Segurança Contra O Horror escrita por The Horror Guy


Capítulo 1
Nas garras do Mal


Notas iniciais do capítulo

A organização S.A.H. está em andamento no procedimento de captura de um dos maiores Serial Killers de todos os tempos. O Horror será desencadeado.



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Arrastando um colchão sobre o velho piso de madeira que rangia a cada passo, a garota tossia pela quantidade de pó que aquela casa velha emanava. Sophia, 25 anos, cabelos castanhos cacheados, pele clara e baixinha. Seus 1,60 de altura quase a tornavam uma criança puxando aquele colchão enorme, subir com aquela coisa pelos degraus foi um desafio. Mas talvez a grana fosse cobrir qualquer esforço. A Casa escura e abandonada já um tempo, mostrava sinais de que já não pertencia mais a aquela época. As tábuas nas janelas impediam que a luz vinda da rua entrasse completamente e iluminasse os cômodos.
—Ai... tomara que não tenha ratos... - Disse a moça cobrindo o nariz com uma das mãos, preocupada em começar a espirrar por causa da poeira. Estava já perante á uma porta, quer dizer, nem porta havia mais ali. Apenas um vão. Encostou o colchão ali ofegante pelo esforço. Um chiado repentino como uma interferência a faz pular de susto e soltar um gritinho:
—Ai merda!!- Gritou tirando um Walkie Talkie do bolso da jaqueta apertando o botão e segurando-o:
—Fala, o que foi? Câmbio.
—Está tudo bem aí? Câmbio.- Respondeu a voz masculina vinda do aparelho.
—Olha.. "Bem" não está não.. Essa casa precisa de uma boa faxina isso sim! Câmbio.
—Você vai ficar bem. A equipe vai entrar aí em 15 minutos, Câmbio
—Ah é? Então por que não fizeram o favor de me ajudar a trazer essa merda de colchão aqui pra cima? Isso aqui é pesado. O Pagamento vai arcar com possíveis danos corporais?-Disse Sophia em tom de sarcasmo- Câmbio.
—Hum.. só.. tente dormir tudo bem? Sabemos que parece impossível. Mas acredite, é para um bem maior, câmbio.
—É... Tá certo. -Respondeu com deboche. - É bom não me deixarem aqui, ou juro que volto para puxar pé de noite! Câmbio desligo.
Sophia largou o Walkie Talkie no chão, voltando a arrastar o colchão desta vez com mais raiva e determinação, entrando no quarto. Dava para ver pouco, alguns fechos de luz vindo dos postes ajudavam, mas não muito. Puxou até o fundo do cômodo, largando-o em seguida. O Colchão tombou no piso levantando uma pequena nuvem de pó. Do lado de fora, Havia uma van preta estacionada na frente da casa com dois homens uniformizados sentados na parte de trás. O mais velho, um pouco gordinho e sério portava um Notebook, e o segundo, mais jovem, na casa dos vinte e poucos e magrinho vasculhava uma pequena bolsa, dessas que se carregam material de enfermagem, Como agulhas, faixas, e etc. O mais novo, inclinava a cabeça para olhar mais afundo na bolsa enquanto disse concentrado:
—Acha que vamos precisar de sedativo?
O gordinho suspirou sem desgrudar os olhos da tela do notebook:
—Não sei.. talvez não funcione nele.
—Entendo... e a equipe vai entrar quando?
—Já vão entrar, agora pare de falar por um instante por favor, estou recebendo uma ligação da central.
—É só que....- Antes que pudesse terminar a frase, o homem sério o interrompeu chiando com a boca, prosseguindo atendendo o celular:
—Alô? -Depois de uma pausa, continuou- Sim, estamos aqui. A "isca" está se preparando para dormir.(- Mais uma longa pausa.) -Ah sim... posso confirmar o endereço sim.-( O homem estendeu o braço até o banco do motorista, pegando uma prancheta cheia de anotações, a colocou de lado perto da tela do notebook para ter um pouco mais de luz ao ler) -Aqui está. Casa 1428, Rua Elm. Confirmado?.... Ok. Tudo bem. Tchau. -(O Sujeito desligou o celular se virando para o magricela que o encarava curioso)-
— O Que foi moleque?
—Nada...- Disse o garoto tirando uma seringa de dentro da bolsa.

