais difícil era lidar com tantas mudanças sem saber ao menos por onde começar seu trabalho.

Todos esperavam que Tony pudesse definir o quanto antes os parâmetros de sua nova filosofia. Há tempos ele não participava das reuniões com os executivos; estava sempre em casa, especificamente na oficina, trabalhando em seus projetos até então confidenciais. A ausência de Obadiah Stane certamente causava um grande desfalque na administração das empresas, por isso Pepper estava à frente desde sua morte há alguns dias.

Pepper havia deixado seu carro no escritório, mas logo cedo pediu que Happy pudesse apanhá-la em casa. Iria até a mansão para tentar conversar com Tony a respeito dos negócios. Tarefa árdua, porém, necessária. Sabia que ele estaria dormindo àquela hora, ainda mais depois do jantar da noite passada. Foram duas garrafas de vinho até altas horas. A combinação perfeita para garantir que ele ficaria jogado na cama até mais tarde.

—“Bom dia, Jarvis. Suponho que Tony ainda está dormindo, não?”, disse Pepper, entrando na mansão.

—“Bom dia, senhorita Potts. Sim, o sr. Stark ainda está dormindo. Mas pediu que você pudesse acordá-lo pessoalmente.”, respondeu Jarvis.

—“O quê? Ah meu Deus, o Tony tem tido cada ideia...”, resmungou ela.

—“Ele pediu isso ontem, antes de dormir, e disse que é impreterível.”, informou ele.

—“Nesse caso, já que ele insiste... Será um prazer derrubar aquela porta e trazê-lo ao mundo real!”, disse Pepper, rindo só de imaginar algo assim e indo em direção ao quarto.

—“Boa sorte, srta. Potts!”, desejou Jarvis.

Mesmo sabendo que não adiantaria, Pepper bateu gentilmente na porta e chamou por Tony.

—“Acho que terei que pegar uma marreta na oficina. Talvez ele me ouça.”, disse ela, batendo mais uma vez.

—“Isso não será necessário, Pep.”, gritou Tony.

—“Ah, então quer dizer que você me ouviu bater? A propósito, bom dia.”, respondeu ela.

—“Eu estava esperando você bater.”, respondeu ele. “Há mais de uma hora. Já, já, abrirei a porta.”

—“Como é possível que esteja acordado tão cedo depois de tanta bebida, Tony?”, questionou Pepper.

—“Hoje o dia será longo para nós dois, Pepper. Por isso fiz questão de acordar cedo pra iniciarmos logo.”, disse ele, abrindo a porta. “Bom dia, srta. Potts. Gostei do blazer.”

—“Já o usei mil vezes, Tony.”, frisou ela. “Mas... O que vamos iniciar hoje?”

—“Negócios, srta. Potts, negócios.”, respondeu Tony.

—“Estou surpresa com sua pontualidade, chefe.”, provocou Pepper.

—“Ao menos uma vez na vida eu acordei mais cedo que você, Pep. Mas como eu disse, temos muito a fazer. Vamos ao escritório.”

—“Vou dizer ao Happy que prepare o carro.”, disse ela, virando de costas para a porta, quando sentiu a mão de Tony segurar seu pulso.

—“Não será necessário, Pep. Pedi que Happy a trouxesse logo cedo, mas ele estará de folga no resto do dia. Hoje eu mesmo vou dirigir.”, explicou Tony.

—“Tudo bem... Então podemos ir?”, perguntou Pepper.

—“Claro. As damas primeiro.”, respondeu ele, apontando em direção a escada.

Obviamente, Pepper estava achando tudo aquilo um tanto esquisito, mas não protestou nada. Ambos entraram no carro em silêncio e parecia que em todo o caminho seria assim. Não demorou muito para Pepper perceber que não estavam indo ao escritório.

—“Chefe, acho que estamos indo para o lado errado.”, disse ela.

—“Se pensa no escritório, é verdade. Mas não estamos indo para lá. Pelo menos não agora.”, respondeu Tony, sorrindo de leve.

—“O que está aprontando, sr. Stark?”, indagou.

—“Pensei que podíamos tomar um bom café da manhã antes das atividades de hoje.”

