Humans escrita por Arya


Capítulo 13
XII - A ressaca.


Notas iniciais do capítulo

... Oi. e.e
Então, não sei o que falar, só mil desculpas pela a demora. Mas vamos la!
Ah, sim, antes de mais nada, nesse cap aparece uma personagem chamada Nitou Honoka, que é uma personagem mesmo de IE. Ela foi cortada no anime junto a Hasuike An, pelo o mesmo motivo (Prominence nn teve seu jogo como um time, foi direto pro time deles com a Diamond Dust).
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/688815/chapter/13

Segunda-feira começou, infelizmente. Kirino andava até a escola com uma caixa em mãos, morrendo de sono e protegendo a mesma como se estivesse protegendo um bebê. Assim que entrou na escola, ajeitou a bolsa em seu ombro e avistou Irene um pouco mais a frente, logo andando atrás da mesma.

— Irene. – chamou o garoto e a mesma o olhou, logo encarando a caixa quando o mesmo a estendeu. – Limpei.

— Oh… – ela pegou e abriu, logo o olhando. – Obrigada.

Então voltaram a andar um do lado do outro, em um silêncio nada pequeno. Era normal eles sempre estarem em silêncio mesmo que um do lado do outro, mas talvez o rosado quisesse comentar sobre o que rolou na festa.

O beijo… E o vômito.

— Irene, eu…

— Kiriene! – disse um garoto se metendo entre os dois, colocando os braços em volta do pescoço de ambos. Kirino olhou o mesmo, vendo que se tratava de Shindou Takuto. A albina revirou os olhos, saindo dos braços do mesmo.

— Kiriene? – perguntou Kirino.

— Sim. Kirino e Irene. Soube do beijo.

Kirino arregalou os olhos enquanto Shindou sorria como se não soubesse que tinha acabado de falar da pior coisa do mundo, no momento. A russa riu ironicamente.

— Você quer dizer vômito, não é? – disse a garota e Shindou pensou um pouco, logo olhando o melhor amigo e mandando ele não falar nada.

— Você me disse que ia a beijar! – exclamou Shindou e o de cabelos rosados colocou a mão na testa, tampando seu rosto vermelho para a Morozova não vê. – Como assim vômito?

A Morozova respirou fundo e saiu andando, deixando os dois em paz para conversar. Kirino o olhou e deu um puxão de orelha no mesmo.

— Eu não a beijei!

— Isso eu entendi, desculpa por ter feito aquilo. Foi ao automático. – falou o garoto, ajeitando a franja. – Considere uma vingança. Você fez isso comigo quando eu ia beijar a Akane pela a primeira vez.

Kirino fez bico e concordou, lembrando do grito que ele deu no meio do corredor mandando o amigo não esquecer da língua.

— Mas… – ele cruzou os braços. – Que história é essa de vômito?

O de cabelos rosas respirou fundo e se sentou em uma das cadeiras, começando a contar da festa. Logo Akane também chegou e sentou-se no colo do namorado, escutando a história de penetra e ambos começaram a rir da desgraça de Kirino.

Afinal, desde que colocou na cabeça de gostar da maldita Morozova, ele só se fode. Tanto que até não se importa mais, afinal: O que é mais um pau para quem já está fudido?

***

Jake entrou na escola ao lado de Katherine, e logo começou a andar em passos rápidos ao avistar o albino conversando com o Niko e com Tenma, passando reto por eles. Kat apenas ria de toda a situação, enquanto era puxada pelo o melhor amigo.

— Espera, Kat! – exclamou Nikolai e o loiro a deixou para trás, correndo. A loira revirou os olhos e olhou o moreno chegando perto da mesma. – Até mais, Jake!

Acenou ao garoto e olhou Pavel, que apenas revirou os olhos e seguiu o seu caminho com o amigo japonês. A australiana jogou o cabelo.

— O que houve?

— Eu queria pedir desculpas pelo o beijo. – disse Nikolai sorrindo. – Não era a minha intenção, eu estava meio… Alterado.

— Muito. – disse Kat rindo. – Na próxima eu nem deixo você beber, menino. Na realidade você nem deveria!

— Ei, minha mãe morreu, mas não precisa bancar uma não, ok?

Kat parou de sorrir, lambendo os lábios sem saber o que falar. Ele a olhou por um segundo e revirou os olhos, ajeitando a mochila nas costas e passando a mão no queixo, meio desconfortável pela a garota ter ficado meio sem jeito. Ele tinha que maneirar nas piadas de mal gosto.

— Bom… Se quiser...– disse sorrindo. – Vou deixar você se ferrar.

— Eu já estou ferrado faz tempo. – disse e a garota o olhou, assim o mesmo tossiu. – Acho que peguei um resfriado.

— Se fode aí! – disse brincando, dando um tapa de leve em seu ombro. – Mas… De boas sobre o beijo.

— Ok. Era só isso mesmo que queria falar.

Katherine sorriu e olhou um caderno na mão dele do Star Wars.

— Seu? – perguntou e o garoto afirmou, então a mesma pegou e começou a ver a capa. – Darth Vader…

A garota começou a mexer, e Niko começou a ficar visivelmente incomodado, como se alguém estivesse invadindo seu espaço pessoal. A mesma começou a ler baixinho, sorrindo brevemente.

— Oh, você escreve músic… – ela foi interrompida com o puxão no caderno que o garoto deu, pedindo desculpas.

— Eu tenho sérios problemas quando alguém abre esse caderno, então… Se puder evitar. – disse sorrindo batendo na capa do caderno e ele escutou Tenma o chamar ao lado de Pavel, que estava sendo irritado por Tsurugi, que estava bagunçando o cabelo. – Estou indo!

Ele saiu na direção deles e olhou Katherine.

— Fale para o seu amigo confirmar o que falou. – disse calmamente. – Sabe, está pagando mico saindo correndo só de estar no mesmo lugar que o Pav.