Deitada e encolhida embaixo de um edredom, Sophia ficava enojada de estar deitada naquele lugar asqueroso. Alguém não morava ali já fazia muitos anos. Fechou os olhos com força ajeitando a cabeça no travesseiro. Tinha medo de se esticar a acabar com uma perna ou pé fora do edredom, ou pior, encostar no chão. Ela não acreditava em nada do que estavam fazendo. Mas é como diz o ditado- "Pagando bem, que mal tem?". Ficou ali paralisada por uns dois minutos... quando percebeu que seria impossível dormir. Um som agudo, como um pequeno sino surgiu. Estava vindo ali do quarto. A moça abriu os olhos colocando a mão esquerda sob o travesseiro, pegando o celular que ali guardara. O Levantou sobre o edredom ligando a lanterna. Um triciclo estava posicionado no vão da porta. Focou a luz nele. Era vermelho, pequeno, parecia velho, Mas ela não se movia, continuava jogando a luz no objeto. De repente, o som agudo surgiu de novo, desta vez, eram como dois toques. Era a pequena buzina do triciclo, claro, apitando sozinha. Sophia sentiu a nuca arrepiar puxando os joelhos para cima, se sentando olhando fixamente sem saber o que fazer... quando o objeto começou a vir na sua direção lentamente, era como se uma criança invisível pedalasse em sua direção. Com os olhos arregalados e a boca aberta, ela se levantou num pulo de pavor jogando o edredom para frente, batendo com as costas na parede, deixando o celular cair, e ficou ali imóvel... congelada. Seus olhos foram guiados ao canto esquerdo, onde a luz da rua de repente entrava com força pelo vão das tábuas na janelas, iluminando bem mais o quarto e o que agora estava ali.... o branco nítido de dois vestidinhos... os cabelos saltitantes... as fitas vermelhas presas aos cabelos... e os sapatinhos pretos. Eram duas menininhas, não deviam ter mais de 7 anos, as duas sorriam cada uma segurando a ponta de uma corda se balançando de um lado para o outro. Elas pareciam estar em câmera lenta mexendo a boca como se dissessem algo que não podia ser ouvido... uma terceira garotinha, desta vez loirinha surgiu quando a luz se intensificou, estava no meio das outras duas, vestida igual com o mesmo lacinho e sapatos, pulando a corda olhando fixamente para Sophia... a terceira garotinha também parecia estar em câmera lenta... pode-se ouvir então o som que saia de suas bocas, uma canção, e cada estrofe vinha com um pulo da garotinha do meio...
—"Um... Dois... Freddy vem te pegar... Três... Quatro... Melhor trancar o quarto... Cinco... Seis... Pegue sua cruz... Sete... Oito... Acordada até tarde... Nove... Dez... nunca durma de novo..." -E elas repetiam isso sem pausa.
Sophia deu um grito altíssimo de desespero, se apressando em correr. Atravessou o quarto correndo feito uma maratonista e ao passar pelo vão da porta tudo mudou. Não estava mais na casa. E sim na frente de uma fornalha enferrujada, acesa com chamas bem vivas que pareciam ter saído do inferno. Haviam vários brinquedos esparramados no chão, cobertos de sangue. Bonecas, carrinhos, ursinhos de pelúcia, todos com alguma parte faltando. Ela reconheceu o ursinho de pelúcia. Um Teddy Bear genérico marrom que faltava uma perna. Rapidamente pegou o brinquedo tentando entender como ele foi parar lá... mas ao encostar nele, eles se desfez em cinzas, como se fosse feito de areia. Uma gota gelada pingou em sua testa. Sophia ergueu a cabeça olhando para cima, vendo os inúmeros canos enferrujados ao redor. Era uma usina abandonada. Ao menos as menininhas pararam de cantar, não estavam mais lá. O Chão frio e úmido, com poças de água faziam com que o lugar parecesse mais frio do que realmente era. Um raspar agudo em um dos canos chamou sua atenção, mas não conseguia distinguir de onde vinha o som. Erguia e virava a cabeça para todos os lados tentando saber de onde vinha ou quem estava fazendo aquilo. Era insuportável, talvez até pior que o arranhar de um quadro negro.
—Quem está aí?! -Gritou Sophia, ao mesmo tempo que uma risada áspera ecoou pelo lugar. Não hesitou, suspirou rapidamente e trêmula, tomando impulso com as pernas, se apressou em correr pisando nas poças olhando para todos os lados. Ele poderia sair de qualquer vão, de qualquer lugar, precisava ficar atenta e não ser golpeada como disseram. Correndo ofegante com os cabelos batendo nos ombros Sophia não parava, e os arranhados ficavam cada vez mais próximos. Quanto mais ela corria, mais o som parecia se locomover e estar mais perto dela, e cada vez mais altos e agonizantes. Ao fundo, podia ver duas passagens, uma dava para a esquerda e outra para a direita, a fornalha ao fundo e suas chamas, impossivelmente iluminavam quase todo o lugar, criando sombras sinistras em todos os canos com o dançar das chamas. Até que, ainda correndo, bateu contra alguma coisa, caindo para trás batendo levemente a cabeça. Foi um susto e tanto. Levou a mão até a nuca, que agora estava dolorida, tentando se recompor, abriu os olhos para ver contra o que tinha batido, mas na sua frente estavam duas pernas. Havia alguém de pé perante ela. As botas, a calça preta, e conforme seus olhos subiram para encarar o resto da figura, Sophia teve que contemplar o terror.... Um suéter verde e vermelho, o Homem, com o rosto terrivelmente queimado e desfigurado, sorria diabolicamente exibindo seus dentes podres e suas gengivas negras. Os olhos, castanho escuro, um chapéu marrom escuro sobre a cabeça, e na mão direita, portava uma luva, toda modificada com lâminas de navalhas das pontas dos dedos. O Homem monstruoso proferiu com sarcasmo e sadismo:
—Eu sempre tive uma quedinha pelas vadias que dormem nesta casa.... (-Em seguida lançou uma gargalhada diabólica curvando a cabeça para cima soltando a risada e a euforia, passava a sensação de controle e pré-potência. Lançou um olhar de deboche para Sophia, que incrivelmente já estava correndo na direção de onde veio berrando com toda força de seus pulmões.) -Bem vinda ao meu pesadelo.... piranha. -Disse o homem vendo-a correr, esboçando um sorriso, enquanto abria abruptamente a mão direita mostrando nas navalhas que emitiam um som metálico e agudo quando a luva se abria ou fechava. Sophia se esgueirou entre um tipo de "Beco" entre os canos, entrou ali rapidamente á direita. Saía fumaça deles e pareciam quentes... como se apenas encostar neles custasse sua pele. Se encolhendo e tomando cuidado, ela passava entre eles, esse corredor infernal tinha que dar em algum lugar. Passando e saindo de uma nuvem de fumaça, viu o quanto estava ferrada, não havia saída.