—“Na praia?”, perguntou Pepper, ao perceber que estavam se aproximando de Manhattan Beach, em Los Angeles.

—“Não gosta de sol e areia, senhorita Potts?”, perguntou ele.

—“Na verdade, faz tanto tempo que não venho a uma praia...”

—“Isso foi uma indireta?”, indagou Tony, apenas para irritá-la. “Te faço trabalhar demais?”

—“Já que perguntou... Estou precisando de umas férias.”

—“Eu também. O que você acha da Europa? Podíamos ir em Viena, na Áustria. Meu pai sempre falava de um fondue que serviam lá...”, disse Tony.

—“É melhor experimentar esse fondue por aqui mesmo, sr. Stark. Temos muitas coisas para resolver. Vamos deixar as férias pra depois.”, respondeu Pepper, fugindo daquele papo um tanto estranho. “Olha só, já são quase nove horas.”

—“Pare de se preocupar com o relógio, Pepper. O chefe sou eu, lembra? Vamos resolver o que for possível hoje, mas agora vamos aproveitar que estamos aqui. Combinado?”

—“Mas Tony...”, insistiu ela.

—“Shhh! Mas nada.”, disse Tony, interrompendo-a. “Apenas relaxe, Pep.”

Tony estacionou o carro próximo a um ótimo restaurante, onde já tinha ido algumas vezes antes de ir à empresa. Era o seu favorito – o havia reservado uns dias antes. Sabia que Pepper iria gostar do lugar. Ainda mais depois que visse o que ele havia mandado preparar para ela.

Ele saiu do carro rapidamente, deu a volta e abriu a porta para que Pepper pudesse sair. Nesse momento, Pepper se deu conta de que Tony não estava de terno, como costumava vestir-se para o trabalho. Mas usava jeans e camiseta. E ela estava tão formal! Na realidade, quase nunca se vestia com roupas cotidianas, pois estava sempre no trabalho. Mesmo assim, não disse nada. Os dois entraram no restaurante e seguiram em direção à mesa reservada para eles.

—“Tony, preciso ir ao toalete.”, disse ela.

—“Tudo bem. Não vou fugir.”, respondeu ele, rindo sarcasticamente.

Pepper entrou no banheiro e decidiu tirar o blazer. Por sorte, usava um vestido que combinava com aquele dia de sol. Olhou-se no espelho e percebeu que estava séria demais com os cabelos presos. Soltou-os, jogando-os para o lado. Agora sim, estava condizente para um café da manhã com Tony. Pelo menos não mais parecia tão agoniada por estarem ali enquanto deviam estar trabalhando.   

—“Uau!”, exclamou Tony. “O que fizeram com minha secretária?”

—“Ah, Tony. Para!”, disse ela, sem-graça, com o rosto vermelho. “Apenas tirei o terninho. Hoje o dia está quente e...”

—“Sei... “, respondeu ele. “E esses cabelos?”

—“Acho que merecem uma folga também. Passam tanto tempo presos, né?”

—“Sim, concordo. Bom, enquanto você saiu, tomei a liberdade de pedir algo para nós.”, disse Tony.

—“Ótimo! E o que você pediu?”

—“Pra começar, pedi waffles sem glúten e suco de laranja. Se quiser, pode pedir outra coisa.”

—“Nossa! Waffles? Me sinto no colegial. Adoro isso!”, respondeu ela.

—“Que bom que acertei.”, disse ele, orgulhoso.

Pepper se sentia estranha naquela situação – não tanto como ele. Mas estar ali, sentindo leveza e sem as preocupações da empresa lhe deixava feliz. Tony, por outro lado, sempre quis ter a chance de estar com ela em momentos simples. Não na correria do dia-a-dia, assinando papéis consecutivamente. Apenas vivendo como uma pessoa simples, sem tantas responsabilidades.

—“O que achou do jantar de ontem a noite?”, perguntou ele.

—“Estava delicioso. E as conversas, então... É sempre bom terminar o dia daquele jeito...”, respondeu Pepper.

