História 10 - ANJO escrita por Tsuruga Akira chan


Capítulo 4
Capítulo 3 - LISTA


Notas iniciais do capítulo

Olá, Minna-san! o/

Mais um na sequência!

Enjoy, Minna-san!



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Um novo dia havia começado para Mahiro, e a partir de hoje, o homem é oficialmente o assistente de Urahara Kisuke na unidade particular tecnológica da 10° divisão e ficaria responsável por ela até que o cientista estivesse de volta.

Saindo cedo do alojamento que dividia com a irmã, o míope seguiu para a sala do capitão da 10° divisão para buscar a pessoa que ficaria como sua supervisora nos próximos dias. Antes se chegar à respectiva divisão, Mahiro se preparou mentalmente para caso se encontrasse sozinho com o capitão - o que não acreditava muito devido ao fato de ter saído bem antes do horário de trabalho dos capitães justamente para evitar a chance, contudo, preferia não arriscar.

Ao chegar à grande porta dupla em madeira, conferiu mais uma vez o seu jaleco e ajeitou o óculos em seu rosto, definindo estar pronto, bateu à porta.

— Só um momento! - Gritou uma voz feminina, logo após ouviu o som de passos se aproximando e o destrancar da porta.

— Ohayo Gozaimasu. - Cumprimentou sem muita emoção. - Sou Masashi Mahiro, estou aqui para buscar a tenente Matsumoto Rangiku-san para me passar as instruções sobre a unidade tecnológica. - Informou enquanto fazia uma pequena venha. Ao levantar-se, deu de cara uma mulher ruiva de olhos azuis e seios fartos lhe observando curiosa.

— Ohayo. - Respondeu ainda um pouco confusa. Matsumoto sabia de sua missão, mas não sabia que o homem seria tão sério. - Sou a tenente do Hitsugaya-taichou.

— Está ciente da situação? - Perguntou o homem.

— Hai. O capitão me avisou hoje antes de sair. - Respondeu. - Espere um momento, vou pegar algumas coisas que irei levar. - Informou e entrou pegando alguns papéis e uma pasta de sua mesa. Certificando-se que não havia esquecido nada, foi de encontro ao assistente que lhe esperava no corredor. - Podemos ir. - Disse fechando a porta e se adiantando. Mahiro seguiu ao seu lado.

— Matsumoto-fukutaichou, você disse antes que o capitão já estava em seu gabinete? - Indagou.

— Hai. O taichou vem cedo todos os dias, passa para abrir a sala e depois vai visitar a Karin-chan antes de começar a trabalhar. Ele deve estar lá ainda, talvez conversando um pouco com ela. - Respondeu a ruiva, seu tom parecia um pouco melancólico, assim com seu olhar.

— É conhecida da garota? - Perguntou estranhando o uso da forma íntima como mencionara a jovem.

— Um pouco. Embora não tenha passado tanto tempo com ela como o taichou. É uma boa garota, um pouco diferente da maioria, não gosta muito de coisas normais pelas que garotas se interessam e se interessa mais por esporte. Sua personalidade é bem parecida com a do taichou, é mais ativa e sociável, claro, mas ainda assim fala pouco e prefere não se envolver com o que não acha necessário. Talvez por isso se davam tão bem. - Contou.

— Parece uma adolescente diferente, de fato. - Comentou enquanto seguiam pelos corredores. - Desculpe, mas saberia como a garota conheceu o capitão. Ouvi dizer que ela é irmã do shinigami substituto, Kurosaki Ichigo, mas ainda assim não consigo imaginar como eles se relacionaram, já que pelo que eu soube, o capitão nem mesmo é tão próximo à ele.