—Hey! - A Voz do psicopata carbonizado vinha de cima. Levantando a cabeça, ela pode vê-lo, agachado sobre uma plataforma de metal mais acima.
—Isso é só um sonho!!! -Gritou Sophia.
—Pode até ser princesa... mas não quer dizer que não vamos nos divertir...
—Eu sei quem você é!!!
—Oh... sabe?... (-O Homem se lançou de lá de cima, aterrissando bem na frente de Sophia, que paralisou. Ele a encarou com desprezo, movimentando suas lâminas, colocando duas delas nos lábios, passando a língua pelo meio das duas, balançando a mesma num gesto obsceno.) -Então sabe que eu vou te cortar... feito um porco. E ver você sangrar enquanto me divirto vendo a luz deixar os seus olhos...
Ele Lançou as lâminas para frente, deixando-as bem próximas do rosto de Sophia. Enquanto Se aproximava devagar, já com uma lágrima escorrendo e completamente calada, a garota dava passos vagarosos para trás.
—O Que foi? -Perguntou ele- O Gato comeu a sua língua?...
Sophia o encarou séria. Soltando um grito avançando em sua direção o derrubando de surpresa. Ficando sobre ele, os dois estavam estirados no chão úmido. O ódio nos olhos do sujeito transparecia, enquanto ele se preparava para se levantar, a garota permaneceu em cima dele segurando seu pulso direito, temendo que as lâminas a perfurassem. Ele agitava a mão tentando arranhá-la, Sophia berrava em Pânico segurando seu pulso inquieto, lutando contra a força maior dele, e com a mão que estava livre agarrou em seu suéter, se debatendo contra as tentativas do sujeito de tirá-la de cima dele e golpeá-la. Enquanto isso, no quarto, no mundo real a equipe uniformizada via Sophia dormindo, ela já estava se debatendo. Um oficial exclamou-
—Ela já está de cara com ele! Acordem ela!
—Não! Ainda não, precisamos ter certeza!- Gritou um homem de Jaleco.
Eles observavam a garota gritar e se debater durante o sono, iluminando-a com lanternas. Só Quando quatro marcas de arranhado surgiram em seu ombro, rasgando o tecido da jaqueta, que os homens se puseram a agir. O sangue manchava a roupa da moça respingando no edredom.
—Agora!- Gritou o homem de Jaleco.
Um oficial tomou a frente, golpeando o rosto de Sophia com um tapão extraordinário. Ela acordou gritando com toda força, e o homem queimado que a atacava no pesadelo apareceu sobre ela, pronto para golpeá-la no peito com suas garras, Enquanto a mesma pousava os dois braços sobre o rosto tentando protegê-los de um possível golpe das navalhas, O sujeito desfigurado proferiu um berro de ódio:
—Sua Puta miserável!!! -E Perfurou sem dó o peito de Sophia com as quatro garras. Silenciando a garota para sempre. O Oficial agarrou o sujeito dos sonhos pelo pescoço o puxando para trás, tirando-o de cima da moribunda, e as garras saíram de seu peito trazendo consigo um arco de sangue, e esguichos pequenos do líquido vermelho do tórax da garota que já inundavam suas roupas e o edredom. Os dois caíram no chão. Pode-se notar 5 homens naquele quarto, incluindo o que caíra no chão com ele, entre eles o de Jaleco que exclamou:
—Freddy! Pare!
O Homem desfigurado parou, procurando com os olhos quem lhe chamara. Haviam três Armas, do tipo Sniper de mira precisa apontadas para ele. Ele esboçou um sorriso cínico se levantando, enquanto o que estava caído se arrastava de costas se afastando dele. Estavam todos usando um uniforme preto, como a S.W.A.T., mas sem toda aquela proteção absurda. Provavelmente estavam com coletes a prova de balas, mas nenhum capacete no entanto.
—Freddy Krueger... -Disse o Homem de Jaleco.
O monstro queimado reagiu ao nome, olhando o de Jaleco diretamente, dando uma leve rosnada levantando suas lâminas reluzentes.
—Não, não! Por favor. Não estamos aqui como seus inimigos.
—Foda-se.... -Respondeu a aberração.
—Você tem que vir conosco.
—Ou posso fazê-lo se engasgar com a própria Língua, o que acha?
—Não seja tolo. Está em desvantagem.
