Deixei a roupa de Gil separada, e fui me arrumar. Arrependi-me de não haver marcado um cabelereiro, então teria de me arrumar em casa mesmo. Tomei um bom e longo banho, bem quente e relaxante.  

Encontraria Lola, Bibiana e Camille. Precisaria estar bem relaxada para aguentar uma festa com as três. Antigamente levaria isso normal e até gostaria, mas nos últimos tempos me tornaram insuportáveis, principalmente Lola.  

“O que ela falará quando me vir com Gil?”. Pensei. Porém minha consciente me mandou um “foda-se” em seguida. Por que realmente pouco me importava o que os outros fossem pensar. 

Assim que saí do banheiro, enrolada apenas em toalhas, meu corpo estava quente e ainda mais quente após olhar a penteadeira. Recordei-me do que havia acontecido em uma destas noites. 

Gil me havia feito ficar apoiada sobre a penteadeira, meu rosto quase colado no espelho, e inclinada para trás o suficiente para que ele me fode-se. Meu corpo arrepiou com a lembrança. Minha intimidade que quase nunca havia sabido o que era sexo, agora já estava acostumada, e seu membro encaixava perfeitamente bem nela. 

Arfei com a recordação. Gemi baixinho imaginando Gil ali atrás de mim, me penetrando novamente. Meu corpo estava incendiado. 

Afastei esses pensamentos. Vesti uma lingerie negra, por baixo do vestido cor vinho. Um vestido com decote pouco ousado, mal aparecendo o colo, mas que demarcava a ressaltava meu corpo. A manga do vestido ia até metade do antebraço, e as costuras desciam em linha reta dos seios até a cintura.  

Uma maquiagem leve, brincos de pérolas, e uma pulseira delicada. Para finalizar um sapato extremamente alto de salto fino, em cor preta, porém delicado para não chamar mais atenção que o vestido, e uma bolsa pequena também preta. 

Os cabelos eu levei soltos, havia secado ele com muito cuidado, deixando-os lisos da raiz até o meio, e leves cachos nas pontas.  

Depois de olhar no espelho mais algumas vezes, tinha certeza: Estava perfeito. 

Saí do quarto e desci as escadas, vi Gil brigando com a gravata. E ri um bocado. Com meu riso, atraí sua atenção e percebi que ficou parado em alguns segundos, fixando seus olhos em mim. Fiquei satisfeita, pois era este meu objetivo. 

Repensei isto. Era este meu objetivo? Por que estava preocupada em surpreendê-lo? Afastei esses pensamentos também. Aproximei-me dele que ainda estava boquiaberto. 

— É assim que se faz. – Peguei a gravata e lhe mostrei como fazia o nó, mas em momento algum ele prestou atenção, não disse nada, apenas me olhava. 

— Você está linda. – Murmurou. 

— Obrigada. – Sorri tímida, em seguida tirando sua gravata. – Não precisará disso, lhe havia dito que ficava melhor sem. Você está lindo. 

— Obrigado. 

— Vamos? Fábio nos levará.