Segurança Contra O Horror escrita por The Horror Guy


Capítulo 2
TITÃS


Notas iniciais do capítulo

Neste segundo episódio - Freddy Krueger recebe uma proposta tentadora. Enquanto isso, toma um tempo para conhecer um pouco mais as outras aberrações encarceradas na instalação.



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No dia seguinte, após a noite infernal, de tiroteios, gritos desesperados e rugidos, Andrew Se dirige á porta da cela de Krueger. A Porta da cela se abre. Freddy Krueger se encontra sentado no canto inferior direito, cabisbaixo, com o ódio refletindo em seus olhos. Andrew o fitava, parecia compreender, ou somente estivesse com pena. O Que era ainda mais bizarro. Soltou um suspiro tirando as mãos dos bolsos do jaleco:
—Vamos, Freddy.
—Que foi? Quer me espetar de novo? - Indagou Krueger. - Tente com um viciado em Crack. Tenho certeza que ele ficará feliz ao ver as agulhas.
—Não, Krueger. Não é isso. Está na hora do único momento do dia em que permitimos que alguns seres possam... tomar um ar no pátio.
—É... Isso aqui é mesmo uma prisão.
—E Precisamos conversar.
—Não vou mais trocar uma palavra com você, filho da puta. Apenas um "Adeus" quando eu estiver com suas tripas nas minhas mãos.
—A Culpa foi minha Krueger. Tudo o que aconteceu ontem.
—Claro que foi! - Freddy se levantou encarando Andrew furioso. -Se não tivesse me trazido para cá... Talvez você ainda teria uma vida pela frente. Confesso que a única coisa que me chateou ontem, foi que aquela criatura não levou um pedaço seu para a viagem.
—É exatamente sobre isso que precisamos conversar.
—Imbecil...
—Não foi só o Rake que escapou ontem!
—Ah é mesmo? Vá conversar com alguém que se importe.
—Freddy... me escuta, por favor.
Freddy apenas o encarava, em pé agora. Andrew notou que toda a cela acolchoada estava dilacerada. E Que haviam inúmeros filetes de estofamento branco espalhados pelo chão. Como se uma galinha tivesse sido depenada ali. Andrew continuou:
—Se lembra quando conversamos ontem... eu lhe disse que, tentávamos recriar o horror, com genética. A Partir de vocês?
—Claro. Ficou claro que vocês sonham em ser a Umbrella Corporation, otário.
—...Então. Lembra que eu também tirei uma amostra do seu sangue?
—Não enrole.
—Freddy... aquele monstro que fugiu... Estava com o seu DNA.
—Filho da puta... Por isso ele conseguiu me arrastar pro mundo dos sonhos. O Escroto me usou!
—Essa é a questão. E Tem mais. Ele roubou chaves, várias. Mutilou muitos em sua escapada.
—Nessa parte dou crédito pro monstro.
—Ele não escapou sozinho.
—E eu com isso? Limpe sua própria bagunça.
—Ele libertou Slender Man... e alguns outros.
Freddy apenas o fitava, parecendo não se importar.
—Tá, é o seguinte. Em todos o nossos espécimes, são injetados rastreadores. Através de um dardo.
—Então vá atrás deles. E Saia da minha frente antes que eu abra sua garganta para sair.
—Você também tem um rastreador Freddy!
—Ah safado... Como colocou essa coisa em mim?
—Com a agulha. Quando estava tirando uma amostra de seu sangue. A Segunda picada, injetou o rastreador. Com caras como Voorhees, e Myers, temos que usar tranquilizantes fortíssimos, com dardos. Mas, você até que cooperou.
Freddy soltou um grito de raiva rasgando mais um pedaço da parede acolchoada da cela. Deixando a marca das 4 garras.
—Calma...
—Saia.... Da... Minha frente!