Freddy riu, achando graça no comentário:
—Desvantagem? Oh... eu vejo. Vão atirar em mim? - Dava gargalhadas, e continuava com um sarcasmo extremo. -Vamos ver... eles já me queimaram, me esfaquearam, tentaram me apagar, e até mesmo água benta foi uma opção... mas é claro, você e seu zoológico vão me abater com balas? Faça-me um favor, cretino. Tenha pena da sua própria vida.
—Acho que você não entendeu Krueger. É esse o seu nome, não é?
Freddy levantou a garra do dedo indicador, encostou a ponta na parede, raspando-a levemente, acenando "Sim" com a cabeça.
—Então, S.r Krueger... somos uma organização que cuida de... vou falar "Pessoas" porque não encontro um termo melhor. Cuidamos de "Pessoas" como o senhor.
—Vai me dizer que vocês são da porra X-Men?
—Ah.... (O Homem de Jaleco ficou incrédulo com o comentário)- Não...
—Acham mesmo que podem me impedir?
—Impedir? Quem disse isso? Está vendo?- Disse o de Jaleco apontando para a garota Morta. -Tem muito mais de onde ela veio.
Freddy levou a lâmina do indicador até o lábio, encarando o cadáver.
—E o que você quer então... Seu trouxa?
—Negociar. Eu sou o doutor Andrew Williams.
—E eu sou o coelhinho da páscoa. -Respondeu Freddy.
Freddy sentiu uma picada. Em seu pescoço, havia um dardo. Ele tentou avançar nos oficiais, mas sem sucesso. Cambaleou no processo, se apoiando na parede, perdendo as forças. Dois homens o seguraram, um em cada braço. Freddy abaixou a cabeça, enquanto sentia seus braços serem colocados no ombro de cada um. Com a mão direita, das navalhas, ele deu um puxão brusco, fazendo um corte gigante no pescoço do oficial, que caiu. Enquanto o segundo se afastou rapidamente. Freddy se recompôs, rindo. Em seguida, retirando do pescoço o dardo. Passou a língua na ponta do objeto, lambendo o próprio sangue, uma gosma preta que se impregnara na ponta do dardo, depois passando a ponta da língua entre os dentes mostrando um sorriso quase infatil:
—Achou mesmo que essa merda ia me derrubar? -Disse Freedy, que logo Encarou o sujeito no chão sangrando em abundância, já próximo da morte. -Até que você me diverte. Então, qual é a sua Doutor? Vai me levar para um novo parquinho?- dava uma leve risada.
—Por favor, Freddy. -Disse Andrew apontando em direção a porta.
O oficial ferido no chão, dava seu último suspiro. E Freddy ajeitava o chapéu o puxando levemente para baixo andando com a cabeça baixa assoviando sua música- "Um... dois.."...passou por Andrew descendo as escadas, deslizando as navalhas no corrimão. Andrew se virou para os dois oficiais restantes:
—Vamos. E mandem alguém limpar essa bagunça.
—Sim senhor.-Respondeu o que havia derrubado Krueger anteriormente.

Quase 6 horas depois, Freddy se via sentado diante de uma mesa. Numa salinha branca. Com os pulsos algemados, ele batia levemente as quatro navalhas na mesa, com batidinhas sequenciais. "Um dois três quatro.... Um dois três quatro... Um dois três quatro"... o som era hipnotizante. Andrew entrou, fechando a porta atrás de si.
—Desculpe pelas algemas. É só para acalmar os funcionários.
Freddy o encarou sem dizer nada. Apenas continuava com suas quatro batidas na mesa. Andrew se sentou, suspirando.
—Que bom que finalmente te encontramos.
—Vai á merda.- Respondeu Krueger cessando as batidas.
—Eu sei que isso é muito incomum. Eu entendo. Então, eu gostaria que você me contasse....
—O quê, babaca?
—A Sua história. E não, não me ofendo com seus insultos.
—Minha História?- Freddy respondeu com uma careta.- Você disse que precisava de mim, mas não disse que era um fã da Oprah.
Andrew riu de lado, tentando se concentrar.
—Vamos começar com... o que você faz, e como você faz?
—Pergunte á sua mãe.
—Ok... não vamos a lugar algum assim. Freddy converse comigo. Eu não vou poder te ajudar se você não me ajudar.
—Ajude a sí mesmo, seu bosta! -(Freddy avançou assustando Andrew, mas foi impedido pelas algemas presas á mesa. Nos pulsos e nos tornozelos.)
—Calma!- (Exclamou Andrew indo para trás levantando as mãos com um sinal de rendição)- E se eu te dissesse que podemos te locomover?
—já não fizeram isso me trazendo aqui?
—Freddy, você... é uma peça e tanto. Digo, você não morre. Você nunca morre.
—Bem, eu não sou exatamente o que as pessoas chamam de vivo... então..
—Sim... sim, mas essa é a questão. De alguma forma.. Você morreu..
—De alguma forma não, olha bem pra minha cara imbecil! Eles me queimaram! Aqueles filhos da puta... mas eu voltei... eu voltei, e tirei todas as crianças deles.... é... a vingança é doce.
—Sim, mas o que eu quero dizer é... Por que os sonhos? Por que você faz o que faz dessa maneira?
