Ainda estava sentada sobre a minha cama abraçada ao meu travesseiro quando minha mãe entrou no quarto.

- vai ficar ai o dia todo? – ela falou logo depois de entrar.

- você não tem idéia do que eu estou passando. – falei deprimida.

- ah, tenho sim, já sabia dês do começo que ia ser assim, ou você pensava que o Griffin viria aqui apenas para me dizer que iria lhes ensinar sobre o teletransporte? Claro que ele me disse que se vocês forem até o final ele lês diria o que era preciso para a guerra. Foi por isso que eu lhe desse que não queria que você participasse disso, pois sabia que você ficaria assim, você é realmente parecida comigo nesses momentos... em compensação... você é igual ao seu pai quanto aos desafios e as pessoas que você gosta, quer proteger não importa as conseqüências. – ela falou pensativa.

- o que eu devo fazer então? – falei com um pouco de raiva, se ela sabia de tudo isso por que não me contou dês do início? Seria bem mais fácil para mim se fosse assim.

- não sei. – falei simplesmente. – eu sempre te disse para não ir, mas você já chegou até aqui. Já lhe dei todos os conselhos que eu tenho. Se quiser, vá, e se não, sempre vai ter um lugar onde você dormir aqui. É sua vez de decidir. – ela falou enquando acariciava meu rosto de forma calma e tranqüila. – bem, vou deixar você pensar. Qualquer coisa estou lá embaixo fazendo o jantar. – falou e saio.

E aqui estou eu, de novo, sozinha num quarto tendo que me decidir.

Cai no sono enquanto pensava.

Havia um homem ao lado da minha cama, ele olhava para mim de uma forma carinhosa, ele não era tão velho, poderia até dizer que era bonito...

- faz um bom tempo não? – ele falou baixo ainda olhando ara mim. Sua voz era agradável, calma e gentil.

A porta se abriu devagar saindo minha mãe de trás dela.

- nossa, não esperava você aqui, ela já consegue te seguir se você não tomar cuidado.

- não pretendo ficar muito tempo, ela está dormindo, não acho que sobre rastro o suficiente.

- faz tempo que você não vem nos visitar não é? – minha mãe falou.

- verdade, estava ocupado... não, acho que estava com medo dela me ver ou algo assim. – ele falou sorridente.

- o que você acha que vai acontecer?

- ela tem que se decidir, mas eu acredito nela. – ele voltou a olhar para mim da mesma maneira carinhosa.

A partir desse ponto do sonho o sono ficou mais pesado e não me lembro mais de nada...

Quando acordei vi uma pequena nevoa no canto do quarto, parecia muito com o rastro que se deixa depois de “pular”... corri na direção daquele lugar, mas a nevoa já era muito pouca e eu não conseguiria viajar por ela.

Corri em direção a cozinha ao encontro de minha mãe, ela estava comendo tranquilamente na mesa.

- alguém esteve no meu quarto? – perguntei as pressas.

- não que eu saiba por quê? – ela falou sem entender.

- por nada... – falei desistindo, e se meu sonho fosse verdade, tenho certeza que ela não me diria quem era aquele homem.

- você já se decidiu? – perguntou ela numa voz mais seria.

- já. Eu vou.