1572 Dias escrita por Day


Capítulo 3
III — Segundo Ano


Notas iniciais do capítulo

DEMOREI SIM, EU SEI, DESCULPA!
Fiquei a t o l a d a de coisa da escola, de trabalhos elaborados pelo satanás, opa, professores, infinitos seminários, etc etc etc. Mas, há uma semana e pouco comecei a escrever esse capítulo e cá estou eu com ele ♥

A narração desse ficou mais rápida e fluída, evitei focar tanto em uma coisa só e correr com o resto como no capítulo anterior. Porém, se não gostarem assim, me avisem que eu mudo.
Aliás, falando em falar (???), várias pessoas deixaram de comentar no último capítulo e fiquei bem bad, porque a fic tem quarenta e quatro (QUARENTA E QUATRO, 4 4, QUATRO QUATRO) acompanhamentos e recebi uns 5/6 reviews. Não precisa nem ser de exatas pra saber que algo tá errado né.

Deixando o lado Drama Queen pra lá, espero que gostem ♥ Boa leitura a vocês!
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— O que vai acontecer com você quando eu escapar? — perguntei quando Draco resolveu que deveria me visitar às quatro da manhã. Não que eu tivesse dormindo, uma vez que o barulho da janela alta não me permitia.

Draco se espremia ao meu lado na cama e me olhou duramente quando ouviu minha pergunta. Não tínhamos regras sobre os assuntos dos quais falávamos, embora alguns fossem proibidos — e pelo jeito uma possível fuga minha era um deles.

Tentei fugir apenas uma vez e nunca mais, porém liberdade era algo que realmente me encantava, que àquela altura, me fascinava. Imaginar que em algum dia da vida, eu pudesse estar livre, andar pelas ruas, ir e vir para onde quisesse, me deixava com falsas esperanças.

A princípio, perguntar a Draco o que aconteceria se eu escapasse não pareceu má ideia. Mas, quando seu olhar ficou escuro e a expressão rígida, soube que a ideia não tinha sido tão brilhante assim. Ele se aproximou ainda mais e apertou meu braço com mais força do que o usual.

— Nada — respondeu em um sussurro, como se estivéssemos entre várias pessoas.

— Nada?

— Só um de nós sairá vivo daqui — Draco falou num tom calmo assustador. — E não será você.

Aquelas quatro palavras serviram para me atormentar pelos próximos vários dias. Tive medo constante de que ele pudesse me matar enquanto eu dormia ou a qualquer outra hora E quando meus riscos na parede atingiram a marca de doze meses, qualquer esperança que eu tinha morreu.

¤¤¤

— Prepare-se — Draco gritou de repente na porta. — Hoje você vai subir.

Subir significava sair do quartinho e conhecer a casa dele para além do meu minúsculo cômodo. Por mais vezes do que contei, pedi para fazer aquilo, nem que fosse por alguns minutos. Todos meus pedidos foram negados das mais diversas maneiras possíveis, até que desisti de insistir.

Agora, Draco propunha espontaneamente que eu subisse. Terminei de arrumar minha cama e caminhei até ele. Não ousei sair sozinha, nem ao menos tentar, porque ele com certeza me buscaria à força e me deixaria trancada sem comer por dias. Exatamente como fazia quando se irritava comigo pelas mínimas coisas.

Diferente do que pensei, ele não tinha nada em mãos que pudesse me prender. Olhei de novo, com mais cuidado e Draco só negou com a cabeça. Ao invés de cordas, amarras, elásticos ou qualquer coisa que se assemelhasse, ele me segurou pelo pulso e me guiou para fora.

Fora da porta que não abria pelo meu lado, havia três degraus que me levavam a uma grande pedra de concreto. Estagnei no lugar quando vi; tinha duas vezes a minha altura e várias vezes minha largura, deveria pesar muito mais do que eu e Draco juntos. Mas, mesmo assim, ele fazia o esforço de movê-la, pelo bem do meu esconderijo.