Andrew Levantou um canudo.
—O Que vai fazer? Ah? Assoprar essa zarabatana? Vá em frente. Eu vou dormir. Vou estar inconsciente. Voltarei ao mundo dos sonhos e te rasgarei de dentro para fora!
Andrew Hesitou. E Abaixou a zarabatana.
—Não... você vai para o pátio. Achei que talvez fosse preciso sedá-lo por um momento para poder levá-lo.
—Ah que ótimo. -Respondeu Freddy com sarcasmo. -Antes, fale mais sobre o rastreador. Você mencionou no começo, como se houvesse algo errado com eles...
—Sim. De fato.
— O que é?
—As criaturas que fugiram... não sei como. Mas os retiraram. Não consigo rastreá-los.
—Ah então dá pra tirar isso aqui? Bom saber...
Não.. não dá. Essa é a questão. É Muito pequeno. Quase microscópico. Passa por uma agulha, se lembra?
—Problema seu.
—Eu estou disposto a fazer uma oferta.
Freddy sorriu...
—Freddy... esses monstros... sentem a presença de seres não naturais... assim como vocês também podem senti-los.
—"Vocês?" - Questionou Krueger.
—Sim, vocês, as outras cobaias. Krueger, escute. Eu lhe ofereço a liberdade, se conseguir achar essas coisas.
—Então ,está me dizendo que simplesmente vai deixar que eu saia andando daqui tranquilamente? Isso está fedendo...
—Sim. É isso mesmo. E Prometo retirar o rastreador de todos vocês.
—Caralho, "Vocês" quem?
—Freddy. Se você for sozinho. E Achar essas criaturas, você pode morrer.
—Estou contando com isso.
—Mas se for assim, não vou deixá-lo sair.
—Por que quer essas aberrações de volta?
—Por causa do perigo que eles podem representar á sociedade.
—Ah, e eu solto por aí não represento perigo?
—Você estará sendo monitorado. Junto com os outros.
—Que outros, cacete?
—Eu quero que você monte um time. Simples assim.
—Boa sorte com isso, babaca. Vá fazer a oferta para eles.
—Não posso.
—Ah que pena, não é?
—Freddy, você não entendeu. Metade dessa turma não fala. Não se comunicam! Não tem como persuadi-los.
—E Então como diabos espera que eu faça isso, gênio?
—Pelos sonhos. Talvez, entrando no sonho desses monstros, você possa se comunicar com eles, e convencê-los. Há uma boa chance deles aceitarem, em troca da liberdade.
—Uma liberdade que você não dará, claro.
—Eu vou sim!
—Agora você está se contradizendo, "Dr. Phill". Não somos um perigo á sociedade?
—Nem tanto. Jason não sai de Crystal Lake. Myers apronta apenas no Halloween. E o Sawer só quer viver em paz em sua fazenda.
—Você ficou louco? Quer que eu fale com Voorhees? -Freddy gargalhou -Essa é para rir! Caso não saiba, nós praticamente lutamos até a morte uns anos atrás. Nos odiamos.
—Eu sei... mas estou desesperado.
—Então, isso significa... que terei minhas crianças de volta?
—Sim.
—Em Elm Street?
—Sim.
—Até que você não é ruim de barganha.
—Mas com uma condição.
—Diga.
—Vocês tem que pegá-los. Ou matá-los.
—E por que tanto desespero?
—Se o governo souber do fazemos aqui. Ou se isso vir á público. Vão matar á todos nós.
—Que delícia.
—E Prenderão todas as cobaias, inclusive você, num complexo militar.
—Oh... entendo. Bem. Você tem um trato. Mas e se eu não conseguir convencer esses cabeça-ocas?
—Então você nos acompanhará numa caçada.
—Feito. Agora, não está na hora do meu "Banho de sol"? -Perguntou Freddy, com deboche.
