Olicity - Dark One escrita por Buhh Smoak


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Retomando Dark One.

— Não tenho previsão de postagem, porque eu estou escrevendo nos horários que tenho uma pausa, as vezes de madrugada, então é imprevisível.

— Sim o capítulo é curto, porque sempre posto capítulos desse tamanho, sei que muitas de vocês estão acostumados a capítulos enormes, mas minhas histórias não são tão extensas que eu veja motivo para escrever um capítulo quilométrico.

— Comentários... sim, eu gostaria muito de saber o que vocês acham do capítulo, gostaria de recomendações nas fanfics, mas essa é uma coisa que eu não espero mais. Mesmo sendo a única coisa que recebemos de retorno por escrever e é algo que quase nunca temos. Quando vocês fazem algo porque gostam sempre esperam um retorno, e escrever fanfics se tornou algo cansativo de se fazer porque o retorno é mínimo perto do trabalho que dá. Ai alguns pergunta, então porque você ainda escreve? Porque eu prometi que todas as histórias teriam fim e vão ter, e não de qualquer jeito.

Quem comenta... muito obrigada, é por causa dessas poucas pessoas que eu ainda me disponho a passar duas horas de uma madrugada escrevendo.

É isso.
Boa leitura e até o próximo.



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Eu estava acordada a mais de uma hora e não conseguia desviar o olhar de Oliver. Eu tinha que admitir que esse era muito mais bonito do que aquele que já viu apaixonada. O Queen dessa terra não tinha marcas no rosto, nem linhas de expressão ao redor dos olhos pela exposição excessiva ao sol. Lembro quando o Ollie me salvou em uma das muitas vezes que me meti em problemas e permitiu que eu ficasse na fazenda em que morava desde que sua mãe e irmã foram mortas, ele desistiu de viver na cidade e foi para lá se esconder de tudo e todos.
Só que o Queen dessa terra não parecia alguém que fugiria, e ele fazia com que eu me sentisse incomodada com sua presença como nunca me senti com o Ollie, mesmo achando que sentia algo por ele.

— Finalmente acordou.

Sem perceber que eu o estava encarando, ele esfregou os olhos e levantou parando aos pés da cama.

— Oi.
— Está se sentindo bem?
— Agora sim, apesar do corpo ainda estar dolorido.
— Quer comer alguma coisa?
— Não, estou sem fome.

Sentia meu estomago quase dar cambalhotas com aquela situação, nem mesmo com Tommy, nos melhores tempos de nosso namoro eu senti aquilo.

— Posso te perguntar uma coisa?
— Claro.
— Você disse que o Dig e a Sarah morreram na sua dimensão.
— Sim, infelizmente.
— E eu? Ou melhor, e o Oliver da sua terra, como ele é?

Falar sobre aquilo era falar sobre uma parte muito intima de mim, mas por algum motivo eu não me importava de abrir aquela parte da minha vida para ele, uma parte que eu nunca compartilhei com ninguém.

— Ele desistiu. Nós éramos amigos de faculdade. Ele o líder, e eu era a nerd que não se misturava, mas por algum motivo nos demos bem. Não fazíamos o mesmo curso, mas eu sempre o encontrava na boblioteca e um dia ele me viu estudando uma matéria que era a mesma dele e me pediu ajuda, com o passar do tempo ficamos amigos. A faculdade terminou e cada um foi para um lado, voltamos a nos encontrar em Starling quando ela já estava citiada pelo crime organizado. Ele era prefeito da cidade e teve que entregar o cargo para os bandidos.
— As coisas estão bem piores lá do que estão aqui.
— Acredito que lá não existe mais maneiras de resolver as coisas, eu cheguei a ajuda-lo a buscar maneiras de salvar a cidade, mas quando estávamos a um passo de conseguir sua mãe e irmã foram mortas e ele desistiu. Na época estava noivo da Laurel, mas ele a afastou também. Não me conformei do quanto chegamos perto de dar um fim em tudo e tentei seguir sozinha, mas me pegaram e eu fui espancada, o Tommy, que era amigo de nós dois me encontrou desacordada em um beco qualquer e me levou para a fazenda do Ollie para que eu pudesse me recuperar.
— E você e o Oliver eram somente amigos? – colocando as mãos nos bolsos enquanto esperava a minha resposta.
— Não, não eramos. Só que a morte das únicas pessoas que restavam de sua família o tornou uma pessoa endurecida que sempre esperava o pior e eu não podia abrir mão do que acreditava por suas descrenças. Ele nunca me deu esperanças, seu coração era sombrio demais para ter lugar para mim.

Ele me encarava com uma expressão que eu não conseguia interpretar, era quase como se ele estivesse frustrado com algo.