Quando achei que estaríamos em sua casa, me vi em um porão imundo. No sentido mais literal da palavra. As prateleiras eram completamente empoeiradas, velharias se empilhavam em um canto e uma pia com dezenas de anos de idade escondia um cofre, que por sua vez escondia a porta de concreto.

A primeira, e talvez única coisa que pensei sobre aquilo foi engenhoso. Draco Malfoy era engenhoso.

Caminhamos até o pé de uma escada e, de relance, vi a parede de sua casa. Fiquei tão feliz que mal pude respirar. Eu veria um lugar diferente depois de um ano inteiro trancafiada.

— Se você der um passo sem minha permissão, vou acionar os explosivos da escada e não sobrará nada da Mione para contar história. Entendeu?

Concordei, mas depois descobri que era mentira e que, se eu tivesse corrido com o maior esforço possível, teria me livrado daquilo muito antes. Mas, fiquei parada vendo-o subir e me dar o aval para acompanha-lo em seguida.

O corredor era comprido, com várias portas e, diferente do porão, estava impecavelmente limpo. Uma claridade absurda vinha do lado de fora e machucava meus olhos, já acostumados à iluminação precária. Talvez a alegria de estar fora do quartinho, ou a animação por algo diferente tenha tomado conta de mim a ponto de me deixar parada no mesmo lugar por minutos.

— Ali — apontou uma das portas — é nosso quarto.

— Nosso?

— Três vezes por semana, você dorme aqui em cima. Comigo.

Não parecia a melhor ideia de todas, mas assenti. Não só por não ter muita opção de escolha, mas porque qualquer coisa diferente já era maravilhosamente boa para mim. Caminhamos lado a lado até o quarto, muito bem decorado e mobiliado, e me sentei na cama.

Muito mais macia, muito mais confortável. Muito melhor, mas não reclamei de nada. Draco deixou que eu tomasse um banho rápido e vestisse alguma de suas camisas para dormir. O cheiro do perfume dele, já fraco, permanecia impregnado na roupa e invadiu meus sentidos sem aviso. Era um cheiro muito bom, talvez o melhor que eu tenha sentido ali.

Nossos pulsos foram amarrados com força, o que não me dava qualquer chance de movimento sem que ele também se movesse. Meu corpo ficou preso entre o dele e a parede, mas não pude reclamar. Por vários minutos, permanecemos em um silêncio absoluto, até que minha curiosidade se sobrepôs ao meu bom senso.

— Por que eu? Por que eu, Draco? O que eu tenho de tão especial, ou não, para estar aqui? O que eu fiz a você?

Ouvi sua risada baixa ao lado do meu ouvido e, involuntariamente, estremeci. Estávamos próximos demais e essa era a única explicação para aquilo. Seu dedo tocou meu rosto devagar, afastando parte de meu cabelo que caía à frente dos olhos.

— Eu gostei do seu sorriso — murmurou. — Quis tê-lo só para mim.

Não aceitei a resposta como verdadeira, mas não me dei ao trabalho de contestá-la. Apenas dormi. Da melhor maneira possível, pela maior parte da noite que consegui.

Imagens da minha família feliz sem mim pareciam pesadelos em meio aos meus sonhos. Eu não costumava sonhar com eles e quando o fazia, eram sempre bons e eu estava sempre junto deles. Mas, não daquela vez. Acordei assustada, com o coração acelerado e as mãos suadas.

Draco me olhava irritado, mas não perguntou nada. Mesmo que tivesse perguntado, seria ridículo dizer que sonhar com meus pais era, na verdade, um pesadelo. Voltei a me deitar e rezei para que não sonhasse mais nada do tipo.

¤¤¤

— Mais rápido! — ele gritava enquanto eu me esforçava ao máximo.

Eu tentava, inutilmente, cozinhar. Não era algo comum para mim há um ano, não seria agora. Ainda mais com Draco gritando as mais diversas ofensas para mim. Nem ao menos ousei olhá-lo, para não ver seus olhos cheio de raiva ou seus punhos fechados em irritação.

Era muito fácil leva-lo ao extremo da ira, do nervosismo, do stress. Aparentemente, qualquer coisa que eu dizia ou fazia era motivo para deixar Draco uma pilha de nervos. Claro que tudo isso precisava ser descontado em algo. Ou melhor, em alguém.