Katherine concordou, falando que iria dizer aquilo ao mesmo. Sorriu brevemente, mas logo ficou meio confusa enquanto lembrava de algumas coisas que tinha conseguido ler em uma das músicas que estava incompleta. Lembrava-se vagamente de que aquilo se assemelhava a algo que ele tinha dito a mesma.

— Será que é para mim? – perguntou fazendo bico. – Ah, claro que não.

Ela amarrou o cabelo e fez bico, olhando Haruna com Midorikawa e saiu correndo para conversar com eles, apenas para não ficar sozinha.

***

Na sala de aula, as coisas começaram a ficar normais. Levemente tensas, mas nada demais. Katherine continuava sentada ao lado de Jake, mas tinha chamado Nikolai para se sentar mais perto deles, e não tão longe como do outro lado da sala. Escutou Yasmin e Irene falarem um “I Ship It” baixinho e ao mesmo tempo quando ele sentava-se ao lado da mesma.

— O que é isso? – sussurrou Jake e a Katherine sorriu.

— Estou tentando ser legal. Agora pare e reflita sobre a merda que você fez de ligar para o Morozov. – disse empurrando a cara dele.

— Socorro. – disse Nagumo virando-se para a esquerda para falar com os outros. – Quero muito que a Kira faça aquelas palestras dela nos finais das aulas. Muito mesmo.

— Socorro digo eu! – disse Yasmin rindo. – Está com vontade de estudar.

— É a Kira. Ela faz milagres. – disse Nikolai e todos o olharam. – Bom, é o que me disseram no outro lado da sala.
— Tecnicamente ela é a professora mais sensata que existe e que nos dá aula. – disse Irene lixando a unha. – Ela e o nosso antigo professor de Biologia. Dois amores.

— Ele e a Kira não são um casal? – perguntou Jake com as mãos na cabeça e Yasmin concordou, dizendo que aquele homem era lindo. – As meninas o amavam.

— Queria dizer nada não, mas tenho que concordar. – disse Hasuike. – E olha que eu tenho uma alergia enorme a esse tipo de linguiça.

— Não era nada demais. – disse Dimitri lendo um livro com calma atrás de Yasmin, que estava espremendo suas próprias bochechas com as duas mãos, a deixando mais fofa do que já é.

— NADA DEMAIS? – exclamou as meninas do círculo.– ATA, NADA DEMAIS!

— Ah, homens… – sussurrou Irene baixinho. – Mas eu não o acho mais bonito que o professor de história.

Todas a olharam com cara de desgosto, até Nagumo que fez bico e negou.

— Ele é esquisitão. E sabe, o cabelo dele é bem cagado. – disse Dimitri deixando a Yasmin fazer um rabo de cavalo fofo em seu cabelo com calma, logo não podendo mais o levar tão a sério.

— Olha só quem fala. – sussurrou Allen.

Mas então, logo todos se calaram quando a porta se abriu, entrando a professora Kira e atrás dela, um garoto de cabelos albinos com uma cara de calmo entra atrás dela. Yasmin já tinha visto aquele rosto de algum lugar… AH! ATSUYA! Ele era realmente parecido com Fubuki Atsuya, o garoto da 2-A que vivia reclamando de tudo e era bem competitivo.

Eles se levantaram e fizeram a reverência a professora quando o presidente de classe ordenou, logo sentando-se.

— Bom dia! – disse animada. – Estamos aqui com mais um aluno novo, Fubuki Shirou. Ele não é um amorzinho? Não parece um bolinho? – disse apertando a bochecha do mesmo, que deu uma breve risada. – Não conte ao meu marido sobre isso. – disse piscando um dos olhos ao mesmo.

O garoto riu brevemente e fez reverência a turma.

— Você é irmão do Atsuya da 3-A? – perguntou Dimitri atrás de Yasmin com sua voz grossa, fazendo até o menino tomar um breve susto.

— Sim, gêmeo. – disse sorrindo. – Gêmeo na realidade, mas ano passado tive que largar a escola para cuidar da minha saúde. Bom, pelo menos agora eu estou bem melhor.

— Que bom. – disse Dimi. – Tem um lugar aqui atrás de mim, se quiser.

— DIMITRI! – exclamou Kira cruzando os braços. – É meu dever falar que ele pode sentar atrás de você.

— E depois reclamam que eu não sou sociável. – disse Dimi virando a cara.

Kira colocou a mecha de seus cabelos rosados atrás da orelha enquanto pegava um bloco de notas com as mãos.

— Fubuki, pode sentar-se atrás do Dimitri. Não se preocupe que ele não morde. – disse Kira e a turma caiu na risada. –O que foi? Falei mentira?

— Muita! – disse Hamano e Yasmin se virou para Dimitri na hora mandando ele se sentar para não rolar sangue. – Esse garoto tem raiva de tudo. A gente expressa a nossa opinião e ele fica com raiva.

— Ata. – disse Kira. – Como assim expressar a sua opinião?

— Por exemplo, um dia eu disse que não gostava de… – ele parou de falar e começou a gaguejar olhando a professora, que ficou confusa. – Bem, é…

— Não gosta de que? De mim? Não se preocupe porque eu não me incomodo com isso e nem guardo rancor. Na realidade, desde que eu virei adulta, eu guardo mais sacola de plástico que rancor.  – disse a turma, que riu. – Enfim, dependendo do modo que você compartilhou o seu ponto de vista, Dimitri deve ter se ofendido. Ou você pode ter ofendido a alguém sem que ela saiba. Mas enfim, isso não importa.

Ela se virou a Shirou.

— Pode se sentar. Dimitri pode morder, de acordo com a turma, mas é vacinado.

O garoto riu e sentou-se atrás do loiro, que se apresentou ao mesmo com um aperto de mão, logo se virando enquanto Kira escrevia a frase da aula no quadro e Allen abria o seu caderno para escrever alguma coisa. No entanto, quando todos olharam a frase e depois o rosto sério da professora, Yasmin se virou na hora para Dimitri que passou a mão na testa.

