História 10 - ANJO escrita por Tsuruga Akira chan


Capítulo 3
Capitulo 3 - MISSÃO


Notas iniciais do capítulo

Olá, Minna-san!
Volteiiii! o/

Espero que gostem!
Abraços!
Enjoy, Minna-san! =D



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A declaração do loiro chamou a atenção para si.

— Eu posso explicar isso. - Dizia o cientista loiro. - Devido à alguns fatores, o corpo da Kurosaki acumulou muita energia, porém o mesmo não conseguia suportar todo aquele poder de uma única vez. O caso era que a mesma energia que tentava destruí-la, também era usada para regenerá-la. O único problema se continuasse como estava, era que a taxa de destruição era muito mais rápida do que a de reconstrução das células. Pensando de maneira objetiva, o corpo dela era agredido muito mais rápido do que a regeneração conseguia cobrir. Neste estado, a Kurosaki-san morreria antes que conseguisse de curar. - Fez uma curta pausa. - Este tanque foi desenvolvido para que a energia do Hitsugaya-kun apenas retardasse o andamento da agressão e permitisse que continuasse sua recuperação, assim as células do corpo dela continuariam em seu desempenho normal e retardando a liberação explosiva da energia em excesso. - Explicou.
 

O homem escutou e analisou tudo atentamente. Mahiro conseguiu entender a situação e a solução, porém algo ainda lhe incomodava.

— Sumimasen, Urahara-san, mas se o corpo funciona normalmente, por que ela não está consciente? - Perguntou.
 

Hitsugaya, repentinamente, largou os papéis que analisava e quieto se direcionou para a porta de saída.

— Urahara, passe para ele apenas o que for necessário. Adie sua partida para amanhã, faça o treinamento básico para a verificação de dados e situação de emergência por hoje. Amanhã mandarei Matsumoto para que fique supervisionando o trabalho dele. - Disse o grisalho.

— Hitsugaya-kun, entendo sua posição quanto a deixar uma pessoa de confiança junto, mas sua tenente será necessária para você. O capitão não descansa decentemente há muito tempo, sem ela ficará sobrecarregado. - Contestou, embora calmamente, Urahara.

— Não faz diferença. Apenas faça o que mandei e me mande o relatório. - Ordenou saindo da sala e não dando tempo para que fosse novamente contestado.

— Are, are... Mesmo você precisa descansar, taichou-san. - Comentou o loiro para si mesmo.

— Desculpe... Eu falei alguma coisa que não devia? - Perguntou o assistente confuso.

— Iie... Porém não posso dizer que não tenha tido algum impacto. - Respondeu. - Sua pergunta foi bem lógica, mas infelizmente não tenho uma resposta para te dar. No início pensei que fosse apenas por causa dos danos da batalha, mas mesmo depois de um bom tempo ela não acordou. Meu objetivo atual não é mais ajudar em sua recuperação física, é descobrir a causa de seu coma. Pelo meus cálculos, a garota deveria ter acordado a mais de 6 meses e se tirada do tanque por muito tempo, o poder volta a se acumular. - Contou soltando um suspiro e coçando a cabeça. - Kurosaki-san é a única amiga humana do Hitsugaya-kun que sobrou. Pelo que soube, são amigos desde que ela era criança... Aquele rapaz se sente culpado por algo que não tem um culpado existente. O que ela fez por ele, fez porque queria ajudar e sabia as consequências.

— Entendo... - Respondeu Mahiro sem reação. Não sabia o que pensar sobre o assunto.
 

De início achou que fosse apenas uma subordinada, depois pensou que fosse uma garota qualquer e a ofendeu graças a sua ignorância. Depois de ouvir superficialmente o caso, descobriu que muitos mistérios rondavam a Soul Society, e principalmente, quanto mais perguntava, mais mistérios apareciam à sua frente.
 

Depois disso, como ordenado por Hitsugaya, o ex-capitão da 12° divisão passou a tarde explicando a função e o funcionamento de cada aparelho da sala, bem como a leitura e a taxa ideal de cada um, se algo estivesse a baixo ou acima do previsto, deveria iniciar um determinado procedimento de emergência e imediatamente chamar o jovem grisalho e contatar o loiro com as informações críticas para receber instruções enquanto não voltava.

— Por hoje é isso, a Rangiku-san passará para você as outras informações menos urgentes. Alguma dúvida? - Perguntou Urahara.

— Iie. Creio que compreendi tudo perfeitamente. - Respondeu Mahiro.

— Certo. Estarei fora durante a semana, mas se algo ocorrer, use o comunicador expresso ao lado do computador central. É importante que deixe sempre o seu dispositivo de monitoramento remoto ligado e próximo à você quando não estiver aqui, ele irá avisar se houver algo acontecer aqui. - Disse indicando um dispositivo em forma de relógio de pulso que dera ao assistente durante as explicações. - Se não tiver nenhuma dúvida, está liberado por hoje.

— Certo. Tenho apenas mais uma questão, - Afirmou. - Realmente há alguma chance de algo acontecer durante a noite? Ou já aconteceu?

— Nunca até então, para falar a verdade, mas o tanque também nunca havia apresentado problemas. Sugiro que fique alerta, não estava brincando quando o avisei sobre o que poderia acontecer se algo acontecer à Kurosaki-san. - Disse encarando o homem. - Se não tiver mais nada, pode ir. Passe no gabinete do Hitsugaya-kun antes de vir para cá amanhã para encontrar com a tenente dele, como ele disse, será sua parceira e supervisora durante essa semana. - Concluiu guardando seus papéis.

