Immortal escrita por havilliard


Capítulo 5
Três


Notas iniciais do capítulo

Queria dizer apenas dizer que eu tb to sozinha nesse dia dos namorados. Venha ser trouxa vc tb!



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Ao abrir os olhos, tudo o que consegui ver foi o quarto escuro. Nada mais que isso. Procurei por meu celular em meio as cobertas. Ao encontrá-lo, apertei um botão qualquer e conferi o horário. 03h40. Ótimo.

Tentei voltar a dormir, mas foi em vão. Então, me levantei da cama e saí do quarto, levando comigo o celular, a fim de iluminar o caminho até a cozinha. E foi o que fiz. Desci as escadas e fui até a cozinha, na intenção de beber um pouco de água. Porém, quando acendi a luz cozinha, um grito de susto escapa de meus lábios.

Um homem. Ou, talvez, uma mulher, não sei. Vestido de preto e com uma máscara de esqui. Ele procurava por alguma coisa, não sei exatamente o que, só sei que estava tudo revirado na cozinha. Me afastei lentamente para a sala, e lá estava do mesmo jeito.

Ouvi alguns passos vindos da escada, e então, outra pessoa vestida de preto e usando uma máscara de esqui se depara comigo. Assustada, dou um grito alto o suficiente para acordar New Orleans inteira.

O invasor parecia tão assustado quanto eu. Ele correu para a cozinha, e junto com o seu parceiro, fugiu pela porta dos fundos.

Eu estava apavorada. Não consegui ter nenhuma reação até minha mãe aparecer desesperada em minha frente.

— Alexandra! O que aconteceu? Está tudo bem? — ela perguntava, me apalpando com desespero.

— T-tinha... eu v-vi...

— Viu o que? — ela insistiu.

Eu estava tremendo, meu coração batia acelerado e eu estava para desmaiar. Mamãe me guiou para a cozinha, me sentando no banquinho do balcão. Ela me trouxe um copo com água, o qual eu tomei em um gole. Respirei fundo e tentei me acalmar.

— Está mais calma? — ela perguntou e eu assenti, expirando. — Então me diz, o que você viu?

— Eu vi... duas pessoas... tudo revirado... eles...

Foi então que notei. Mamãe não estava tão assustada quanto eu por estar tudo bagunçado. Na verdade, olhando melhor, nada estava fora do lugar.

— Eles o que, querida? — ela insistiu.

Me levantei do banco, assombrada. Como... não pode ter sido coisa da minha cabeça. Não!

— Mas... estava... como? — eu me perguntava, olhando em volta.

— Alex!

Olhei para mamãe, assustada.

— T-tinham... duas pessoas aqui. Ambos de preto e usando máscaras de esqui. Eles... — pausei para respirar. — Eles reviraram tudo. Mas....como? Como pode estar tudo no lugar, como se nada houvesse acontecido? Eu juro que estava tudo uma bagunça! — falei, desesperada. Minha mãe encarava a janela da cozinha, observando a escuridão da noite.

— Disse que tinham duas pessoas? — ela perguntou, ignorando o que eu disse. Assenti. — Vamos, vamos voltar a dormir. — disse ela, mudando o assunto.

— O quê? Uma invasão à nossa casa acaba de acontecer e...

— Não foi nada, ok? Esquece isso e vamos dormir.

Ok, tudo isso estava muito estranho. Algo estava acontecendo e eu ia descobrir o que era.

 

 

Acordei a pulso. Depois do episódio da madrugada, quase não dormi.

Depois de vários minutos parecendo uma morta-viva fazendo tudo, terminei de me arrumar e tomar café.

Tateei meus bolsos e tive um mini ataque cardíaco.

— MÃE! — gritei, com o coração saindo pela boca.

— SIM?

— ONDE ESTÃO MINHAS CHAVES? — a ouvi rir

— CASTIGO, LEMBRA? — droga, eu esqueci.

Não respondi, apenas saí de casa, já ligando para Luce, na esperança de ela passar aqui e me buscar.

No meio do trajeto à pé, ela me encontra.

— Conte-me sua história. — ela disse, assim que fechei a porta do carro.

— Castigo.