Ou era indireta para o que descobriu sobre Hamano, ou era apenas coincidência.

“Pessoas normais falam sobre coisas. Pessoas inteligentes falam sobre ideias. Pessoas mesquinhas falam sobre pessoas.” — Platão.

— Bom, a aula de hoje será sobre Platão. – disse a mulher, sorrindo alegremente.

***

Assim que acabou a aula, Dimitri sentiu alguém o cutucando e o mesmo virou-se, olhando Shirou. O garoto retirou o rabo de cavalo e ajeitou o cabelo, colocando o elástico no pulso.

— Oi? – perguntou.

— O nome dessa professora é Kira, certo? – perguntou e o garoto afirmou. Shirou escreveu o nome dela no espaço onde indicava colocar o nome do professor. – Ok, obrigada.

— Você estava com o que antes? – disse Dimi na vontade de puxar assunto. Shirou sorriu.

— Eu estava em um estado grave de câncer. – disse Shirou sorrindo. – Tive que fazer muitos procedimentos e, no final, ocorreu tudo bem. Consegui um doador.

— Implante?

— Sim, eu tinha câncer no coração Fiquei internado por um ano até achar um doador, estava quase entrando no estágio final. Foi um milagre ter conseguido um. – disse Shirou sorrindo.  

Dimitri sorriu de canto ao garoto.

— Você me parece alguém muito calmo. – disse o mesmo e o garoto deu uma breve risada. – Meu nome é Dimitri Morozov, e esses são o que tenho que chamar de amigos.

Yasmin ajeitou o cabelo e virou-se na hora, acenando ao garoto. Naquele momento, o russo ficou sem entender, mas logo raciocinou, revirando os olhos não acreditando no que estava rolando.

— Essa é a Yasmin. Ela ronca de noite. – disse o mesmo e a garota o socou. – Não estou mentindo.

— Você é um idiota. – disse mandando língua ao mesmo.

— Como se ele tivesse interesse em saber se ela ronca. – disse Irene secamente ajudando Jake em algo na questão de matemática do dever de casa que, obviamente, o loiro não fez.

O albino arqueou a sobrancelha e riu de nervoso, olhando Dimitri.

— Essa é a minha irmã, Irene. Se eu sou um cachorro, ela é uma cobra. A pior de todas.

— Vocês são irmãos? Nossa! – exclamou. – Nem parece.

— O achamos na caçamba de lixo. – disse Irene e Shirou riu. – Dimi, você sabe essa questão aqui? – perguntou.

E então depois de milhares apresentações e o russo ajudando na questão, o professor de matemática entrou na sala e eles voltaram ao tédio. Na hora do intervalo, Shirou disse que ia falar com o irmão e pegar dinheiro com ele para comprar algo no refeitório, pois o mesmo pegou a carteira dele antes de sair e não o deu.

Yasmin e Dimitri seguiram para o telhado primeiro que todos, encontrando-se no meio com Lorelai, Zakuro, Claudine e as Gêmeas Park. Mayumi teve que ir ao clube de teatro, então não ia passar o recreio com eles. Sentaram-se no chão como sempre, ficando com Lorelai deitada no colo do de cabelos loiros e Yasmin jogada ao lado dele, roubando os biscoitos caseiros da Salazar várias vezes.

— Porque você abriu o bico falando que eu ronco? – falou com raiva ao loiro, que riu.

— Quis falar. Porque? Interessada?

— Sim.

— Opa, pera! – Yang Mi se jogou ao lado de Lorelai e Dimitri resmungou, se perguntando se agora era cama para mulheres se sentarem. – Um boy bonito entrou na sala de vocês?

— Sim! – disse Yasmin. – Eu nunca vi alguém tão bonito como ele.

— Viu sim. Atsuya é o irmão gêmeo dele, só que Shirou e uma versão mais light e azul.– disse Dimi. – Ele disse que ia vir aqui depois, caso conseguisse se livrar do Atsu, mas ok.

— Eu bati no olho dele e nossa! – Yas abanou-se com uma das mãos. – Ele é realmente o meu tipo ideal.

— Sério? Sério? — riu Kim. – Ata. Falou a menina que estava a alguns dias atrás com Fudou Akio.

— Eu sou uma mulher de fases. – disse Yasmin fazendo bico. Seu gosto mudava com frequência.

Aquilo incomodou Dimitri? É… Não que ele saiba. Apenas achava engraçado e meio incomodante como era fácil gostar e desgostar de alguém.

— Você também quase assediou o Dimi. – disse Kim, se relembrando da festa.

— OI? – Claudine e Yasmin falaram ao mesmo tempo, e a inglesa sentou-se ao lado deles.

— Não se joga em cima de mim. – disse seriamente.

— Ok, não me mata. – disse Claudine, sentando-se direito ao lado de Lorelai e Yang-Mi, colocando as pernas de ambas sobre o seu colo apenas para não as atrapalhar.

— Como assim eu quase o assediei?

— Você estava muito bêbada, e aí…

***

DIA DA FESTA

— Obrigada por me ajudar, Kim.– disse Dimitri a mesma levando Yasmin a um quarto, colocando-a na cama.

Estava desacordada, então era melhor a colocar na cama. Eles sentaram-se em um sofá no local e olharam a garota apagada, dormindo como anjo. Nem parecia que estava realmente insuportável a alguns minutos atrás.

Kim respirou fundo, cruzando os braços.

— Essa menina é realmente um problema.

— Deveríamos a cobrir? Está um pouco frio. – perguntou Kim, retirando os sapatos por estar com dor. Dimitri olhou em volta e apontou para um cobertor, apenas para não ter que retirar o que ela estava em cima. Kim o pegou, jogando no mesmo.