—“É verdade... Pena que o Rhodes sempre conta as mesmas histórias. Acho que ele tá precisando de novas aventuras nessa vida de militar-sempre-sério.”, disse Tony.

—“É, quem sabe... Mas acho isso difícil, ainda mais agora que o sistema de defesa está num rebuliço por causa dos conflitos no oriente médio...”, comentou Pepper.

—“É só questão de tempo até que o Homem de Ferro faça o trabalho de um exército inteiro.”, disse ele, sempre tão modesto.

—“Como assim?”, perguntou ela. “O que você pensa em fazer, Tony? Temos que encontrar um novo rumo para as suas empresas, pensar em soluções... Não me diga que pretende viver como um super herói, apagando os incêndios dos outros!”

—“Na verdade, até mesmo impedindo que esses incêndios aconteçam, senhorita Potts. Se posso fazer isso, seria egoísmo agir como se não pudesse. Já chega de ser passivo com o sofrimento alheio. Ainda mais quando a culpa é minha.”, disse ele.

—“Eu entendo sua mudança, Tony. Mas não dá pra simplesmente sair por aí carregando o mundo nas costas. Vai acabar se matando.”, retrucou ela.

—“Sinto que seja o único jeito de tentar me redimir... Tenho muitas coisas para decidir, é verdade. Mas o que tenho em mente vai ajudar muito o mundo, vai ajudar as pessoas... Estou focado nisso: ajudar os outros. E isso não se restringe a um campo de batalha no oriente médio. Falo de ajuda prática, para o dia-a-dia. Nada mais me importa. Apenas remodelar o futuro.”

Pela primeira vez desde a decisão de fechar o setor de produção de armamentos, Tony revelou no que pensava para suas empresas. É claro que Pepper não sabia definir exatamente o que ele tramava. Mas sentiu um alívio por saber que algo estava em curso.

—“De que modo, especificamente, você quer fazer isso?”, perguntou ela.

—“O melhor possível, Pep. Posso oferecer ao mundo muito mais que explodir coisas ou festas beneficentes.”

—“É claro. O que eu tô querendo saber é...”

Pepper foi interrompida pela garçonete, que além de trazer o que Tony havia pedido, colocou sobre a mesa um envelope, um pequeno bolo confeitado e um vasinho contendo uma linda rosa vermelha. Ela ficou impressionada com aquelas coisas e olhou confusa para Tony, que a observava calmamente, adorando vê-la daquele jeito.

—“Pra quê tudo isso, Tony?”, perguntou ela.

—“Um pequeno agradecimento. Por tudo o que você fez por mim nesses anos todos e o que ainda vai fazer. Sinto que você vai ser uma parte importante no futuro das empresas, senhorita Potts.”, respondeu Tony. “Leia o que está dentro do envelope.”

Nervosa, Pepper abriu com calma o envelope, retirou um pequeno bilhete e leu: ‘Prova de que Pepper Potts tem coração.’ Ela sentiu borboletas no estômago. Reconheceu a frase; estava gravada no primeiro reator arc em miniatura, que ela lhe deu como lembrança algumas semanas atrás e que, por sorte, estava na oficina quando Obadiah roubou a peça do peito pela qual Tony a havia substituído. De um modo ou de outro, Pepper o havia salvo naquele dia.

—“Tony... Isso tudo é tão lindo... Obrigada por isso!”, disse ela, contendo as lágrimas. Finalmente algum reconhecimento.

—“Não tem de quê, Pepper. É o mínimo que posso lhe oferecer...”, respondeu Tony, super alegre com o que estava vivendo ali. “Prove o bolo. Tem chocolate e chantilly, uma delícia!”

—“Nossa, eu preciso adoçar a vida um pouquinho... Toda aquela correria me deixa tão nervosa... Mesmo que seja por uma boa causa.”, respondeu ela.

Lá fora, o sol brilhava intensamente, os albatrozes voavam em direção ao píer e a areia convidava para um passeio com pés descalços. Tony havia planejado minunciosamente aquele dia. ‘Uma folga de vez em quando não faz mal a ninguém’, pensava ele.

Após a refeição, Tony guardou seus tênis e as coisas de Pepper no carro e a convidou para passear na praia.

