Royal Diary escrita por Gabs


Capítulo 14
Perdão?


Notas iniciais do capítulo

:3



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Minhas mãos tremiam, o meu coração acelerava sem parar dentro do peito, quando entrei no meu quarto, bati a porta com força e me debrucei na cama. Lágrimas escorriam pelos meus olhos. Era como se o meu sonho tivesse se tornado um pesadelo.

Pensei na rainha Valerie e em tudo que ela deveria ter passado  em todos os seus vinte e um anos de casada.Ter que aturar um marido ignorante e extremamente bravo...

Ouvi a porta bater, estremeci. Nataniel entrou pelo quarto e me trazia um copo de água em suas mãos. 

— Você está bem? - ele me perguntou.

Ouvi a porta ranger e o corpo de Nataniel passar por ela.

Ele engoliu em seco ao me denotar tremula e amedrontada. O que passava por sua cabeça? Me achava fraca e vulnerável? Nataniel me achava uma garota inofensiva?

Com suavidade, foi se aproximando aos poucos de mim e se sentou ao meu lado. 

— Daisy? - me chamou com delicadeza. Ele enxugou uma lágrima do meu rosto com seu dedo. - Está tudo bem?

Gemi.

— Sim. - assenti levemente. 

Ele me abraçou singelamente pelos ombros. Sequei as minhas lágrimas e o apertei. Era aquele o garoto em que eu dava boa noite e beijava sua foto todas as vezes antes de dormir. Era por esse príncipe Nataniel que eu dizia ser a minha alma gêmea e estar apaixonada. 

— Daisy, - murmurou se afastando para me encarar. - isso não pode ser comentado com ninguém, seria uma grande polêmica para mim e para minha família. Nossa imagem seria manchada, muito manchada.

Sim, aquilo era verdade, mas eu me decepcionei, confesso, esperava algo como "foi tão ruim assim?" "ele te machucou?" "está doendo em algo?". Mas não. Nataniel se importava muito com as opiniões alheias e eu já era deslocada e flexível o suficiente para não me importar, nem mesmo com as ofensas de Cassandra.

— Eu não entendi. Ele me machucou. Sinto uma grande dor física e pisciologica. Mas tudo o você sabe fazer é se importar com o que as pessoas vão dizer? - explodi, coisa que acontece raramente. Entenda, sinto muito medo de magoar as pessoas com palavras de ofensas e ignorância. Não me importo muito com que os outros falem de  mim, mas EU me importo em ser explosiva e magoar. - Ele arremessou um copo contra o meu corpo, e por ínfimos centímetros não acertou a minha cabeça! Rufos puxou os meus cabelos... E ainda acha que a opinião de tabloides e revistas de fofocas é mais importante do que minha segurança? 

— Eu...

— Saia já! - berrei. - Saia, saia, sai!

Ele me fitou, confuso, mas decidiu não contrariar e saiu do quarto batendo a porta atrás.

Só consegui dormir trinta minutos depois, fiquei andando de um lado para o outro no quarto, sem saber o que fazer. A Seleção é horrível e eu quero deixa-lá o mais rápido possível.

+++

Acordei bem cedo e fui a primeira a chegar e se sentar na mesa. Durante a refeição, Cassandra jogou milhões de piadinhas em mim, mas eu não me importei, e você sabe por quê? Porque eu iria embora daquele lugar o mais rápido possível. Nem que para eu isso precisasse pular os muros. 

Me levantei da cadeira e sem dar satisfações a Daphne ou Eleven, rumei em direção ao jardim do castelo. Nataniel estava lá, parado na frente da fonte, quase que como se já tivesse a minha espera.

Fiquei paralisada ao notá-lo, não era porque eu sentia uma forte paixão de ficar paralisada ou alguma coisa do tipo, mas naquele momento, tudo o que se passava na minha cabeça era o incomodo de sentir aquela presença. 

— Onde estão os seus modos? - perguntou-me rudemente, passamos quase dois minutos nos encarando. - Deveria reverenciar diante de uma autoridade. 

— Não acredito em superioridade. Biologicamente não existe a "Raça de maior autoridade". - rebati. Era como se todo o meu amor por Nataniel tivesse ido embora. Ia dando-lhe as costas quando ele me parou.

— Ei, me desculpe por ontem a noite. - tentou se explicar. - agi muito mau e quero que me perdoe.

Olhei no fundo de seus olhos e vi que estava sendo sincero.

— Tudo bem, eu o perdoou. - respondi, suspirando fundo.

— Mas sobre aquilo...

— não se preocupe. - tentei tranquiliza-lo. - nem pras garotas vou comentar o que aconteceu, você está me devendo uma...

— Sei e já encontrei a forma perfeita de trocar o seu favor. - ele abriu um sorriso, um sorriso triste. - O que acha de fazermos uma visita na casa do seu pai amanhã? Eu a faria companhia, quero conhece-lo também.

Fiquei sem palavras.


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