Andrew Assoprou o dardo. Krueger sentiu a picada no abdômen. E apagou. Aquele sedativo era muito forte. Freddy abria os olhos lentamente, a luz incomodava. Estava deitado numa maca, sendo levado por um corredor. Ouvia vozes conversando, uma com certeza era de Andrew. A outra, parecia a de uma criança. Uma garotinha. Krueger tentava mover as pernas e os braços, mas estavam atados. Logo, uma imenso clarão se deu, e Freddy fechou os olhos com força, praguejando:
—Que merda!...
—Ele acordou. Ainda bem que já chegamos - Disse a voz infantil.
A Maca foi posicionada num gramado. Freddy agora podia ver nuvens, e o céu.
—Afastem-se! - Ordenou a garotinha.
As ataduras da maca, que prendiam os pulsos e tornozelos de Freddy se soltaram. Krueger sentiu a liberdade e se levantou, ficando sentado na maca, recobrando força total. Seus olhos viram o mais improvável... 8 crianças, vestindo um sobretudo cinza, não aparentavam mais que 8 anos. Pele extremamente clara, olhares inexpressivos, e os braços abaixados. Com uma postura firme, encaravam Krueger sérios. Eram todos bem parecidos, como se fossem irmãos. 4 garotinhas, e 4 garotinhos. Alinhados em fila, como na pré-escola, onde obrigam as crianças fazerem fila, uma para as meninas, e uma para os meninos. Estava igualzinho. O detalhe que chama a atenção, que deixa claro que não são crianças normais, são seus cabelos. De uma cor intensa. Um prateado, quase branco. As meninas e os meninos cada um com o mesmo "penteado" por assim dizer. As garotas de "Chanel", e os garotos com corte baixo, e um pequeno topete na frente. Freddy não acreditava no que estava vendo. Desceu da maca esboçando um sorriso, mal podia esperar para cortar um a um aqueles pirralhos, mas antes que seu sorriso durasse muito, a garota que era a primeira da Fila, deu um passo á frente dizendo num tom sério e controlador:
—Pare!
Freddy riu.
—E eu vou receber ordens suas, porquinha?
A Garota não demonstrava nenhum medo, muito menos expressão facial. O Fitava como se estivesse morta. A menininha levantou a cabeça lentamente fitando Krueger. E prosseguiu:
—Eu sei o que está pensando, Krueger.
—Como você sabe o meu nome, princesa?
—Nós podemos ver tudo o que está ativo em sua mente. Até mesmo o que pensa em dizer...
—Ah, é mesmo? - Respondeu Freddy sarcasticamente - Então, sabe que eu vou estripá-la... -Freddy levantou a luva, exibindo as lâminas, quando o impensável aconteceu. Ele não conseguia mover o braço. Não conseguia mover nenhuma parte de seu corpo, estava paralisado. Seus olhos apenas se mexiam, foi aí que ele notou.
As crianças, o encaravam friamente. Seus olhos, estavam de uma cor vermelha intensa. Como faróis o encarando. A Garota que antes o repreendia deu mais um passo á frente.
—Nós podemos ver e ouvir tudo o que está em suas mentes... humanos... ou não. Através disso, conseguimos manipular o cérebro, e podemos fazer com que você faça o que quisermos. Se matar? - (Neste momento, a mão com as garras de Freddy, rapidamente se posicionou contra seu próprio pescoço, sem que ele pudesse controlar seus próprios movimentos) - Ou então... -Continuou a garotinha infernal. - Não.... Andrew Disse que esse é seu tempo livre. Vamos deixá-lo aqui. Não se preocupe, este é o pátio B, onde deixamos as criaturas mais sociáveis. Ou pelo menos, aquelas que tem alguma inteligência para socializar. Divirta-se, Ali ao lado está o Pátio A, vocês ficam separados por uma cerca de Titânio. Ali tem aqueles casos meio que.. irreversíveis. Tenha um bom dia senhor Krueger.

