História 10 - ANJO escrita por Tsuruga Akira chan


Capítulo 2
Capítulo 2 - AMEAÇA


Notas iniciais do capítulo

Olá, Minna-san! Tudo bem? =D

Como prometido, vamos ao nosso segundo capítulo! o/ o/ Espero que gostem!

Enjoy, Minna-san!



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O coração de Mahiro bateu descompassado, a respiração falhou e seu corpo começou a suar frio em meio ao inesperado ar congelante liberado no ambiente. A lâmina que colada a sua pele ameaçava cortar-lhe a sustentação de sua cabeça estava fria e extremamente afiada, fazendo escorrer um fino fio de sangue em seu pescoço. A tensão consumia o mais novo assistente de Urahara, que embora já tivesse desejado, nunca havia tido contato direto com o jovem capitão de gelo, seu desejo acabava de ser realizado, porém de uma forma inesperadamente terrorífica para o homem.

— Hitsugaya-kun, deveria se acalmar ou teremos que procurar um outro assistente. - Disse o loiro em tom debochado, mas que ainda assim fez com que Mahiro sentisse uma pequena esperança de que talvez pudesse sobreviver.

— Não venha tentar me dar ordens quando você mesmo tentou matá-lo, Urahara. - Disse o grisalho colocando seu olhar sobre a outra lâmina que ameaçava perfurar o estômago do mesmo alvo de Hitsugaya, Mahiro.
 

O assistente sem entender as palavras do admirado capitão, seguiu o olhar das orbes de tons gélidos e surpreendeu-se ao finalmente reparar que Urahara também o havia atacado, embora de forma mais sutil que seu primeiro agressor identificado. Engoliu seco perdendo sua ultima esperança de viver, até que o loiro soltou um suspiro cansado e guardou sua lâmina na bainha de madeira.

— Estava apenas... Dando um último aviso. - Disse levando novamente os papéis em frente ao rosto. - De qualquer forma, não acho que o pequeno anjo ali - Dizia fazendo referência a garota no tanque - Ficaria feliz em ver ou mesmo saber que matou alguém na frente dela, não acha, Taichou?
 

O grisalho desviou o olhar para o tanque onde a garota flutuava em meio à um sono tranquilo. Estalou a língua praguejando em sua mente e recolheu Hyourinmaru de volta para sua respectiva bainha.

— Não espere que essa desculpa servirá se ocorrer novamente. - Alertou ao assistente de cientista petrificado. Este apenas confirmou com a cabeça enquanto engolia seco em sua garganta.

— É o substituto de Urahara? - Embora fosse uma pergunta normal, o assistente sentia como se estivesse em algum tipo de tribunal e que qualquer mínimo deslize poderia lhe decretar a sentença de morte.

— H-hai! - Respondeu se curvando imediatamente. - Desculpe por minha insolência anterior, Hitsugaya-taichou! Sou Masashi Mahi- O homem foi cortado pelo grisalho.

— Esqueça a apresentação. Sei bem de quem se trata, apenas não se esqueça que não terá uma próxima chance. - Disse.

— Hai! Peço perdão mais uma vez! - Respondeu.

— Como havia dito, Masashi-san, o capitão é o responsável e faz questão de cuidar de tudo relacionado a essa unidade. - Comentou. - Hitsugaya-kun, - chamou o grisalho - sabia que provavelmente viria esta hora, embora ainda tinha a esperança de que talvez demorasse pouco mais do que um dia na missão da floresta dos Menos. - Mahiro finalmente reparou no estado do capitão. Suas vestes estavam um pouco sujas, o cabelo um pouco mais desarrumado que o normal, além de alguns arranhões no rosto e nas mãos. Realmente parecia ter acabado de sair de uma verdadeira guerra. - Deveria ir mais devagar, - continuava o loiro. - Kurosaki-san não gostaria se algo acontecesse ao senhor. Provavelmente, gritaria com você e o manteria amarrado numa cama até que estivesse descansado o suficiente. - Disse.

— O que faço não é da sua conta, Urahara, e pare de colocá-la como argumento para tudo. - Disse - Pare também de dizer coisas desnecessárias aos outros, só não te matei ainda por se o único que pode cuidar desse lugar. - Comentou irritado.


— Hai, hai... Estava apenas dizendo que deveria descansar mais ou vai acabar colapsando... Quanto ao que disse antes, não disse nada fora de contexto, apenas estava alertando ao nosso mais novo assistente a importância dela e os perigos de insultar a Kurosaki-san, mesmo que sem querer. Não é, Masashi-san?
 

A mente do homem estava com problemas para processar informações desde que entrara na sigilosa sala de Urahara, porém parecia ter diminuído muito mais seu desempenho durante a conversa entre os dois superiores. Os dois eram ameaçadores para o assistente, porém o loiro conversava de forma extremamente livre com o grisalho que demonstrava uma clara aura de mau-humor. Além disso, o nome Kurosaki ainda permanecia flutuante em sua mente. Para Mahiro, só havia um único ser que possuía este mesmo sobrenome e nem precisava buscar qualquer coisa na memória para saber de quem se tratava. Contudo, a pessoa de quem supostamente falavam, não era homem, nem possuía cabelos laranja, tendo o fato de serem ambos humanos como o único ponto em comum.

— Sumimasen, Urahara-san, mas... Você disse que o nome desta garota é Kurosaki? - Perguntou confuso.
 

O loiro fez uma cara de quem havia esquecido algo importante e depois fingiu não dar importância.