Eu.

Meu psicológico e meu físico já não aguentavam mais as sessões de descarrego de ódio. Era quase como se o fato de eu respirar o levasse ao ápice. Se esse fosse o motivo, preferi milhares de vezes que ele me matasse. Depois de um tempo, entendi que pedir pela morte, implorar que ela viesse, era o mais alto nível de egoísmo que um ser humano poderia atingir.

— Estou mexendo o mais rápido que posso — respondi.

Meus braços latejavam de tanto mexer um mingau ou qualquer coisa similar. Draco tinha gostos alimentícios muito peculiares, e metade de suas comidas preferidas eram quase impossíveis de serem feitas na pressa.

— Minha mãe faria mais rápido.

— Então chame sua mãe aqui! — gritei de volta, jogando a colher sobre o fogão. — Cansei de todos os seus berros, das suas exigências, do seu egocentrismo. Sou tão humana quanto você e tenho certeza que, se estivéssemos em posições opostas, você odiaria que eu fizesse tudo isso.

Não tive tempo de pensar em nada depois de terminar de falar. Draco segurava meu cabelo com tanta força, que era quase como se fosse arrancar todos os fios de uma só vez. Sua outra mão livre desferia vários socos sobre meu rosto e, por vezes, acertava meu pescoço, ouvido e nuca. A sensação já familiar de tontura veio com muito mais intensidade e eu soube que desmaiaria em pouco tempo.

Tentei empurrá-lo para longe, mas meus braços já estavam fracos demais. Meus pensamentos eram interrompidos pela dor que irradiava por todo meu corpo e não pude nem ao menos pedir que ele parasse. Todas as vezes era assim; eu fazia algo que o irritava e era castigada fisicamente até não aguentar mais.

Descobri que meu limite para dor aumentava a cada vez, ficava mais tempo consciente do que acontecia, até cair no sono induzido e doloroso que Draco me causava. Quase sempre eu acordava no mesmo lugar onde adormeci, mas não tive muita certeza de que seria deixada no meio da cozinha.

— Nem ao menos cogite a ideia de desmaiar — ele me soltou e voltou a se sentar. — Levante-se e volte ao seu quarto.

Claro que eu era completamente incapaz de me mover, mas, mesmo com todas as dores, troquei passos lentos e vagarosos pelo caminho que já conhecia bastante — era a única parte da casa à qual eu tinha livre acesso. Ir e voltar do meu cativeiro.

— Eu te odeio, Malfoy. Eu te odeio muito mais do que você imagina — murmurei para mim mesma, como se estivesse me lembrando daquilo.

Nunca era fácil abrir a porta de concreto, mas daquela vez foi excepcionalmente impossível movê-la.        Toda e qualquer tentativa que tive foi em vão, então acabei ficando ali mesmo, do lado de fora. Recostei-me sobre a parede e pouco me importei com a temperatura gelada.

Meus olhos pesaram e já não pude mais lutar contra eles, contra o cansaço, sono e, sobretudo, contra a dor. Pisquei algumas vezes, até não piscar mais. Não soube quanto tempo passou; horas, minutos ou segundos, mas Draco me puxou para cima de repente. Através de seus óculos escuros, pude ver meu reflexo e desejei não ter de me olhar no espelho.

— Eu mandei você entrar aqui — e me empurrou para dentro do quarto. — Sua rebeldia está me irritando. É lamentável que eu não possa te devolver à sua família.

— Você pode sim. Não é como se eu fosse te dedurar. Pode me devolver agora, se quiser — tentei rebater seu argumento com o tom mais calmo que tive àquela altura.

— Ninguém vai te querer de volta, Hermione — meu nome soava tão mal em sua voz. — Estou fazendo um favor em te manter aqui... Menina de sangue ruim.

Draco sumiu assim que terminou de falar. Suas palavras me doeram mais do que os socos e puxões de cabelo. Era claro que minha família ainda me queria, me procurava. Eu tinha certeza que minha mãe ainda pensava em mim, assim como eu pensava nela todos os dias. Talvez Bichano já tivesse morrido de saudades, literalmente, ele era o gato mais sentimental de todos.