A garotinha e seus pequenos companheiros se viraram, e seguiram em direção á porta, empurrando a maca. Andrew os esperava do lado de dentro, pronto para fechar a porta assim que entrassem. Quando a Maca e os diabinhos passaram, A Garotinha, fitou Freddy mais uma vez, e seus olhos passaram do vermelho intenso brilhante para o simples castanho escuro. E antes que a porta se fechasse, ela disse:

—A Propósito, sou Mara.

Krueger percebeu que recobrara os movimentos. Estava livre novamente. Olhou em volta, a cerca de Titânio o separava de uma vista bonita. Grama verdinha, árvores, e o que parecia ser uma floresta ao fundo. Mas teria que se contentar com aquele chão de concreto, as mesas e cadeiras de praça, em voltas daquela cerca que os separava de qualquer contato com o mundo. Uma voz, o chamou:

—Krueger! Venha.

Era uma voz masculina, com um tom amistoso. Gentil. Freddy olhou em volta, e viu o sujeito. Sentado num banco de praça, com uma mesa de pedra a sua frente, o senhor depositava cartas de um baralho sobre ela. Sorriu para Krueger:

—Bom dia.

Freddy se aproximou devagar, com um olhar sério. O que mais poderia surpreendê-lo naquele lugar? Voorhees, um inimigo, podia ser visto no patio A, bem ao lado, o encarando, estático do outro lado da cerca. Um tal de Myers também se encontrava no mesmo Pátio de Jason. Com uns 1,90 de altura, uma máscara branca, pálida sem expressão, um macacão de caminhoneiro e uma faca de açougueiro gigante, o Tal Michael Myers ficava em pé contemplando o jardim á sua frente, ainda que fosse inalcançável pela grade. Freddy voltou seu olhar ao senhor que lhe chamara, que o olhou com confiança, um meio sorriso querendo aparecer. O homem fez sinal para que se sentasse. Kureger respondeu se sentando, o analisando, incrédulo, o homem não o temia. De maneira alguma. Parecia apenas um humano qualquer. Ali, jogando paciência entre tantas aberrações. E mais incrível, sem ser incomodado por ninguém. Freddy pousou suas mãos sobre a mesa de pedra. O Homem, robusto, aparentava ter pouco mais de 60 nos, com pouco cabelo, mas ainda sim preto. Incrível como o coroa não tinha cabelos brancos. Boa postura, olhos azuis fixantes e com um leve sotaque europeu, acendeu um charuto:
—Freddy Krueger, não é mesmo?
Freddy respondeu, tentando se controlar:
—E... Quem é você, porra?
O Homem deu uma leve risada, pousando o charuto num cinzeiro, assoprando a fumaça para cima, e enquanto pega o monte de cartas para embaralhá-las, respondeu:
—Prazer. Lecter. Doutor Hannibal Lecter.
—Ah que ótimo.. outro médico. -Respondeu Krueger.
—Não mais, eu temo. Não mais, meu caro.
—O Que fez então para não ser mais médico?
Lecter o olhou fixamente esboçando um pequeno sorriso:
—Eu... bem. Digamos que eu tinha gostos peculiares. - Dizia embaralhando as cartas.
—Eu acho que já ouvi falar de você...
—Ah.. não duvido. Você foi morto em 1978... bem quando eu já estava á uns... digamos, entrando no Hospício municipal de Baltimore.
—O que você fez?
Lecter hesitou:
—Eu tive ótimas refeições, senhor Krueger.
—No sanatório?
—Oh não. Aquelas pessoas no sanatório não tem a mínima noção de bom gosto. Mas confesso, que a simples, porém, encorpada sopa que Barney, o enfermeiro me servia, era curiosamente... Deliciosa. Mas, respondendo á sua pergunta, cavalheiro, eu fiz inimigos, e os derrotei.
—Com isso posso me identificar... -Disse Freddy mostrando um leve sorriso. - O que fez com eles? Estripou?
—Um pouco...
—É isso?
—Temo que não, na verdade... eu os comi. -Respondeu Hannibal como se falasse do tempo ou de borboletas, na maior naturalidade, que fez com que Krueger hesitasse, engolindo a seco por um segundos.
—Você... Os comeu?...
—Ah sim. Mas, algumas partes. Mas garanto que fiz um serviço á sociedade. Você sabia, Sr. Krueger, que, o efeito placebo é mais poderoso que qualquer droga? Veja bem, diga á uma pessoa que o comprimido a curará de câncer. Ela toma, e depois de um tempo, se cura. Sendo que você deu a ela Tic Tacs o tempo todo. Mesmo assim, em meus jantares, eu sempre gostei de dar aos meus convidados, não somente um sinal de minha vitória, mas também um bom vinho. E acompanhado com toda refinada culinária que meu Chef paticular podia oferecer. Ninguém jamais notou nada.
—Eu gostei de você... -Respondeu Krueger curioso.
—Oh, é um prazer ter alguém para conversar também, Sr. Krueger.
—Me conte mais desse seu jantar... Doutor.....