— Uau. Alguém saiu da linha... — ela brincou, me fazendo rir fracamente. — E então? Como foi ontem com o moreninho de olhos azuis? — ela parecia animada.  Rolei os olhos.

— Acabou de me lembrar que estou com raiva de você.

— Ah, Alex, não foi tão ruim assim, vai. Ele é um gato.

— Fala isso, porque você se deu muito bem com seu colega.

— É... Zayn é o máximo. — a morena confessou, parecendo apaixonada.

— Louis é um idiota. Sabe o que ele falou? Que sabe coisas sobre mim que eu nem imagino. O que ele sabe sobre mim? — eu parecia um pouco desesperada. Aquilo era indignação.

— Vai ver ele só queria te impressionar. Notei o quanto ele te encarou, desde a entrada.

— Você quer dizer assustar. E está conseguindo...

— Deixa de drama, loirinha. Vamos ao encontro do nosso gato de olhos verdes. — Luce falou, estacionando e saindo do carro. A acompanhei.

— Acabamos de conhecer o rapaz, não pode auto-proclamá-lo seu.

— Prefiro eu fazer isso do que a vagabunda da Hayley. — ela tinha razão.

— Tenho que concordar. — falei, rindo secretamente. — Mas só dessa vez.

Continuamos conversando sobre coisas diversas no caminho até nossos armários, quando Harry se junta a Nós.

— Donzelas... — ele nos cumprimenta.

— Olha só quem acabou de chegar da Idade Média. — falei, com tom de brincadeira.

— Não duvide disso, Alexandra. — ele respondeu sorrindo e deu uma piscadela.

— Alex. Por favor, apenas Alex.

— Ah, claro. — o garoto concordou, balançando a cabeça. — Então, fiquei sabendo que vocês são as parceiras em Química do Louis e do Zayn...

— Zayn... é... — Luce responde, com um sorriso.

— Essa vaca se ofereceu pra fazer dupla com ele. Me deixou com um idiota. — retruquei, emburrada. Luce revirou os olhos e Harry deu risada.

— Suponho que esteja falando do Louis. — ele riu. — Bem, tenho plena certeza que em breve sua opinião em relação a ele muda.

— Hm... tem até o fim do ano pra provar que está certo.

— Não dou um mês. Louis só tem o gênio forte, mas você se acostuma. — ele falou, dando de ombros. — E sobre o Zayn, Lucinda, ele é meio barra pesada, mas é um doce quando quer.

Dois garotos se aproximaram de nós. Eu não os reconheci de imediato, mas ao ver Harry cumprimentá-los, os associei aos outros que vieram com ele da Europa.

— Rapazes, essas são Lucinda e...

— Alexandra, Nós sabemos. — o loiro falou, acenando com a cabeça. — Louis falou de você. — ele explicou.

— Ele é um idiota. — soltei, rolando os olhos. — Perdão.

Os dois garotos riram.

— Ainda bem que eu não sou o único que acho com isso. — o loiro admitiu, rindo. — Sou Niall.

— Liam. — o outro falou.

— Luce e Alex. — a morena indicou, apontando para nós mesmas. — Qual a primeira aula de vocês?

Os três olharam o papel com o horário das aulas, ao mesmo tempo que o sinal tocou.

— Matemática. — o loirinho respondeu.

— História. — dessa vez, foi o outro garoto. Assim como Harry e Louis, ele também tinha tatuagens.

— Eu também, Liam. — Harry anunciou.

— A minha é Biologia. — Luce suspirou. — Então, se dermos sorte, nos encontraremos em algumas das próximas aulas. Se não, até o intervalo? — perguntou, com um meio sorriso. Os garotos concordaram sorrindo.

— Claro. Até lá. — o moreno falou.

— Foi um prazer conhecer vocês. E bem-vindos à New Orleans. — a garota falou, com simpatia. — Vamos, cat. — completou, me puxando.

Minha aula não era a mesma de Luce, mas mesmo assim a acompanhei.

 

 

— Bom dia, alunos. Cada um em seu lugar e com seu parceiro. Tenho algumas coisas pra falar. — o professor anunciou, entrando na sala.

Faltava apenas aquela aula para chegar o intervalo. E era justamente aula de Química. E eu tinha que aturar o idiota do meu parceiro.

