In The Rain escrita por Charlotte Maddison


Capítulo 3
Folhas do Outono


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas do meu coração!!! Adivinha quem quase se matou a semana todinha para postar um dia antes? SIM euzinha. Espero que gostem do capitulo ^-^ sei que esta tudo muito lento, mas esse é o ritmo da historia. Me desculpem por qualquer errinho. Entao bora ler???



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Pequenos raios solares passavam pelas brechas da cortina mal fechada. Eles iam em direção a jovem de cabelos azulados, que dormia tranquilamente de bruços, e esquentavam sua bochecha. Sentindo o calor sobre a pele, Marinette começa a despertar. Seus olhos se abrem lentamente e ela se vira de barriga para cima, se espreguiçando. Um sorrisinho se forma em seus lábios. Acordar na hora que quisesse, era uma das melhores sensações. Se fosse possível ela ficaria em sua cama o resto do dia, é claro se fosse possível. Alguns deveres atrasados lhe esperavam encima de sua escrivaninha, alem de uns croquis que ainda faltavam ser terminados. A faculdade estava sendo puxada, porém prazerosa. Era a realização de um sonho estudar em uma das melhores faculdades de moda do mundo.

Sabendo que logo começaria a enrolar, ela resolveu levantar. A tela de seu celular marcava 10h50min bem redondos e grandes. Ela passara o período da manhã dormindo, então teria que usar o resto do dia para fazer algo produtivo.

Marinette se sentou, a preguiça estava lhe seduzindo a voltar pra cama. Então tratou de calçar suas pantufas de joaninha e se encaminhar até a janela. Em um puxão só, a cortina foi aberta. Os raios solares invadiram o quarto rosa, preto e branco, e cobriram seu corpo. Assim que seus olhos se acostumaram com a claridade, ela abriu a porta da varanda deixando os ventos outonais circular por seu quarto. Se sentindo bem mais revigorada, Marinette vai para o banheiro fazer sua higiene matinal.

Enquanto ia em direção a cozinha, ainda com o pijama, seu estomago roncava. Imediatamente lembrou-se de seus pais. Os pães fresquinhos que seu pai fazia o abraço caloroso de bom dia de sua mãe... Ela sentia tanta saudade deles. Deixá-los para traz com certeza foi à parte mais difícil de muda-se para Nova York.

O café ainda passava pela cafeteira. Encima do balcão que separava a cozinha da sala, havia uma baguete e ao seu lado alguns potes de geléia. Da onde estava Marinette podia ver perfeitamente os cabelos castanho-avermelhados acima das costas do sofá. A morena ali sentada mexia no celular e no tablet ao mesmo tempo, sem contar a televisão ligada. A azulada riu da amiga e começou a preparar seu café da manhã.

—Bom dia, Alya.

— Bom dia, Marinette. - A morena diz sem se virar. Porém logo depois se vira rapidamente- Ah, e antes que eu me esqueça. Não tem aquele estilista que você adora?

—Gabriel Agreste. O que tem ele?- Marinette falava enquanto botava o café na xícara.

—Ele esta a procura de jovens que estudam moda, para fazer parte de um novo projeto que está desenvolvendo em Nova York.

— Ai meu Deus! Cadê, cadê, cadê.

A uma velocidade incrível, a azulada se jogou no sofá ao lado da amiga. Seus dedos apertaram fortemente o tablet enquanto lia o artigo.

— Eu não acredito! Ele está procurando jovens criativos, adoradores da moda, que sejam persistentes e que estejam dispostos a concorrer a uma vaga de honra... Para se tornar seu assistente de estilo!

— Marinette, você tem que se inscrever!

—Eu sei... Mas, e se eu não for boa o suficiente?

Alya bate a mão na testa.

— Não, Marinette, não começa. Se você não se inscrever, eu mesma vou fazer isso. Amiga você tem talento, então não desperdice essa oportunidade.

— Ta bem, eu vou me inscrever.

Marinette começa a rolar a tela mais para baixo, onde encontra uma foto de Gabriel com seu filho. Aqueles olhos verdes eram tão familiares. Quase que imediatamente ela se lembrou. O rapaz que lhe deu o guarda-chuva há uma semana. Como ela não havia percebido antes? Ou melhor, como ela não o reconheceu?

—Alya se lembra do cara que eu te falei há uma semana?

—Claro. Você falou dele o resto do dia todinho. “Alya, ele quase me atropelou, mas foi gentil comigo” “ Ai, Alya, depois que ele me deu o guarda-chuva eu não sabia mais como se pronunciava as palavras sem gaguejar ““ Os olhos dele eram tão bonitos”

A morena citava algumas frases imitando a voz da amiga. Realmente a azulada falou muito desse tal de Adrien.

—Bem, olha só essa foto.

—Marinette, como você não reconheceu o filho do seu estilista favorito?