Sangue ruim? Nunca, em toda minha vida, ouvi aquilo e não fazia a menor ideia do que significava. Mas, vindo do Malfoy, boa coisa não deveria ser. Chorei porque tudo em mim doía; porque senti uma repentina e imensa saudade de casa; porque aquele apelido não deveria ser nada bom.

¤¤¤

Depois de um tempo, Draco começou a me presentear. Não sabia se era como um pedido de desculpas por tudo que já tinha me acontecido, por ter simplesmente me trancado ali, ou para me agradar e me obrigar a fazer algo. Era algo que ele fazia com muita frequência, me dar pequenas coisas em troca de favores, que quase sempre envolviam me colocar como sua empregada.

Eu agradecia todas as vezes. Um sentimento bom, de que alguém ainda se importava comigo, quase sempre acompanhava os presentes. Ele dava de ombros e dizia que tinha pensado em mim ao ver alguma coisa pela rua. Talvez não passasse do fato de ele dizer, indiretamente, que podia ir às ruas e eu tinha de ficar trancada.

Fiquei surpresa ao acordar no meu aniversário com um embrulho. Era a noite de dormir lá em cima e, por alguma razão, meu pulso não tinha sido amarrado ao dele. Estranhei, claro, mas não ousei reclamar. Na manhã seguinte, entendi que ele queria poder colocar o presente sem me acordar.

Draco me olhava com um sorriso no rosto que não consegui decifrar. Talvez fosse de ansiedade, para que eu abrisse logo o embrulho, ou por qualquer outro motivo. Sentei na cama e apanhei o presente do chão.

— O que é? —  perguntei.

— Abra.

Obedeci de prontidão e, com cuidado, rasguei o plástico. Dentro, uma caixa vermelha e dourada brilhava e, sobre a tampa, meu primeiro nome estava entalhado. Paguei-a nas mãos e a olhei atentamente. Não parecia ter nada demais, nenhuma característica que a destacasse de todas as outras caixas.

— Abra — ele repetiu.

Levantei a tampa da caixa com meu nome e senti a mais pura felicidade. O Inferno, de Dan Brown, o livro que eu queria há tempos, estava na minha mão. Folheei as páginas tão rápido que perdi a pequena dedicatória na contracapa.

"Ouvi dizer que você gosta desse livro. Espero que te agrade. Feliz aniversário."

Abracei Draco sem que ele nem ao menos esperasse por isso. Por alguns segundos, todas as coisas ruins simplesmente desapareceram e sobrou apenas a gratidão que eu tinha por ele naquele momento. Não hesitei em deixá-lo me abraçar de volta e, de certo modo, me senti confortada por seu abraço.

— Obrigada — murmurei ainda abraçada a ele. — Eu gostei muito, queria ler há muito tempo. Obrigada!

— Que bom então — Draco respondeu, afastando-se devagar. — Aproveite a leitura.

Certamente eu aproveitei. Cada palavra.

¤¤¤

Meus riscos na parede me diziam que eu estava ali já tinha um ano e meio. Dezoito meses trancada no quarto minúsculo. Quase seiscentos dias vivendo com o mínimo de tudo. Mínimo de alimentação diária, mínimo de roupas adequadas, mínimo de conforto. Mínimo de vida.

Até aprendi a me acostumar com as coisas, mas a cada manhã era como se a vida quisesse me mostrar mais uma peculiaridade da minha nova realidade não tão boa assim. Ou era um vazamento que Draco se recusava a arrumar, ou era um e outro animal desconhecido que conseguia entrar e me deixava em pânico.

Com o tempo, acho que aprendi a gostar de Draco, passei a ver algumas qualidades nele que, até então, eram ocultas para mim. Percebi o quão preocupado ele poderia ficar com qualquer mísera coisa fora dos planos e como evidenciava sua dedicação e pavor a falhas.