— Na verdade, foi apenas uma coincidência. O taichou nem sabia que a garota era uma das irmãs do Ichigo-kun quando começaram a se falar, apenas descobriu depois que ela reconheceu o uniforme de shinigami dele e perguntou sobre o irmão. - Disse a ruiva lembrando de quando fora ao mundo humano antes da batalha com Aizen. - Prefiro deixar para contar isso uma outra hora, mas em resumo, apenas reparei quando ele pareceu interessado numa criança humana. Até brinquei dizendo que ele já estava "naquela idade", mas ele negou irritado e disse que tinha alguma coisa diferente na garota. Mais tarde me contou que a menina havia identificado a aparição de um hollow e até mesmo a localização antes dele receber a ordem. Karin-chan sempre teve ótima percepção, diferente do irmão mais velho. Depois disso, tudo que sei é que ela havia se tornado uma amiga importante, e quando tirava folga, passava seu tempo jogando bola com ela. - Finalizou. - Chegamos, tente não fazer barulho a partir de agora, ou pode incomodá-lo. - Avisou antes de digitar o código de acesso da porta do hall de entrada antes da porta de entrada da sala.

Mahiro preferiu seguir as instruções da mulher sem pestanejar, já havia o irritado uma vez e não queria repetir o erro.

Passando da primeira porta, um sistema de lazer fez a leitura de cada um dos corpos e em seguida, uma espécie de gás esterilizador foi liberado no pequeno hall. Em seguida, a tenente digitou o próximo código e a porta silenciosamente se abriu, fazendo um gélido ar passar por seus pés e subirem por seus corpos.

Silenciosos, adentraram a sala, encontrando o grisalho capitão observando silencioso a garota flutuando no tanque.

Mahiro estranhou a expressão preocupada que Matsumoto repentinamente pôs em seu rosto enquanto olhava o capitão de frente para o tanque iluminado. Sem entender, seguiu o olhar da mulher e tentou olhar mais atentamente o que a tenente via. Consegui. O homem, assim como o capitão, não gostava muito de mostrar muitas emoções, mas isso não queria dizer que este não sabia reconhecê-las.

O que Mahiro via, o surpreendeu. Não apenas por se tratar do famoso capitão de gelo, mas simplesmente pelas emoções e sua intensidade. Esta era a primeira vez em sua vida, para o assistente, que via um homem com a expressão tão perturbada e culpada em seu rosto. Ele finalmente notara também que o ar frio não provinha da sala em si, nem mesmo dos equipamentos da garota, mas do próprio capitão que lhe deixava escapar reiatsu inconscientemente.

— Taichou... - Murmurou a ruiva preocupada. Seu chamado quase inaudível foi o suficiente para chamar a atenção do grisalho.

Hitsugaya, reparando na presença dos dois shinigamis, se despediu mentalmente da morena no tanque e com seu olhar impassível olhou para sua tenente e seu acompanhante. Os dois lhe fizeram uma venha em respeito.

— Por que trouxe essa papelada, Matsumoto? - Indagou o rapaz encarando os papéis nas mãos da ruiva. - Havia dito que estava liberada de suas obrigações no escritório para ficar aqui.

A ruiva sorriu sem graça.

— Estava pensando em fazer nas horas vagas... - Respondeu. - Não vai atrapalhar minha missão aqui, eu juro. - Tentava convencê-lo.

— Acho bom que realmente não atrapalhe ou também será responsabilizada. - Alertou.

— Hai, hai. - Respondeu colocando os papéis em cima de uma das bancadas livres. Deixando-as foi até ao lado do capitão e olhou para o tanque fazendo uma pequena venha. - Bom dia, Karin-chan. Faz um tempo que não à vejo, desculpe a demora. - Disse sorridente para a morena. Mahiro não entendeu muito bem a atitude da ruiva, mas preferia não perguntar nada enquanto o jovem capitão estivesse no laboratório.

— Se fazia tanto tempo, poderia ter tirado um dia para vir. Andou trabalhando muito mais esses últimos anos do que na época em que do pai dela era o capitão. Merece uma folga. - Comentou o grisalho.