—Bem. O que posso dizer? Eu costumava ir á um concerto, conseguia sempre ótimos lugares. Eu era um psiquiatra respeitado, Sr. Krueger. Muito bem, acontece que o flautista... ás vezes... desafinava. Eu poderia dizer que o concerto era perfeito, se não fosse aquele pobre homem sem fôlego, que suava sobre o terno Armani, e ficava vermelho como uma lagosta ao receber olhares. Quando ele não tocava, por conta de sua fraca disposição que o fazia recobrar o fôlego por alguns segundos enquanto os outros continuavam como se nada estivesse acontecendo, você sentia falta daquela flauta. Mas quando ele botava seus lábios secos e desesperados de volta ao instrumento, você se arrependia de ter esperado por aquele mero infeliz trazer a nota que faltava ao conjunto. Como uma mosca, que não vai embora mesmo quando se abre a janela... aquele incômodo inocente, porém, enlouquecedor para alguém como eu, foi crescendo...
Freddy pegou o charuto
—Se importa?
—Claro que não, fique á vontade Sr. Krueger.
—Continue....
—Bem, fiquei do lado de fora do teatro. Nos fundos , aguardando por ele. Comecei com elogios, dando uma de fã. Puxei conversa o suficiente até que todos os reais artistas já tivessem dispersado do local. Com um golpe de bisturi, na nuca, o sujeito sangrou, e caiu. Mas, ainda foi preciso mais alguns chutes para que ele finalmente viajasse para onde se tocam harpas. Ali mesmo, tirei o que tinha de tirar. Seus rins, e um pouco do fígado. Me encontrei com outros da alta sociedade em meu "humilde" apartamento, alguns dias depois. O Flautista fora substituído, e como se uma mão divina pousasse sobre a orquestra, estava enfim, tudo perfeito. Todos notaram a diferença, e naquela estreia, eu finalmente pude fecha meus olhos e deitar sobre uma nuvem. No jantar após a estreia do novo membro, como eu já havia dito, recebei convidados agradáveis. Loucos para provar a especialidade de meu Chef. O grandalhão fez o que fez sem saber de nada, mas a parte do flautista quem cozinhou fui eu. E Foi ali, no meio daquele filé, que eles sentiram um novo sabor peculiar, do qual elogiaram com fervor a noite toda. Creio que o vinho tornou tudo melhor. Alguns, chegaram até a pedir a receita, mas... um verdadeiro mágico nunca revela seu truque. Mas isso foi o que me condenou. Fui pego por este incidente, pelo oficial Will Graham, uma graça de pessoa, diga-se de passagem. Um pequeno infortúnio, nosso confronto não acabou até eu esfaqueá-lo. Ele sobreviveu, infelizmente. Mas mesmo assim... não houve saída para mim.
—E... Quantos.. "jantares" o senhor já teve?
—Parei de contar desde que fiz 30 anos.
—Oh...
—Andrew Me disse sobre você. Por isso eu sabia seu nome.
—Eu tenho que perguntar... aquelas crianças... o que são?
—Demônios... extraterrestres... mutação genética.. evolução... Ninguém sabe ao certo. Mas jamais me manipularam. Sou considerado um ser "Sociável" por aqui. E De vez em quando ajudo a fazer análises de alguns detentos.
—Mas você também é só mais um rato aqui, correto?
—Por hora... Mas vamos nos concentrar no futuro, ha? Há vistas que ainda não vi, e amigos.... a visitar.
—E se eu te dissesse que posso te tirar daqui?
—Como, Sr. Krueger?
Freddy então, contou á Hannibal a proposta que Andrew o fez hoje cedo. E Jason não parava de os encarar do outro lado da cerca. Atrás de Kruger, sentado, acoado num canto chorando, estava outra aberração, um homem enorme, um pouco gordinho, vestindo botas, um avental de açougueiro amarelado, e com o rosto coberto por uma máscara, feita de pele humana. Se punha á chorar como uma criança. Ao seu lado, um ser baixinho se aproximava. Vestindo um macacão, como um pijama de bebê, laranja, que cobria os pés, apenas as mãos ficavam de fora, mãos pequenas, infantis. O Ser tinha mais ou menos 60 centímetros de altura, era como um bebê gigante, ou uma criança desproporcional, a cabeça, coberta com um saco de batatas, e dois botões no indicando onde estavam os olhos, carregando um saco enorme, que parecia pesado demais para algo daquele tamanho carregar, mas aparentemente, não era nenhum desafio, a coisinha Se aproximou do grandalhão que estava no chão chorando, retirando o saco de batatas da cabeça, revelando seu rosto, era uma cabeça enorme, redonda como uma abóbora, alias, era uma abóbora. O Rosto tinha aparência de um esqueleto, era como uma abóbora esculpida. Seu nome era Sam, Abreviatura para "Samhaim" o senhor dos mortos, um tipo de criatura pagã do Halloween, que coletava doces e outras oferendas, e se certificava de que as tradições do feriado estavam sendo seguidas... ou... coitado quem não segui-las.