Mas, eu não podia me cegar por isso e ser estúpida a ponto de achar que ele não tinha defeitos, que eram grandes demais. Egoísta, egocêntrico, irônico e autossuficiente apenas começavam a descrever Draco Malfoy.

Já era noite quando ele adentrou o quarto. Como das últimas vezes, não o encarei e deixei que se sentasse em qualquer lugar. Não que tivesse muitas opções para isso, claro. Sentando-se ao meu lado, percebi que ele não estava bem.

O cheiro forte de bebida inundava todo o lugar e o silêncio foi substituído pelo choro de Draco. Ele era capaz de chorar, meu subconsciente me alertou o óbvio. Não consegui imaginar nenhum motivo que o fizesse chorar, tampouco porque ele viria até mim numa situação como aquela.

— O que houve? — perguntei quando já não podíamos ficar mais calados.

— Meu pai foi baleado — era a última resposta que eu esperava. — Nunca fui bom em lidar com coisas assim, então fui beber. Parei em cada bar do caminho e bebi tudo que consegui, o máximo que meu corpo aguentava, até não dar mais. Meus sentidos ficaram muito afetados e quase sofri um acidente.

Por alguma razão, ouvir aquilo me deixou apreensiva. E se Draco realmente se acidentasse? O que aconteceria comigo? Quanto tempo levariam até me achar? Eu poderia facilmente morrer, estando tão abaixo do solo, tão longe de todos.

— Ele está bem?

— Não sei, passei o dia apagado. Não me lembro de quase nada. Vim aqui para checar se você estava bem, e não para te importunar com meus dramas pessoais.

— Draco, eu não tenho mais vida. Qualquer coisa que você me conte sobre o mundo lá fora não vai me importunar, e sim me entreter.

Ele só assentiu e foi embora. Mais do que apreensão, eu senti preocupação por Draco e por qualquer besteira que ele pudesse fazer assim que colocasse os pés para fora de casa. Depois daquilo, descobri que eu era capaz de ficar triste por ele.

¤¤¤

Três meses depois, Lucius Malfoy veio a falecer por falência múltipla dos órgãos. Aparentemente, o tiro afeitou, a princípio, seu fígado, que já não funcionava como deveria. Internações após internações culminaram em sua morte.

Nesse dia, Draco passou horas chorando ao meu lado e eu não soube realmente o que fazer. Vê-lo chorar era utópico demais, surreal demais. Draco não era o tipo de pessoa que se permitia ser vista aos prantos, mas ele deixou que eu o visse.

Abracei-o e prometi que tudo ficaria bem, que tudo precisava ficar bem. Mas, enquanto o consolava, tudo que pensei foi no meu próprio pai e em como eu ficaria daquela mesma maneira se ele morresse. John Granger era meu herói e eu era incapaz de imaginar uma vida na qual não o tivesse por perto.

Mais do que nunca, desejei que meus pais jamais morressem, que vivessem para sempre comigo e não me deixassem jamais. Cogitar perder um deles me fez consolar Draco da melhor maneira que pude. Permiti que ele deitasse e ficasse por ali quanto tempo quisesse, e permanecemos em silêncio absoluto.

Sentei no chão e senti seus dedos se enlaçarem em alguns fios do meu cabelo. Em qualquer outra hora, eu certamente me afastaria e não deixaria que ele continuasse, mas não era o caso. Falei a mim mesma que Draco podia me tocar.

Talvez eu até estivesse gostando daquilo.

Seus movimentos pararam e percebi que ele tinha dormido. Toda a áurea carregada de maldade e egoísmo foi embora enquanto ele dormia.

¤¤¤

Mais trezentos e sessenta e cinco riscos na parede. Mais doze meses. Mais um ano. Menos chance de voltar à minha vida normal. Aceitei que ficaria presa ali para sempre.


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Notas finais do capítulo

Como ninguém gosta do Lucius, nada melhor que matá-lo e.e
Se acharem algum erro, me avisem!
Comentem dessa vez, aí posto mais rápido!
Beijos, até o próximo.

AAAAAAAHHHH, como eu fale no disclaimer, talvez tenha algum capítulo bônus. O que acham de um bônus? Comentem ♥



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