Durante a madrugada fria, Caitlyn permanecia em sua sala de trabalho olhando todas as pistas que tinha sobre a explosão de um banco. O que era quase nada, dinheiro algum fora levado, e um tipo de armadilha jamais vista fora encontrada. Caitlyn passou a mão pelos cabelos morenos e depois afundou o rosto nas mãos, frustrada. Não tinha nada pior do que um bandido que não para por dinheiro. Vi entrou na sala e encostou-se à porta, observou Caitlyn apreensiva o suficiente para nem sequer notar sua presença.

— Você está trabalhando demais. — Disse Vi, tirando Caitlyn de seus pensamentos. — Já é quase de manhã, e você sequer dormiu.

Vi andou até Caitlyn, parou atrás de sua cadeira e colocou as mãos suavemente nos ombros da Xerife, eles estavam tensos, mas pareciam relaxar a cada massagem de Vi.

— Vamos dormir — Falou Vi.

Às vezes ela se surpreendia no quanto se tornava dócil perto de Caitlyn. E no quanto se tornava agressiva para protegê-la.

 — Não posso. — Caitlyn afastou as mãos de Vi de seus ombros e se levantou andando pela sala. — Tenho que resolver isso o quanto antes, tenho medo do que pode acontecer a essa cidade se deixarmos um criminoso tão despreocupado a solta.

— Não vamos deixa-lo a solta. Vamos prendê-lo e acabar com ele, como sempre fazemos. — Vi falou seria — Mas não hoje, não agora. Ela foi em direção a Xerife e a abraçou por trás.

Caitlyn cedeu e deixou seu corpo ser envolvido pelos braços de Vi. Permaneceram abraçadas por um tempo, até que Caitlyn levantou o olhar e encarou os olhos de Vi, lembrou-se de como estava apaixonada por ela e seu trabalho fugiu da sua mente como um passe de magica. Sua mão agarrou o pescoço da garota de cabelos rosados e ela beijou sua boca com força, Vi vendo que Caitlyn finalmente havia esquecido o trabalho a levantou, Caitlyn pôs suas pernas ao redor do corpo de Vi, e Vi a deitou na mesa espalhando os papeis pelo chão. A Xerife olhava para Vi como uma garota pura do Colegial que não fazia ideia do que estava acontecendo, e ela realmente não entendia, como era possível Vi sempre fazê-la sentir daquele jeito? Como se fosse a sua primeira vez, de novo e de novo, mesmo pela milésima vez como nenhum homem jamais fizera.

Vi a tocava com gentileza em seu rosto, mas Caitlyn sabia que tudo o que era tocado por sua parceira era brutal, exceto ela. Ela era especial para Vi e Vi para ela. A policial tirou os Cabelos de Caitlyn de seu rosto, passou as costas das mãos por sua bochecha e pelo pescoço, descendo até seu uniforme de Xerife. Os peitos de Caitlyn sempre ficavam avantajados naquele uniforme, isso era algo que Vi procurava ignorar durante o trabalho, graças a sua distração, mas agora naquele momento não havia trabalho, apenas ela e Caitlyn. Vi desabotoou o uniforme, suas mãos deslizaram pela barriga da Xerife, seus olhos se encontraram outra vez, dessa vez Vi a beijou na boca descendo os lábios para os peitos, e descendo mais ainda, Caitlyn gemeu.

***

 Nos tubos de ventilação, Jinx tentava não fazer barulho. Ela estava bem a cima da sala da Xerife Caitlyn, lugar de onde pegou a ficha criminal de Vi. Não fora uma tarefa fácil, Caitlyn era muito focada no trabalho, mas ainda assim cedo ou tarde ela teria de sair da sala. Enfim na primeira oportunidade Jinx saiu do esconderijo, porém ao voltar a Xerife também voltou a sala e subir aquelas tubulações era barulhento. Como em um jogo de twist, Jinx estava completamente embaralhada naquela posição: pernas perto da cabeça e FishBones grudado em seu rosto, os braços jogados na cabeça tentando ainda agarrar a arma. Quando ela ouviu a voz de Vi ela fez uma careta. Ela sussurrou para fishBones:

— Tenho uma boa e uma má noticia. A boa é que temos a fixa criminal de Vi, a ruim... – O gemido de Caitlyn ecoou pelo ar – É que vamos ter que ouvir elas transando.

Jinx fez uma cara de nojo, pior do que a traição de Vi era vê-la tão intima de alguém que um dia fora seu inimigo.

Para alegria de Jinx as duas não ficaram lá por mais tempo. Vi levou Caitlyn para sua casa e fechou a delegacia. Como Jinx não tinha bem um lugar para ficar decidiu descer a sala de Caitlyn e ler a ficha criminal de Vi ali mesmo. Ela saltou da tubulação como uma criança que cai de uma arvore, fishbones caiu em seus braços, ela abriu a pasta bege como se fosse um livro de figurinhas e deitou no chão começando a lê-lo.

A ficha criminal de Vi não contava muita coisa que a Jinx já não soubesse, porem, algo que nunca fora revelado para ninguém estava ali. O banco onde Vi e sua antiga gangue guardavam o dinheiro. Após Vi se tornar aliada da policia é claro que esse dinheiro deveria estar em posse da policia, apenas Vi saberia a senha, já que todos os outros membros da gangue morreram. Aquele era um dos bancos mais seguros de Piltover, nem mesmo a policia teria como retirar o dinheiro de lá, senão agarota de cabelos rosa. O que significava que Vi ainda tinha uma grande fortuna dos tempos de gangue. Mas não mais. Pois Jinx a destruiria.

***

Caitlyn acordou na cama de casal de Vi, a garota de cabelos rosa ainda dormia profundamente, sua pele nua tampada por um lençol branco e fino, Caitlyn vestia uma blusa de uma banda de rock que Vi gostava, a blusa era preta e ficava grande em seu corpo . Caitlyn a observava dormir, quando um som irrompeu do telefone a Xerife atendeu rápido o telefone antes que ele acordasse Vi. Quando levou ele aos seus ouvidos ela logo se arrependeu. Era um policial.

— Xerife, precisamos de você é uma emergência.

Caitlyn ouviu tudo o que o policial tinha a dizer, a preocupação subindo sua cabeça como na noite anterior, trocou de roupa foi correndo para o banco mais seguro da cidade, Vi, estava junto dela. Ao chegar ao local o lugar estava um pandemônio. Inúmeras viaturas, o prédio estava completamente destruído. Notas de dinheiro queimadas ainda caiam do céu, nas cinzas trazidas pelo vento Vi pegou um fragmento de ouro "O dinheiro da gangue" pensou ela. Cairlyn conversava com os policiais, Vi adentrou nas ruinas do banco e assovio para Cait ao ver algo suspeito escrito na parede com tinta rosa.

"Jinx".