—“E o que faço com esses sapatos, Tony?”, disse ela, que calçava um sapato de saltos pequenos, mas que dificultava andar sobre a areia.

—“Ué? Guarde-os no carro. Não precisamos de sapatos para sentir a areia entre os dedos, senhorita Potts.”, respondeu ele.

—“Eu disse que fazia tempo que não vinha à praia.”

—“Hora de recuperar o tempo perdido, então!”, disse Tony, estendendo a mão para ela. “Venha, vamos aproveitar esse clima maravilhoso.”

Segurando a mão de Tony e atraindo olhares curiosos, Pepper sentiu a areia entre seus dedos... Tão relaxante! E aquela paisagem de tirar o fôlego – o mar azul e calmo, céu limpo, iluminado pelo majestoso sol da Califórnia, crianças fazendo castelinhos de areia... Tudo tão simples e tão bom! E mais ainda, estar ali com Tony, compartilhando aqueles momentos... Parecia surreal. Mas era a mais pura realidade. Na praia, com o chefe, no meio da semana... Só queria curtir e esquecer os problemas.

—“Pepper, olha aquilo!”, disse Tony, animado e apontando para um pequeno barco a vela parado próximo ao píer.

—“Ah não, Tony! Desde quando você pilota barcos a vela?”, perguntou ela, meio hesitante com aquela ideia.

—“Desde agora!”, respondeu. “Vamos, são apenas 15 dólares. Eu pago!”

E os dois subiram no barco. Tony parecia uma criancinha, admirado com aquele simples barco. Pepper estava apreensiva, claro. Tinha um pouco de medo de água, então vestiu o colete salva-vidas e se segurou com firmeza.

O barco foi se afastando um pouco da praia... Tony viu que Pepper estava com medo, por isso parou de remar a certa distância.

—“Não gosta de mergulhos, senhorita Potts? O mar está tão convidativo.”, disse ele.

—“Está mesmo. Mas prefiro ficar aqui. Se quiser mergulhar, fique à vontade, sr. Stark.”, respondeu ela.

—“Não estou vestido de modo apropriado para isso. Devia ter trazido meu equipamento de mergulho...”, disse Tony.

—“Então só nos resta ficar aqui no barco!”, disse Pepper. “O vento está uma delícia, não é?”

—“Ainda mais quando vejo o sol refletindo nos seus cabelos de fogo, senhorita Potts.”

—“Cabelos de fogo? Era como me chamavam no colegial.”, respondeu Pepper, dando gargalhadas. “Hoje é o dia da nostalgia pra mim!”

Tony não se cansava de reparar seus cabelos flamejantes e aqueles olhos azuis como o mar... O riso lhe soava como melodia. Era perfeito estar com Pepper naquele lugar. O dia estava completo para ele.

O tempo foi passando e já chegava a hora do almoço. Após voltar para a praia, pararam num quiosque no píer para fazer um lanche. Conversas fluíam entre eles. E apenas bobagens; nada relacionado ao mundo dos negócios, como de costume. Lembranças da escola, cidades que gostariam de visitar... O tempo passou voando e logo viram que estavam ali quase a tarde inteira.

O movimento na praia estava tranquilo. O sol estava prestes a se pôr e então decidiram se sentar numa manta sobre a areia para assistir ao show da natureza.

—“É bem diferente isso aqui.”, disse Tony.

—“O quê?”, perguntou Pepper, curiosa.

—“Ver o mundo tão de perto. Assistir ao pôr-do-sol...”

—“O sol se põe todos os dias, sr. Stark.”, frisou ela.

—“É claro. Mas geralmente o vejo das janelas da oficina.”, explicou ele.

—“E eu do escritório. Daqui é uma magia diferente.”

—“Acredita em magia, srta. Potts?”, perguntou Tony, sem nenhuma intenção.

—“Não como outros acreditam. O que nos move a ser melhores a cada dia, isso sim é magia. Trabalhar para o bem.”, disse ela, sorrindo.

—“É a primeira boa definição dessa palavra que escuto. E isso me convence também.”