Ele respirou fundo e levantou-se indo até a garota e colocando o edredom em cima da mesma, aproveitando para retirar os sapatos da garota. Cobriu-a direito, mas quando foi se afastar, a garota o agarrou pelo o pescoço e o puxou para perto.

Quando Kim foi agir, a garota já tinha o beijado. A Park deu um berro que pode ser escutado do outro lado do mundo e se levantou, enquanto Dimitri fez impulso para sair do beijo. Ele começou a esfregar a boca, enquanto Yas virava-se e resmungava algo dormindo.

— Você disse que iria me proteger. – sussurrou a garota baixinho, enrolando-se no edredom e dormindo.

***

Yasmin ficou mais vermelha que um tomate se afastou do loiro, que apenas cruzou os braços enquanto Lorelai caia na risada, a entregando o biscoito e pegando o celular. Dimi viu que era uma mensagem, mas decidiu não ler por ser invasão de privacidade.

— É… Desculpa.

— De boas. Foi nada demais. – disse Dimitri e Yasmin o olhou. – Foi apenas um beijo. Não foi o meu primeiro, acredite.

— Mas foi um beijo… Ah, russos são estranhos.– disse cruzando os braços.

—  Olha, uma coisa que eu sei é que Shirou vai se tornar um grande amigo meu. Acho. – disse Dimitri cruzando os braços e Lorelai fez bico. – Não passará você, não se preocupe.

— Acho bom… – disse e olhou o celular, logo parecendo aflita e Claudine olhou.

Yasmin mordeu o lábio e caiu na risada do nada, desviando toda a atenção de Lori para a mesma.

— Eu imaginei você me ajudando a ficar com ele. – falou brincando e Dimitri ficou sem reação, enquanto as meninas começaram a rir que nem hienas. – O que foi?

Dimitri olhou ao redor e se levantou, começando a andar para o lado e para o outro, analisando algumas consequências sobre o que estava prestes a fazer. Já tinha feito isso no passado, então não seria novidade e nem difícil. E afinal, estava realmente no tédio esses dias, já que nada de interessante acontecia em sua via. Nem estava com dúvidas na escola que poderiam o afetar nos exames.

— Vamos fazer isso. – disse Dimitri. – Eu irei lhe ajudar.

— O que? – disse Yasmin caindo na risada e o de cabelos loiros sentou-se novamente.

— Eu irei te ajudar. Afinal, não disse que iria lhe proteger? Nada mais fácil de eu lidar junto a você com esse menino aí. – disse piscando um dos olhos, logo olhou Lori. – O que houve? – sussurrou.

— Ah, nada. – ela sorriu forçado.

— Eu posso não aceitar essa ajuda? – perguntou Yasmin fazendo bico e o loiro negou, sacudindo o braço de Lori levemente para ela contar. – Ok, então você me ajuda a dar uns pegas no Fubuki Shi…

Então Lorelai caiu no choro, fazendo todo mundo se assustar. Ela empurrou o garoto e levantou-se, saindo do local correndo e esbarrando em Shirou, que entrava com Shirou. Todos ficaram confusos, mas logo entenderam quando Katherine disse o que houve. Acharam melhor a deixar em paz por um momento, sabiam que não ia dar em nada correr atrás da garota.

Foi colocado uma foto no grupo da turma de Fuyuka e Nagumo se beijado no fundo dos corredores.

***

Jake ia matar Katherine por o ter deixado com Nikolai.

Engoliu em seco, olhando o mesmo e sorrindo forçado ao garoto, que fazia o mesmo com a cara de sonso que sempre fazia ao mesmo. Não é que se odiassem, mas o santo de vez em quando não batia bem e dava nisso.

— O que você queria falar comigo? – perguntou e o Romanov riu.

— Nada. – disse. – Pavel queria. Eu só fingi que queria falar algo com você sobre o seu clube…. Que era qual mesmo?

Jake tentou sair, mas foi quando os amigos de Pavel junto a ele se sentaram na mesa, olhando para o garoto com cara de “Eita, é o Jake.”. O russo o olhou e sorriu, ajeitando uma mecha do cabelo atrás da orelha e comendo seu pão integral vegetariano com suco de laranja. Saudável, como sempre.

—Como vai, White? – disse Tenma pegando um onigiri de seu prato e comendo.

— Bem. E você? – perguntou. Aquilo poderia ser entendido como: “Antes estava legal, agora estou na merda.”.

— Estou bem. Ótimo! –disse e olhou Tsurugi. – Menino, eu esqueci de falar com a Aoi sobre as anotações dela da aula da Kira! Pode vir comigo?

— … É, pode ser. – disse Tsurugi se levantando e andando com Tenma. – Niko, você não tem nada para fazer com a Sorano Aoi? – ele disse dando uma arregalada no olho o mandando vir.

— Ah é. Pav, pode ficar aqui com o Jake? – perguntou e o albino concordou, comendo tranquilamente.

O azulado se levantou e, com o seu lanche, o trio saiu correndo para a mesa de Aoi, que estava com Midori e Akane, cujo deram uma olhada monstra para ele e voltaram a comer ao notar que o mesmo as viu.

— Ah… Então, como foi a aula da Kira? – perguntou mordendo o sanduíche e Jake sussurrou um “legal”. – Que bom! – sorriu.

— Pav, eu…

Ele começou, porém não terminou. Milhares de pensamentos vieram em sua cabeça, incluindo todos os motivos possíveis para aquilo não dar certo. Qual eram as chances de ganhar uma rejeição naquele momento? E as chances de ser correspondido, mas acabar fazendo merda?

Pode parecer que não é nada, mas Jake Ethan White sempre faz algo que machuca alguém que gosta dele. É como se fosse um talento, e honestamente? O loiro não queria machucar o albino de forma alguma. Afinal, olha ele! Tão adorável, puro e realmente parecia um bolinho de arroz. Poderia parecer que ele é covarde, mas… Tinha medo. Não aguentaria se ele o machucasse.