—Eu sei, sou muito lerda- A azulada se deita no sofá com o rosto enterrado nas almofadas.

—Lerda, atrapalhada, esquecida, desajeitada...

A morena falava rindo enquanto contava nos dedos os defeitos da amiga. Porém foi parada no meio por uma almofada que lhe atingiu o rosto.

—Adicionar a lista de habilidades: boa mira.

Quando a amizade é verdadeira até briga vira brincadeira.

E assim se iniciou uma guerra de almofadas. As duas riam e zombavam uma da cara da outra. Nada que boas gargalhadas para começar uma manhã.

As folhas eram levadas lentamente pelo vento. Algumas crianças brincavam de persegui-las outras preferiam fazer motins e depois jogar tudo pelos ares. O parque não estava vazio, porém não estava cheio. O outono era um aviso que o inverno logo chegaria, mas mesmo faltando um mês o tempo já havia começado a esfriar. Marinette não se importava muito com o frio, já estava acostumada. Por isso adorava se sentar em um banco no parque, que ficava a alguns minutos de sua casa, para ter inspiração, seja qual fosse à época do ano. Inspiração era de tudo o que precisava para acabar seus desenhos. Ela olhava fixamente para as árvores que perdiam suas folhas, já desligada completamente do mundo ao seu redor. Por isso não percebeu a aproximação de um rapaz loiro.

—Oi, Marinette, não é?

Ela se assustou deixando o caderno cair no chão.

—Parece que te assustei- Ele pega o caderno e lhe devolve-Desculpe.

—N-não tem problema, eu sou meio distraída... Então, o que faz por aqui Adrien Agreste?- A azulada diz se lembrando de quem ele realmente era.

—Bem- Ele diz se sentando no banco com um pequeno sorriso- Estou no meu horário de descanso. Sabe sessão de fotos. E você?

— Estou tentando terminar os meus croquis.

Ela suspira. O loiro chega mais perto e observa atentamente os desenhos.

—Eles são lindos. É para algo especial? Tipo, um concurso?

—Na verdade, é para minha faculdade.

—Você estuda moda, suponho- Ela afirma com a cabeça- Deveria se inscrever no novo projeto do meu pai.

—E eu vou. Só tenho que preparar o meu currículo.

Ele sorriu para ela, e ela olhou para frente envergonhada. Mas, o porquê dessa vergonha toda? Ela conversava com um bocado de gente e nunca se sentia assim.

— Seu pai é muito talentoso. Praticamente meu estilista favorito. Às vezes me inspiro bastante nele.

O sorriso de Adrien se tornou torto. Uma coisa que Marinette não soube explicar o porquê.

—Mas, parece que hoje você veio ao parque para se inspirar.

— É. Eu adoro vir nesse parque para me inspirar. Mas, até agora nada.

De repente, do nada, uma folha alaranjada caiu no ombro de Marinette. Adrien a pegou e a botou na frente dos olhos da azulada. Uma folha laranja e seca, com as pontas espetadas.

—Tente se inspirar com coisas pequenas. Elas é que fazem a diferença.

Ele pega as mãos dela e põe a folha em sua palma. Somente pelo tocar de mãos, Marinette fica corada. Ela queria entender o que estava acontecendo consigo, mas talvez estivesse com medo da resposta. Ela não sabia o que falar, então olhava para a folha em sua mão. Tão pequena uma entre milhares, por que logo ela veio a cair em seu ombro?

Quase que instantaneamente uma idéia veio em sua cabeça. Não para terminar o croqui que havia começado, mas sim para fazer um novo e bem mais criativo.

—E-eu acho que acabei de ter uma idéia!- Ela se vira para ele- M-muito obrigada.

—Foi um prazer te ajudar. Mas eu acho melhor voltar. Daqui a pouco é bem capaz da minha secretária vir me procurar.

O loiro se levanta e põe as mãos no bolso.

—Espero te encontrar mais vezes. Gosto das suas mãos.

A última frase saiu de repente. A azulada se tocou do que havia falado pouco segundos depois, quando o loiro já estava rindo histericamente. Ela quis naquele momento ser enterrada viva.

—Também espero te encontrar mais vezes.

E ele saiu caminhando rindo do acontecimento.

—Marinette sua boba, se controle.

A azulada falava para si mesma. Alguns suspiros depois, seu lápis corria rapidamente pela folha em branco, traçando linhas e curvas. A idéia original era por as cores do outono no croqui, mas depois de tanto pensar, ela resolveu por um pouquinho de verde que se assemelhava a relva.


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Notas finais do capítulo

Bem este foi um pouquinho grandinho. Espero que tenham gostado, nos vemos nos comentarios.
E leitores fantasmas apareçam, eu quero saber o que voces acham da historia
Beijikinhos da Charlotte ♥♥♥



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