— Outro dia talvez. Tenho certeza que a Karin-chan me perdoa pela demora, até porque se eu não trabalhar, o taichou fará questão de ficar dia e noite no escritório e não descansará. - Respondeu.

— Não preciso de uma babá, Matsumoto.

— Se o senhor diz... Ainda assim, pode deixar que compenso minhas folgas quando ela acordar. Será mais divertido. - Afirmou.

O grisalho franziu o cenho em confusão as palavras da ruiva.

— Olhe melhor para ela, taichou. Karin-chan cresceu e o vestido que emprestei quase não cabe mais nela. Ela pode até não gostar, mas vai ter que fazer compras quando acordar. - Disse sorrindo. - É mais divertido quando se vai com alguém.

O capitão reparou no que a tenente tentava explicar. Embora a garota não fosse mais nenhuma criança quando foi levada para lá, Karin definitivamente havia crescido e isso ficava claro no vestido negro que antes lhe cobria até um pouco depois do joelho, mas agora já quase não lhe tampava as coxas.

Mahiro finalmente viu um leve e quase imperceptível sorriso se formar no rosto do capitão, que até agora não mostrara muito mais do que raiva, irritação e culpa.

— Faça como quiser, então. - Disse se encaminhando para a saída.

— Hai. - Respondeu.

— Vou para o escritório. Dê as instruções gerais sobre o trabalho para o Masashi, começando pela lista de pessoas autorizadas. Qualquer problema, me comunique imediatamente. - Ordenou, em seu tom indiferente e autoritário habitual, antes de sair.

— Hai, Hitsugaya-taichou. Tenha um bom dia. - Matsumoto esperou o capitão sair e olhou preocupada para a garota no tanque. - Não demore muito mais para acordar, Karin-chan, não sei quanto tempo ele aguentaria se surgisse uma nova guerra enquanto estivesse neste estado. - Pediu a morena.

— Matsumoto-fukutaichou... - Chamou o assistente.

— Hai. - Respondeu.

— Eu achei um pouco estranho antes quando você falou que o Hitsugaya-taichou vinha falar com a garota, mas vejo que faz o mesmo... Por quê? - Perguntou curioso.

— Masashi-san, já foi alguma vez ao mundo humano ou mesmo teve contato com algum deles? - Rebateu.

— Iie... Me formei ha pouco tempo e depois passei meu tempo na 12ª divisão. - Respondeu.

— Os humanos são diferentes de nós em muitas coisas... Lá, por exemplo, há muitos casos em que um humano passa anos em coma, mas quando acorda relata ter escutado tudo o que lhe diziam enquanto desacordado. Alguns até mesmo dizem não ter desistido justamente por saber que pessoas sempre lhe visitaram e estavam preocupadas consigo. - Explicou. - Ela pode ser filha de um shinigami, mas ainda é meio-humana. Não é irracional acreditar que ela possa fazer o mesmo.

— Ah... Entendo. - Disse o homem ajeitando seu óculos.

Mahiro já havia estudado sobre muitas coisas, mas admitia que o mundo dos vivos ainda era um completo breu para sua mente intelectual. Não haviam livros que descreviam ou contavam algo sobre o mundo ou mesmo sobre os seus habitantes, aparentemente isso se devia ao fato de que devido ao curto tempo de vida de seus habitantes serem um tipo de acelerador de progressos. Assim, se um livro fosse escrito hoje, amanhã já deveria ser atualizado, assim como no dia seguinte, e no próximo, e assim sucessiva e infinitamente até que o mundo deixasse de existir. Isso valia tanto para as descobertas sobre o mundo, quanto sobre os próprios humanos.

— Então, vamos pegar a lista de autorizados. - Disse a ruiva, deixando o assistente confuso.

— Não perguntei antes, mas do que realmente se trata a "lista de autorizados"? - Indagou para a tenente.

— Logo irá entender... - Disse a mulher.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! =D

Até o próximo capítulo!

Sayounara, Minna-san! o/

Abraço!



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