— Você… – disse o mesmo piscando os olhos e tomou o seu suco após terminar de comer o sanduíche.

— Desculpe pela a ligação. Eu estava bêbado.– disse Jake e Pavel parou e pensou, logo ficando levemente avermelhado e negando com a cabeça.

— Não precisa pedir.

— Era mentira, ok? Eu falo besteira, e tinha apostado com o Tsunami de ligar para a primeira pessoa que estivesse conversado pela a última vez e falar que a amava. E, bem, você tinha mandado uma mensagem sem querer. – disse o loiro.

Pavel o encarou por um tempo, sem reação. Ele pode ver que as mãos do garoto ficaram mais trêmulas que o normal e colocar o suco na mesa, escondendo as mãos embaixo da mesa. Ele sorriu e olhou o garoto.

— Tudo bem. – disse. – Acontece, pessoas bêbadas falam coisas sem saber o peso das palavras, não?

Jake engoliu em seco, concordando.

— Desculpa.

— Eu já disse que está tudo bem. – o garoto se levantou e pegou o suco, levantando-se. – Eu tenho que fazer uma coisa.

O loiro o olhou, respirando fundo e concordando com um sorriso no rosto. O albino retirou o sorriso do rosto e jogou o suco na cara dele, inclinando a cabeça enquanto o olhava. O White abaixou o rosto todo molhado, limpando os olhos e olhando o albino.

— Só pra você lembrar como as palavras machucam. Eu sei, estava bêbado, mas mesmo assim isso demonstra o quão estúpido você é.  Infelizmente mesmo se eu o bater, não iria fazer efeito algum, então… – disse Pavel. – Amanhã provavelmente eu estarei melhor, então depois a gente se resolve sobre o suco, ok? Tenha um bom dia, Jake White, e limpe logo a blusa antes que manche.

E então o garoto saiu andando, deixando o copo de suco para trás. Ele foi até a mesa da Aoi e puxou Nikolai, saindo andando. Jake olhou em volta, vendo que estavam todos olhando aquela cena e respirou fundo, levantando-se e indo para o banheiro se limpar, usando a outra porta do refeitório.

O albino estava do lado de fora, puxando Niko. Eles pararam no armário do mais velho, enquanto o albino parecia ter acabado de assassinar alguém pela a primeira vez. Estava tremendo, esfregando a mão uma na outra.

— Eu só faço bosta. – disse o garoto.

Nikolai abriu o armário.

— O que houve?

— Foi uma aposta com o Tsunami. Eu deixei a raiva me consumir e acabou naquilo. Deveria pedir desculpas? – disse e começou a lembrar da cena. Nikolai o olhou seriamente, aquilo não poderia ser verdade. E se fosse, ele ia matar um. – Eu o chamei de estúpido! Mas ele estava bêbado, pessoas fazem coisas erradas quando estão…

— Não. – Nikolai respirou fundo. – Ele foi estúpido, bêbado ou não. Quando as pessoas não estão totalmente sóbrias, fazem coisas que normalmente não faria, mas tem vontade.

O albino abaixou o olhar, passando as mãos em seus braços, como se estivesse se abraçando. Nikolai fez carinho na cabeça dele e sorriu.

—Você fez bem, Pavel. – disse sorrindo. – Eu sei, você gostava dele. Mas… Nem sempre as pessoas que gostamos são o que a gente acredita que é.

O mais novo fez bico.

— Já passou por isso?

— Não. A pessoa que eu mais amei desse jeito, até o momento, era do jeito que eu imaginava e até melhor. Sem censura e nada, quase perfeito. – disse o de olhos azuis sorrindo. – Mas até seus maior defeitos o fazia alguém maravilhoso.

Pavel coçou um dos olhos, se encostando nos armários.

— Quem seria?Você nunca me falou. – disse e o Niko arqueou a sobrancelha, o olhando como se estivesse o repreendendo por algo. – Calma, eu não estou chorando.

— Essa pessoa… – ele parou e sorriu. – Um dia você descobrirá, mas não é hoje.

— Porque?

— Se eu contar agora, pode estragar a minha meta no momento. – disse com um sorriso no rosto. – Eu meio que “desisti” dela desde que vim para cá. Estou tentando a esquecer e, depois, posso falar dela sem que me faça dar um sorriso bobo.

—… Ok, então. Acho que devo adotar essa meta.– disse rindo. Niko sabia que ia chorar, mas não até chegar em casa. – Meu Deus, Dimi e Irene vão dar uma de irmãos protetores?

— Talvez…

Logo eles avistaram um garoto conhecido chegando perto dele, sorrindo brevemente a Tsurugi, que se apoiou no armário com o braço ao lado do Morozov.

— Então… A conversa com o White não foi boa, não é? – perguntou o mesmo e Nikolai o olhou com cara de “Jura?”.  – Foi apenas uma pergunta.

— Ele jogou o suco na cara do Jake. Isso não é algo como “Ah, tudo bem. Vamos ser amigos.”. – disse o moreno imitando uma voz qualquer, fazendo os dois rirem.

— Bom, não sei o que rolou e sei como é chato quando perguntam várias vezes, por isso nem vou perguntar, ok?

Pavel sorriu a Tsurugi, que deu uma breve mexida nos cabelos albinos do garoto, que ficaram bagunçados.

— Se quiser, eu tenho dois ingressos para Psicose 2. – disse Tsurugi, piscando para o mesmo e saindo. Nikolai arregalou os olhos, enquanto Pavel sorriu envergonhado enquanto o mesmo ia embora.

Ele olhou Niko.

— É Psicose.

—… Mas é o Tsurugi.

— Mas é Psicose. – disse e saiu correndo atrás do garoto, logo concordando em ir com ele com a cabeça, então começaram a ir em direção a sala de aula.