—Foram ELES que me deram esse presente.
—"ELES" quem?
—O Povo... do mundo onde vivos mais temem, e da onde os mortos querem sair.
—Você diz... "Inferno"?
—Tanto faz.
—E por que lhe deram esse "Presente"?
—Bem, Babaca, ninguém pode ver um homem morto andando por aí. Eu não poderia ser simplesmente ser trazido de volta a vida, depois de ter sobrado apenas o meu esqueleto.
—Continue.
—Ah, como você é infeliz. ELES acharam que eu era... perverso o suficiente... e me deram a oportunidade de me vingar. E foi o que eu fiz. Nos sonhos.. eu sou imbatível. Mas quando trazido para o mundo físico... nem tanto.
—O Que acontece se você morre no mundo físico?
—Volto para onde eu estava. No outro plano. E volto a brincar nos pesadelos.
—Você sente dor?
—Aqui?
—Sim, aqui.
—Sim. Mas não como vocês. Precisa de um pouco mais para me fazer gemer como uma porca. Mas Você ainda não me disse. Que porra é você? E que merda de lugar é esse?
—Venha comigo. (-Disse Andrew se levantando, tirando do bolso do Jaleco uma chave, levando-a até as algemas, mas hesitou) - Tenho que confiar em você primeiro.-( Se agachou, abrindo apenas as algemas dos tornozelos de Freddy.) -Venha.-
Se pôs a abrir a porta, onde mostrava-se um segurança armado parado diante dela. Freddy se levantou, fitando-os com desprezo. Na cabeça de Krueger apenas uma coisa estava piscando, matar quem estivesse no caminho e fugir, ou provocá-los, para ser morto, e retornar a dimensão dos pesadelos. O Pescoço de Andrew parecia fácil de alcançar... quantos cortes seriam precisos para ser metralhado por um segurança e desaparecer no ar, e nunca mais ser achado?... a ideia era tentadora. Mas tinha de vir na hora certa. Já Andrew, por outro lado, tinha a intuição que Freddy estava tramando alguma coisa, fitava rapidamente a cada 5 segundos suas lâminas, apreensivo de que logo elas estivessem arrancando-lhe as tripas. Ele pensou em tirar a luva dele á força, mas qual o preço que isso teria? Melhor não arriscar. Pigarreou dizendo enquanto andavam pelo corredor, o Segurança, um verdadeiro armário, caminhava atrás deles segurando uma Escopeta. Era tudo branco, Freddy, acostumado com ambientes menos luminosos, até se incomodava um pouco. Haviam várias portas de Metal. Pareciam extremamente pesadas. Cada uma continha um nome, como uma identificação. Andrew apontou para o nome na primeira porta:
—Myers. Michael. Já ouviu falar?
—Deveria?
—Quando ele tinha 6 anos, matou a irmã. Com uma faca de cozinha maior que meu antebraço. Foi internado num hospital psiquiátrico. Ficou 15 anos lá. Nunca disse uma palavra. Os enfermeiros mal sabiam se ele estava vivo. Ele mal parecia respirar, segundo o que dizem. Até que, 15 anos depois, na noite de Halloween de 1978... ele escapou. E foi de volta a sua cidade natal. Ele matou um bando de gente naquela noite, mas uma sobreviveu. Descobriram depois, que a tal sobrevivente, era sua irmã. Ele matou uma irmã em 1963 e agora estava tentando matar a outra. Ele passou por cima de muita gente para chegar até ela. Pensavam que ele estava morto em 1998... Ele fica paralisado o ano todo. Quieto, sinistro. Ja foi baleado no coração, mas continua de pé. Já atearam fogo nele e ele permanece de pé. Até hoje. Nunca o vimos sem sua máscara. Nós colocamos a comida por baixo da porta. Ele devolve o prato vazio. Mas nunca fala nada. Na última vez que tentamos entrevistá-lo, ele conseguiu se soltar das algemas e quebrou o pescoço de um funcionário usando apenas uma das mãos. Tranquilizantes potentes puderam detê-lo, mas não por muito tempo. Quando chega o dia das bruxas... ele começa a esmurrar essa porta com uma força indescritível.
—E Por acaso esse infeliz tem um calendário aí com ele? -Perguntou Freddy.
—Não.. é curioso. Ele sempre sabe quando chega o dia. Segundo sua data de nascimento, ele está com quase 60 anos. Mas não demonstra nenhum sintoma de idade. Nenhuma baixa imunidade. Nada. Continua um tronco. Capaz de quebrar nossos ossos apenas por brincadeira. Não sabemos exatamente como ele é o que é... porque ele nunca fala. Mas... de vez em quando, a Mara consegue ler algo na mente dele. Nada muito conclusivo.
—Mara?
—Longa história. -Andrew continua andando.
—E por que está me contando a história do doente mental aí?
—Logo vai entender porque.
—Aqui temos... -Andrew inclinou a cabeça para ver o nome na porta seguinte- Voorhees, Jason.
—O Quê?!- Exclamou Freddy.
—O Que foi Krueger?