— Ah, sim, parece que esqueci de apresentar nossa bela paciente. - Admitiu - Esta é Kurosaki Karin, irmã do shinigami substituto Kurosaki Ichigo; filha do antigo capitão da 10° divisão e amiga próxima do atual, Hitsugaya-kun. Ela também é uma aluna minha e de Yoruichii... - Apresentou-a. - E como eu disse, pode ser perigoso insultá-la. - Terminou em um tom ameaçador.

— Chega de enrolação, Urahara. Aonde estão os dados que me falou antes? - Ordenou o grisalho.

— Are, Are... Não precisa ter tanta pressa, já vou buscá-los, taichou-san. - Respondeu o loiro indo até um outro canto da sala para buscar os papéis.
 

Enquanto Hitsugaya seguia Urahara em busca dos papéis, Mahiro lentamente arrumava categoricamente em sua mente cada informação recebida até o momento. Algumas coisas já estavam bem claras em sua mente.
 

A primeira era que se cometesse qualquer deslize sobre a garota, mesmo não sabendo da relação exata entre a menina e Hitsugaya, não teria apenas um capitão para querer sua cabeça, mas pelo menos um e mais três ex-capitães - incluindo o próprio Urahara - , além de que não poderia se esquecer do declarado irmão mais velho da menina - que nada mais era o humano que conseguiu parar Aizen - e que com certeza iria atrás dele.
 

A segunda era que o capitão que sempre respeitou era bem diferente do que imaginava e muito mais perigoso do que um dia já pôde pensar, porém o principal problema era ter descoberto isso da pior maneira - sendo o próprio alvo se sua fúria.
 

E a terceira e ultima certeza que o assistente míope pode ter após toda a situação em que se encontrava, era que não podia ter certeza sobre mais nada além das duas já citadas.

Mahiro sabia que não tinha conhecimento sobre muitas coisas que ocorriam a sua volta, mas no mínimo achava que podia dizer que sabia algo, porém descobrira que na verdade nada sabia. Um grande acontecimento ocorrera enquanto ainda estava na academia: um taichou havia perdido o controle de seus poderes. A causa? Ninguém sabia ao certo. O desfecho? O mesmo havia se recuperado antes que o pior acontecesse. Pelo menos essa era o que o público sabia, e mesmo assim nada sabia. A verdade que lhe foi revelada era que uma humana havia parado um capitão que foi sentenciado à morte por ninguém conseguir lidar com seus poderes, nem mesmo seus colegas capitães. No entanto, uma simples humana, um ser mortal e frágil, havia conseguido e misteriosamente sobreviveu. Agora, a garota que não devia ter nem ter completado seus 20 anos na época do ocorrido, 3 anos depois, flutuava à sua frente, dentro de um tanque criogênico de alta tecnologia enquanto se recuperava num sono profundo.
 

O assistente observou com um misto de curiosidade e fascinação a morena adormecida. Não sabia exatamente quem era, a não ser aquilo que haviam lhe contado, mas o fato da garota ter sobrevivido havia aberto uma nova porta no destino de Mahiro, e ele acabava de descobrir a chave para atravessá-la. Agora, enquanto estivesse naquele laboratório, o assistente havia conseguido uma chance única: conseguir descobrir o que realmente havia acontecido há 3 anos atrás no mundo humano e todos os mistérios subsequentes.

— Masashi! - Ouviu ser chamado pela rouca e autoritária voz do grisalho.

— Hai! - Respondeu prontamente se encaminhando até os dois superiores.

— Algum problema? - Perguntou o capitão desconfiado. Hitsugaya conversava com Urahara sobre alguns dados que atualmente haviam sido computados.
 

Aparentemente o tanque de Karin apresentava aumento da temperatura, mesmo que a variação até então registrada fosse algo em escala de dois dígitos após a vírgula, era algo à ser investigado cuidadosamente. O tanque era resfriado com uma carga de reiatsu do próprio capitão e não havia modo de simplesmente haver alterações na temperatura dele, assim levando Urahara a acreditar que talvez o equipamento estivesse se desgastando e apresentasse defeitos. Com isso em mente, o cientista loiro iria até seus fornecedores em busca de novos materiais para construir um novo equipamento que atendesse à todas as necessidades de Karin e lhe garantisse mais segurança, e só por isso procurou por um assistente temporário. Em meio à essa conversa, o grisalho havia reparado e se incomodado com o estranho olhar que o novo assistente matinha sobre a garota.

— Algum problema com o tanque? - Perguntou Hitsugaya.

— Iie... Apenas estava pensando que a garota, digo, Kurosaki-san, parece ser bem nova já que é humana. - Disse ocultando todo o restante sobre seus verdadeiros pensamentos.
 

O jovem capitão não acreditou muito na resposta, na verdade, nem se quer confiava no homem e que realmente lhe diria a verdade. Com tudo, decidiu seguir seu jogo.

— Ah... Ela é sim. Irá completar 20 anos mês que vem. - Respondeu analisando a reação do homem.

— 20? - Disse surpreso. - Sendo assim ela deveria ter 17 anos ainda quando tudo aconteceu. - Comentou.

— E por quê o espanto? - Perguntou desconfiado.

— Não, nada... - Ajeitou seu óculos sobre o nariz. - É que ela parece ter 20 anos, e como ela já está no tanque há três anos... - Tentava explicar, mas Urahara interveio explicando o motivo real da confusão.

— O que o Masashi-san deve estar tentando explicar, é que em teoria, o corpo da Kurosaki-san não deveria se desenvolver durante o tempo em criogenia. É isso? - Perguntou o loiro.

— Hai. Exatamente. - Concordou.

— Se esse é o caso, eu posso explicar. - Disse o cientista.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! =D

Até o próximo capítulo!

Sayounara, Minna-san! o/

Abraço!



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