Nikolai, definitivamente, se sentiu na merda.Aceitava que o albino gostasse mais do Jake, afinal ele é bem mais bonito, mas Tsurugi? O Príncipe do gel, já que o Rei é o Goenji? NEM FUDENDO.

Ele fechou a porta do armário, atordoado.

— Oi Niko! – disse Someoka parando ao lado dele, cruzando os braços. Ao lado de Sakuma, estava Zakuro sorrindo. – O que foi? Está pálido…

— Desde quando o Tsurugi gosta de homens?

— ...Desde quando você gosta do Pavel? – perguntou Zakuro, como se estivesse rebatendo a fala dele. – Posso abraçar?

— Sim, estou necessitado. – disse estendendo os braços para ela, e a roxa o abraçou.

Sakuma riu do drama, sem entender, e abraçou também, fazendo alguns em volta deles começarem a rir sem entender muito bem.

***

Lorelai estava limpando o rosto com a milésima fatia de papel higiênico que usava, encolhida em cima do vaso, com as pernas em cima do vaso para ninguém achar que ela estava ali. Fazia silêncio toda vez que alguém entrava.

Podia ser bobeira estar chorando por causa daquilo, mas doeu. E muito. Ele vivia dizendo que a amava, sempre, e mesmo que Lorelai sempre achasse que fosse mentira, a mesma não estava preparada para uma pancada daquela. Tentava engolir o choro, não conseguia.

Naqueles momentos, ela não sabia o que fazer. Estava com os piores pensamentos em cima de si, enrolando e enrolando os seus pensamentos. Se não estivesse na escola, provavelmente aquilo juntaria todos os problemas, criados por sua mente ou não, e poderia causar estrago.

— Ei. – disse uma voz e Lori tampou a boca para não falar vinda da cabine ao lado. – Eu estou escutando você chorar desde que eu comecei a mijar, acredite. E não, eu não estou mijando, até terminei e me limpei, mas fiquei aqui mesmo esperando você parar de chorar.

Ela escutou o barulho da mesma saindo e lavando as mãos, logo parando ao lado da cabine enquanto, provavelmente, secava as mãos. Ela continuou calada por mais um tempo, até quando a garota respirou fundo e disse:

— Meu nome é Honoka Nitou. Sou novata, estou no terceiro ano, turma 3-B. – disse a garota. – E sabe, eu já passei muito tempo no banheiro chorando no meu colégio anterior, não vou deixar ninguém passar por isso.

Lorelai deixou uma perna deslizar para o chão.

— É melhor falar com uma estranha no banheiro do que ficar sentada na privada, não? – perguntou a garota baixinho. – Por favor, vamos, abre a porta.

Ela demorou um pouco, mas logo abriu. Sua mente estava a mil, não sabia o que fazer, então decidiu seguir o que provavelmente algumas pessoas fariam. Ao abrir, ela levantou-se e olhou a mesma. Ela era alta, com um corpo muito bem desenvolvido e óculos finos de metal. Era bem bonita.

— Oh, querida, você está horrível. – ela foi até a mesma e a levou até a pia, a mandando olhar para si mesma no espelho. Estava com o lápis de olho e rímel todo borrado, realmente em um estado deplorável. Ela pegou um batom, rímel e lápis de olho que estavam presos dentro de seu bolso da sala. – Você é realmente muito mais bonita que isso, não? Então, enquanto eu dou um jeito nesse seu visual, pode ir me contando o que houve.

***

Allen estava sentado no quarto de Yuri Morozov. Tinha acabado as aulas, mas como precisava da ajuda dele em certos assuntos e o mesmo decidiu ajudar, lá estavam os dois. Yuri jogou suas coisas na cama e o deu o controle do ventilador, dizendo que o ar estava com problema e iria ser consertado no sábado, e retirou a blusa.

Assim que o mesmo virou de costas, Allen fez um “WOW” com a boca, que ligou rapidamente o ventilador, retirando o casaco. Realmente, Kidou não passava fome. Yuri olhou Allen, colocando uma blusa preta escrita “Fxxk Society”, que o mais novo até gostou.

— Qual é a dúvida e em qual matéria? – disse abrindo a mochila.

— Ideias novas para fazer sexo. – disse e Yuri se engasgou com o ar. – Qual seria a matéria? Talvez Sexualidade e Saúde?

—… Você está falando sério? – perguntou sentando-se em uma cadeira de rodinhas que tinha em cima de uma provável mesa de estudos, onde estava cheia de livros e anotações em post-it, colados em um quadro em cima da mesa.

— Sim. Eu vou te explicar. – disse respirando fundo. – Eu e Tachimukai…

— Então você admite que é gay?

Allen travou, mas logo revirou os olhos.

—Sim, já não sabia? – reclamou baixinho e Yuri levantou as mãos, mas logo abaixou e pegou a garrafa d‘água que tinha dentro de sua mochila. – Eu e Tachimukai transamos, obviamente. Mas sabe quando parece tudo ser sempre a mesma coisa? Estressa. Já cansei de sempre a mesma coisa, a única coisa que a gente muda é de posição.

Yuri colocou a garrafa em cima de um pano que tirou de dentro da mesma e colocou-a na mesa de estudos.

— Então, você quer conselhos sobre sexo vindos de mim? – disse Yuri. – Eu estou com cara de Afrodite?

— Não, esse é o Terumi. – disse e Yuri revirou os olhos. – Vamos, por favor! Você não é o Rei do Sexo?

— Não. Quando eu for rei de algo, aviso. – disse se levantando e pegando o tablet que estava em uma cabeceira. Ele sentou-se, enquanto escrevia algo no mesmo. – Existe uma coisa chamada xvideos.

Ele o entregou o tablet.

— Não que eu precise disso para fazer algo com o meu namorado, mas já que você está realmente necessitado. – disse e Allen encarou o logo do site, que o fez se afastar na hora. – Ah, por favor, você tem cara de ser gay do armário que passa a noite toda afiando a faca.