Freddy caminhou até a porta, colocou o rosto de frente ao vidro blindado, vendo Jason, o brutamontes de costas, encarando a parede:
—Hey! Filhinho da Mamãe!
Jason estava de costas, a parte de trás de sua cabeça era oval e deformada. Preta, totalmente podre. Parecia feder também, suas roupas, de trapos, que aparentavam ter saído de um pântano, estavam cheias de rasgos. Voorhees reage ao comentário de Freddy, virando a cabeça vagarosamente, revelando a Máscara de Hockey que usava para esconder a terrível deformidade e apodridão de seu rosto. Ao avistar Freddy, nota-se o movimento no tórax de Jason, que acelera a respiração ficando agora de frente a Krueger. Levantando o facão, o grandalhão morto vivo demonstra um certo ódio.
—Parece meio encurralado Voorhees! -Freddy gargalhava.
—Vocês se conhecem??- Indagou Andrew querendo uma explicação.
—Se conheço? Esse retardado aí já estragou tudo pra mim não é mesmo, grandalhão?! É como uma toupeira!
Jason se aproximou da porta furioso em passos pesados com o olhar do único olho que lhe restava fixo em Freddy. Em seguida, golpeou a porta fortemente com o facão. A Pancada foi absurdamente forte. Freddy apenas gargalhou e berrou:
—Tem uma coisa que vocês precisam saber sobre esse aí! Esse trator aí é grande, é burro, é idiota e não tem estilo nenhum!!! -Gargalhava escandalosamente.- Ainda te faço em pedaços Voorhees!!!
Freddy é puxado para trás pelo Guarda, para se afastar da porta e em seguida empurrado para frente, para continuar andando.
—Vamos, vamos, em frente! -Dizia o Guarda.
Jason não parava de Golpear a porta. A Cada pancada, Andrew dava uma pequena tremida:
—Ainda bem que essa porta é boa....
Freddy parou. Em consequência Andrew e o guarda pararam também. Andrew ficou apreensivo, fitando o homem queimado sem saber como reagir. O olhar que Krueger lançou a ele não era agradável.
—Me parece que eles não passam de prisioneiros... É isso o que quer fazer comigo? Me deixar aqui como um rato? Uma cobaia nesse pesadelo branco?-
Freddy movimentava as navalhas para frente e para trás, fazendo-as dançar, como se aquecesse suas garras, que a qualquer momento poderiam estar cravadas nos olhos de Andrew.
—Não... (-Andrew engoliu seco) -Como eu disse... só queremos compreendê-los...
—E o que exatamente eu tenho a ver com isso? -Disse Freddy dando um passo á frente erguendo o queixo observando por cima o medo nos olhos do Doutor.
—Be.... bem... você tem a habilidade de entrar nos sonhos dos outros... você tem acesso ao subconsciente. Algo que pode nos dar pistas sobre o que os faz serem como são.
—Ah, então pretende me mandar de volta a dimensão dos sonhos? E o que te faz pensar que eu não irei atrás de você?
—Eu.. sei como controlar meus sonhos Krueger. Você perderia tempo.
—Ah... entendo. O Sonho pode ser seu.. mas as regras são minhas... sempre foi..
Krueger apertou os olhos abrindo a luva rapidamente, Ainda parado diante de Andrew. Um estalar se ouviu. O Cano da arma estava apontada para a cabeça de Freddy, que sorriu:
—Atire... e me mande de volta.
—Não.
—Você pretende soltá-los?...
—Sim.
—Por que isso me cheira a mentira barata?
—Acredite em mim.
—Até parece seu verme. Que você permitirá que esses monstros sejam libertados por aí.
—Tudo tem seu porém.
—Se eles são uma ameaça tão grande, para serem contidos nessas salas, isso não contradiz o que você disse sobre libertá-los?
—Essa é a questão Krueger. Nós temos nossos próprios monstros. Essas aberrações presas aqui, servem apenas de inspiração.
—Oh...
—Você sabe o que o mantém vivo?
—E o que vai manter você vivo nos próximos minutos, otário?
—O Medo, Freddy. O Medo. A Única razão de você continuar de pé. É porque existem pessoas que o temem. O Medo é o seu combustível. A partir do momento em que as pessoas decidirem que você não é real... seu "Poder" irá se esvair. Já fizeram isso uma vez, não foi? Te apagaram?
—Parece que você sabe até mais do que deveria, Williams.
—Só faço meu trabalho.
—Desembucha.
—Nós criamos, seres absurdamente perigosos. Criaturas horrendas.
—Continue.
—Parece que, o que as mantém firmes, é o medo.
—E como essas aberrações conseguem esse medo? Se estão presas aqui, eu assumo.
—Elas precisam.. ser expostas. Um texto na internet... uma lenda urbana espalhada, e milhares e milhares de pessoas acreditando em sua existência a partir dali.
—E?
—E então você tem o inimigo perfeito. Mas que fica sob o seu comando.
—Ah então criaram aberrações como armas?
—Basicamente.
—E por que prenderam esses assassinos?
—Pensamos que, se pudéssemos entendê-los, poderíamos replicá-los. Ou fazer seres que se aproximassem de seu estado mental e físico. Mas explorá-los é quase impossível. E Logo, o que criamos acabou tomando consciência própria. Não são mais ratos de laboratório. São um risco, até para nós.