O Pequeno ser se sentou ao lado do grandalhão, balançando os pesinhos minúsculos como uma criança hiperativa. Esticou o bracinho até o grande saco que carregava, tirando de lá um chocolate, e oferecendo ao grandalhão. O Açougueiro imediatamente parou de chorar, fitando a criatura, e o doce. Sam esticou o doce para que ele o pegasse. Este grandalhão de avental, Jedidja Sawer, conhecido como "Leatherface", se pôs a pegar o chocolate, o levando até a boca pelo rasgo enorme que havia em sua máscara, que acompanhava o desenho de seu rosto. No lugar da boca, e os olhos, na sua máscara de pele humana, haviam buracos projetados, no topo da cabeça, os cabelos, já desfiados, do antigo dono do rosto, que com certeza não teve sorte de sobreviver á esse infame serial killer. Assim leatherface comia o chocolate, enquanto Sam, inclinava a cabeça para tentar ouvir a conversa entre Freddy e Hannibal, colocando o saco de batatas novamente na cabeça. Freddy esperava por uma resposta de Lecter após terminar seu discurso, Hannibal não hesitou:

—Está esperando o quê, meu jovem?
—Você por acaso vai fazer parte disso, doutor?
—Eu não sei... acho que estou meio velho para essas coisas. Mas, pretendo fugir daqui, então, é uma opção. Vou entrar nessa ladainha para ver o mundo de novo.
—Ha...
—Infelizmente, não possuo o dom da Imortalidade, Sr. Krueger. Mas... ainda sim.
—Pense assim, podemos dar um jeito de o senhor ter uma boa refeição... Andrew... talvez...?
—Interessante.... desejo-lhe boa sorte ao persuadir os outros.
Freddy abria as garras sorrindo:
—Sorte?... vamos ver Doutor... vamos ver....

Já dentro das instalações, Freddy era acompanhado por Andrew, e mais um guarda, que o levariam até sua cela, e começou a soltar as palavras:

—Hannibal Lecter topou.
—Nossa, o Hannibal... mas ele é mortal. Não está um pouco velho pra esse tipo de coisa?- Disse Andrew
—Você queria uma elite. Estou fazendo o que posso. Falando nisso, os outros... como os levam para as celas?
—Cada uma daquelas crianças os escoltam, um a um.
—Os controlando?
—Exato.
—Andrew... seu miserável. -Freddy parou no corredor: -Me coloque no mundo dos sonhos. Eu vou falar com eles.
—Tem certeza?
—Quero sair desse buraco. Não me atrase.
—Muito bem, venha comigo. -Andrew sorria impressionado, não acreditava que daria tudo tão certo... foi mais fácil do que ele pensou
Andrew levou Freddy até uma sala, havia uma maca, e vários aparelhos elétricos. Sentada numa cadeira, diante a um computador, estava a Garotinha, a líder do grupinho infernal de controladores de mentes.
—Mara.. -Disse Andrew. Enquanto a garota se virava. -Krueger vai participar da operação. O Coloque em "R.E.M."
—Okey... -Respondeu Mara, ainda sem mostrar expressão.
—Freddy, deite-se.
Freddy se deitou na maca. Mara colocou uma agulha em seu braço, E o prendeu na maca, pelos braços e pernas. Mara então se aproximou, encarando Krueger diretamente:
—Agora, você vai... dormir... (Seus olhos ficaram de uma cor laranja bem forte. Krueger encarou aqueles olhos horripilantes, enquanto tudo mais na sala parecia desaparecer... - Agora, Freddy, escute, você tem que ir até as celas, e entrar na mente deles, vamos sedar Michael Myers primeiro, comece por ele. Não se esqueça de Jason Voorhees, Sam, Leatherface, Creeper. Vamos começar com esses por enquanto, amanhã tentaremos com outros. Aqueles que não falam, use suas táticas para que eles o compreendam. 3...2...1.... -Mara estalou os dedos e Freddy apagou.)

Adrew disse:
—Como vamos saber se ele vai conseguir?
—Estou monitorando a mente dele - Respondeu Mara, agora com os olhos verde, brilhantes - Vou saber exatamente o que ele está falando, e com quem.