— Agressivo hoje, ein. Não deu não?

— Não. E estou de mal humor porque você está aqui, pedindo ajuda para um gênio da nova geração russa e quase herdeiro de uma riqueza imensa. – disse Yuri. – Mas essa ajuda é para algo tão fútil chamado sexo. Realmente, a culpa não é minha que vocês não sabem transar.

Allen o entregou o tablet e o garoto começou a mexer.

— Desculpa… É que eu não sabia para quem recorrer. – disse o mesmo baixinho e o albino o olhou, respirando fundo.

— Tudo bem, eu que não estou no clima. Estou com sono. – disse se ajeitando na cadeira. – Mas o que você quer ajuda?

E então Allen começou a falar e a falar, não parecia que iria calar a boca nunca mais. Yuri escutava aquilo enquanto mexia nas redes sociais com calma, mas logo o Morozov olhou Allen enquanto ele dizia as coisas várias e várias vezes, começando a dar dicas aleatórias e a falar sobre suas relações sexuais com Kidou, o que deixou Allen levemente incomodado.

— Eca.

— Eca porque? Eu tenho namorado, estamos falando sobre sexo. – falou e bebeu um pouco de água. – Você começou a falar de transar com o Tachimukai é chato, não posso elogiar o meu sexo com o Kidou?

— É meio… Sei lá, incomoda.

— Porque? – ele fechou a garrafa d’água e empurrou a cadeira de rodinhas para perto da estante de livros, pegando dois e vendo se já tinha lido. – Queria estar no lugar dele?

Allen ficou levemente avermelhado com a provocação e logo balançou a cabeça, negando.

— Cala a boca. – disse. Yuri voltou com a cadeira mexendo no tablet e colocou um livro em cima da mesa de estudos que parecia estar escrito em alemão.  – Wow… Wow… Wow…

— O que foi?

— É… – ele o entregou o tablet. – Acho melhor você conversar com o Tachimukai sobre quem é esse garoto ao lado dele.

Allen pegou o tablet e arregalou os olhos. Naquela foto, estava Tachimukai deitado em cima do peito de um garoto de cabelos ruivos e olhos amarelos. Pelo menos um deles, ao menos, já que um os olhos estavam fechados. Pareciam estar em uma cama, e Tachimukai visivelmente estava sem blusa.

—… Eu preciso ir.

— Imagino. – disse Yuri e o mais novo pegou a sua mochila, o entregando o tablet.

Ele acenou ao garoto, enquanto o garoto apenas deu um baixo “tchau” enquanto saia do quarto. Yuri bagunçou o cabelo enquanto ampliou a foto, arregalando os olhos.

— Acho que eu já vi esse… Wow, meu ex. Tachimukai iria ser um bom aprendiz. – disse colocando o tablet na cama, e pegou o livro para começar a ler.

Do lado de fora, Allen começou a andar em passos rápidos, apenas parando para cumprimentar o namorado de Yuri, Kidou Yuuto, que provavelmente veio ver o albino. Kidou olhou Allen e acenou, entrando no quarto do albino e cruzando os braços, parecendo irritado. Yuri o olhou, com um sorriso sapeca no rosto.

— No quarto, com ele… – fez bico. Yuri levantou-se e andou até o mesmo,retirando os óculos que tampava sempre os olhos de Kidou que o albino amava.

— Ele estava falando que o sexo dele com o Tachimukai é chato e queria minha ajuda com ideias para animar.

Kidou olhou o mesmo confuso e caiu na risada.

— Idiota. Ajudou?

— Sim. Estava pensando em desenhar, mas ocorreu uns problemas e ele teve que ir. E dei exemplos sobre a gente.

O mesmo ficou mais vermelho que a parede do quarto, o empurrando e dando breves tapas. O albino riu e o abraçou, andando até a cama com ele.

— Então… – começou, logo invertendo as posições com rapidez e Yuri fez cara de surpreso. – Só vai dar aula para o Allen?

***

No outro dia, Lorelai estava mais iluminada que nunca. Ela entrou ao lado de Honoka Nitou, que a maquiou e fez trança no cabelo da mesma, ainda colocando um pouco de flores brancas e rosas pequenas, provavelmente de mentira. No momento que a Hasuike a viu,engasgou na hora com o suco que estava tomando de Yasmin, que arregalou os olhos.

— Meu Deus… – exclamou Hasuike pegando a mão de Lori, que chegou naquele momento e parou perto delas junto a uma garota de cabelos verdes. Ela estava com um sorriso brilhante em seu rosto, e a ruiva a girou, assobiando. – Você está linda. Não que você não seja, mas você está sempre quieta, agora está tão… Wow.

— O-obrigada. – disse envergonhada e Yasmin balançou a cabeça, logo colocando a mão no ombro da mesma e a abraçando. Hasuike passou a mão no cabelo da mesma. – A Honoka-san fez isso.

Todas olharam a garota, que ficou tímida por um segundo e sorriu.

— Eu sou a Nitou Honoka. A conheci no banheiro. – disse a mesma sorrindo. – Ela estava chorando e bem… Ajudei. – disse e as outras duas a cumprimentaram rapidamente.

— Mas você está bem? – perguntou Yasmin e a garota concordou. – Que bom. Olha, Nagumo faz coisas estúpidas em alguns momentos, não deveria deixar-se machucar por causa disso.

Lori concordou.

— Mas acho que eu fui tola. – disse. – Ele e eu nunca tivemos algo concreto.

— Mas vocês, de qualquer modo, iam ter. Ele disse milhares de vezes que a amava, mandava carta e tudo mais. Se isso não é um tipo de namoro, então… – disse Hasuike e olhou Honoka. – Obrigada por cuidar da nossa bolinho. Ela nunca se abriria com a gente, é bem fechadinha com certas coisas.