Até aquele momento, Luce e eu conversávamos com seu parceiro, Zayn. Ele era um cara muito legal e simpático. Eu deveria tê-lo escolhido como parceiro.

Me direcionei à minha mesa, estranhando o fato de minha dupla não ter chegado ainda. Ao me sentar, o vejo ofegante, parado à porta.

— Atrasado, senhor Tomlinson. — o professor anunciou, sem nem ao menos olhar para o garoto. O mesmo suspirou. — Mas vou deixar passar, só porque é novo aqui. Pode se sentar.

— Obrigado. — ele falou e caminhou até mim.

Ele não disse nada antes ou depois de se sentar. Se limitou apenas a sorrir, ato que me deixou um pouco desconfortável.

— Pois bem, pessoal. Estamos no último ano e logo alguns de vocês vão para a faculdade, então, apenas para relembrar o que vocês aprenderam nos últimos anos em Química, quero que façam um trabalho sobre o que é Química, os elementos químicos e alguns exemplos de reações químicas e como elas se desenvolvem. Trabalho em dupla com seu parceiro. Depois, quem sabe, faremos algumas experiências com as reações químicas que colocaram no trabalho.

Um trabalho em dupla. Legal. Maravilhoso. Como se encontrar aquele garoto na escola não fosse ruim o suficiente.

— Um detalhe. — o professor continuou. — Quem colocar "beijo" como reação química, é um F automático. — vários suspiros de indignação são ouvidos.

— Então... quando podemos nos encontrar? — o garoto ao meu lado perguntou.

Olhei para ele, o analisando. Senti uma sensação de familiaridade passar por mim. Eu o conhecia de algum lugar. Algo me dizia isso. Mas de onde?

— Alexandra? — ele chamou, me olhando estranho.

— Infelizmente, você é minha dupla. — comentei, mais para mim mesma. — Quinta-feira, tudo bem?

— Certo. Depois da aula? — assenti. — Onde?

— Biblioteca? — mas então, me lembrei que não podia ir logo depois da aula. — Espera, não posso ir depois da aula. Tem que ser umas 14h.

— Por mim, tudo bem. — ele disse, com um meio sorriso.

Abri meu caderno e me preparei para copiar a matéria na lousa. Porém, quando ia começar a escrever, o braço decorado com tatuagens de Louis me impediu.

— Pode deixar, eu faço. — disse o garoto, pegando a caneta e o caderno de mim. Fiquei um pouco sem-graça com seu ato. — O que foi? Não me acha mais tão idiota assim? — ele sorriu, olhando em meus olhos. Um olhar sereno.

Azuis. Azuis cor-de-aço. Era uma cor tão familiar para mim. Eram os mesmos olhos. Eu tinha certeza. Mesmo sendo quase impossível, era ele.

Minha expressão não devia ser das melhores, pois o olhar do garoto passou de sereno para preocupado.

— Algum problema? — perguntou.

— Não... não. Nenhum. Só... cansaço talvez. Eu... eu estou bem.

Ele não falou nada. Apenas voltou a escrever no caderno, enquanto eu me perdia em pensamentos. Em um certo momento, o vi suspirar e balançar a cabeça, parecia irritado. Minha vontade era de perguntar o que aconteceu, mas o sinal tocou.

Ele se levantou e saiu rapidamente. O parceiro de Luce o acompanhou, deixando tudo ainda mais estranho.

— Nossa... o que deu neles? — perguntou a morena, se aproximando a minha mesa.

Dei de ombros, juntando minhas coisas. Peguei meu caderno, ainda aberto, e notei que ele não copiou toda matéria. Tudo o que tinha era um recado seguido por um número de telefone.

"Não faço a menor ideia de onde fica a biblioteca. Se importa se eu for na sua casa? Vou saber que a resposta é "não" quando me ligar para me dizer o horário que tenho que estar lá. O número está logo abaixo. E perdão por não ter terminado a lição, e por todo o resto."

— Olha só quem deixou de ser um idiota. — Luce comentou, me dando empurrões fracos. — Vai ligar, não é?

— Vamos, Luce. — respondi,saindo da sala.

— Você tem que ligar! Alex... espera aí. Alex!


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Notas finais do capítulo

Comentem ♥
Até semana que vem



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