—Me mostre!
Minutos depois, Freddy, Andrew e o guarda estavam de pé perante uma enorme e retangular porta de ferro. Andrew possuía em suas mãos, um controle. Deslizou o dedão sobre o botão, que automaticamente fez subir a porta. Freddy observava curioso. A Porta se erguia como o portão de uma garagem, revelando um vidro extremamente forte e uma sala. Era um cômodo cinza de uns 10 metros de diâmetro. Perfeitamente quadrado. Mais ao fundo, uma figura estava parada.
—Ele não pode nos ver... ainda bem.
Krueger continuava olhando fixamente. A Figura, tinha entre Dois e meio, ou três metros de altura. Era incrivelmente magro. Pernas extremamente longas, e braços finos e enormes, que chegavam até debaixo dos joelhos. O Monstro vestia um terno preto, com uma gravata vermelha. Em seu rosto... não havia rosto. Não havia olhos, nem nariz, nem boca, nem orelhas. Apenas uma cabeça lisa. Era como um manequim saído do inferno.
—Que porra é essa?
—Nós o chamamos de Slender Man. Ou o "O Homem Magro".
—E como vocês fizeram essa merda?
—Mutação genética. O Fizemos a partir do DNA de uma outra criatura. E Claro, com um pouco de conhecimento em ocultismo... fomos capazes de dar habilidades á coisa. Mas assim como você, o medo é seu combustível. Enquanto as pessoas acreditarem em sua existência, e o temerem... ele se mantém. Mas ele é imprevisível.
—Você é um doente.
Freddy continuava fitando a criatura enorme e magra. Quando os ombros da coisa começaram a se mexer. Pendiam de um lado para o outro.
—O Que ele está fazendo?- Indagou Krueger.
Andrew permaneceu calado, enquanto das costas da criatura, quatro serpentes negras apareciam se rastejando em seu terno. Eram tentáculos. Dois superiores, que saíam da altura dos ombros, e dois inferiores, que surgiam do meio das costas. Os superiores subiam ficando paralelos á cabeça do monstro, e logo se mostravam bem longos, ultrapassando sua altura. E os inferiores também se mostravam grades, descendo até sua cintura. Na ponta dos quatro tentáculos, um tipo de boca se abriu, revelando dentes afiados. A Bocarra dos quatro tentáculos permaneciam abertas, vibrando, emitindo um som agudo, como um Guizo. Mas a criatura não se movia.
—Acho que ele sentiu sua presença. Parece que eles tem essa habilidade. De sentir quando há outros seres... não naturais por perto.
—Ah que lindo -Disse Freddy sarcasticamente.
—Vamos- (Andrew se afastou apertando o botão para fechar a grande porta de metal, que descia vagarosamente cobrindo o vidro. Aos poucos, a criatura desaparecia ao descer da porta.)
Freddy Krueger se encontrava numa cela, completamente branca e acolchoada. A Luz estava bem fraca, talvez para não incomodar. Sentado ao fundo, no chão, Olhando para suas Lâminas, pensando em como poderia arrancar a própria cabeça e sumir dali. Retirou o chapéu, o deixando entre as suas pernas, expondo sua careca, queimada, avermelhada e cheia de camadas de pele repuxada. Era como uma pizza. Uma visão grotesca. Fitou por um segundo o furo em seu braço esquerdo, puxando o suéter para cima, vendo o pequeno furo, De onde Andrew lhe tirara um puco de sangue para exames, segundo ele. O Que será que Andrew poderia aprender com aquela gosma preta que servia de sangue para Freddy? De repente... um sussurro é ouvido da cela ao lado. Não dava para entender exatamente o que era dito. Freddy se inclinou na parede, colocando o ouvido, Apoiando as garras, sentiu o macio da cela acolchoada.
—Olá? -Perguntou Krueger.
O Sussurro...rouco, respondeu arrastado..
—Freddy.... Freddy Krueger...
—Quem é você? -Freddy mantinha o ouvido colado para ouvir melhor.
—Nós... Podemos... sair....
—Como?
—Feche os olhos.... concentre-se... deixe-me entrar....
Freddy sentiu uma leveza. Aquela voz não era como nada que ele já tivesse ouvido. Não era uma humana. Krueger se submeteu a fechar os olhos. Quando o sussurro retornou:
—Está... pronto...?
—Sim... -Respondeu Krueger agora com a cabeça Completamente recostada na parede. E Mesmo com os olhos fechados, foi capaz de perceber que a luz piscava. Abriu os olhos então, e pode ver, parado em sua frente, um ser nu, que não tinha as partes genitais. De pele cinza, aparentemente podre. Era completamente careca, não possuía nenhum pelo no corpo. Na mão direita, não havia dedos, mas sim longas garras do tamanho do próprio ante-braço da coisa. Que deveria ter uns 1,80 de altura. Não havia olhos, apenas dois buracos negros. A Boca, um rasgo reto sem lábios. Mas podia-se notar dentes igualmente afiados. Era magro, e os ossos transpareciam sob a pele, como se fosse anoréxico.
—Quem é você? -Disse freddy se levantando exibindo suas lâminas.