— Não posso culpa-lo por isso, porque eu quase segui por esse mesmo caminho mais de uma vez, foi a Felicity e as pessoas que estavam envolvidas na mesma causa em que estávamos que me deram motivos para continuar.
— Infelizmente não tive essa capacidade. – sentindo o fracasso apertar meu peito.
— Ei. – sentando do meu lado, mas de frente para mim. – Essas coisas dependem muito mais de nós mesmos do que das pessoas que estão a nossa volta. Tenho certeza que tanto você quando a nossa Felicity fizeram o que podiam para nos ajudar, mas a escolha é individual e nossas vivencias não foram as mesmas. Eu também perdi minha mãe, mas minha irmça continua do meu lado, Não sei como seria se eu perdesse as duas de uma vez. Provavelmente eu teria acabado como ele, recluso na minha própria dor.

Me vi presa em seu olhar e um sentimento de conforto tomou conta de meu peito. Ele encarava meus olhos, mas por um breve segundo ele vacilou e desceu o olhar para minha boca. Eu queria desviar minha atenção, mas não tinha forças para isso, meu coração deu um salto quando ele moveu o corpo para mais perto e por um segundo eu achei que ele iria a diante com sua intenção de me beijar, mas quando a porta abriu ele se afastou bruscamente se colocando de pé ao lado da cama. Minha respiração estava acelerada e precisei respirar fundo para acalma-la, mas meu coração continuava acelerado com a possibilidade do que poderia ter acontecido caso Barry não tivesse entrado.

— Oliver, a Donna está aqui.
— Quem é Donna?
— Ah, oi Smoak. – sorrindo para mim. – Está melhor?
— Sim, estou.
— Que bom.
— Donna é a mãe da nossa Felicity.

Escutar ele falando dela daquele modo começava a me causar um sentimento estranho, como se eu estivesse incomodada por ele não estar se referindo a mim como sendo a Nossa Felicity, o que não fazia o menor sentido já que eu estava naquela dimensão somente a algumas semanas.

— Eu vou falar com ela, você está bem mesmo, certo?
— Certo.
— Então eu já volto.
Oliver demorou alguns segundo para desviar o olhar e sair do quarto junto com Barry, mas meu coração estava no mesmo compasso de antes, ainda mais depois de lembrar do que quase fizemos.

Passou muito tempo desde que Oliver saiu do quarto e enquanto eu me acalmava em relação ao quase beijo que tínhamos dado começava a cair a ficha que eu estava prestes a lidar com a mãe da outra Felicity.
Eu não tinha conhecido minha mãe e quando tive alguma informação sobre ela era tarde demais para conhece-la. A porta abriu e o Oliver entrou de novo com uma expressão carregada, como se tivesse acabado de sair de uma nova tragédia.

— Está tudo bem?
— Não muito. A mãe da Felicity não está muito bem, mas ela pediu para que eu viesse falar com você.
— Comigo?
— Sim. Ela quer saber se você permite que ela venha falar com você.

Pensei por um momento analisei como aquele encontro me afetaria, mas naquele encontro somente ela seria afetada e isso por algum motivo me preocupada.

— Não conheci minha mãe, Oliver, não vejo problema dela vir falar comigo. Só que ela tinha uma filha, será que é justo ela vir me ver e saber que não sou quem ela espera?
— Ela está ciente disso e sabe que não está diante da filha.
— Se ela insiste, por mim tudo bem.

Oliver abriu a porta de novo, mas Donna não entrou em seguida.

— Não se esqueça que ela não é a Felicity. – ouvi Oliver dizer enquanto a mulher loira com um vestido rosa entrava.

Os olhos vermelhos dela não disfarçavam a surpresa dela em me ver, com passos lentos ela se aproximou do pé na cama, acompanhada por Oliver.

— Como é possível?

Ela me encarava de um modo que parecia ver muito mais do que somente minha aparência.

— Como eu te disse, elas foram trocadas de dimensão.
— Mas ela é igual.
— A aparência é idêntica, mas tanto o corpo quanto a mente são diferentes.

Donna mal piscava enquanto olhava em minha direção, mas logo abaixou o olhar e começou a chorar sendo amparada por Oliver. Eu não sabia o que fazer, aquela era a única pessoa entre todos que era uma desconhecida na minha dimensão e mesmo por fotos a aparência delas era muito diferente por minha mãe ter sido uma mulher entregue ao crime que rondava a cidade.

— Oi. – eu disse mesmo receiosa.
— Desculpa, eu não consigo. – se soltando dos braços dele e saindo correndo do quarto.
— Volto logo. – ele disse olhando para mim e saindo em seguida atrás dela.

Os soluços chegavam altos e aquilo estava me deixando ansiosa para que ela se acalmasse. Sentia vontade de ir falar com ela, mas no estado que ela estava só pioraria as coisas. Acionei o botão que fazia a cama deitar um pouco mais e me encolhi como nunca tive a oportunidade de fazer antes. Minha vida sempre foi correr atrás de coisas que eu achava serem certas e uma busca incansável por justiça, nunca pude sentir as dores que tudo aquilo causavam dentro de mim. E ver como todos se mostravam abalados com a morte de Felicity demonstrava o quanto ela era amada por todos, muito diferente da minha realidade, que somente tinha uma pessoa que poderiam sentir minha falta, Tommy. Porque Ollie estava ocupado demais trancado dentro de si mesmo para sentir algo além de sua própria dor.


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