— Hai. Então, se me dá licença, estou indo na frente. Gokurousama deshita. - Disse fazendo uma pequena reverência e saindo da pequena unidade.
 

O dia fora incomum e cansativo para o Mahiro, tudo o que mais queria era chegar em casa, tomar um banho, comer algo e ter um bom descanso durante a noite, pois o próximo dia certamente seria muito mais cansativo psicologicamente falando, sem a presença de Urahara.
 

Assim que chegou, abriu a porta do alojamento, logo sendo recebido por uma voz feminina e o cheiro de uma refeição sendo preparada.

— Okaeri, Mahiro. - Disse uma mulher na cozinha. Esbelta e aparentando por volta dos 36 anos, a mulher também usava óculos e tinham sua forma de agir tão séria quanto ele.

— Tadaima, Mayumi-nee. - Retornou enquanto fechava a porta e tirava os sapatos.
 

O alojamento era simples, e assim como os outros, seguia o padrão da Era Edo. O chão era de madeira e as paredes em tom bege envelhecido; as portas eram em madeira e seus funcionamento, todas de correr. Nas paredes algumas paisagens de arrozais e montanhas, e no teto um lustre de madeira e papel iluminava a sala, que ao centro possuía uma mesa baixa em madeira com quatro almofadas usadas como assentos no chão, além de que mais duas portas no lado esquerdo separavam o cômodo do quarto e o banheiro.
 

Soltando um cansado suspiro, deixou-se cair sobre o chão enquanto repassava o inesperado dia enquanto olhava para o relógio em seu pulso.

— É raro vê-lo cansado. - Comentou a mulher, colocando sobre a mesa central uma típica refeição japonesa para os dois.

— Creio que tenho bons motivos para isso. - Afirmou.

— Talvez... Quais seriam? - Perguntou intrigada.

— Assim que eu te contar, acredito que concordará comigo. - Disse Mahiro levantando-se para comer.
 

Durante o jantar, o irmão contava tudo o que havia acontecido desde o momento em que cruzara a porta de entrada metálica da pequena unidade tecnológica da 10° divisão. Embora fosse algo secreto, não se conteve em contar sobre a unidade e seus segredos.
 

Masashi Mayumi era a irmã mais velha de Mahiro, e como ele, era extremamente séria e profissional e sempre tentava colocar seu trabalho à frente de tudo, tendo como sua única exceção o irmão. Os dois compartilhavam a seriedade, o comprometimento e também a profunda vontade por conhecer e ter acesso a todas as informações possíveis sobre tudo. Graças as suas personalidades parecidas, os dois tornaram-se cúmplices e compartilhavam todo o seu conhecimento um com o outro - logicamente mantendo um pacto preciso que os impedia de compartilhar informações secretas com outras pessoas, como era o caso contado pelo irmão no momento.

— E pensar que aquela besteira sobre um anjo tinha algum fundamento... Não esperava que aquele capitão sentisse esse tipo sentimento auto-depressiador. Sempre aparentou imponência e seriedade. - Comentou a mulher.

— O que mais me surpreende é que a garota é uma humana. Não tinha nem 18 anos na época e conseguiu parar um capitão descontrolado. - Pausou. - Por mais que seja uma Kurosaki, ainda é apenas uma humana. - Enfatizou.

— Entendo o que quer dizer. Pensei o mesmo quando soube dos feitos do irmão dela. O garoto era tão novo quanto ela na época e mesmo assim venceu Aizen. Assustador, diria. - Contou Mayumi.

— Sem dúvida que é. Gostaria de saber como uma criança humana consegui a "amizade" de um capitão como o Hitsugaya-san. - Disse curioso.

— Talvez você descubra, mas lembre-se que ainda deve estar na mira do capitão. Ele não dará uma segunda chance. - Advertiu.

— Nem me lembre... - Disse desanimado. - De todas as pessoas, receber uma ameaça dupla de dois capitães, sendo que um deles é justamente o capitão mais eficiente e profissional das 13 divisões e por causa de uma mulher é terrorificamente cansativo.

— Algumas mulheres daqui se rasgariam para ter o capitão de gelo como seu protetor. - Comentou.

— Você por acaso é uma delas?


— Iie... Admito que o capitão Hitsugaya se tornou um belo rapaz, mas prefiro homens mais maduros como o outro guardião da garota, mas não me atreveria à enfrentar uma ex-capitã para isso. Yoruichii-san é uma mulher perigosa demais para arriscar minha vida por um único homem, há mais como ele pelo mundo, com menos prestígio, mas existem.

— Agradeço sua forma de pensar. Não acho que conseguia conviver muito tempo com qualquer um dos dois como parentes. Provavelmente não conseguiria ficar em paz pensando que poderia morrer a qualquer momento. - Disse o homem tateando o fino rasgo que a lâmina de Hitsugaya havia feito ao encostar em sua pele.

— Pensando em desistir?

— Não.

— Desta vez vai estar arriscando seu cargo e seu pescoço. Acha que vale a pena? - Inqueriu Mayumi.

— Quero saber mais. - Afirmou. - Quero saber tudo o que aconteceu naquela época e o porquê de tudo que se subseguiu. Essa é a minha chance de descobrir. - Disse obstinado.
 

A mulher sorriu. Se estivesse no lugar do irmão, também não pensaria em desistir, não importando o caso. Para os dois irmãos, informação era sua paixão e seu propósito de vida. Conhecimento é vida, essa era a filosofia de vida dos dois e para eles, saber a verdade sobre tudo era sua missão. A verdade sobre três anos atrás precisava ser revelada para eles e Mahiro não descansaria até conseguir.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! =D
Até o próximo capítulo!
Sayonara, Minna-san!



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