—Eu.... sou... Rake... (-A Criatura respondeu em sussurro. O Que era estranho, é que a boca da coisa não se movia ao falar. A Criatura levantou o braço bem devagar, apontando para a porta.) -Abra....
—Com vou abrir, imbecil?
—Você... tem... o Poder...
—Como você me trouxe aqui? Isso é um sonho seu sua coisa escrota?
—Abra.... (-Repetiu o monstro.) -Liberdade.....
Freedy passou encarando a criatura por baixo, dando passos vagarosos até a porta. Se virou para a coisa, torcendo o pescoço:
—Eu conheço um sonho quando estou em um. Como sabe que isso vai funcionar?
"Rake" continuava apontando para a porta calado.
—Espero que esteja certo. (-Freddy sorriu passando a língua nos lábios, colocando as duas mãos sobre a porta.) -"O Que acontece nos sonhos, acontece de verdade"- Disse Krueger sorrindo. Acumulou forças e numa tacada só, empurrou a porta que se abriu, revelando o corredor branco. (-Freddy soltou uma gargalhada, mas antes que pudesse comemorar mais a sua vitória, se viu de volta a sua cela, sozinho. Já consciente. Num pulo, se levantou rapidamente correndo em direção á porta, bateu contra a mesma, que por alguma razão, não se moveu...ela estava firme. Fechou a mão dando uma porrada na grande porta. Mas nada aconteceu. Como que ela não abria? Inclinou a cabeça tentando ver o corredor pelo quadradinho que havia no centro da porta, com o vidro blindado, e do seu lado esquerdo, pode ver a porta da cela ao lado se abrindo... com O Tal Rake estava saindo tranquilamente:
—Hey! Freakshow! Me tira daqui!- Exlamou Krueger.
Rake torceu o pescoço fitando Freddy através do vidro, e acenou um "Bye Bye" com suas garras. Freddy acabara de ser enganado. De alguma forma, aquela criatura tenebrosa lhe puxou para um sonho, e o fez abrir a porta, que no mundo físico, respondeu ao comando de Freddy, coisa que já era de se esperar. Mas o que Freddy não previa, era a traição por parte do monstro.
—Ah você só pode estar brincando! Desgraçado! Eu vou arrancar o seu coração e comer!!!
Vários estouros surgiram no corredor, um Guarda já estava disparando tiros de metralhadora contra Rake. Vários pontos luminosos surgiram com os disparos, que cessaram quando a criatura, após se debater sendo acertada pelos tiros, despencou no chão Ficando imóvel. Freddy ria demais, escandalosamente debochando do inimigo. O Guarda se aproximou apontando a arma para o monstro, enquanto uma sirene começou a ecoar pelos corredores com os dizeres saídos de uma caixa de som:
—"Atenção... Atenção... Contenção de espécime 3304, falhou. Atenção... Atenção... todas as unidades de contenção, apresentem-se ao corredor C-14, isto não é uma simulação. Estado- Emergência."- A Mensagem se repetia. Logo, gritos e passos puderam ser ouvidos. Devia ser a equipe de segurança correndo para o local. Rake saltou do chão, e num piscar de olhos abriu a garganta do Oficial com suas enormes garras, que caiu de costas derrubando a arma, pressionando as mãos contra a garganta. Se banhando em sangue, o homem lutava para respirar, mas se engasgava no líquido vermelho que saía em abundância do ferimento. Os jatos de sangue escapavam entre os dedos, o pobre senhor ajeitava a mão sobre o pescoço aberto, como se pudesse impedir a hemorragia, mas infelizmente sem sucesso. Rake se inclinou sobre ele, enquanto o sujeito arregalava os olhos sabendo que seria o seu fim, vendo sua morte naqueles dois buracos negros que a criatura possuía nos lugar dos olhos. As garras da coisa tocaram a cintura do oficial, pegando levemente o molho de chaves.
—Deixe-me sair!!! Agora! Me solte seu asqueroso!!! -Berrava Freddy dando pancadas na porta.
Rake tomou impulso nas pernas, que também serviam como patas traseiras, colocando o molho de chaves na boca, deu um salto se lançando pelo corredor como um lobo em quatro patas. A toda velocidade, ele desapareceu ao longo do corredor, era como um vulto, ágil, cujos olhos humanos mal conseguiriam acompanhar. Freddy soltou um grito de ódio lançando as garras contra as paredes fofas, rasgando o tecido, deixando o rastro das quatro lâminas no rasgo. E continuou os arranhões com tamanha fúria, fazendo com que a espuma voasse para todos os lados. Gritava e golpeava.. gritava e golpeava... logo era como se nevasse algodão pela cela. Ao longo dos corredores, podiam se ouvir tiros imparáveis, gritos de homens e mulheres que estariam sendo rapidamente e brutalmente mutilados. O escândalo tomou conta das instalações naquela noite... quantos morreriam? Rake conseguira escapar? E Se sim, ele escapou sozinho?
FIM DO PRIMEIRO EPISÓDIO


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Notas finais do capítulo

Obrigado por acompanhar! Através de um texto descontraído, criei essa série com todo o horror que o cinema tem a oferecer, numa trama completamente nova.



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