— Ah, que isso. Eu meio que me identifiquei com a coisa de estar chorando no banheiro e fui apenas ser alguém gentil. – disse a mesma.

Yasmin deu um tapinha no nariz da mesma.

— Dimitri me encheu de mensagem preocupado com você. Então, quando ele chegar, você vai estar lindíssima desse jeito e o abraçar que nem qualquer dia. – disse a mesma sorrindo e a garota concordou. – E sobre o Nagumo… Esquece dele, por hora, ok? Ok!

Elas saíram andando pelo os corredores, mas logo pararam ao ver que Nagumo e Fuyuka estavam no outro. Lorelai avistou Dimitri, saindo correndo para o abraçar e nem notou Nagumo.

O ruivo olhou Fuyuka, recusando um beijo da mesma. As meninas se esconderam para escutar a conversa.

— O que foi? Você sabe que estou fazendo isso apenas para chamar a atenção da Lori. – disse e a de cabelos roxos. A mesma se afastou.

— Eu não sabia dessa.

— Alguém me segura. – disse Hasuike ajeitando as mangas do casaco e Yasmin a segurou, pedindo para a Honoka fazer isso também porque era sério. Hasuike amava fazer favela às vezes.

— Eu falei várias vezes, Fuyuka. Eu não quero ficar realmente com você.

E então a de cabelos roxos bateu na cara dele com força, chamando a atenção de algumas pessoas. Yasmin fez um bico de surpresa enquanto Honoka se assustou brevemente.

— Esse é o tal Nagumo? – perguntou e as meninas assentiram. – … Que merda, ein. Ela merece alguém melhor.

— Ela merece a mim! – sussurrou Hasuike brincando.

Nagumo olhou Fuyuka, passando a mão na bochecha. Respirou fundo e soltou o ar pela a boca, cruzando os braços.

— Que moral você tem de me bater? – disse seriamente a mesma.

E então as meninas sentiram Hasuike se soltando rapidamente e indo até eles, empurrando Fuyuka para trás e o olhando nos olhos. Estava com uma raiva assustadora no olhar azul da mesma.

— Ela não tem, mas eu tenho. – disse  a mesma, socando o ruivo.

***

Morgana estava rindo com Kazemaru, com um coque charmoso no cabelo enquanto brincava de tirar fotos com o mesmo. Estava se sentindo tão bem e bonita depois da overdose de shopping que teve com o melhor amigo no final de semana após a festa.

Eles pararam e foram até o armário, que era um do lado do outro, e se olharam.

— Quer milkshake depois da aula?

— Óbvio. – disse Morgana sorrindo e Kazemaru apertou as bochechas da mesma. –Ai!

— Tão fofiiinhas! – disse e Morgana riu com medo do garoto. – Desculpe, estou meio alterado hoje.

— Muito. – disse rindo.

Mas logo a alegria acabou quando Aphodit chegou no local, fazendo Kazemaru bater forte a porta do armário e o olhar. Morgie perguntou a si mesma se o menino estava tentando parecer um pouquinho mais macho e, se fosse isso, não estava dando certo. Riu brevemente.

— Eu sei, não sou a pessoa mais querida e nem vou tentar pedir desculpas, porque o que eu fiz foi imperdoável. – disse Terumi, pegando um folheto do bolso. – Mas acho que você deveria ver isto. Natsumi estava panfletando e prendendo no outro corredor, é uma festa da mesma e o diretor a tornou meio que da Raimon em si.

— Ela não… – Kazemaru pegou o folheto e o pegou.– O que é blackface?

Morgana arregalou os olhos e pegou o folheto, vendo o cartaz e começou a tremer.

— O que é isso? – perguntou novamente o de cabelos azuis.

— É uma festa em que as pessoas se caracterizam de negros e começam a nos ridicularizar. – disse Morgana, encostando-se no armário. – Isso foi longe demais.

— Eu a vi no outro corredor, se quiser… – disse Aphodit. – E enfim, estou indo. Tenho que resolver uns assuntos na secretaria.

Assim que o mesmo saiu, ela ficou um tempo parada e saiu andando deixando Kazemaru para trás, passando por Yuuki que iria dar um breve “oi” a mesma e seguiu o outro corredor, veno Natsumi colocando seu cartaz na parede e panfletando alguns. A escola toda estava vendo aquilo, e estavam sorrindo ou ficando confusos.

Assim que a viram, alguns pararam na hora e abriram caminho no meio do corredor até a filha do diretor. Ela correu até a mesma e estendeu o cartaz.

— Você tem noção o que está fazendo? – perguntou jogando o cartaz o chão e retirando o que ela tinha acabado de colocar na parede. – ISSO É REALMENTE O CÚMULO DO CÚMULO!

— É apenas uma festa, Morgana Sivan. – disse Natsumi revirando os olhos. – E você não pode ir, ou pode… Não precisa se fantasiar. Mais fácil.

Morgana pensou em pular na mesma na hora, mas segurou-se. Não queria perder a razão ou abaixar o nível, então decidiu ser ter um pouco mais de classe.

— Quer saber, Natsumi Raimon? – ela retirou o coque e bagunçou os cabelos, os deixando volumosos. – Quer fogo, não é? Mas desculpe, mas a minha especialidade é gelo.

Ela saiu, sentindo os seus cabelos baterem na cara da mesma e saiu andando calmamente, olhando todos ao redor. A partir daquele momento, Morgana Sivan iria mostrar o quão incrível poderia ser quando a irritasse.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

tumblr: http://weare-just-humans.tumblr.com/

Desculpe a demora e... Eu não sei o que escrever, estou desde o 12:00 tentando terminar saporra. Estou cansada. *alguém faz massagem nas costas* Fiz um bom trabalho, assim espero.
Espero q tenham gostado e desculpa qualquer erro, estou cansadinha de escrever.
XOXO



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Humans" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.