Enquanto isso, uma das outras crianças, Timothy, colocava Michael Myers em estado de sono em sua cela. Fazendo o Brutamontes apagar completamente, despencando no chão. Os outros faziam o mesmo com as outras aberrações. E podia-se ouvir Hannibal cantarolando uma sinfonia de Beethoven ao fundo. Ja haviam se passado duas horas... Mara observava atenta:

—Ainda bem que nos sonhos ele não pode ser machucado.
—Por quê? -Perguntou Andrew.
—Porque o Creeper está dando uma baita surra nele.
—Que merda... precisamos do Creeper, ele só tem mais uma semana acordado. Essa coisa só acorda de 23 em 23 anos, e fica apenas 23 dias acordado. Só faltam 7 dias até que ele volte a Hibernar.
—Eu sei. Vou dar uma pausa. Já vi que isso vai levar um tempo.
—Á Vontade, mas não demore.
—Não vou sair daqui. Só vou descansar um minuto.
—Com o Freddy saberia com quem falar?
—Eu posso ouvir os pensamentos dele, assim como ele pode ouvir os meus, passo as instruções telepaticamente enquanto estamos assim, conectados.
—Ahm...
Mara se sentou na cadeira:
—Vou dar uma pequena pausa.

Enquanto isso, no mundo dos sonhos, Freddy mostrava a Creeper tudo o que ele poderia fazer por aí estando livre. Mostrando-lhe um milharal, viajantes de uma estrada, carne fresca.. tudo o que Freddy pôde retirar da memória da criatura, ele usou para mostrá-lo a recompensa da liberdade. Creeper pareceu compreender, mas, vendo em seus pensamentos, e assim como as outras criaturas, todas pensavam a mesma coisa após aceitar a proposta, pensavam que mereciam uma matança, por garantia. Assim, Freddy clamou por Mara:
—Hey... pestinha! Está me ouvindo?...
No mundo real, Mara massageava em movimentos circulares sua testa, fechava os olhos tentando não pensar em nada naquele momento de pausa. Freddy percebeu que não houve resposta, e sorriu freneticamente,
—Venha, bicho feio.- Disse Krueger ao Creeper. - Eu vou ver se consigo dar á vocês um aperitivo.

Freddy agarrou na capa preta de Creeper, e se transportou com ele para a cela de Jason, e foi se teletransportando com um a um no mundo dos sonhos, até que estivessem todos juntos. Enfim, se viam num dos corredores da instalação, todos presos naquele universo maligno de Freddy. Michael Myers, Leatherface, Jason, Sam, um cara alto com traje de minerador portanto uma imensa picareta, também estava lá. As respirações pesadas em baixo daquelas máscaras estavam bem evidentes. Principalmente a do tal mineiro, que respirava alto embaixo daquela máscara de oxigênio. Todas aquelas aberrações fitavam Freddy. Até mesmo Jason, parecia mais calmo, após compreender que teria sua liberdade, graças á aquele homem queimado. De repente, vozes começaram a ecoar, e a o corredor, se transformou na antiga usina de Krueger, todos começaram ao olhar em volta se perguntando, talvez, onde estavam, ainda que não falassem, Leatherface começou a tremer, e logo pegou sua motosserra, que aparecera ali sem mais nem menos, ele a empunhou puxando a cordinha, que liberou aquele terrível som... A Segurou acima da cabeça dando um grito de satisfação, de finalmente tê-la de volta, Freddy então gritou abrindo as lâminas:

—Silêncio!!!

E As vozes ficaram mais altas, era dois homens e três mulheres... Michael Myers pendeu a cabeça para o lado esquerdo levemente, tentando compreender de onde elas vinham. Freddy abriu a bocarra mostrando felicidade:

—Oh..... garotos... temos companhia.... parece que alguns funcionários caíram no sono...

Freddy Krueger soltou uma gargalhada altíssima, como não soltara desde seus anos de ouro aterrorizando em Elm Street, as aberrações ajeitavam suas facas, motosserras, picaretas, garras, e Creeper farejava o medo no ar.. o medo daqueles pobres funcionários da instalação que caíram no sono durante o trabalho, provavelmente num dos escritórios.... A Criatura revirava os olhos desejando a carne, e qualquer outra parte do corpo que essas futuras vítimas poderiam a oferecer, Freddy continuou:
—O que acontece nos sonhos, acontece de verdade... hora de brincar rapazes...

FIM DO SEGUNDO EPISÓDIO.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham Gostado! ^^ E Aguardem para o grande banho de sangue merecido do próximo episódio! Dedico esta História á todos os fãs de terror.



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