Pepper sentia uma grande vontade de elogiá-lo genuinamente desde que havia parado de produzir armas. No começo foi tudo um desastre: ações da bolsa de valores em queda, investidores insatisfeitos, comentários deselegantes a empresa. Isto a deixou ansiosa quanto ao futuro. Porém, vendo mais de perto, era notório que Tony tinha um grande coração e boas intenções. Dinheiro não era o mais importante para ele, como alguns diziam. Ele queria mudar a si mesmo e ao mundo. Reformular o legado Stark com base em melhorias para todos. E ela, mais do que nunca, queria fazer parte disso.

O dia estava findando. Juntos, Pepper e Tony voltaram ao carro. No caminho, ainda riam e conversavam, esquecendo o mundo ao seu redor. Nem mesmo a agitação do trânsito de Los Angeles os tirou daquele momento.

—“Janta comigo, Pepper?”, perguntou ele, esperançoso. Logo estaria em casa, sozinho. Almejava a companhia dela por mais um pouco.

—“Podemos deixar pra amanhã? Estou cansada e ainda pretendo ligar para uma das secretárias para saber como foi o dia nas empresas.”, respondeu, vendo-o disfarçar a frustração.

—“Ainda pensando em trabalho, Pepper? Acho que terei que demiti-la. Quem sabe esquece um pouco as empresas.”, disse Tony, tentando parecer sério.

—“Como eu disse outro dia, você não viveria sem mim.”, disse ela.

—“Quem cobriria meus arranhões de maneira tão perfeita, né? Ninguém tem sua experiência, Pep.”, retrucou ele.

—“E paciência também.”

Após algumas quadras, chegaram ao condomínio onde Pepper morava. Doía-lhe o coração por deixá-lo, mas estava mesmo precisando dormir.

—“Posso entrar para tomar um café?”, provocou Tony.

—“Tony... É sério. Preciso dormir. E você também. O nosso dia foi ótimo e agradeço por isso.”, respondeu ela.

—“Nosso dia? Ah, só uma dica: na próxima, não esqueça seu biquíni. É o traje ideal para a praia ”, disse ele, contendo o riso.

Pepper o olhou séria. No fundo, adorava as suas provocações.

—“Por favor, Tony...! Hora de ir. Obrigada de novo.”

—“Já vi que vou voltar para casa mesmo...”, resmungou. “Boa noite, srta. Potts. Obrigado por me acompanhar hoje. Me diverti bastante.”

—“Boa noite, sr. Stark. Também me diverti. Amanhã estarei no escritório bem cedo.”

—“Nos vemos por lá, então.”

Cantando pneus, Tony rapidamente voltou para a mansão. Pepper entrou no apartamento e jogou-se sobre o sofá. Um cansaço prazeroso lhe tomava o corpo. Que dia tivera! Horas mais cedo estava pronta para encarar mais um dia maçante no escritório, mas Tony lhe surpreendeu com aquele passeio e tudo mais. Estava mesmo precisando daquilo. Agora tomaria um banho relaxante na banheira e se atualizaria com o que aconteceu na empresa enquanto esteve fora.

Tony voltou para casa incrivelmente realizado, apesar da simplicidade daquele dia. Só o fato de estar com Pepper já lhe era suficiente para se sentir assim. Também estava cansado, mas decidiu ir até a oficina.

—“Jarvis! Como foi seu dia?”, perguntou, animado.

—“Ah, boa noite, senhor. Como foi o dia com a srta Potts?”

—“Melhor, impossível! Escuta, exiba agora aquela pesquisa sobre a Expo Stark de 74.”, pediu ele.

—“Noite de trabalho, senhor?”, perguntou Jarvis.

—“É, digamos que estou com as baterias recarregadas após hoje.”, respondeu Tony, que não conseguia tirar da cabeça cada momento que estivera com Pepper na praia. As ideias surgiam mais facilmente em sua mente quando estava feliz. “Vamos achar novos rumos. Hora de remodelar o futuro, Jarvis.”

—“Como quiser, senhor.”


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
No próximo, voltaremos ao passado de Anthony Stark para entender sua proposta para o futuro das empresas. Aguardem.